Epidemiologia Flashcards

1
Q

Qual é o foco da epidemiologia clínica e como ela utiliza as ferramentas diagnósticas na prática médica?

A
  • Origem da Epidemiologia Clínica: Surge da medicina clínica e da epidemiologia, aplicando métodos epidemiológicos para aprimorar o diagnóstico e manejo de pacientes de forma individualizada.
  • Objetivos da Epidemiologia Clínica: Busca responder perguntas sobre a história natural da doença, incluindo fatores de risco, causas, progressão e prognóstico, além de abordar aspectos diagnósticos e terapêuticos.
  • Ferramentas Diagnósticas: Incluem a história clínica, achados de exame físico e exames complementares. A eficácia dessas ferramentas é influenciada pela prevalência da condição na população à qual o indivíduo pertence, impactando os valores preditivos dos testes diagnósticos.
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2
Q

Quais são os níveis de prevenção de doenças e como a triade de interação influencia esses níveis?

A
  • Prevenção Primária:
    • Foco na promoção da saúde e proteção específica.
    • Inclui vacinação, educação para hábitos saudáveis e medidas preventivas como uso de protetor solar.
  • Prevenção Secundária:
    • Envolve diagnóstico precoce e limitação da invalidez.
    • Inclui exames regulares e rastreamentos para detectar doenças em estágios iniciais.
  • Prevenção Terciária:
    • Concentra-se na reabilitação de indivíduos afetados por doenças.
    • Inclui terapias e programas de reabilitação para melhorar a função e qualidade de vida.
  • Prevenção Quaternária:
    • Visa evitar iatrogenias e tratamentos desnecessários.
    • Enfatiza a necessidade de evitar exames e intervenções médicas excessivas que não agregam valor ao cuidado do paciente.
  • Triade de Interação:
    • Composta por Hospedeiro, Agente e Ambiente.
    • Descreve como a interação desses três fatores influencia a propagação e prevenção de doenças.
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3
Q

Como o modelo de Leavell e Clark descreve a história natural das doenças e quais são os papéis da triade de interação e dos diferentes níveis de prevenção na saúde pública?

A

A imagem apresenta a “História Natural das Doenças” segundo o modelo de Leavell e Clark, estruturada em fases e níveis de prevenção, e também destaca a importância da triade de interação.

  • Triade de Interação:
    • Hospedeiro: O indivíduo que pode contrair a doença.
    • Agente: O organismo ou substância que causa a doença.
    • Ambiente: As condições externas que afetam a exposição, suscetibilidade ou resposta do hospedeiro ao agente.
  • Fases da História Natural das Doenças:
    • Pré-patogênese (antes de adoecer): Nesta fase, o foco está em evitar o surgimento da doença através da promoção da saúde e proteção específica (como vacinação).
    • Patogênese (já está doente): Após o surgimento da doença, os esforços se dividem em:
      • Secundária: Diagnosticar a doença precocemente e iniciar tratamento para limitar a incapacidade.
      • Terciária: Focar na reabilitação dos indivíduos afetados para melhorar sua qualidade de vida.
      • Quaternária: Prevenir danos adicionais causados por tratamentos excessivos ou inadequados, também conhecidos como iatrogenia.
  • Níveis de Prevenção:
    • Primária: Ações para melhorar a saúde geral e prevenir a ocorrência da doença.
    • Secundária: Ações para detectar e tratar doenças o mais cedo possível.
    • Terciária: Ações para reduzir o impacto de doenças de longo prazo através de reabilitação.
    • Quaternária: Ações para minimizar ou evitar consequências de intervenções médicas desnecessárias.

Essa estrutura ajuda a entender como a saúde pode ser protegida e promovida em diferentes estágios da doença e como os fatores envolvidos interagem para influenciar a saúde.

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4
Q

Como a epidemiologia define seu campo de estudo e quais são seus objetivos principais no contexto da saúde pública, incluindo as estratégias para prevenção, controle e erradicação de doenças?

