Planejamento Familiar Flashcards
Política Nacional de Planejamento Familiar (2007/2008)
Defende que devem ser disponibilizados métodos contraceptivos gratuitos e que os que estão à venda sejam de baixo custo nas redes de farmácia popular.
Melhor método preventivo
Método de alta eficácia (ex: hormonais) e camisinha para proteção contra IST’s.
Conduta Profissional no Planejamento Familiar
A escolha de um método contraceptivo deve ser baseada no acolhimento com escuta qualificada do indivíduo, com ou sem parceiro fixo, de qualquer idade. Devem ser ofertadas informações sobre todos os métodos indicados para cada caso, a eficácia, como utilizar e como conseguir seu acesso.
Lei 7.498/86, art. 11, inciso I
O enfermeiro, na condição de integrante da equipe de saúde, pode prescrever medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Métodos Hormonais
Com estrogênio e progesterona, isolados ou associados, impedem o amadurecimento do óvulo, bloqueando a ovulação e impedindo a concepção. Efeitos: redução das cólicas, regularização do ciclo menstrual, diminuição da ocorrência de acne, anemia e gravidez ectópica, proteção contra câncer de ovário e da mama, interferência na libido. Representados pelos anticoncepcionais orais, injetáveis, adesivos e implantes.
Anticoncepcional oral combinado (AOC)
Contém estrogênio e progestogênio. 21, 22 ou 28 comprimidos, iniciados no 1º dia do ciclo (1º dia da menstruação).
Benefícios do Anticoncepcional oral combinado
Pode ser iniciado imediatamente pós-aborto, na adolescência até a menopausa; Proporciona ciclos menstruais regulares, em intervalo menor; Diminui a incidência de doença inflamatória pélvica (DIP), câncer de endométrio e ovário, gravidez ectópica, cistos funcionais de ovário, doença benigna do mama, miomas, dismenorreia, ciclos hipermenorrágicos e anemia; Eficácia de 99% no primeiro ano de uso correto; A fertilidade retorna logo após a interrupção do seu uso.
Malefícios do Anticoncepcional oral combinado
Não deve ser utilizado em lactantes, pois interfere na qualidade e quantidade do leite materno e pode afetar adversamente a saúde do bebê.
Introdução do AOC em lactantes
A introdução de baixa dose deve ser só depois do 6º mês, com o aleitamento misto e para as mulheres que já menstruam.
Possíveis complicações do AOC
Tromboses venosas profundas, infarto do miocárdio, tumores no fígado. O risco aumenta para fumantes (+15 cigarros/dia).
Uso consistente do AOC
Deve ser usado de forma consistente e no mesmo horário.
Vômitos ou diarreia após ingestão do AOC
Em caso de vômitos ou diarreia depois de 4 horas da ingesta, o efeito é suspenso e deve-se ingerir outro comprimido.
AOC e bebida alcoólica
Só ingerir bebida alcoólica após 2 horas da ingesta do anticoncepcional e suspender a bebida 1 hora antes.
Principais efeitos colaterais do AOC
Alterações de humor, náuseas, vômitos, mal-estar gástrico, cefaleia, tontura, mastalgia e sangramento intermenstrual.
Minipílula (Anticoncepcional só de progestogênio)
- Dose muito baixa\n- 28-35 comprimidos sem interrupção entre as cartelas\n- Na lactação, taxa de falha é de 0.5%, em uso habitual é de 1%\n- Não contém estrogênio, efeito contraceptivo é mais baixo que as pílulas combinadas.
Benefícios da Minipílula
- Pode ser usada durante o aleitamento materno, a partir de 6 semanas pós-parto, sem alterar o volume ou composição do leite, nem prejudicar a saúde do RN\n- Previne doenças benignas de mama, câncer de endométrio, câncer de ovário e doença inflamatória pélvica\n- Pode ser usada pós-aborto.
Malefícios da Minipílula
- Sangramentos intermenstruais, amenorreia, cefaleia, sensibilidade mamária\n- Interação medicamentosa com rifampicina, griseofulvina, fenitoína, anticonvulsivantes como carbamazepina e primidona, pois são indutores de enzimas hepáticas\n- Só deve ser usada em mulheres com idade superior a 16 anos devido ao efeito hipoestrogênico\n- Contraindicada para doença cardíaca isquêmica, acidente vascular, cefaleia grave, câncer de mama atual ou nos últimos 5 anos.
