ORL - Ouvido Externo e Médio Flashcards
Terço externo do canal auditivo externo.
Porção membranosa
Porção óssea do canal auditivo externo.
2/3 internos
A porção mais externa do CAE contém…
Glândulas ceruminosas e folículos pilosos. (é mais espessa)
Comprimento e volume médio do CAE
22 a 25 mm de comprimento
1 a 2 mL
Frequências audíveis em humanos
20 a 20 000 Hz
Um meio com maior impedância significa, relativamente à transmissão sonora…
Que a maior parte do som é refletido e uma pequena proporção transmitida.
O pavilhão auricular permite…
Captação do sinal
Localização da fonte sonora
Proteção do ouvido
A amplificação do CAE e do pavilhão auricular é de cerca de…
20 dB
Patologia infecciosa típica do pavilhão auricular
Pericondrite
Celulite
Zona
Principais agentes infecciosos da pericondrite do pavilhão auricular
P. aeruginosa
S. aureus
S. coagulase negativos
Proteus mirabilis
Tratamento para pericondrite do pavilhão auricular
DRENAGEM ANTIBIÓTICO CORTICÓIDE (se autoimune) Anti-pseudomonas (piptaz?) Anti-estafilocócica
A celulite no pavilhão auricular é frequentemente secundária a…
Otite externa aguda
Agente frequentemente causadores de celulite no pavilhão auricular
Staphylococcus
Streptococcus
Pseudomonas
Erupção vesicular na concha, tragus e região sensitiva do nervo de Wrisberg. Quadro com prurido, parestesias da concha, otalgia severa.
Qual é o provável agente infecioso?
Herpes Zooster.
Reativação latente ao nível do gânglio geniculado do VII bis.
É zona.
Zona de Ramsay-Hunt
Pavilhão auricular, membrana do tímpano e CAE. Corresponde ao território sensitivo do nervo de Wrisberg.
Síndrome de Ramsay-Hunt
Paralisia facial periférica (VII) \+ Otalgia intensa \+ Erupção vesicular na concha e CAE
Pode ter perda de audição e vertigem (afeção do VII e do VIII)
Tratamento para Síndrome de Ramsay-Hunt
Aciclovir ou Valaciclovir
Corticoterapia (se paralisia facial)
Etiologia de otites externas
Manipulação de CAE
Entrada de água
Irritante
Contaminantes
Principais agentes de otite externa
P. aeruginosa
S. aureus
Dor à pressão do tragus e manipulação auricular sugere…
Otite externa
Clínica de otite externa
Otalgia Otorreia Dor à pressão do tragus Prurido Plenitude auricular Hipoacúsia
Tratamento para otite externa
Gotas otológicas (AB + corticóide)
Otite difusa, com sinais inflamatórios da parede do CAE, otalgia, hipoacusia, no Verão…
Otite de nadador - Otite externa difusa
Qual é o grande risco de uma otite externa difusa (otite de nadador)?
Evoluir para otite externa maligna (pseudomonas!)
Outro nome de otite externa maligna
Otite externa necrosante
Principal população alvo de otite externa maligna
Diabéticos
Agente infeccioso envolvido na otite externa maligna
Pseudomonas aeruginosa
Quando suspeitar de otite externa maligna?
Quando perante otite externa resistente ao tratamento (em imunocomprometidos)
Otoscopia revela tecido de granulação ou úlcera do CAE com osso exposto. Diagnóstico provável?
Otite externa maligna
Na suspeita de otite externa maligna, devo pedir…
TC de ouvido e cintigrafia óssea com Gálio
Tratamento de otite externa maligna
Antibioterapia e.v. durante 4 a 6 semanas
Limpeza e desbridamento
Oxigenioterapia hiperbárica
Monitorização do tratamento da otite externa maligna
repetição de cintigrafia
Principal agente de furúnculos no pavilhão auricular
Staphylococcus, em contexto de obstrução de glândula pilossebácea
Dor à pressão do tragus, sem otite externa generalizada é um…
Furúnculo
Principais agentes de otomicose
Aspergillus
Candida albicans
Como se diferencia otomicose de otite externa bacteriana?
Na fase tardia, a otomicose apresenta hifas/bolor
Duração de terapêutica na otite externa bacteriana
5 a 7 dias
Duração de terapêutica na otomicose
15 dias
Doente que perdeu audição após entrada de água ou que ouve pior nuns dias que noutros.
