Gestação: Diagnóstico Flashcards

1
Q

Diagnóstico precoce

1- Vantagens

A

1- • Busca por assistência pré-natal em estágios iniciais da prenhez
• Mudança precoce dos hábitos de vida, que beneficiam a mãe e, principalmente, o feto. Esta modificação inclui medidas como o controle glicêmico, o abandono ao tabagismo, a abstinência alcoólica e a interrupção do consumo de drogas ilícitas.

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2
Q

Diagnóstico da gravidez
1- Em que se ancora o diagnóstico da gravidez?
2- Qual deles é o melhor parâmetro para o diagnóstico da prenhez incipiente?

A

1- • Diagnóstico laboratorial (hormonal);
• Diagnóstico clínico;
• Diagnóstico ultrassonográfico.
2- Diagnóstico laboratorial

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3
Q
Diagnóstico Laboratorial
1- Em que se baseia o diagnóstico laboratorial?
2- Como e quando deve ser feito?
3- Qual o seu pico?
4- Quais os valores de referência?
5- Quais os testes possíveis?
A

1- Ancora-se na produção de Gonadotrofina Coriônica humana (hCG) pelo ovo.
2- O beta-hCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção.
3- Entre 60 e 90 dias de gravidez.
4- Níveis menores que 5 mUI/ml são considerados negativos e acima de 25 mUI/ml são considerados positivos.
5- Existem três tipos de testes para a identificação do hCG:
• Imunológicos;
• Radioimunológicos (RIA);
• Enzima imunoensaio (ELISA).

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4
Q
Biossíntese da hCG
1- Produção
2- Função
3- Subunidades e benefícios
4- Em quanto tempo a concentração do hCG duplica no plasma (doubling time)?
A

1- Cerca de uma semana após o fertilização, o trofoblasto (sinciciotrofoblasto), implantado no endométrio, começa elaborar a hCG em quantidades crescentes que podem ser encontradas no plasma ou na urina maternos.
2- Essa molécula previne a involução do corpo lúteo, que é o principal sítio de produção da progesterona durante as primeiras seis a sete semanas.
3- A subunidade alfa é comum a vários hormônios (LH, FSH, TSH). Já a subunidade beta é específica . Atualmente, na propedêutica da gravidez é documentada quantitativamente a subunidade beta do hCG, pelos seguintes motivos:
• Possui menor reação cruzada com o Hormônio Luteinizante (LH);
• Possui grande sensibilidade;
• Pelo fato de ser quantificável, é possível uma estimativa da idade gestacional com base nos seus resultados.
4- Cerca de dois a três dias, fato que faz deste hormônio um marcador preciso de atividade trofoblástica.

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5
Q
Testes Imunológicos
1- Em que se baseia?
2- Quando devem ser solicitados?
3- São qualitativos ou quantitativos?
4- Quais as técnicas possíveis?
A

1- Baseiam-se na adição de anticorpos contra o hCG humano à urina humana para a identificação do hCG.
2- Devem ser solicitados somente com 10 a 14 dias de atraso menstrual.
3- São qualitativos, não sendo possível a dosagem quantitativa hormonal.
4- • Prova de Inibição da Aglutinação do látex: é chamada de teste de lâmina. É de leitura rápida, em poucos minutos. Este teste possui menor sensibilidade (1.500 a 3.500 UI/litro) e pode apresentar leitura duvidosa.
• Prova de Inibição da Hemaglutinação: é chamada de teste de tubo. Fornece leituras em duas horas. Raramente, possui leitura duvidosa e é mais sensível (750 a 1.000 UI/litro). Inclui a maioria dos testes caseiros de gravidez.
•Hemaglutinação Passiva reversa: é uma variante nova que pretende sensibilidade desde o nível de 75 UI/l (mais sensível) e pode ser realizado com apenas um a três dias de atraso menstrual.