A
  • Definição de Epidemiologia:
    • É o estudo sobre populações, focando em aspectos que afetam a saúde coletiva.
    • Analisa o impacto de diversos fatores na saúde das populações.
  • Processo de Saúde-Doença:
    • Explora o processo saúde-doença, incluindo a distribuição dos fatores determinantes.
    • Examina as enfermidades, danos e eventos associados à saúde coletiva, buscando entender padrões e causas.
  • Objetivos Principais:
    • Prevenção: Estabelece métodos para prevenir o surgimento de doenças.
    • Controle: Foca no controle da propagação de doenças.
    • Erradicação: Visa eliminar completamente uma doença específica.
    • Fornece indicadores essenciais para a avaliação e o planejamento em saúde pública.
  • Estudo dos Fatores Epidemiológicos:
    • Investiga os fatores que determinam a frequência e a distribuição de doenças na população.
    • Ajuda a identificar grupos de risco e áreas prioritárias para intervenção em saúde pública.
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5
Q

É a elevação do número de casos de uma doença ou agravo. Ou seja , é um excesso em relação á frequência esperada:

A

Epidemia

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6
Q

É a presença constante de determinada doença dentro dos limites esperados em um período de tempo ILIMITADO:

A

Endemia

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7
Q

Ocorre com uma Larga distribuição espacial que atinge várias nações. Mundial.

A

Pandemia

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8
Q

Tipo de epidemia em que os casos se restringem em uma área geográfica, pequena e bem delimitados. Ex.: Creches, escolas.

A

Surtos

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9
Q

Estudos retrospectivos X Estudos prospectivos :

A
  1. Estudos Retrospectivos:
    • Definição: Analisam dados já existentes para investigar efeitos de exposições ou intervenções passadas na saúde.
    • Indicação: São mais indicados quando é necessário estudar doenças raras ou quando se busca uma resposta rápida, pois utilizam dados já coletados, evitando o longo período de acompanhamento necessário nos estudos prospectivos.
    • Exemplo: Um estudo de caso-controle que examina pacientes que desenvolveram uma doença específica e compara com indivíduos saudáveis para identificar exposições passadas que podem ter contribuído para a doença.
  2. Estudos Prospectivos:
    • Definição: Iniciam com a coleta de dados a partir de um ponto no tempo e acompanham os indivíduos para observar como fatores de risco afetam o desenvolvimento de doenças.
    • Indicação: São ideais para estudar a progressão de doenças ao longo do tempo e os efeitos de longo prazo de exposições ou intervenções. Eles são particularmente úteis quando há necessidade de evidências sólidas sobre a causalidade.
    • Exemplo: Um estudo de coorte que segue um grupo de indivíduos saudáveis para determinar como o tabagismo influencia o surgimento de doenças cardíacas.

A escolha entre um estudo retrospectivo ou prospectivo dependerá dos objetivos específicos da pesquisa, da disponibilidade de dados, do tempo disponível para a conclusão do estudo e da natureza da doença ou condição em estudo.

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10
Q

Como se classificam as epidemias e quais são as características principais de cada tipo?

A

Conceitos de Epidemia:
1. Por Fonte Comum:
- A exposição é simultânea.
- Muitos casos ocorrem dentro do mesmo intervalo de tempo.
- Os casos têm igual período de incubação e sintomas clínicos da doença.
- A fonte da epidemia é já conhecida.

  1. Progressiva:
    • Os casos não se originam de uma única fonte.
    • A transmissão ocorre de pessoa para pessoa ou de animal para animal.
    • A fonte da epidemia é desconhecida.
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11
Q

O Que são casos autóctones e alóctones de doenças, e poderia fornecer exemplos de cada tipo?

A
  • Caso Autóctone:
    • Definição: Caso de doença originado no mesmo local onde é diagnosticado.
    • Exemplo: Uma pessoa adquire tuberculose na cidade onde mora. Este caso é considerado autóctone porque a infecção ocorreu no mesmo ambiente em que a pessoa vive.
  • Caso Alóctone:
    • Definição: Caso de doença importada de outro local.
    • Exemplo: Uma pessoa viaja para um país onde há surtos de malária e contrai a doença lá. Ao retornar para sua cidade natal, onde não há transmissão local de malária, o caso é classificado como alóctone. Outro exemplo seria uma pessoa que viaja para uma região com casos de sarampo e, ao retornar, é diagnosticada com a doença.
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12
Q

Quais são os tipos de variáveis estudados na epidemiologia?

