Cardio - Doenças Valvulares Flashcards
A tensão na parede é igual a…
(pressão na cavidade x raio da cavidade) / 2xEspessura da parede
A que momento corresponde um S3?
À fase de enchimento ventricular passivo - PROTODIASTÓLICO
A que momento corresponde um S4?
Sístole auricular- TELEDIASTÓLICO
O que significa um S3?
Sobrecarga de volume
O que significa um S4?
Sobrecarga de pressão
Um S4 pode estar ausente numa situação de sobrecarga de pressão se…
FA
Quando é que não posso tratar uma FA com NOACs?
Quando há estenose mitral
Quando há válvula mecânica
Principais etiologias da estenose aórtica
1 - Degeneração senil
2 - Anomalia congénita (bicuspidia)
3 - Febre reumática
Patologias muito acompanhantes da bicuspidia
Aneurisma da aorta ascendente
Coartação da aorta
A estenose aórtica por febre reumática costuma acompanhar…
Estenose mitral
A estenose aórtica condiciona uma sobrecarga de…
Pressão
Mecanismo adaptativo de uma estenose aórtica
Hipertrofia ventricular concêntrica
Área normal de uma válvula aórtica
> 2.0 cm2
Área de uma estenose aórtica ligeira
1.5-2.0 cm2
Área de uma estenose aórtica moderada
1.0-1.5 cm2
Área de uma estenose aórtica severa
< 1.0 cm2
Gradiente médio numa estenose aórtica ligeira
< 25 mmHg
Gradiente médio numa estenose aórtica moderada
25-40 mmHg
Gradiente médio numa estenose aórtica severa
> 40 mmHg
Velocidade pico numa válvula aórtica normal
< 2.0 m/s
Velocidade pico numa estenose aórtica ligeira
2-3 m/s
Velocidade pico numa estenose aórtica moderada
3-4 m/s
Velocidade pico numa estenose aórtica severa
> 4 m/s
Quais são os 3 sintomas cardinais de estenose aórtica?
Dispneia de esforço
Síncope de esforço
Angina de peito
Qual dos 3 sintomas cardinais de estenose aórtica surge mais tardiamente?
Angina de peito
Pulso periférico de uma estenose aórtica
Parvus et tardus
Sopro de uma estenose aórtica
Sopro sistólico
2º EIC direito
Crescendo-decrescendo
Irradiação a carótidas
Fenómeno de Gallivardin
Irradiação do sopro da estenose aórtica ao ápex cardíaco, mimetizando uma insuficiência mitral. (mas não irradia à axila)
Raio X com calcificação da válvula aórtica sugere…
ESTENOSE GRAVE
Alterações eletrocardiográficas num indivíduo com estenose aórtica
Critérios de hipertrofia
BCRE
Sobrecarga esquerda (infraST e inversão T nas derivações esquerdas)
Gold-standard de diagnóstico de estenose aórtica
Ecocardiograma transtorácico
Quando o ecocardiograma transtorácico é insuficiente para diagnóstico de estenose aórtica…
Eco de sobrecarga
Eco transesofágico
Um doente com indicação para cirurgia da válvula aórtica ou mitral e com estenose coronária tem indicação para…
CABG
Principal indicação terapêutica para indivíduos com estenose aórtica severa.
EVITAR EXERCÍCIO INTENSO
Quando intervencionar doentes com estenose aórtica?
Estenose SEVERA + Sintomas
OU
Estenose SEVERA assintomática + FE < 50%
O que faço a um doente com estenose aórtica que se diz assintomático?
Peço prova de esforço para corroborar os resultados
Como intervencionar os doentes com estenose aórtica?
Substituição cirúrgica (se risco aceitável) ou TAVI (se risco elevado
Próteses da substituição valvular aórtica cirúrgica
Prótese biológica
Prótese mecânica
Vantagem da prótese biológica
Sem necessidade de anticoagulação
Vantagem da prótese mecânica
Dura a vida toda
Desvantagem da prótese biológica
Dura 10-20 anos
Desvantagem da prótese mecânica
Requer varfarina
Complicações possíveis de uma valvuloplastia
Regurgitação periprostésica
AVC
Lesão vascular
Com que frequência devo avaliar uma estenose aórtica ligeira a moderada por eco?
A cada 12 meses
Com que frequência devo avaliar uma estenose aórtica severa com eco?
A cada 6 meses
Início dos sintomas da estenose aórtica
6ª-8ª décadas de vida
Uma pessoa com estenose aórtica e ICC vai morrer em…
1.5 a 2 anos
Uma pessoa com estenose aórtica e dispneia vai morrer em:
2 anos
Uma pessoa com estenose aórtica e angina vai morrer em…
3 anos
Uma pessoa com estenose aórtica e síncope vai morrer em…
3 anos
O que está na base de uma insuficiência aórtica?