Cerúmen
Definição de rolhão epidérmico
Acumulação de descamações epiteliais no CAE aderentes à parede ou membrana timpânica
O rolhão epidérmico pode ser sinal de…
Eczema atópico
Eczema de contacto
Dermatite seborreica
Psoríase
Patologia óssea benigna mais frequente no ouvido
Exostose
Patologias ósseas benignas do ouvido externo
Exostoses
Osteomas do CAE
Displasia fibrosa
Proliferações ósseas únicas do CAE, frequentemente pediculadas e arredondadas
Osteomas do CAE
Fibrose do osso com alteração da arquitetura que pode acontecer em vários ossos, com alterações endocrinológicas
Displasia fibrosa
Condição necessária ao tratamento de uma amputação do pavilhão.
Recuperação de fragmento amputado até 6 horas após o trauma.
Por que motivo, em caso de hematoma traumático do pavilhão auricular, devemos drenar e fazer penso compressivo com AB?
Para prevenir a necrose da cartilagem ou deformação de orelha em couve-flor.
Qual é o instrumento de eleição para remover um corpo estranho animado do CAE?
Micropinça
Qual é o instrumento de eleição para remover um corpo estranho inanimado do CAE?
Gancho
Patologia neoplásica mais comum do pavilhão auricular.
Carcinoma pavimento-celular
Patologias neoplásicas do pavilhão auricular.
Carcinoma pavimentocelular Carcinoma basocelular Melanoma maligno Carcinoma adenoide quístico Adeno ceruminoso Adenoma pleiomórfico
Espessura e diâmetro do tímpano
0,1 mm de espessura
1 cm de diâmetro
Pars tensa
Zona central do tímpano, sob tensão
Pars flacida
Zona periférica do tímpano, mais flexível
Cor do tímpano normal
Cor de fumo, entre cinzento pérola e cinzento azulado
Situação fisiológica em que o tímpano surge hiperemiado
Observação do tímpano pode desencadear vasodilatação reflexa
Nervo que pode levar a tosse reflexa à observação do tímpano
Nervo de Arnold
Qual é o ponto mais saliente da superfície do tímpano?
Apófise do martelo
Manobra que desloca o tímpano em direção ao observador
Valsalva
Manobra que desloca o tímpano na direção oposta ao observador
Toynbee
Outro nome para músculo tensor do tímpano
Músculo do martelo
Músculos da caixa timpânica
Tensor do tímpano
Estapédio
Inervação do tensor tympani
V3
Inervação do estapédio
VII
Quando é que o estapédio contrai?
Quando há ruídos superiores a 70 dB
Condições necessárias para a presença do reflexo estapédico
Gap < 10 dB
MT e ossículos intactos
Perda NS < 70 dB
Integridade do facial até à mastóide
Abolição do reflexo estapédico é sugestivo de…
Patologia do ouvido médio, do promontório ou lesão do VII acima da mastóide
Músculos associados à trompa de Eustáquio
Peristafilino externo - Tensor do véu palatino
Peristafilino interno - Elevador do véu palatino
Otite é aguda se…
Durar menos de 3 semanas
Otite é subaguda se…
Entre 3 e 12 semanas
Otite é crónica se….
Dura mais de 12 semanas
Clínica típica de otite média aguda
Otalgia
Febre
Hipoacúsia
Por que motivo as crianças entre os 6 meses e os 3 anos têm tantas otites?
Imaturidade da trompa. É mais horizontal, pelo que não há boa drenagem do ouvido médio
Infeções RA virais
Vírus que dão mais otites médias
Vírus Sincicial Respiratório (+)
Influenza
Parainfluenza
Rinovírus
Bactérias que dão mais otites médias
S. pneumoniae (+)
H. influenzae
Moraxella catarrhalis
Agente do Síndrome Otite-Conjuntivite
H. influenzae
Bactérias causadores de otites exclusivamente em recém-nascidos
Gram-negativos (E. coli, Enterococcus)
3 fases da otite média
Congestiva, supurativa, resolutiva
Criança com fase congestiva à otoscopia. O que fazer?
Reavaliar em 2-3 dias
À otoscopia, hiperémia do annulus timpânico, perda do triângulo luminoso e abaulamento da membrana timpânica…
OM aguda em fase congestiva (?)
É um procedimento cirúrgico que consiste numa pequena incisão no tímpano, para colocação de finos tubos que são implantados no ouvido com a finalidade de promover a drenagem e a redução de infecções.
Miringotomia
Indicações para miringotomia para microbiologia numa OM aguda
Neonatos (<6 semanas)
Imunocomprometidos
Sem resposta AB
OM complicada
Quando é que se usa imagiologia em otites médias?