A
  • Variáveis principais:
    • Tempo: Refere-se ao período em que os eventos de saúde ocorrem, ajudando a entender padrões como sazonalidade e tendências a longo prazo.
    • Sazonal: Variações de curto prazo, como doenças mais comuns em determinadas estações do ano (exemplo: gripe no inverno).
    • Ciclo: Variações que ocorrem em períodos maiores que um ano.
    • Secular: Mudanças que acontecem ao longo de muitos anos, mostrando tendências de longo prazo na incidência ou prevalência de doenças.
    • Lugar: Analisa onde as doenças ocorrem, o que pode indicar fatores geográficos ou ambientais importantes na sua disseminação.
    • Pessoa: Investiga “quem” é afetado pelas condições de saúde, considerando características como idade, sexo, etnia, ocupação, entre outros fatores sociais e biológicos.

Estas variáveis ajudam a responder às questões de “quando”, “onde” e “quem” na epidemiologia, essenciais para a implementação de medidas preventivas e de controle de doenças.

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13
Q

Quais são os principais fatores determinantes da saúde segundo o modelo de Dahlgren e Whitehead e como eles influenciam a saúde pública?

A
  1. Determinantes Primários:
    • Fatores individuais: Idade, sexo e características hereditárias.
    1. Determinantes Secundários:
      • Estilos de vida individuais: Comportamentos e hábitos pessoais, como dieta, atividade física, uso de tabaco e álcool.
    2. Determinantes Terciários:
      • Redes sociais e comunitárias: Suporte social, amizades e redes de contato que podem influenciar comportamentos e acesso a recursos.
    3. Determinantes Quaternários:
      • Condições de vida e trabalho: Condições de trabalho, desemprego, habitação, acesso à água e saneamento, serviços de saúde, educação e ambiente físico.
    4. Determinantes Quíntuplos:
      • Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais: Políticas econômicas, culturais e ambientais mais amplas que influenciam as condições de vida e trabalho, como políticas públicas, distribuição de renda, acesso a serviços e cultura.
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14
Q

Como são definidos os indicadores de excelência em saúde e quais são as principais categorias em que eles são classificados?

A
  • Validade (sensibilidade e especificidade): Refere-se à precisão com que o indicador pode medir o que é suposto medir, identificando corretamente os casos verdadeiros (sensibilidade) e excluindo os não casos (especificidade).
    • Mensurabilidade: Capacidade de ser quantificado ou medido de forma objetiva e consistente.
    • Relevância: Importância do indicador para o problema de saúde ou para a população a que se aplica.
    • Confiabilidade: Consistência dos resultados do indicador em diferentes medições ou em diferentes condições de estudo.
    • Custo efetividade: Relação entre o custo de implementação do indicador e os benefícios trazidos por sua utilização, ponderando a eficiência econômica.
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15
Q

Como se calcula o coeficiente de mortalidade geral :

A
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16
Q

Como se calcula o coeficiente de mortalidade infantil ?

A
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17
Q

Como se calcula o coeficiente de mortalidade materno ?

A
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18
Q

Como se calcula o coeficiente de letalidade ?

A
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19
Q

Defina o que é incidência ,prevalência ,taxa de incidência e taxa de prevalência:

A

Incidência
- Definição: Refere-se ao número de novos casos de uma doença ou condição de saúde que ocorrem em uma população específica durante um período determinado de tempo.
- Propósito: Ajuda a entender a velocidade com que uma doença se espalha em uma população.

Prevalência
- Definição: Indica o número total de casos de uma doença ou condição de saúde existentes em uma população em um momento específico, incluindo tanto novos casos quanto aqueles existentes anteriormente.
- Propósito: Reflete a carga geral de uma doença na população, mostrando o quanto uma doença é comum e persistente.