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6
Q
Testes Radioimunológicos
1- Em que se baseia?
2- Quando devem ser solicitados?
3- São qualitativos ou quantitativos?
4- Quais as limitações?
A

1- É baseado na competição do hormônio com traçador adequado (o próprio hCG marcado com radioiodo), em face à quantidade fixa de antissoro.
2- Possibilita diagnóstico com 10 a 18 dias da concepção e sensibilidade de 5 mUI/ml. Os resultados são obtidos em aproximadamente quatro horas.
3- É um teste quantitativo.
4- A grande limitação é a reação cruzada com LH hipofisário, que, contudo, é corrigida com a dosagem da subunidade beta do hCG

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7
Q

Teste ELISA
1- Em que se baseia?
2- São qualitativos ou quantitativos?
3- Quando assegura-se gestação normal? E as demais afecções?
4- Quais os possíveis falsos positivos e falsos negativos?

A

1- O hormônio marcado com radioisótopo (radiotraçador) é substituído por hormônio ligado à enzima, a qual atua sobre um substrato incolor, dando origem a um produto colorido. A intensidade da cor obtida tem íntima correlação com a concentração do hormônio.
2- É um teste quantitativo
3- Níveis acima de 1.000 mUI/ml asseguram a presença de gestação, enquanto elevações acentuadas podem estar relacionadas à gestação múltipla ou à neoplasia trofoblástica gestacional. A elevação inferior ao esperado ou a diminuição dos valores quantitativos de beta-hCG no início da gestação impõem a suspeita de gravidez anormal como gestação ectópica ou abortamento.
4- Falso-positivos podem ser consequência do uso de psicotrópicos (fenotiazidas, antidepressivos, anticonvulsivantes e hipnóticos), anticoncepcionais orais (mediante surtos de escape de LH), hipertireoidismo (pois a subunidade alfa do TSH é homóloga à subunidade alfa do hCG), reações cruzadas com anticorpos, fator reumatoide, anticorpos heterófilos, proteínas ligantes e aumento do LH hipofisário (reação cruzada com o LH em concentração bem mais elevada no climatério, castração) e neoplasias produtoras de hCG.
Falso-negativos podem ocorrer em urinas de baixa densidade (grandes volumes nicteméricos, maiores que dois litros), nas duas primeiras semanas de atraso menstrual e, ocasionalmente, no segundo trimestre, quando é mais baixo o limite inferior dos níveis de hCG.

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8
Q

Gravidez bioquímica
1- Definição
2- Conduta
3- Diagnósticos possíveis

A

1- É uma gravidez incipiente a qual foi interrompida antes da detecção de qualquer outro sinal clínico ou ultrassonográfico.
2- Seguimento laboratorial até a negativação do hCG.
3- Gravidez tópica inicial e a prenhez ectópica.

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9
Q

Diagnóstico Clínico

1- Como e quando deve ser feito?

A

1- O diagnóstico da gravidez pode ser feito através dos sinais clínicos, sintomas e exame físico (inspeção, palpação, toque vaginal e ausculta) em gestações mais avançadas quando o atraso menstrual for > 12 semanas. Nesse caso, o exame laboratorial torna-se desnecessário.

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10
Q

Sintomas clínicos
1- Quais os sintomas iniciais?
2- Quais os sintomas tardios?
3- Os sintomas tardios são empregados no diagnóstico clínico da gravidez?

A

1- Náuseas, vômitos, sialorreia, aumento da sensibilidade álgica mamária, polaciúria, nictúria, distensão abdominal, constipação intestinal, tonteiras, sonolência, fadiga, desejos alimentares, perversão do apetite (PICA), labilidade emocional, dor hipogástrica do tipo cólicas, aversão a odores, pirose, alterações das acuidades auditiva e visual.
2- Dispneia e lombalgia.
3- Não.

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11
Q

Náuseas
1- Quando acontece?
2- Características
3- Qual a gênese?
4- Fatores potencializadores
5- Quando deve ser considerada outra causa, além da gravidez?
6- Quando é necessário avaliação complementar?
7- Qual o espectro clínico mais grave desse sintoma?