Injetável (Anticoncepcional)
- Apenas progestogênio (trimestral) ou combinado (mensal)\n- Trimestral: Depo-Provera\n- Mensal: Mesigyna, Noregyna, Perlutan.
Administração dos anticoncepcionais injetáveis
Aplicados via IM. Após aplicação, não deve ser feita massagem ou aplicação de calor local para evitar difusão do material injetado.
Primeira injeção de anticoncepcional injetável
Deve ser administrada até o 5º dia da menstruação (de preferência no 1º dia).
Próxima injeção de anticoncepcional injetável
Mensal: a cada 30 dias. Trimestral: a cada 90 dias. Levar em consideração os meses com 30 e 31 dias para agendamento da próxima injeção, podendo variar mais ou menos 3 dias, independentemente da menstruação.
Atraso na aplicação da nova injeção
Se o atraso for mais de 3 dias, a mulher deve usar camisinha ou evitar relações sexuais até a próxima injeção.
Anticoncepção de emergência
Recurso emergencial para prevenir gravidez indesejada em casos como coito interrompido sem sucesso, vítimas de estupro, rompimento do preservativo, uso errado do anticoncepcional, etc.
Ação da anticoncepção de emergência
Atrasa ou inibe a ovulação, espessa o muco cervical, interfere na motilidade dos espermas, dificultando a migração do colo do útero para as trompas, onde estará o óvulo, e impede a fecundação.
Esquemas de anticoncepção de emergência
Etinilestradiol + levonorgestrel (esquema Yuzpe) ou Levonorgestrel 1.5 mg (pílula de emergência - AHE).
Indicação da anticoncepção de emergência
Preferencialmente nas primeiras 72 horas, com limite de 5 dias.
Efeitos colaterais da anticoncepção de emergência
Vômitos. Se ocorrer nas primeiras 2h após a ingestão, repetir a dose depois do uso de antiemético ou da alimentação.
Uso esporádico da anticoncepção de emergência
Deve ser usada apenas esporadicamente. Uso rotineiro pode levar à perda de eficácia e sobrecarga do organismo com doses hormonais altas, podendo causar complicações, como problemas hematológicos.
Implante subdérmico
Hormônio liberado na corrente sanguínea. Com levonorgestrel: Norplant. Com acetato de nomegestrol: Uniplant.
Benefícios dos anticoncepcionais injetáveis e implantes
Reduz o risco de câncer de endométrio e ovário, cisto de ovário, endometriose, anemia falciforme e doença inflamatória pélvica. Melhor opção para mulheres que esquecem de tomar o anticoncepcional oral diariamente.
Uso pós-aborto dos anticoncepcionais injetáveis e implantes
Podem ser usados pós-aborto.
Anticoncepcionais injetáveis no período puerperal
Para evitar o risco de doença tromboembólica, não devem ser utilizados antes dos 21 dias após o parto, entre as não lactantes.
Métodos hormonais para mulheres que estão amamentando
Minipílula + amamentação e anticoncepcional trimestral injetável (só progestogênio).
Implante subdérmico com Nestorone ou Elcometrina
Exemplos incluem Elmetrin.
Implante subdérmico com Etonogestrel
Implanon (mais comercializado no Brasil).
Benefícios do Implanon
Possui eficácia de 99.95%, sendo um dos métodos mais seguros e eficazes para evitar gravidez. Retorno à fertilidade é imediato após a suspensão do uso (retorno da ovulação 3-6 semanas após a remoção). Dura 3 anos, ideal para mulheres que esquecem métodos diários, semanais, mensais ou trimestrais. Não precisa de pausa entre os implantes. Não sofre a primeira passagem pelo fígado, por ser subcutâneo.
Sangramentos com Implanon
Explicar à usuária que é normal ter sangramentos intermenstruais, especialmente nos primeiros meses de uso. Em casos raros de sangramentos abundantes e/ou prolongados, não deve ser retirado o Implanon até o diagnóstico.
Métodos Comportamentais/Naturais
Ogino-Knaus (tabelinha), Sintotérmico (baseia-se em sinais e sintomas da ovulação), Método do colar (cyclebeads), Temperatura corporal basal, Muco cervical, Coito interrompido.
Métodos de barreira
Impedem por meio de obstáculos mecânicos e/ou químicos a trajetória do espermatozoide em direção ao óvulo. Exemplos incluem: preservativos masculinos e femininos, diafragma, espermicidas, capuz cervical, esponjas vaginais e DIU TCu 380A (de cobre).