Taxa de Incidência
- Definição: Medida da frequência com que novos casos de uma doença ocorrem em uma população durante um período específico. Geralmente, é expressa por 100.000 habitantes.

  • Propósito: Avalia o risco de desenvolver a doença em uma população durante o tempo especificado, útil para avaliar e planejar intervenções de saúde.

Taxa de Prevalência
- Definição: Proporção do número de casos de uma doença (novos e existentes) em relação ao número total de indivíduos em uma população em um momento específico.
- Propósito: Fornece uma visão instantânea de quão generalizada está a doença ou condição dentro de uma população, crucial para o planejamento de recursos de saúde e avaliação de políticas de saúde pública.

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20
Q

Defina morbidade, letalidade e mortalidade :

A

Morbidade
- Definição: Refere-se à frequência ou proporção de indivíduos que são afetados por uma determinada doença em um período e local específicos.
- Propósito: Morbidade é usada para descrever o nível de doença dentro de uma população. A análise da morbidade ajuda a determinar a necessidade de serviços de saúde, a efetividade das intervenções de saúde pública, e é crucial para o planejamento e alocação de recursos de saúde.

Letalidade
- Definição: É uma medida da severidade de uma doença, indicando a proporção de pessoas que morrem de uma determinada doença entre os que foram diagnosticados com ela durante um período específico.

  • Propósito: A letalidade é usada para avaliar a gravidade de uma doença e a eficácia das intervenções médicas. Ela é especialmente relevante em surtos ou pandemias para determinar a agressividade de uma doença infecciosa.

Mortalidade
- Definição: Refere-se ao número de mortes que ocorrem em uma população durante um período específico, geralmente expresso por 100.000 habitantes.
- Propósito: A mortalidade é um indicador-chave de saúde pública que reflete a qualidade de vida e a eficácia dos sistemas de saúde de uma região. É utilizada para avaliar riscos de saúde, priorizar doenças para intervenção e medir o impacto de políticas de saúde pública.

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21
Q

Representa a capacidade de um agente infeccioso produzir casos graves e fatais:

A

Virulência

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22
Q

Representa a capacidade de penetrar, de se desenvolver e de se multiplicar no hospedeiro:

A

Infectividade

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23
Q

É a capacidade de invadir os tecidos do organismo hospedeiro:

A

Poder Invasor

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24
Q

É a capacidade de causar enfermidade/doença,com sinais e sintomas :

A

Patogenicidade

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25
Q

Conceitue risco e risco relativo :

A

Risco:
- Definição: Risco é a probabilidade de ocorrência de um evento, como uma doença ou outro agravo à saúde, em um determinado período de tempo e local específico. Ele indica uma situação de perigo que é reconhecida por uma pessoa ou grupo.
- Características:
- É uma medida de expectativa de que um evento prejudicial possa ocorrer.
- Associado a qualquer atividade humana, sugerindo que, embora o risco possa ser minimizado, ele não pode ser completamente eliminado.
- Na vida real, não existe “risco zero”.

Risco Relativo
- Definição: O risco relativo é uma medida estatística que compara a probabilidade de um evento ocorrer em dois grupos distintos, geralmente entre pessoas expostas a um fator de risco e pessoas não expostas.
- Utilização:
- Verificar Associação: Serve para determinar se existe uma associação entre um fator de risco e um desfecho de saúde.
- Medir Intensidade da Associação: Quantifica a força dessa associação, indicando quão maior (ou menor) é o risco de desenvolver a doença ou condição em um grupo exposto em relação ao não exposto.
- Exemplo Prático:
- Se o risco de desenvolver câncer de pulmão é 4 vezes maior em fumantes do que em não fumantes, o risco relativo seria 4, indicando uma forte associação entre fumar e o desenvolvimento de câncer de pulmão.

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26
Q

Quais são os 3 tipos de estudos usados na epidemiologia?