A

1- A náusea, provavelmente o principal sintoma da gestação inicial, pode aparecer entre a 6ª e 14ª semana de gestação.
2- Ocorrem tipicamente no período da manhã, embora possam acontecer em qualquer momento do dia, e podem ou não ser acompanhadas de episódios eméticos. Tendem a melhorar â medida que as horas avançam.
3- Alguns atribuem ao resultado da adaptação materna ao hCG e outros defendem que o hCG é um fator indireto, já que é pré-requisito para o aumento do estrogênio, homônio que causa esse tipo de sintoma.
4- Diversas situações orgânicas ou psíquicas, como: gestação gemelar, insegurança materna motivada por uma gestação não planejada, hipertireoidismo, etc.
5- Quando associadas a vômitos, febre, vertigem, diarreia, cefaleia ou distensão abdominal.
6- Quando náuseas e vômitos surgem após 12 semanas de gestação, período em que não é típico o aparecimento desse sintoma.
7- Hiperêmese gravídica.

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12
Q

Sialorreia ou ptialismo
1- Definição
2- Qual a causa?

A

1- É uma profusa salivação.

2- Na maioria dos casos, o excesso de saliva é inexplicado.

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13
Q

Aumento da sensibilidade álgica mamária
1- Características
2- Qual a causa?

A

1- É referido um aumento do volume e da sensibilidade das mamas ao mais leve contato.
2- Alguns relacionam a dor ao processo de congestão mamária e outros sugerem que a estimulação do hCG nas glândulas mamárias secretoras é o provável fator envolvido.

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14
Q
Frequência urinária
1- Quais são as queixas?
2- Quais as causas?
3- Quando o sintoma desaparece?
4- Quando o sintoma reaparece?
5- Quando suspeitar de cistite?
A

1- Polaciúria (↑ número de micções e ↓ volume) e nictúria (micção noturna frequente)
2- • A frequência está relacionada ao aumento da produção urinária total por volta da 6ª semana de gestação.
• O crescimento do útero e sua anteversão acentuada promovem compressão vesical.
3- No segundo trimestre, quando o crescimento uterino ocorre em direção à cavidade abdominal.
4- Nas últimas semanas da gestação, em virtude da compressão do polo cefálico na bexiga.
5- Na presença de disúria, hematúria ou piúria.

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15
Q

Distensão abdominal e constipação intestinal
1- Qual a causa?
2- O que pode agravar a constipação?

A

1- Resultam do aumento da progesterona, que reduz a motilidade intestinal.
2- O uso de vitaminas e/ou complementos que contêm ferro.

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16
Q
Tonteiras
1- Qual a causa?
2- Quando ocorrem?
3- Quando melhoram?
4- Quando esse sintoma é preocupante?
A

1- Queda da resistência vascular periférica.
2- Quando a paciente está em posição ereta.
3- Quando em decúbito lateral.
4- Se associado a arritmias ou sinais sugestivos de convulsão.

17
Q

Sonolência e fadiga
1- Quando é mais e menos comum?
2- Qual a causa?
3- Consequências da elevação da concentração de progesterona
4- Quando a avaliação deve ser individualizada?

A

1- É comum no início da gestação e menos proeminente no segundo trimestre.
2- A rápida e grande elevação nas concentrações de progesterona pode justificar esses sintomas.
3- Indução de efeitos sonolentos e mudanças hematológicas e cardiovasculares consideráveis, que culminam em aumento do débito cardíaco.
4- Na presença de fadiga crônica e/ou ausência de melhora após primeiro trimestre.

18
Q

Dispnéia
1- Características
2- Quais as causas?
3- Quando suspeitar de embolia pulmonar?

A

1- Costuma ser suave, de aparecimento gradual e não associada a outros sinais e sintomas pulmonares (tosse, esforço respiratório).
2- • Efeitos da progesterona no centro respiratório do SNC.
• Percepção da paciente à hiperventilação da gravidez, que culmina em aumento do volume corrente e diminuição da paCO2, resultando em alcalose respiratória compensada.
3- Em caso de dispneia aguda associada à taquicardia, dor torácica, hemoptise e sinais de trombose venosa.