Benefícios dos métodos de barreira
Não são métodos hormonais, logo não possuem efeitos sistêmicos. Ideal para pessoas com doenças endocrinometabólicas e contraindicações hormonais, comportamentais ou cirúrgicas. São removíveis e a fertilidade retorna imediatamente. Possuem poucos efeitos locais. Possuem eficácia elevada.
Coito desprotegido e métodos de barreira
Na ocorrência de coito desprotegido, indicar a pílula do dia seguinte e recomendar a associação desses métodos com os preservativos.
DIU de cobre 380A
Não possui hormônios, logo, é considerado um método de barreira. Dura 10 anos e é disponibilizado pelo SUS.
DIU MLCu-375
Dura 5 anos.
DIU hormonal
Além do DIU de cobre, também existe o DIU hormonal.
Quando pode ser colocado o DIU de cobre pós-aborto?
Imediatamente após aborto espontâneo/induzido, embora a taxa de expulsão chegue a 25%. Após aborto infectado: aguardar 3 meses e colocar se não houver mais infecção e se a mulher não estiver grávida.
Métodos definitivos: legislação antiga
Pela Lei nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996, só devem ser feitos em homens e mulheres com capacidade civil plena e mais de 25 anos; ou pelo menos 2 filhos vivos; ou nos casos de risco de vida para a mulher ou futuro concepto.
Métodos definitivos: nova legislação
A nova Lei nº 14.443 de 2 de setembro de 2022 diz que pode ser feita aos 21 anos sem filhos, e a laqueadura pode ser feita no parto e sem a autorização do marido.
Laqueadura Tubária
Procedimento cirúrgico simples e permanente que liga as tubas uterinas da mulher, impedindo o encontro dos espermatozoides com o óvulo.
Vasectomia
Procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro, rápido e permanente, feito ao nível ambulatorial. Consiste na ligadura dos canais deferentes, que são cortados e amarrados, cauterizados ou fechados com grampos, para interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais.
Quando pode ser colocado o DIU de cobre após o parto?
Logo depois da expulsão da placenta, até 10 minutos pós-dequitação, pois a taxa de expulsão é menor, ou até 48 horas. Após esse período, deve-se esperar de 4 a 6 semanas para inserir.
Quando pode ser colocado o DIU de cobre pós-aborto?
Imediatamente após aborto espontâneo/induzido. Se houver infecção, pode ser inserido depois de 3 meses, se já não houver mais infecção e se a mulher não estiver grávida.
Quando pode ser colocado o DIU de cobre ao trocar de método anticoncepcional?
Imediatamente.
DIU hormonal SIU-LNG-20 de levonorgestrel
Dura em torno de 5-7 anos. Nome comercial: Mirena.
Quando pode ser colocado o DIU hormonal em mulheres menstruando regularmente?
Entre o 1º e o 7º dia do ciclo menstrual.
Quando pode ser colocado o DIU hormonal pós-parto em lactantes?
6 semanas depois.
Quando pode ser colocado o DIU hormonal pós-parto em não lactantes?
Imediatamente depois ou nas 48 horas seguintes, embora a taxa de expulsão chegue a 20%. Passado esse período, deve-se aguardar 4 semanas.
Período de espera para esterilização
É necessário aguardar 60 dias entre a manifestação da vontade de realizar a esterilização e o ato cirúrgico, para que haja aconselhamento multidisciplinar.
Objetivo do aconselhamento multidisciplinar
Desencorajar a esterilização precoce, informando sobre os riscos da cirurgia, efeitos colaterais, possibilidade de arrependimento, dificuldades de reversão, instruções pré e pós-operatórias, e opções de contracepção reversíveis com eficácia similar.
Testemunho médico
2 médicos devem testemunhar em documento escrito e firmado sobre as orientações dadas durante o aconselhamento.
Consentimento dos cônjuges
Não é necessário mais o consentimento expresso de ambos os cônjuges.
Informação ao parceiro
O profissional deve recomendar a informação ao parceiro sobre a realização do exame, devido à necessidade de apoio no repouso pós-cirúrgico.
Riscos da cirurgia
Os riscos associados ao procedimento cirúrgico devem ser detalhados pela equipe multidisciplinar.
Efeitos colaterais
Os possíveis efeitos colaterais da esterilização devem ser informados à pessoa que deseja realizar o procedimento.
Possibilidade de arrependimento
A equipe deve informar sobre a possibilidade de arrependimento após a esterilização.