A
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27
Q

Como são classificados os estudos epidemiológicos e quais são as principais características e objetivos de cada tipo de estudo?

A

Estudos Descritivos
- Objetivo: Descrever a ocorrência de doenças e outros fenômenos de saúde.
- Tipos:
- Estudos ecológicos ou de correlação: Investigam as relações entre características da população e saúde em um nível coletivo.
- Relato de casos ou séries de casos: Descrição detalhada de casos individuais ou séries de casos, observando características e possíveis associações.
- Estudos seccionais ou de corte transversal: Capturam dados em um único ponto no tempo, possibilitando observar prevalência e correlações pontuais.

Estudos Analíticos
- Objetivo: Observar e inferir associações ou relações causais entre variáveis.
- Tipos:
- Estudos de coorte: Seguem grupos de indivíduos ao longo do tempo (prospectivos), comparando aqueles expostos e não expostos a certos fatores para testar hipóteses.
- Caso-controle: Avaliam indivíduos com a condição (casos) em relação aos sem (controles) de forma retrospectiva, buscando identificar fatores de risco ou causais.
- Transversal: Medem a prevalência de doenças e associações em um ponto específico no tempo.

Estudos Experimentais
- Objetivo: Testar eficácia de intervenções através do controle rigoroso das condições de estudo.
- Tipos:
- Ensaio clínico randomizado: Pacientes são aleatoriamente designados a grupos de tratamento ou controle para testar a eficácia de intervenções médicas.
- Ensaio de campo e comunitário: Focam em intervenções em ambientes reais, avaliando sua eficácia em contextos comunitários ou populacionais.

Investigação Temporal
- Prospectiva: Avança no tempo, seguindo participantes para observar o desenvolvimento de condições ou respostas a intervenções.
- Retrospectiva: Olha para trás no tempo para analisar dados passados ou condições para compreender causas e efeitos.

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28
Q

Caso- controle:

A
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29
Q

Estudo ecológico:

A
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30
Q

Estudo de coorte:

A
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31
Q

Estudo transvesal:

A
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32
Q

Inquérito ou Survey:

A
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33
Q

Ensaio clínico randomizado :

A
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34
Q

Ensaio comunitário:

A
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35
Q

Ensaio de campo ;

A
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36
Q

Voltada a evitar o surgimento e a consolidação de padrões de vida sociais, econômicos e culturais que contribuem para elevar o risco de adoecer; esse é o nível de prevenção mais recentemente reconhecido e tem grande relevância no campo da saúde populacional; as medidas contra os efeitos mundiais da poluição atmosférica, ou o estabelecimento de uma dieta nacional baixa em gordura animal saturada são exemplos de:

A

Prevenção primordial

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37
Q

Neste campo a pessoa não sente-se adoecida e a doença ainda não está presente. Aqui estão as atividades de prevenção como a imunização:

A

Prevenção primária

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38
Q

Neste campo a pessoa não se sente adoecida e a doença está presente em um estágio inicial. Medidas como diagnóstico precoce e rastreio de doenças estão incluídas nesse campo.

A

Prevenção Secundária

39
Q

Neste campo a pessoa se sente adoecida e a doença está presente. Estão incluídas as atividades de tratamento e reabilitação.

A

Prevenção terciária

40
Q

Neste campo a pessoa se sente adoecida, porém a doença não está presente. O médico deve estar atento para identificar esse risco de possíveis intervenções desnecessárias que causariam dano.

A

Prevenção quaternária

41
Q

Uma campanha Antitabagismo para não fumantes é um exemplo de prevenção primordial ,ao passo que uma campanha antitabagista para fumantes é um exemplo de prevenção primária.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

  • Campanha Antitabagismo para não fumantes é um exemplo de prevenção primordial, pois visa evitar o surgimento e a consolidação de um hábito que aumenta o risco de adoecer.
  • Campanha Antitabagismo para fumantes é um exemplo de prevenção primária, pois busca reduzir a incidência de doenças relacionadas ao tabagismo ao eliminar o fator de risco em indivíduos que já têm o hábito de fumar.
42
Q

A prevalência de uma determinada doença é a expressão do número de casos novos e antigos da mesma.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

43
Q

A incidência é um bom indicador para analisar doenças crônicas.
Verdadeiro ou falso?