19
Q

Lombalgia
1- Quando ocorre?
2- Quais as causas?

A

1- Tipicamente após o primeiro trimestre, embora possa ocorrer no início da gestação.
2- • Mudança do centro de gravidade da mulher.
• Efeitos dos hormônios.
• Embebição gravídica (aumento da concentração de sódio e elevação do teor aquoso nos tecidos) promove modificações no sistema articular com relaxamento dos ligamentos. A frouxidão de todas as articulações contribui para alterações na postura que desencadeiam lombalgia, principalmente na gravidez avançada.

20
Q
Definição da Hiperêmese
1- Definição
2- Quando ocorre?
3- Qual o grupo mais afetado?
4- Qual a causa?
5- Quais as formas clínicas? Diferencie-as
6- Diagnóstico
7- Diagnóstico Diferencial
8- Quais as etapas do tratamento?
9- Qual o esquema posológico?
10- Quais as possíveis complicações?
A

1- Náusea e vômitos persistentes, associados a perda de peso >5%, desidratação, distúrbio hidroeletrolítico, cetose e cetonúria, com ausência de causas médicas específicas
2- Entre a 6-14ª semanas de gestação
3- Acomete, principalmente, primigestas jovens, obesas, portadoras de gestação gemelar ou doença trofoblástica gestacional e as com história pregressa de hiperêmese gravídica.
4- • Fatores Endócrinos: associa-se ao pico de secreção de hCG. O estrogênio pode ser outro coadjuvante ou até mesmo o causador dos sintomas. A progesterona também parece estar envolvida, principalmente quando o corpo lúteo situa-se no ovário direito, levando a drenagem venosa diretamente para veia cava inferior, o que oferece maior quantidade deste hormônio à gestante.
• Fatores Imunológicos: uma substância antigênica desencadearia reação materna no centro do vômito e no trato gastrointestinal.
• Fatores Psicossomáticos: a rejeição da gravidez, a não aceitação da maternidade, a perda da liberdade, a rejeição ao pai da criança, a autopunição e a imaturidade são fatores que podem determinar ou agravar o quadro.
5- • Formas Médias: há vômitos simples após a ingestão de alimentos, com perda ponderal (<5%) e sinais de desidratação discretos. O pulso mantêm-se < 100 bpm e os sinais sistêmicos estão ausentes.
• Formas Graves: há vômitos persistentes que obrigam o jejum, levando a uma perda ponderal (>5%) intensa, bem como sinais de desidratação (face e olhos encovados, língua saburrosa, áspera, quebradiça, com enrugamentos longitudinais; mucosas secas e pegajosas; pele sem turgor e inelástica). O pulso nesse caso é rápido e fino (> 100 bpm), acompanhando-se de extremidades frias e sinais de choque. Sistemicamente, é visto: hiponatremia grave (letargia, convulsões e parada respiratória), carências vitamínicas (lesões típicas da polineurite, com fraqueza muscular acentuada, principalmente, dos MMII) e sintomas de psicose com alucinações (síndrome de Korsakoff).
6- Fundamenta-se na anamnese e no exame clínico, com sinais de desidratação e desnutrição. O laboratório é inespecífico. A USG pode ser útil para determinar a viabilidade da gestação, o número de fetos e descartar a presença de doença trofoblástica gestacional.
7- Diferencia-se de afecções que levam ao aparecimento de náuseas e vômitos, como: gastroenterite, apendicite, pancreatite, hepatite, esteatose hepática, obstrução intestinal, litíase biliar, hérnia de hiato, nefrolitíase, doença vestibular, enxaqueca, distúrbios psicossomáticos, intoxicações exógenas, neuropatias, tumores cerebrais, hipertireoidismo, cetoacidose diabética, doença de Addison, doença trofoblástica gestacional, torção anexial, entre outras.
8- • Medidas Gerais: Controle de peso e diurese; jejum de 24 a 48h; após estabilização do quadro, evoluir progressivamente a dieta (líquida até sólida); hidratação parenteral de acordo com o grau de desidratação (ringer lactato ou solução salina 2.000 a 4.000 ml/24h). Medicamentos à base de ferro devem ser evitados (pioram as náuseas, os vômitos e a dor epigástrica). Nos casos de reposição venosa prolongada, repor vitamina B6, C, K e tiamina.
• Medicamentos: São usados na persistência dos sintomas após os cuidados gerais.
9- Casos convencionais:
• Antieméticos: a Metoclopramida é a droga mais usada na prática clínica.
• Anti-histamínicos: o Dimenidrinato pode ser empregado associado à piridoxina. A Prometazina é uma opção se não houver resposta aos medicamentos anteriores.
• Vitamina B6: a Piridoxina é a droga mais segura.
• Sedativos: Diazepam é um dos sedativos de escolha.
Casos refratários: A Ondansetrona, Clorpromazina e a associação de corticoides com antieméticos, como a Metilprednisolona, são para casos refratários às terapias anteriores. Lembrando que a primeira deve ser evitada no primeiro trimestre e a segunda nas primeiras 10 semanas.
10- Encefalopatia de Wernicke, síndrome de Mallory-Weiss e rotura de esôfago com pneumomediastino.