Quando têm complicações temporais ou intracranianas
Tratamento AB de primeira linha para a otite média aguda
Amoxicilina
Tratamento AB de segunda linha para OMA
Amoxiclav / Cefuroxime
Em casos graves, ceftriaxone
OMA necrosante surge associada a que outras doenças?
Escarlatina
Varicela
Outras doenças exantemáticas
Principal agente causador de OMA necrosante
S. pyogenes
Otoscopia de uma OMA no lactente
Tímpano normal ou baço, sem congestão
Tímpano hemorrágico com exsudado no ouvido médio, num indivíduo sujeito a diferenças de pressão muito rápidas
Otite barotraumática
Critérios para OMA recorrente
3 em 6 meses
5 em 12 meses
Inflamação crónica do OM, com tímpano íntegro, com coleção de líquido seroso/mucoso nas cavidades do OM, sem sinais de infeção aguda.
Otite média serosa
Causa mais frequente de hipoacusia ligeira a moderada na criança
Otite serosa
Critérios de gravidade de uma otite serosa
Hipoacúsia (>20 dB)
Alterações do tímpano (opaco, fixo)
O que estamos à espera de encontrar num audiograma tonal de uma otite serosa?
Hipoacusia de condução
O que estamos à espera de encontrar num timpanograma de uma otite serosa?
Timpanograma B, plano! A pressão é constante, não há variação!
Tratamento médico para a otite serosa
Amoxicilina
Corticoide sistémico ou tópico nasal
Anti-histamínico, se rinite
Descongestionante nasal
Por que motivo uma adenoidectomia pode estar indicado em otites de repetição?
Facilita a drenagem pela trompa de Eustáquio
Complicações prolongadas da otite serosa
Bolsas de retração da pars tensa ou da pars flacida (+)
Colesteatoma
Quais são as duas fases da otite média crónica purulenta simples (tímpano aberto)?
Sem otorreia
Com otorreia + hiperplasia da mucosa
Uma OMC purulenta simples resulta de…
Otites de repetição
Trauma
Agentes típicos da OMC purulenta simples
S. aureus
P. aeruginosa
P. mirabilis
E. coli
Numa OMC purulenta simples, a perfuração é…
Na pars tensa, normalmente
Tratamento médico de OMC purulenta simples
Quinolonas + Corticoterapia
Tratamento cirúrgico para OMC purulenta simples
Timpanomastoidectomia
Numa OMC purulenta simples, uma surdez de transmissão superior a 30 dB obriga a considerar…
Alterações ossiculares
Alteração ossicular mais frquentemente associada à OMC purulenta simples
Lise do ramo vertical da bigorna
OMC com colapso parcial das cavidades mesotimpânicas e/ou epitimpânicas por retração da MT que está debilitada na pars flacida ou tensa.
OMC atelectásica
Complicação da OMC atelectásica
Colesteatoma
Proliferação anárquica de tecido conjuntivo no mesotímpano com aderência timpanopromontorial.
OMC fibroadesiva
Alteração destrutiva de uma parte da membrana mucosa do ouvido médio que passa a ser tecido epitelial.
Colesteatoma
Massa esbranquiçada envolvida pela matriz - tumor perlado - no ouvido médio. Provável…
Colesteatoma clássico
Uma bolsa de retração pode levar a…
Colesteatoma
Tipo de formação do colesteatoma adquirido
Bolsa de retração (+)
Metaplasia após várias otites
Implantação iatrogénica ou traumática de epitélio no interior da caixa
Colesteatoma adquirido primário
Vem da bolsa de retração
Colesteatoma adquirido secundário
Vem de uma perfuração da membrana timpânica
Colesteatoma de estadio 1
Confinado à caixa do tímpano, sem erosão dos ossículos
Colesteatoma de estadio 2
Confinado à caixa do tímpano, com erosão dos ossículos
Colesteatoma de estadio 3
Caixa timpânica e células mastoideias envolvidas, sem erosão dos ossículos
Colesteatoma de estadio 4
Caixa timpânica e células mastoideias envolvidas, com erosão dos ossículos
Colesteatoma de estadio 5
Envolve outras porções do temporal, fora do ouvido médio, de difícil abordagem cirúrgica
Colesteatoma de estadio 6
Envolve estruturas fora do temporal
Quando é que um colesteatoma pode dar complicações?
Quando infeta
Onde é mais comum a perfuração à otoscopia?