A

Falso . A PREVALÊNCIA é ótima para analisar doenças crônicas

44
Q

3 fatores que aumentam a prevalência:

A

↑ incidência,

Droga que melhora, mas não cura;

Imigração de doentes

45
Q

Variáveis que diminuem prevalência: (3)

A

Morte;

Cura;

Emigração de doentes .

46
Q

A prevalência de uma doença varia proporcionalmente com o produto da incidência pela duração da doença.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

Prevalência = Incidência x Duração (P=I x D)

47
Q

A melhoria das possibilidades diagnósticas está relacionada à diminuição da prevalência.
Verdadeiro ou falso?

A

Falso.

A melhoria das possibilidades diagnósticas geralmente está relacionada ao aumento da prevalência, pois mais casos são identificados e diagnosticados. Com melhores diagnósticos, a quantidade de pessoas detectadas com a doença aumenta, elevando assim a prevalência.

48
Q

Uma determinada doença possui incidência de 10 casos novos por 10.000 habitantes e prevalência de 6 casos por 1.000 habitantes. Qual é a duração desta doença em anos?

a. 24 anos
b. 12 anos
c. 10 anos
d. 6 anos

A

Para encontrar Duração,dividimos a prevalência pela incidência:

Portanto, a duração média da doença é de 6 anos.Letra D

49
Q

A incidência depende do número de casos novos de uma doença.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

50
Q

A incidência é um bom parâmetro para analisar doenças agudas .
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

51
Q

Uma doença aguda que provoca óbito em curto espaço de tempo, com alta taxa de letalidade:

a. Tem baixo coeficiente de prevalência
b. Tem baixo coeficiente de incidência
c. Influencia fortemente a taxa de mortalidade geral de uma população
d. É sempre infecciosa

A

A Tem baixo coeficiente de prevalência

Justificativa: Doenças agudas com alta taxa de letalidade geralmente resultam em óbito rápido, o que significa que não permanecem na população por longos períodos. Isso resulta em um baixo coeficiente de prevalência, pois a prevalência é uma medida do número total de casos (novos e antigos) em um dado momento. Se os pacientes morrem rapidamente, há menos casos existentes em um dado ponto no tempo.

52
Q

Assinale a alternativa que expressa o componente mais sensível aos efeitos do saneamento básico para o óbito em menores de um ano de vida:

a. Neonatal
b. Neonatal precoce
c. Pós neonatal

A

Pós neonatal

O componente pós-neonatal da mortalidade infantil (ou seja, mortes que ocorrem entre 28 dias e um ano de idade) é mais sensível aos efeitos do saneamento básico e das condições ambientais. Melhorias no saneamento básico, acesso a água potável e condições de higiene impactam diretamente a redução de infecções e doenças que afetam crianças nessa faixa etária.

53
Q

Principais sistemas de informação epidemiológicos:

A

• SINASC: sistema informação dos nascidos vivos
• SIM: sistema informação de mortalidade
• SINAN: sistema nacional dos agravos de notificação
• SIH: sistema informação hospitalar (relacionado ao SUS)
• IBGE: população

54
Q

Mortalidade: Definição

A

Redução da extensão de vida; anos de vida perdidos

55
Q

Exemplo de Mortalidade

A

Expectativa de vida aos 25 anos é viver até 75 anos. Morte aos 25 anos = perda de 50 anos de vida

56
Q

Principais Causas de Mortalidade no Brasil

A

Homicídio, IAM, AVE, acidente de trânsito

57
Q

Morbidade: Definição

A

Redução da qualidade de vida; anos vividos com incapacidade

58
Q

Exemplo de Morbidade

A

Acidente aos 25 anos, paraplegia, expectativa de 50 anos, qualidade de vida reduzida pela metade = 25 anos perdidos