21
Q

Diagnóstico Ultrassonográfico
1- Quais vias podem ser usadas?
2- Quando elas são aplicadas?
3- Quando tem maior precisão para definir a idade gestacional e qual o parâmetro empregado nesse período?
4- A partir de quando essa acurácia é diminuída? Quais os parâmetros empregados a partir daí?

A

1- Via transabdominal ou transvaginal.
2- • Primeiro trimestre: é mandatório o uso da ultrassonografia transvaginal.
• Entre a 11ª e a 14ª semanas: não existe a preferência de uma via para realização do exame. Ela variará de acordo com o biotipo da paciente e a posição do feto. Em pacientes obesas ou com história de múltiplas cirurgias abdominais prefere-se a via vaginal.
• A partir da 14ª semana ou início do segundo trimestre: o útero começa a sair da pelve e o transdutor transvaginal fica distante do feto. Neste momento, a ultrassonografia transabdominal é superior à ultrassonografia transvaginal.
3- É mais precisa da 6-12ª semana de gravidez. Comprimento Cabeça-Nádega (CCN) do embrião.
4- A partir da 14ª semana. As principais medidas empregadas a partir desta idade gestacional são: Diâmetro Biparietal (DBP) e Comprimento do Fêmur (CF).

22
Q

Ultrassom Transvaginal VS. Transabdominal
1- Diferencie-as
2- Quais as estruturas embrionárias vistas a USGTV e em qual idade gestacional?
3- Qual a correlação entre os valores de hCG e as estruturas vistas a USGTV?
4- Quando se suspeita de implantação ectópica?
5- Qual a diferença de tempo em que se observam as estruturas embrionárias na USG transabdominal se comparada a USGTV?

A

1- A USGTV é a preferida, pois admite melhor visualização e imagem das estruturas ovulares. A transabdominal possui uma qualidade de imagem inferior, mas permite uma maior movimentação e melhor aquisição dos planos para formação da imagem.
2- • Saco gestacional intrauterino: 4 semanas.
• Vesícula vitelina: 5-6 semanas.
• Eco embrionário e os batimentos cardioembrionários: 6-7 semanas.
• Movimentos do concepto: 8 semana.
• Cabeça fetal: 11-12 semanas.
• Placenta: 12 semanas.
3- • 1.000 mUI/ml: Saco gestacional.
• 7.200 mUI/ml: Vesícula vitelina.
• 10.800 mUI/ml: Embrião com batimentos cardíacos.
4- Ausência de saco gestacional intrauterino com valores de beta-hCG superiores a 1.500 mUI/ml.
5- Tudo que se pode observar à ultrassonografia abdominal no primeiro trimestre poderá ser observado pela ultrassonografia transvaginal uma semana antes. Entretanto, os batimentos cardioembrionários são detectados na mesma idade gestacional em ambas as vias.

