Pré-natal: Avaliação do Risco Gestacional Flashcards
Avaliação do risco gestacional
1-Onde realizar?
2-Em que se baseia essa avaliação?
3-Qual a frequência da avaliação de risco?
4-Toda gestação de alto risco deve ser referenciada para acompanhamento especializado?
5-Quando referenciar gestações de alto risco?
6-Quando a gestante retorna a assistência primária?
7-Quem é o responsável pelo encaminhamento da gestante ao serviço de maior complexidade?
1- Na unidade básica de saúde
2- Em dados colhidos da anamnese, exame físico (incluindo ginecológico e obstétrico) e exames complementares, se necessários.
3- Ela deve ser permanente, ou seja, deve ocorrer em toda consulta. Isso porque, a qualquer momento uma gestante de baixo risco pode ser classificada como alto risco e necessitar de acompanhamento em unidade especializada.
4- Não
5- Diante de situações que envolvem fatores clínicos mais relevantes (risco real) e/ou fatores
preveníveis que demandem intervenções mais
complexas.
6- Quando se considerar a situação resolvida e/ou a intervenção já realizada. Caso contrário, deve-se manter o acompanhamento nos serviços de referência para gestação
de alto risco.
7- A unidade básica de saúde
Fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica
1- Fatores relacionados às características individuais e às condições
sociodemográficas
desfavoráveis
2-Fatores relacionados à história reprodutiva
anterior
1-• Idade menor que 15 e maior que 35 anos;
• Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição
a agentes físicos, químicos e biológicos,
estresse;
• Situação familiar insegura e não aceitação da
gravidez, principalmente em se tratando de
adolescente;
• Situação conjugal insegura;
• Baixa escolaridade (menor que cinco anos de estudo regular);
• Condições ambientais desfavoráveis;
• Altura menor que 1,45 m;
• IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou
obesidade.
2-• Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado;
• Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos;
• Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
• Cirurgia uterina anterior;
• Macrossomia fetal;
• Três ou mais cesarianas.
• Ganho ponderal inadequado;
• Infecção urinária;
• Anemia.
Fatores de risco que podem indicar
encaminhamento ao pré-natal de alto
risco
1-Fatores relacionados às condições prévias.
2-Fatores relacionados à história reprodutiva
anterior
3-Fatores relacionados à gravidez atual
1-• Cardiopatias;
• Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica);
• Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados);
• Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus,
hipotireoidismo e hipertireoidismo);
• Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo
(PA > 140/90 mmHg antes de 20 semanas de Idade Gestacional);
• Doenças neurológicas (como epilepsia);
• Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento
(psicoses, depressão grave etc.);
• Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico,
outras colagenoses);
• Alterações genéticas maternas;
• Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar;
• Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras);
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites,
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DST (condiloma);
• Hanseníase;
• Tuberculose;
• Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
• Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado.
2- • Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida;
• História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal
(interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI);
• Abortamento habitual;
•Esterilidade/infertilidade
3-Restrição do crescimento intrauterino;
• Polidrâmnio ou oligoidrâmnio;
• Gemelaridade;
• Malformações fetais ou arritmia fetal;
• Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão
crônica preexistente, hipertensão gestacional
ou transitória);
Obs.: É necessário que haja evidência de medidas consecutivas que sugiram hipertensão. Nestas situações, não se deve encaminhar o
caso com medida isolada. Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se encaminhar
a paciente à emergência obstétrica.
• Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com
pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada
ao hospital de referência, para avaliação);
• Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias
de tratamento com sulfato ferroso;
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites,
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DST (condiloma);
• Infecções como a rubéola e a citomegalovirose
adquiridas na gestação atual;
• Evidência laboratorial de proteinúria;
• Diabetes mellitus gestacional;
• Desnutrição materna severa;
• Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes
casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional);
• NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a
gestante ao oncologista);
• Alta suspeita clínica de câncer de mama ou
mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista);
• Adolescentes com fatores de risco psicossocial.