59
Q

Principais Causas de Morbidade no Brasil

A

Dor lombar, cefaleia, ansiedade, depressão

60
Q

DALY: Definição

A

Anos potenciais de vida perdidos ajustados por incapacidade

61
Q

Fórmula do DALY

A

DALY = anos de vida perdidos + anos vividos com incapacidade

62
Q

Tripla Carga de Doenças no Brasil

A

Transmissíveis e nutricionais, não transmissíveis, externas

63
Q

Pandemia: Excesso de Óbitos

A

Aumento de mortes em 2020 não devido apenas ao COVID-19

64
Q

Outras Causas de Excesso de Óbitos na Pandemia

A

Sobrecarga dos hospitais, interrupção no tratamento de doenças crônicas, redução na busca por assistência médica

65
Q

A taxa de mortalidade infantil é um indicador social representado pelo número de crianças que morreram antes de completar um ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

66
Q

A mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos neonatal precoce (0 - 6 dias de vida), neonatal tardio (7 - 27 dias) e pós-neonatal (28 dias e mais).
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

67
Q

De acordo com a OMS, morte materna (ou óbito materno) é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

68
Q

As mortes acidentais ocorridas na gravidez são consideradas no cálculo da maternidade materna .
Verdadeiro ou falso?

A

Falso . Não é considerada morte materna a provocada por fatores acidentais ou incidentais.

69
Q

A morte materna pode ser dividida em:

A

• Morte materna obstétrica direta: causada por complicações obstétricas durante a gravidez, o parto ou o puerpério.
• Morte materna indireta: decorrente de doenças existentes antes da gestação ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez e que não foram provocadas por causas obstétricas diretas.
• Morte materna tardia: óbito de uma mulher devido a causas obstétricas diretas ou indiretas, ocorrido em um período superior a 42 dias e inferior a 1 ano após o fim da gravidez.

70
Q

Morte Materna Obstétrica Direta:

A

Óbito causado por complicações obstétricas durante a gravidez, o parto ou o puerpério.
• Exemplo: Uma mulher morre devido a uma hemorragia pós-parto causada por uma atonia uterina.
• Descrição: A hemorragia pós-parto é uma complicação obstétrica direta que ocorre imediatamente após o parto, devido à incapacidade do útero de contrair adequadamente.

71
Q

Morte Materna Indireta:

A

Óbito decorrente de doenças existentes antes da gestação ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez e que não foram provocadas por causas obstétricas diretas.
• Exemplo: Uma mulher com cardiopatia pré-existente morre devido a uma descompensação cardíaca durante a gravidez.
• Descrição: A descompensação cardíaca não é uma complicação obstétrica direta, mas a gravidez aumentou a carga cardiovascular, levando à morte da paciente.

72
Q

Morte Materna Tardia:

A

Óbito de uma mulher devido a causas obstétricas diretas ou indiretas, ocorrido em um período superior a 42 dias e inferior a 1 ano após o fim da gravidez.

• Exemplo: Uma mulher desenvolve uma infecção severa devido a um procedimento obstétrico mal sucedido e morre seis meses após o parto.
• Descrição: A infecção foi uma complicação de um procedimento obstétrico, mas a morte ocorreu após o período do puerpério imediato, classificando-se como morte materna tardia.

73
Q

O coeficiente de risco é uma medida utilizada para avaliar a probabilidade de ocorrência de um evento, como a mortalidade, em uma população específica.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.
O coeficiente é calculado com o numerador (número de eventos) sempre diferente do denominador (população em risco).

Por exemplo, ao calcular o coeficiente de risco de óbitos em indivíduos com mais de 50 anos, utilizamos:

•	Numerador: Número de óbitos em pessoas com mais de 50 anos.
•	Denominador: População total de pessoas com mais de 50 anos.
74
Q

Índice / proporção:

A

O numerador e o denominador são iguais em termos de categorias, permitindo a comparação dentro do mesmo conjunto de dados.