23
Q

Sinais clínicos

1- Quais são os sinais clínicos de gravidez?

A

1- Atraso menstrual, Alterações cutâneas, Alterações mamárias, Aumento do volume abdominal, Aumento do volume uterino, Sinal ligado à implantação embrionária, Sinais ligados ao desenvolvimento uterino inicial, Sinais ligados às alterações da tonalidade da mucosa vulvar e vaginal, Alterações do muco cervical, Ausculta dos batimentos cardiofetais, Percepção de partes e movimentos fetais, Sinal de puzos.

24
Q

Atraso menstrual
1- Quando deve indicar a suspeição de gravidez?
2- Quais os malefícios de seu uso para o diagnóstico da gestação?

A

1- Mulher em idade reprodutiva com ausência ou atraso menstrual (superior a 10-14 dias), especialmente naquelas com vida sexual ativa que não estejam fazendo uso de método contraceptivo. Mas, falhas contraceptivas podem ocorrer.
2- É um sinal de difícil avaliação, já que muitas mulheres apresentam padrões irregulares de sangramento ou um prolongamento ocasional de um ciclo menstrual. Além disso, o atraso menstrual pode não acontecer. Nestes casos, o sangramento é de menor intensidade.

25
Q

Alterações cutâneas

1- Quais são?

A

1- • Estrias
• Cloasma gravídico (hiperpigmentação da face)
• Linha nigra (aumento de concentração de melanina na linha alba)
• Sinal de Halban (aumento da lanugem que aparece nos limites do couro cabeludo).

26
Q

Alterações mamárias
1- Em quem é mais comum e marcante?
2- Quais as etapas de mudança das mamas? Caracterize-as

A

1- Primigestas
2- • 5ª semana: processo de congestão das mamas que as torna doloridas
• 8ª semana: as aréolas primárias tornam-se mais pigmentadas e nelas surgem projeções secundárias, representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas de tubérculos de Montgomery.
• 16ª semana: extração de colostro, e se verifica um aumento da vascularização venosa designada de rede de Haller.
• 20ª semana: aumento da pigmentação dos mamilos, que torna seus limites imprecisos (sinal de Hunter).

27
Q

Aumento do volume abdominal

1- Quais os diagnósticos diferenciais?

A

1- Outras causas de aumento do volume abdominal, como ascite e tumores abdominais.

28
Q

Aumento do volume uterino
1- Em que sentido cresce o útero?
2- Qual a topografia do útero na ausência da gravidez e na sua presença de acordo com as semanas da gestação?

A

1- O aumento no diâmetro anteroposterior do útero começa nas primeiras semanas da gravidez, assumindo uma forma globosa.
2- • Na ausência de gestação, o útero é um órgão pélvico.
• 12ª semana: acima da sínfise púbica no abdome materno.
• 16ª semana: no meio do caminho entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical.
• 20ª semana: cicatriz umbilical
• 40ª semana: apêndice xifoide.

29
Q

Sinal ligado à implantação embrionária
1- Qual o sinal que representa a implantação embrionária? Conceitue-o
2- Em quem costuma ocorrer mais comumente?

A

1- Sinal de Hartman. É o sangramento que ocorre sete a oito dias após a fecundação devido à implantação do blastocisto e erosão endometrial (nidação), a qual começa no sexto dia.
2- Multíparas

30
Q

Sinais ligados ao desenvolvimento uterino inicial

1- Quais são eles? Conceitue-os

A

1- • Sinal de Hegar: surge em torno de 6-8 semanas de gravidez quando o útero assume consistência elástica, sobretudo no istmo. Este fato possibilita a flexão do corpo sobre o colo uterino quando é realizado o toque bimanual.
• Sinal de Osiander: é a percepção do pulso da artéria vaginal ao toque vaginal. Ele indica crescimento uterino rápido.
• Sinal de Hozapfel: devido à congestão, o peritônio torna-se rugoso facilitando a preensão uterina.
• Sinal de Piskacek: é a assimetria uterina à palpação, ocasionada por um crescimento assimétrico do órgão após a implantação ovular, bem como pelo abaulamento e amolecimento do sítio de implantação ovular.
• Sinal de Nobile-Budin: Percepção, pelo toque bimanual, do preenchimento do fundo de saco vaginal pelo útero gravídico devido a modificação do formato uterino. A forma piriforme se transforma em uma forma globosa.
• Regra de Goodel: é o amolecimento do colo uterino percebido ao toque vaginal. Sua consistência antes similar a cartilagem do nariz passa a ser semelhante à consistência labial.

