Epidemiologia Flashcards

1
Q

A epidemiologia clínica utiliza métodos da medicina clínica e epidemiológicos para o estudo de populações, aplicando-os individualmente. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A epidemiologia clínica utiliza métodos epidemiológicos para melhorar o diagnóstico e manejo de pacientes individualmente, combinando dados populacionais e clínicos.

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2
Q

A epidemiologia clínica foca exclusivamente em diagnósticos laboratoriais e não considera a história natural da doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: A epidemiologia clínica considera a história natural da doença, incluindo fatores de risco, causas e prognóstico, além do diagnóstico e tratamento.

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3
Q

O valor preditivo de uma ferramenta diagnóstica é o mesmo em qualquer cenário, independentemente da prevalência da doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O valor preditivo de uma ferramenta diagnóstica depende da prevalência da doença na população em que está sendo utilizada.

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4
Q

Na atenção primária, a baixa prevalência de muitas doenças pode reduzir a utilidade de certos testes diagnósticos. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Devido à baixa prevalência de muitas doenças na APS, alguns testes diagnósticos, úteis em outros níveis de atenção, podem ter um valor preditivo menor.

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5
Q

O médico de família e comunidade atua como um ‘gatekeeper’, referenciando pacientes com baixa probabilidade de doença para especialistas focais. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O médico de família atua como ‘gatekeeper’ para referenciar pacientes com maior probabilidade de doença aos especialistas, protegendo aqueles com baixa probabilidade de iatrogenias.

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6
Q

A instrumentalização do médico de família envolve apenas a aplicação prática dos conceitos de epidemiologia clínica. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Além da prática clínica, a instrumentalização do médico de família inclui a capacidade de reflexão crítica sobre a produção de conhecimento e a organização dos sistemas de saúde.

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7
Q

A fluência na linguagem da literatura médica é um dos objetivos centrais da formação do médico de família, permitindo a integração entre prática clínica e pesquisa. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A formação do médico de família busca torná-lo fluente na linguagem científica, integrando conceitos de epidemiologia clínica à prática clínica e à análise crítica da literatura médica.

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8
Q

Os conceitos de epidemiologia clínica aplicados à prática clínica são suficientes para garantir uma atuação eficiente do médico de família. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Embora essenciais, os conceitos de epidemiologia clínica devem ser complementados por uma reflexão crítica sobre a produção de conhecimento e a organização dos sistemas de saúde.

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9
Q

A epidemiologia clínica na formação do médico de família serve apenas para o entendimento de problemas de saúde individuais. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: A epidemiologia clínica na formação do médico de família é importante tanto para entender problemas de saúde individuais quanto para abordar questões populacionais e organizacionais no sistema de saúde.

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10
Q

A medicina baseada em evidências é vista de forma unânime como uma evolução da epidemiologia clínica. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Não há consenso; alguns autores veem a medicina baseada em evidências como uma evolução, outros como uma forma moderna de aplicação, enquanto alguns a consideram uma expressão do positivismo biomédico.

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11
Q

Para alguns autores, a medicina baseada em evidências é uma aplicação moderna da epidemiologia clínica no cuidado das pessoas. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Alguns autores defendem que a medicina baseada em evidências é uma forma moderna de aplicar os conceitos da epidemiologia clínica ao cuidado individual.

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12
Q

A anamnese é responsável pela maioria dos diagnósticos em um pronto-atendimento de hospital terciário. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Mesmo em um ambiente hospitalar terciário, a anamnese ainda é a principal ferramenta de diagnóstico, responsável por 77,8% dos casos.

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13
Q

Exames complementares são responsáveis pela maioria dos diagnósticos em ambientes hospitalares terciários. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Exames complementares representam apenas 10% dos diagnósticos, enquanto a anamnese e o exame físico são as principais ferramentas diagnósticas.

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14
Q

De acordo com Sackett, o componente “disease” refere-se às alterações anatômicas, bioquímicas e fisiológicas da doença. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: “Disease” representa as alterações objetivas da doença, como as vistas na anatomia e fisiologia, que podem ser lidas nos livros de medicina.

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15
Q

Segundo Morel, o “illness” é sempre acompanhado por uma doença objetiva (disease). Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Morel defende que o ‘illness’ é uma experiência pessoal e subjetiva, que pode ou não estar associada à presença de uma “disease” , Muitas vezes é experimentado na ausência de doença, como ocorre com muitos problemas na APS.

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16
Q

O terceiro componente do adoecimento, de acordo com Sackett, envolve o ambiente social, econômico e psicológico do indivíduo. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O ambiente social, econômico e psicológico é considerado o terceiro componente do adoecimento, influenciando a experiência individual de saúde e doença.