Por exemplo, ao calcular a proporção de óbitos em indivíduos com mais de 50 anos em relação ao número total de óbitos, utilizamos:

•	Numerador: Número de óbitos em pessoas com mais de 50 anos.
•	Denominador: Número total de óbitos em todas as idades.
75
Q

Principais coeficientes de mortalidade específicos:

A
76
Q

O período perinatal começa em 22 semanas completas (ou 154 dias) de gestação e termina aos sete dias completos após o nascimento, ou seja, de 0 a 6 dias de vida (período neonatal precoce). Os nascimentos totais incluem os nascidos vivos e os óbitos fetais.
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

77
Q

Os sistemas de informação em saúde são instrumentos padronizados de monitoramento e coleta de dados.

A

Verdadeiro: Os sistemas de informação em saúde são padronizados para monitoramento e coleta de dados.

78
Q

Os sistemas de informação em saúde objetivam prover informações para análise de importantes problemas de saúde da população.

A

Verdadeiro: Esses sistemas objetivam prover informações para análise de problemas de saúde.

79
Q

Os sistemas de informação em saúde não auxiliam na prática da Vigilância Epidemiológica.

A

Falso: Esses sistemas auxiliam na prática da Vigilância Epidemiológica.

80
Q

Os sistemas de informação em saúde auxiliam profissionais e equipes de saúde na tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e federal.

A

Verdadeiro: Esses sistemas auxiliam na tomada de decisões em diferentes níveis governamentais.

81
Q

O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) permite a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país.

A

Verdadeiro: O SIM permite a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país.

82
Q

O Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) não reúne informações epidemiológicas referentes aos nascimentos.

A

Falso: O SINASC reúne informações epidemiológicas referentes aos nascimentos.

83
Q

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) objetiva coletar, transmitir e disseminar dados de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória.

A

Verdadeiro: O SINAN coleta, transmite e dissemina dados de vigilância epidemiológica.

84
Q

O Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) permite avaliar o perfil de morbidade e mortalidade hospitalar no SUS.

A

Verdadeiro: O SIH-SUS permite avaliar o perfil de morbidade e mortalidade hospitalar no SUS.

85
Q

O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) possibilita o registro do quantitativo populacional vacinado e dos imunobiológicos aplicados.

A

Verdadeiro: O SI-PNI registra o quantitativo populacional vacinado e os imunobiológicos aplicados.

86
Q

O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) permite o monitoramento das condições de vida e saúde dos indivíduos e famílias cadastradas.

A

Verdadeiro: O SISAB permite o monitoramento das condições de vida e saúde dos cadastrados.

87
Q

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) não possibilita o monitoramento do perfil alimentar da população.

A

Falso: O SISVAN possibilita o monitoramento do perfil alimentar da população.

88
Q

O Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL) permite o monitoramento da atenção à gestante e à puérpera.

A

Verdadeiro: O SISPRENATAL permite o monitoramento da atenção à gestante e à puérpera.

89
Q

O Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA-APAC) possibilita o monitoramento da quantidade realizada de procedimentos de alta complexidade.

A

Verdadeiro: O SIA-APAC monitora a quantidade de procedimentos de alta complexidade realizados.

90
Q

A vigilância de zoonoses visa diminuir a transmissão de zoonoses para gerar benefício direto à população humana.

A

Verdadeiro: A vigilância de zoonoses visa a diminuição da transmissão de zoonoses para gerar benefício à população humana.

91
Q

As ações da vigilância de zoonoses não podem ser diretas ou indiretas.

A

Falso: As ações da vigilância de zoonoses podem ser diretas ou indiretas.

92
Q

A relevância das estratégias da vigilância de zoonoses para a saúde pública não é importante.

A

Falso: A relevância das estratégias é importante para a saúde pública.

93
Q

A avaliação do impacto das ações de vigilância de zoonoses deve considerar a magnitude e gravidade da doença.

A

Verdadeiro: A avaliação deve considerar magnitude, gravidade, severidade, potencial de disseminação e vulnerabilidade.

94
Q

A vigilância de zoonoses não considera as fases de manutenção e transmissão da doença.

A

Falso: A vigilância de zoonoses considera as fases de manutenção e transmissão da doença.