31
Q

Sinais ligados às alterações da tonalidade da mucosa vulvar e vaginal
1- Quais são eles? Conceitue-os

A

1- • Sinal de Jacquemier ou Chadwick: é uma coloração violácea da mucosa vulvar, do vestíbulo e meato urinário.
• Sinal de Kluge: é a tonalidade violácea da mucosa vaginal, resultante da congestão.

32
Q

Alterações do muco cervical
1- Por que ocorre?
2- Como é percebido?

A

1- Pelo incremento de progesterona, que reduz a concentração de sódio no muco.
2- O muco cervical de uma gestante não exibe a imagem microscópica semelhante à presença de “folhas de samambaia”, já que o sódio é necessário para isso.

33
Q

Alterações dos batimentos cardiofetais
1- Quais as técnicas que permitem ouví-los e quando?
2- Aonde a ausculta é mais fidedigna?
3- Qual a frequência cardíaca fetal?

A

1- • Estetoscópio de Pinard: é usado em grávidas não obesas, em torno de 19 a 20 semanas de gestação.
• Sonardoppler: a partir de 10 a 12 semanas de gestação.
2- O local no abdome onde a ausculta é mais fidedigna varia de acordo com a posição do concepto.
3- 120 a 160 bpm.

34
Q

Percepções de partes e movimentos fetais
1- A partir de quando e como é possível perceber a movimentação e partes fetais?
2- Quando é um sinal de certeza?

A

1- A partir de 18 a 20 semanas, é possível a identificação de segmentos fetais pela palpação abdominal pelo examinador, e a percepção de movimentos fetais quando o examinador repousa sua mão sobre o abdome materno.
2- Quando observada pelo examinador. O relato da paciente carece de precisão e requer sempre confirmação médica.

35
Q

Sinal de Puzos
1- É observado quando?
2- O que ele descreve?

A

1- A partir da 14ª semana de gestação
2- Descreve o chamado rechaço fetal intrauterino, que surge diante de um discreto impulso no útero, durante o toque vaginal, levando ao deslocamento do feto no líquido amniótico para longe do dedo do examinador. A tendência de retorno do feto à sua posição inicial permitirá novamente sua palpação e a sensação de rechaço fetal.

36
Q

Classificação dos sinais/sintomas
1- Sinais/ sintomas de Presunção ou Possibilidade
2- Sinais de Probabilidade
3- Sinais de Certeza

A

1- Sintomas:
• 5-6 semanas: náuseas e vômitos
• 16-20 semanas: percepção materna dos movimentos fetais
Sinais: sinais sistêmicos, incluindo os mamários.
• 4 semanas: atraso menstrual
• 5 semanas: mastalgia e congestão
• 8 semanas: Tubérculos de Montgomery
• 16 semanas: rede de Haller
• 20 semanas: sinal de Hunter
2- São as modificações uterinas, vaginais e vulvares e o hCG, principalmente quando em níveis < 1.000 mUI/ml.
• 6-8 semanas: sinal de Hegar, Piskacek, Noble-Budin, alterações cervicais e na vulva e vagina
• 12 semanas: aumento do volume uterino.
3- Inclui a identificação dos batimentos cardíacos fetais, percepções de partes fetais e de movimentos ativos do feto pelo examinador.
• 10-12 semanas: ausculta de BCF com o Sonar
• 14 semanas: sinal de Puzos
• 18-20 semanas: percepção de movimentos fetais, palpação de partes fetais, ausculta de BCF com Pinard.