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17
Q

A tentativa de classificar indivíduos em categorias diagnósticas é sempre útil na APS. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Na APS, a busca por um diagnóstico definitivo pode não ser fundamental e, em alguns casos, pode levar a iatrogenias, pois muitas queixas não se enquadram em categorias clássicas de doença.

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18
Q

Na APS, a busca por um diagnóstico definitivo nem sempre é uma prioridade, ao contrário do que ocorre em níveis de atenção secundário e terciário. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Diferentemente dos níveis secundário e terciário, na APS, o foco não é necessariamente a categorização diagnóstica, o que evita iatrogenias e reflete a natureza das queixas e problemas que nem sempre podem ser classificados como doenças.

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19
Q

Segundo Wessely e colaboradores, os pacientes buscam médicos principalmente por causa de sintomas, e os médicos buscam diagnosticar doenças para explicá-los. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Wessely e colaboradores afirmam que os pacientes procuram os médicos por seus sintomas, e os médicos tentam encontrar doenças que possam explicá-los.

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20
Q

Na APS, as dificuldades surgem quando os médicos encontram facilmente alterações objetivas que explicam os sintomas dos pacientes. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: As dificuldades surgem quando os médicos não conseguem encontrar alterações objetivas que expliquem as experiências subjetivas dos pacientes, algo que ocorre com frequência na APS.

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21
Q

O estágio de ‘Iniciação do diagnóstico’ no raciocínio clínico inclui o reconhecimento de padrões iniciais e queixas apresentadas. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A iniciação do diagnóstico envolve estratégias como o reconhecimento de padrões iniciais (pattern recognition trigger) e a queixa inicial (presenting complaint).

22
Q

O raciocínio probabilístico é utilizado apenas na fase final do processo de raciocínio clínico. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O raciocínio probabilístico é utilizado na fase de refinamento do diagnóstico, ajudando a ajustar as hipóteses clínicas.

23
Q

No estágio de ‘Definição do diagnóstico final’, podem ser utilizados exames adicionais, provas terapêuticas e observação clínica para chegar ao diagnóstico. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O estágio de definição do diagnóstico final inclui exames adicionais (further tests), prova terapêutica (test of treatment), e observação clínica (test of time).

24
Q

O reconhecimento de padrão é uma das principais estratégias diagnósticas no raciocínio clínico. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O reconhecimento de padrão é uma das estratégias fundamentais no raciocínio clínico, utilizado para identificar condições com base em apresentações típicas.

25
Q

O raciocínio determinístico ou categórico baseia-se na probabilidade e incerteza diagnóstica. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O raciocínio determinístico ou categórico se baseia em uma relação de causa e efeito clara, ao contrário do raciocínio probabilístico, que trabalha com incerteza diagnóstica.

26
Q

A probabilidade pós-história é influenciada pelas razões de verossimilhança provenientes dos dados obtidos na anamnese. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: As razões de verossimilhança dos dados da anamnese ajudam a ajustar a probabilidade após a coleta da história clínica do paciente.

27
Q

O limiar de testagem refere-se à probabilidade de doença na qual seria indiferente realizar ou não um teste diagnóstico. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O limiar de testagem é a probabilidade de doença na qual não há diferença entre realizar um teste diagnóstico ou não.

28
Q

Se a probabilidade de doença for maior que o limiar terapêutico, o tratamento deve ser iniciado sem a necessidade de testes adicionais. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Se a probabilidade de doença ultrapassar o limiar terapêutico, o tratamento deve ser iniciado sem necessidade de mais testes diagnósticos.

29
Q

Testes diagnósticos são mais úteis quando a probabilidade de doença está abaixo do limiar de testagem. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Testes diagnósticos são mais úteis quando a probabilidade de doença está entre o limiar de testagem e o limiar terapêutico; abaixo do limiar de testagem, os testes tendem a fornecer resultados redundantes.

30
Q

Quando o tratamento é altamente eficaz e de baixo risco, pode-se tolerar maior incerteza diagnóstica. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Quando o tratamento é eficaz e tem baixo risco, a incerteza diagnóstica pode ser tolerada, evitando-se a realização de muitos testes.

31
Q

Na APS, insistir em tratar pessoas com doença comprovadamente grave sem reduzir a incerteza diagnóstica é a melhor abordagem. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Na APS, tratar apenas com base em suspeitas sem reduzir a incerteza diagnóstica pode ser contraproducente, especialmente em casos de doenças graves.

32
Q

A anamnese e o exame clínico, em conjunto com o acompanhamento longitudinal do paciente, são ferramentas fundamentais para reduzir a incerteza diagnóstica. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A anamnese, o exame clínico e o acompanhamento longitudinal são essenciais para confirmar ou afastar hipóteses diagnósticas, reduzindo a incerteza.