Dificuldades de reversão
Deve-se informar sobre as dificuldades e limitações na reversão do procedimento de esterilização.
Instruções pré e pós-operatórias
A pessoa deve receber instruções claras sobre os cuidados a serem tomados antes e após a cirurgia.
Opções de contracepção reversíveis
A equipe deve informar sobre as opções de contracepção reversíveis existentes com eficácia similar à esterilização.
Principais contraindicações a métodos combinados:
Anticoncepcionais combinados compreendem a pílula combinada, o anel vaginal, o injetável mensal e o adesivo transdérmico.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
O anticoncepcional combinado está contraindicado nos casos de enxaqueca com aura, em qualquer idade, devido a um maior risco de AVC nestes casos.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
A presença de hipertensão pulmonar, no contexto de uma doença cardíaca complicada, constitui uma contraindicação aos contraceptivos combinados categoria 4 pela OMS.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
História familiar de câncer de mama familiar contraindica os métodos combinados .
Verdadeiro ou falso?
Falso. A história familiar de câncer de mama não contraindica o método. Ele está contraindicado se paciente com histórico pessoal de câncer de mama.
O tabagismo contraindica de forma absoluta os contraceptivos combinados se carga tabágica ≥ 15 cigarros/dia e idade ≥ 35 anos, devido ao maior risco de doenças cardiovasculares, principalmente IAM.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
O uso de contraceptivos combinados na presença de veias varicosas é considerado categoria 3, ou seja, o método está contraindicado devido ao maior risco de trombose .
Verdadeiro ou falso?
Falso. O uso de contraceptivos combinados na presença de veias varicosas é considerado categoria 1, ou seja, o método está indicado!
A lei que regulamenta a esterilização cirúrgica no Brasil desde 2023 teve as seguintes alterações: A idade mínima passou de 25 para 21 anos, o consentimento do cônjuge não é mais necessário, e houve uma ampliação das condições para realização de esterilização no parto, desde que se respeite o prazo mínimo de 60 dias.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Os métodos contraceptivos anovulatórios vão preservar os oócitos e, por consequência, manter a reserva ovariana e postergar a menopausa.
Verdadeiro ou falso?
Falso. O processo de atresia folicular é contínuo e independe de períodos de anovulação, como gestação, amamentação exclusiva ou uso de anticoncepcionais hormonais. Não é, portanto, mecanismo para preservação da reserva ovariana.
O DIU de cobre causa uma reação inflamatória importante na cavidade intrauterina e isso leva a um impedimento de implantação do embrião; sendo assim, classificado como um método abortivo.
Verdadeiro ou falso?
Falso.O DIU de cobre causa uma reação inflamatória no útero que é tóxica para espermatozoides e óvulos, impedindo a fertilização. Ele provoca um espessamento do mico cervical e o torna hostil aos espermatozoides,por isso não é considerado um método abortivo, pois sua principal ação é prevenir a fertilização, não a implantação do embrião.
O método contraceptivo hormonal à base de implante de etonogestrel tem a vantagem de ser um método que mantém a ovulação e, por consequência, mantém a libido aumentada durante o período ovulatório.
Verdadeiro ou falso?
Falso. O método contraceptivo hormonal à base de implante de etonogestrel possui absorção sistêmica e leva à anovulação. Em geral, o uso sistêmico de progestágenos, como no implante, realiza inibição central para bloqueio da ovulação e é associado à redução do desejo sexual.
Os métodos à base de liberação de levonorgestrel intrauterino têm uma melhora significativa nas queixas de Tensão Pré-Menstrual (TPM) por ser um método anovulatório e assim diminuir as mudanças hormonais ocorridas após a ovulação.
Verdadeiro ou falso?
Falso. O mecanismo contraceptivo do DIU hormonal está relacionado ao espessamento do muco cervical e inibição do crescimento endometrial (duração de 5 anos). Não é um método anovulatório e não é capaz de diminuir as mudanças hormonais, pois promove apenas alterações locais.
Frente a uma paciente jovem, nuligesta, sem descrição de contraindicações, devemos lembrar dos LARCs, contraceptivos de longa ação, reversíveis, de alta eficácia.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro. Estes dispositivos não necessitam do comprometimento diário da paciente para sua eficácia e duram entre 3 e 10 anos. Seus representantes são o DIU de cobre, o SIU de levonorgestrel e o implante de etonogestrel.
As taxas de falha no primeiro ano de uso para pílulas anticoncepcionais, adesivos hormonais e anéis de barreira são semelhantes às taxas de falha de DIU ou implante hormonal.