Anomalia dos folhetos
Doença da raíz da aorta
Quais são as duas grandes etiologias da Insuficiência Aórtica AGUDA?
Endocardite infecciosa
Disseção da Aorta de tipo A
Pressão telediastólica superior à pressão na aorta é típico de…
Insuficiência aórtica aguda
Duas grandes apresentações da insuficiência aórtica aguda
Choque cardiogénico
Edema agudo do pulmão
Sopro da insuficiência aórtica aguda
Se existir, PROTODIASTÓLICO
SUAVE
CURTO
RxTórax com edema pulmonar e índice cardiotorácico normal é sugestivo de…
Insuficiência aórtica aguda
Terapêutica na estabilização de uma insuficiência aórtica aguda
Vasodilatadores (nitroprussiato) e diuréticos endovenosos (se edema do pulmão)
Fármacos indicados na disseção da aorta mas contraindicados se houver insuficiência aórtica
Beta-bloqueantes
Terapêutica para IA aguda
Cirurgia urgente
Causas de morte na insuficiência aórtica aguda
Edema agudo do pulmão
Arritmias ventriculares
Colapso hemodinâmico
Principais causas de insuficiência aórtica crónica
BICUSPIDIA (++++)
Febre reumática
Ectasia da raíz da aorta
Mecanismo adaptativo da insuficiência aórtica
Hipertrofia ventricular excêntrica
Manifestações de insuficiência aórtica crónica
Edema agudo do pulmão
Isquémia do miocárdio
Sintomas de insuficiência aórtica crónica
Palpitações Latejar da cabeça Dispneia Fadiga Angina (inicialmente são em esforço)
Patologias predisponentes a insuficiência aórtica
Bicuspidia
Marfan
Espondilite anquilosante
Pulso de uma insuficiência aórtica
Pulso de Corrigan (ascensão rápida e colapso abrupto)
Sopro de uma insuficiência aórtica
Diastólico
Decrescendo
Sopro diastólico típico de regurgitação aórtica mais audível à esquerda
VALVULAR
Sopro diastólico típico de regurgitação aórtica mais audível à direita
RAIZ DA AORTA
Ponto de impulso máximo da regurgitação aórtica
Deslocado inferolateralmente
Pressão arterial na insuficiência aórtica crónica
Sistólica - AUMENTADA
Diastólica - BAIXA
Por que motivo algumas insuficiências aórticas podem ter um sopro sistólico?
É um sopro de alto débito
Sopro de Austin-Flint
Regurgitação aórtica - deve-se ao deslocamento diastólico do folheto anterior da mitral
Os 3 sopros da insuficiência aórtica são intensificados pelo…
Aumento da resistência vascular sistémica (fechar as mãos com força)
Pulso de Quincke
Alternância entre rubor sistólico e palidez diastólica do leito ungueal sob pressão - INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Alternância entre rubor sistólico e palidez diastólica do leito ungueal sob pressão
Pulso de Quincke
Sinal de Musset
Movimento involuntário da cabeça a cada sístole
Movimento involuntário da cabeça a cada sístole
Sinal de Musset
Sinal de Traube
Tiro de pistola à auscultação das artérias femorais - insuficiência aórtica
Tiro de pistola à auscultação das artérias femorais
Sinal de Traube
Sinal de Duroziez
Sopro tipo vai-e-vem quando a femoral é comprimida pelo estetoscópio - insuficiência aórtica
Sopro tipo vai-e-vem quando a femoral é comprimida pelo estetoscópio
Sinal de Duroziez
RaioX tórax numa insuficiência aórtica
Aumento do índice cardiotorácico
Pode haver dilatação da aorta
ECG de uma insuficiência aórtica
HVE
Ondas Q
Sobrecarga esquerda
Goldstandard de diagnóstico de Insuficiência aórtica
Eco transtorácico
Como vejo se uma insuficiência aórtica existe por doença valvular ou por ectasia da aorta?
Eco transtorácico
Critérios de insuficiência aórtica grave no eco
Jato central > 65% do trato de saída do VE
Volume regurgitante > 60 mL
Fração regurgitante > 50%
Reversão do fluxo diastólico na aorta torácica descendente
O que fazer numa insuficiência aórtica com má janela acústica
EcoTE
RMN cardíaca
Como atrasar a doença numa pessoa com insuficiência aórtica por dilatação da aorta com Síndrome de Marfan?
Beta-bloqueantes ou Losartan
Quando é que deve ser feito tratamento cirúrgico da insuficiência aórtica?
Após início da disfunção do VE e antes dos sintomas graves!