33
Q

Um teste diagnóstico verdadeiro-positivo significa que o teste é positivo e a doença está presente. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O resultado verdadeiro-positivo ocorre quando o teste é positivo e a doença está realmente presente no indivíduo.

34
Q

Um resultado falso-negativo ocorre quando o teste é positivo na ausência da doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O falso-negativo ocorre quando o teste é negativo, mas a doença está presente; já o falso-positivo ocorre quando o teste é positivo na ausência da doença.

35
Q

Testes com alta sensibilidade são mais indicados quando se deseja reduzir a possibilidade de falsos-negativos. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Testes com alta sensibilidade são úteis para detectar todos os casos da doença e reduzir a chance de falsos-negativos.

36
Q

A especificidade de um teste é mais útil clinicamente quando o teste resulta positivo. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Testes com alta especificidade são mais úteis para confirmar um diagnóstico quando o resultado é positivo, pois raramente apresentam falsos-positivos.

37
Q

A sensibilidade de um teste é calculada pela proporção de verdadeiros-negativos sobre o total de indivíduos sem a doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: A sensibilidade é a proporção de verdadeiros-positivos sobre o total de indivíduos com a doença; a especificidade lida com os verdadeiros-negativos.

38
Q

Exemplos de testes altamente sensíveis incluem a visualização da pulsação da veia retiniana para excluir hipertensão intracraniana. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A visualização da pulsação da veia retiniana é um teste altamente sensível, pois sua ausência exclui a possibilidade de hipertensão intracraniana.

39
Q

O aumento da sensibilidade geralmente está associado à perda de especificidade na maioria dos testes. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O aumento da sensibilidade de um teste, na maioria dos casos, leva à perda de especificidade, o que impacta na sua capacidade de evitar falsos-positivos.

40
Q

A curva ROC é usada para determinar o melhor ponto de corte em um teste, equilibrando sensibilidade e especificidade. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A curva ROC ajuda a identificar o ponto de corte ideal para um teste, maximizando tanto a sensibilidade quanto a especificidade.

41
Q

Um teste de bom poder discriminatório aparece no canto superior esquerdo da curva ROC, mantendo alta sensibilidade sem perda de especificidade. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Testes com alto poder discriminatório mantêm-se no canto superior esquerdo da curva ROC, indicando altos níveis de sensibilidade e especificidade simultaneamente.

42
Q

O valor preditivo positivo (VPP) refere-se à probabilidade de um indivíduo ter a doença após um teste positivo. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O VPP indica a probabilidade de que o indivíduo realmente tenha a doença, após o resultado positivo de um teste.

43
Q

O valor preditivo de um teste depende da sensibilidade e da especificidade, não da prevalência da doença na população. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: O valor preditivo de um teste depende diretamente da prevalência da doença na população, ao contrário da sensibilidade e especificidade que não variam com a prevalência.

44
Q

A prevalência, ou probabilidade pré-teste, é fundamental para a tomada de decisões na APS, e sua não apreciação é uma causa frequente de erros. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O conceito de prevalência ou probabilidade pré-teste é crucial na APS, e a falta de compreensão desse conceito pode levar a erros diagnósticos.

45
Q

O valor preditivo de um teste é influenciado pela prevalência da doença na população em estudo. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: O valor preditivo de um teste varia de acordo com a prevalência da condição na população onde o teste está sendo aplicado.

46
Q

Testes específicos sempre fornecem resultados positivos verdadeiros, mesmo em populações com baixa prevalência da doença. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: Em populações com baixa prevalência, mesmo testes muito específicos podem produzir uma alta taxa de falso-positivos.

47
Q

Resultados negativos em testes muito sensíveis, aplicados a pacientes com alta probabilidade de terem a doença, podem ser falso-negativos. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Em pacientes com alta probabilidade de doença, mesmo testes muito sensíveis podem gerar falso-negativos.

48
Q

A prevenção quaternária visa evitar a medicalização excessiva e desnecessária. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: A prevenção quaternária busca evitar intervenções médicas desnecessárias, reafirmando o princípio “primum non nocere” .

49
Q

A prevenção quaternária é mais relevante em populações com alta prevalência de doenças graves. Verdadeiro ou falso?

A

Falso: A prevenção quaternária é especialmente importante em populações com baixa prevalência de doenças graves, onde intervenções desnecessárias podem causar mais malefícios do que benefícios.

50
Q

A APS no Brasil tem uma ênfase predominantemente preventiva e coletiva, com pouca resolubilidade clínica. Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro: Tradicionalmente, a APS no Brasil priorizou aspectos preventivos e coletivos, o que resultou em menor capacidade clínica e resolubilidade em relação a outros sistemas.