Verdadeiro ou falso?
Falso. A eficácia das pílulas anticoncepcionais varia de acordo com o uso correto e o uso real. A eficácia com o uso correto é 99% e com o uso real, comumente usado, é 97%. A eficácia do DIU é 99%.
Lubrificantes oleosos não devem ser utilizados juntamente com os preservativos, pois podem causar grande redução em sua resistência.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro . A lubrificação vaginal durante a penetração com “camisinha” diminui o risco de rotura por atrito, mas devemos ressaltar que a adição vaginal de lubrificantes oleosos, vegetais e minerais, derivados do petróleo, como a vaselina, pode interagir quimicamente com o látex, provocando microrroturas. Por isso, não está recomendado o seu uso concomitantemente com os preservativos de látex natural. Nestes casos, devem ser utilizados lubrificantes à base de água.
O etinilestradiol é responsável pela diminuição das proteínas hepáticas, como a albumina e a proteína carreadora dos hormônios sexuais.
Verdadeiro ou falso?
Falso. O estrogênio age no fígado causando aumento da síntese de várias proteínas e enzimas, dentre elas, é responsável por um incremento da síntese da proteína carreadora dos hormônios sexuais (SHBG) e, por isso, tem efeito antiandrogênico (por menor circulação de hormônios androgênicos livres - “ativos”).
O etinilestradiol é responsável pela diminuição das proteínas hepáticas, como a albumina e a proteína carreadora dos hormônios sexuais.
Verdadeiro ou falso?
Falso. O estrogênio age no fígado causando aumento da síntese de várias proteínas e enzimas, dentre elas, é responsável por um incremento da síntese da proteína carreadora dos hormônios sexuais (SHBG) e, por isso, tem efeito antiandrogênico (por menor circulação de hormônios androgênicos livres - “ativos”).
Algumas medicações anticonvulsivantes possuem interações com contraceptivos orais, como a fenitoína, carbamazepina, barbitúricos, topiramato; a OMS coloca como critérios de elegibilidade 3; a exceção está no ácido valproico, em que não há contraindicação para associação com contraceptivo hormonal.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
O progestágeno com maior efeito antiandrogênico é a ciproterona .
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro . A ciproterona é considerada o progestágeno mais antiandrogênico, sendo ótima para o tratamento de hirsutismo e da acne.
O dienogeste é derivado da testosterona, tem efeito antiandrogênico, porém, não tem ação mais antiandrogênica que a ciproterona .
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
O levonorgestrel é um dos progestágenos de maior potencial androgênico,porém é menos trombogênico .
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
A drospirenona é essencialmente antimineralocorticoide e exerce algumas funções antiandrogênicas, porém, não é a mais potente nesse aspecto.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
O implante hormonal é um método anticoncepcional que vem ganhando popularidade, pois tem longa duração, baixo índice de efeitos colaterais e complicações e a mais alta eficácia anticoncepcional do mercado. Seu efeito é devido à presença do progestágeno
Gestodeno.
Verdadeiro ou falso?
Falso. É o etonorgestrel. A grande vantagem desse método é o tempo de ação: pode durar até 3 anos. O único implante liberado no Brasil é o Implanon®, também chamado de implante de etonogestrel.
Os métodos contraceptivos podem ser divididos entre irreversíveis: ligadura tubária e vasectomia; reversíveis: anticoncepcionais orais, dispositivos intrauterinos; métodos de barreira e métodos comportamentais.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Os dispositivos intrauterinos (DIU) podem ser de cobre, prata ou de liberação hormonal. Trata-se de um método com taxa de falha similar à esterilização cirúrgica feminina, de longa duração, por isso é considerado de baixo custo.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Os dispositivos intrauterinos podem aumentar cólicas e o fluxo menstrual, em especial o DIU de cobre, além de poderem aumentar a prevalência de doença inflamatória pélvica e dores pélvicas, perfuração uterina.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Apesar da taxa de falha ser muito pequena, existe a possibilidade de gravidez durante seu uso. Caso não haja visualização dos fios do DIU para retirada via exame especular, realiza-se histeroscopia para a retirada do dispositivo em mulheres cuja idade gestacional for menor que ——— semanas, uma vez que a presença do DIU durante a gestação contribui com risco de aborto séptico, amniorrexe prematura e corioamnionite.