Pars flacida (+++) QPS da pars tensa
Sinais evidentes da presença de colesteatoma na MT
Crosta
Pólipos
Audiometria típica de um colesteatoma com interrupção da cadeia ossicular
Perda de transmissão superior a 30 dB
Otorreia de um colesteatoma
Otorreia escassa, intermitente e fétida
Complicações do colesteatoma
Labirintite Mastoidite Paralisia facial Meningite Abcesso do lobo temporal
Anatomia predisponente a colesteatoma na pars flaccida
Ausência de sulco na incisura de Rivinus
Não organização da lâmina própria
Anatomia predisponente a colesteatoma da pars tensa (QPS)
Ausência de sulco
Diminuição do calibre do annulus
Organização de fibras de colagénio
Terapêutica para colesteatoma
Cirurgia
Objetivos da cirurgia no colesteatoma
Erradicação das lesões
Prevenção das recidivas
Prevenção de complicações
Restauração da função auditiva
O que implica a cirurgia fechada para o colesteatoma?
Preservação do meato auditivo externo (parede posterior)
Presença de flictenas na superfície da membrana timpânica
Miringite bolhosa
Quadro clínico de bolsas de retração
Apitos nos ouvidos Plenitude auricular Otalgia Hipoacúsia Vertigem (-) Desequilíbrio (-)
Estadio de Sade 1
Discreta ou moderada bolsa de retração, com mecanismos de auto-limpeza a funcionar
Estadio de Sade 2
Bolsa de retração acentuada que necessita de consultas periódicas para controlo e remoção de restos epidérmicos
Estadio de Sade 3
Obriga à excisão, possível através do arco timpânico
Estadio de Sade 4
Obriga à excisão e implica remoção do antemuro e rebatimento parcial do arco timpânico
Bolsa de retração aguda e crónica de acordo com Sade
Agudo - até 3 meses
Crónico - Mais de 3 meses
Num adulto com bolsa de retração, devo examinar…
A nasofaringe, para excluir tumor
É preferível uma bolsa de retração móvel ou fixa?
Móvel!
Principal etiologia de bolsas de retração
Disfunção tubária
Tratamento médico para bolsa de retração
Tratar a causa de disfunção tubária (rinite, sinusite)
Reventilação do OM (valsalva, corticoides)
Osteodistrofia na cápsula ótica (janela oval)
Otosclerose
Diminuição da mobilidade da articulação entre o estribo e a janela do vestíbulo
Anquilose Estapedo-Vestibular
Otosclerose pode levar a uma hipoacusia de transmissão se…
Tiver uma anquilose estapedo-vestibular
Como é que uma otosclerose leva a hipoacúsia neurossensorial?
Otosclerose com envolvimento coclear
Padrão de hereditariedade da otosclerose
Autossómica dominante
Otosclerose é mais comum em…
Mulheres entre os 20-40 anos
Grávidas
Puberdade
3 fases da otoscleroses
Osteoíde
Otospongiose
Otosclerose
Paracúsia de Willis
Audição mais apurada no meio de ruído e trepidação
Clínica de otosclerose
Hipoacúsia progressiva (70% bilateral)
Paracúsia de Willis
Acufenos (70%)
Numa otosclerose, o Weber lateraliza…
Ao ouvido pior.
O Rinne numa otosclerose é…
Negativo.
Timpanograma numa otosclerose
Tipo A
Tratamento para otosclerose
Fluoreto de Sódio
Bifosfonatos
Prótese auditiva
Complicações intratemporais das otites médias
Surdez Mastoidite aguda Paralisia facial Petrosite aguda Labirintite
Abcesso de Bezold
Complicação da mastoidite em que se forma um abcesso medial ao esternocleidomastoideu. O abcesso corrói a mastóide e desce pela fossa infratemporal
Mais do que complicação de OMA, a paralisia facial está associada a…
Otite média crónica complicada de colesteatoma
Síndrome de Grandenigo
Petrosite aguda
OMA com paralisia do VI e dor facial no território de V (+V1)
Síndrome de Grandenigo (petrosite aguda)
Complicações de uma labirintite supurativa
OM unilateral
Meningite
Perda auditiva e vestibular permanente
Uma fístula labiríntica leva a…
VERTIGEM
Complicações intracranianas de OM
Meningite (+++)
Abcessos intracranianos
Trombose venosa central
Hidrocefalia otítica
Principal bactéria envolvida numa otite complicada de meningite
H. influenzae
A meningite é consequência de uma OMA em…
Crianças
Nos adultos, a meningite associada a OM acontece em consequência de…
OM colesteotmatosa a pseudomonas
Os abcessos cerebrais são consequência de OMs
Colesteatomatosas