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Contracepção no Puerpério em Paciente Amamentando:
• < 6 semanas pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 4
• Injetável trimestral (AMP): categoria 3
• Pílula progesterona, implante, DIU-LNG: categoria 2
• DIU de cobre: categoria 1
• Entre 6 semanas e 6 meses pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 3
• Demais métodos: categoria 1
• Ou seja, só NÃO PODE COMBINADO!
• ≥ 6 meses pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 2
• Demais métodos: categoria 1
• Ou seja, pode TUDO!
Contracepção no Puerpério em Paciente Amamentando:
• < 6 semanas pós-parto:
Métodos hormonais combinados: categoria 4
• Injetável trimestral (AMP): categoria 3
• Pílula progesterona, implante, DIU-LNG: categoria 2
• DIU de cobre: categoria 1
• Entre 6 semanas e 6 meses pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 3
• Demais métodos: categoria 1
• Ou seja, só NÃO PODE COMBINADO!
• ≥ 6 meses pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 2
• Demais métodos: categoria 1
• Ou seja, pode TUDO!
Contracepção no Puerpério em Paciente NÃO Amamentando:
• < 3 semanas pós-parto:
• Métodos hormonais combinados: categoria 3
• Demais métodos: categoria 1
• Ou seja, só NÃO PODE COMBINADO!
• ≥ 3 semanas pós-parto:
• Exceto pelo DIU, que deverá ser inserido apenas nas primeiras 48h pós-parto ou após 4 semanas, os demais métodos estão liberados (são categoria 2 ou 1).
Temos diversas formas de anticoncepção, e por isso, a OMS possui os critérios de elegibilidade, para que possamos indicar o melhor método de acordo com a condição da paciente. A indicação é dividida em números :
- Use o método em qualquer circunstância.
- De modo geral, use o método
- Em geral, não se recomenda esse método, a não ser que outros métodos mais adequados não estejam disponíveis ou sejam aceitáveis
- Não use o método
Critérios de elegibilidade para os métodos contraceptivos quando temos uma história prévia de trombose venosa profunda:
Migrânea é contraindicação absoluta ao uso de contraceptivos combinados.
Verdadeiro ou falso?
Falso . Migrânea com aura é contraindicação absoluta ao uso de contraceptivos combinados.
Contraindicações absolutas ao DIU:
- Gravidez
- Doença inflamatória pélvica (DIP) ou doença sexualmente transmissível (DST) atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses)
- Sepse puerperal
- Imediatamente pós-aborto séptico
- Cavidade uterina severamente deturpada
- Hemorragia vaginal inexplicada
- Câncer cervical ou endometrial
- Doença trofoblástica maligna
- Alergia ao cobre (para DIUs de cobre)
- Câncer de mama atual (para DIU de LNG)
Paciente com diabetes por mais de 20 anos ou com complicações tem contraindicação ao método contraceptivo combinado. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro: Diabetes por mais de 20 anos ou com complicações está na categoria 4, sendo contraindicado o uso de contraceptivos combinados.
A categoria 2 dos critérios de elegibilidade dos contraceptivos indica que o método pode ser utilizado sem restrições. Verdadeiro ou falso?
Falso: A categoria 2 indica que o método pode ser utilizado com cautela e precauções, não sem restrições.
Tabagismo em mulheres acima de 35 anos é uma contraindicação relativa ao uso de contraceptivos combinados. Verdadeiro ou falso?
Falso: Tabagismo em mulheres acima de 35 anos é uma contraindicação absoluta (categoria 4) para o uso de contraceptivos combinados.
Contraceptivos combinados são contraindicados em casos de hipertensão arterial controlada. Verdadeiro ou falso?
Falso: A contraindicação ocorre em casos de hipertensão arterial descontrolada, ou seja, quando a pressão arterial está acima de 160 x 110 mmHg.
Diabetes sem complicações e com menos de 20 anos de evolução contraindica o uso de contraceptivos combinados. Verdadeiro ou falso?
Falso: Nesses casos, o uso de contraceptivos combinados é permitido com cautela, correspondendo à categoria 2 ou 3, dependendo do quadro clínico.
Infarto prévio ou atual é uma contraindicação ao uso de contraceptivos combinados. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro: Infarto prévio ou atual é uma contraindicação absoluta (categoria 4) para o uso de contraceptivos combinados.
Progestágenos são contraindicados em pacientes com hipertensão arterial não controlada ou tromboembolismo atual. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro: Progestágenos são contraindicados em pacientes com hipertensão arterial acima de 160 x 110 mmHg ou em caso de tromboembolismo atual.