Fazer eco a cada 6-12 meses
Indicações para substituição de válvula aórtica regurgitante
IAo grave sintomática ou IAo com FE<50% ou IAo com tamanho telessistólico > 55 mm ou IAo com tamanho telediastólico > 75 mm
A substituição valvular na insuficiência aórtica deve ser…
Cirúrgica - a TAVI não está aprovada
Monitorização ecocardiográfica na regurgitação aórtica ligeira a moderada
A cada 2 anos
Monitorização ecocardiográfica na regurgitação aórtica severa
Pelo menos a cada 12 meses até ter indicação cirúrgica
Principal causa de estenose mitral
Febre reumática
Causas menos frequentes de estenose mitral
Cor triatriatum Degenerativa Autoimune (LES, AR) Mixoma Endo Infecciosa
Quanto tempo demora entre a faringite por Streptococcus pyogenes e a febre reumática?
10 dias a 3 semanas
Critérios Major de Febre Reumática (Jones)
Fardite Poliartrite Coreia Eritema marginatum Nódulos subcutâneos
Critérios de gravidade da estenose mitral
Gradiente de pressão AE-VE
Área valvular
Área valvular mitral normal
4-6 cm2
Gradiente AE-VE normal
< 2 mmHg
Estenose mitral significativa
< 2 cm2
Estenose mitral grave
< 1.5 cm2
Estenose mitral muito grave
< 1 cm2
Uma pessoa com sintomas de estenose mitral, provavelmente tem uma área valvular…
< 1.5 cm2
Situações que podem despoletar sintomas numa estenose mitral não grave
Gravidez
Taquidisritmia
Primeiros sintomas de estenose mitral
Dispneia e fadiga de esforço
Evolução sistémica da estenose mitral
Hipertensão pulmonar e eventualmente cor pulmonale
FA
Tromboembolismo
Valvulopatia que pode dar hemoptises
Estenose mitral (HTP)
Valvulopatia com grande risco de tromboembolismo
Estenose mitral
Sopro de regurgitação aórtica grave
Diastólico LONGO
Inspeção de um doente com estenose mitral
Rubor malar
Sopro de EM
5ª EIC medioclavicular esq
Mesotelediastólico
O sopro de EM é precedido por…
Estalido de abertura
O sopro de EM é mais audível…
Expiração
Decúbito lateral esquerdo
Ápex
Como varia o sopro de EM com a gravidade?
Quanto mais precoce o estalido e mais longo o sopro, mais grave|
Qual é a valvulopatia mais frequente que cursa com PVJ com onda “a” proeminente?
EM
Por que motivo a estenose mitral pode ter um PVJ com onda “a”?
Grande sístole auricular direita
Achados sugestivos de EM no ECG
Alterações da onda P (alt. da AE e da AD) - bosselada ou aumentada
Desvio direito
BRD
FA
RaioX tórax na EM
Alargamento AE
Dilatação da artéria pulmonar
Congestão pulmonar (Linhas B Kerley)
Alargamento VD
Achados típicos de etiologia reumática na ecografia de uma EM
Cúspides formam cúpula
Válvula mitral com forma de funil
Um doente com estenose mitral tem indicação para anticoagular se…
FA
Episódio prévio de tromboembolismo
Quando é que existe indicação cirúrgica numa EM?
EM sintomática ou Alto risco tromboembólico ou Alto risco de descompensação hemodinâmica
Opções terapêuticas para estenose mitral
Reparação percutânea
Reparação cirúrgica
Substituição cirúrgica
Via da abordagem percutânea da estenose mitral
FEMORAL
O que é uma valvotomia mitral bem sucedida?
Redução de 50% do gradiente AE-VE
Duplicação da área valvular mitral
Sobrevida a 5 anos de EM sintomáticas sem tratamento interventivo
44%
Um doente com EM moderada deve fazer eco…
A cada 2-3 anos
Um doente com EM significativa ou com clínica deve fazer eco…
A cada 12 meses
Quais são as estruturas cujo dano podem significar uma insuficiência mitral?
Folhetos Anel valvular Cordas tendinosas Músculos papilares Miocárdio subjacente
O que é uma insuficiência mitral primária?
Lesão dos folhetos ou das cordas tendinosas
O que é uma insuficiência mitral secundária?
Lesão do anel valvular, dos músculos papilares ou do miocárdio
Causas principais de insuficiência mitral aguda
EAM com rotura papilar
Trauma torácico fechado
Endocardite infecciosa
Rotura papilar mais frequente
Músculo papilar posteromedial
Manifestações clínicas de uma insuficiência mitral aguda
Choque cardiogénico
HTP (e edema agudo do pulmão)
Sopro de uma insuficiência mitral aguda
Protossistólico decrescendo
RaioX tórax de uma insuficiência mitral aguda
Edema agudo do pulmão (pode ser assimétrico, se jacto regurgitante direcionado)
Um doente com Rx tórax sugestivo de insuficiência mitral aguda deve fazer um ECG porque…
EAM é uma das causas de insuficiência mitral aguda
Estabilização de insuficiência mitral aguda
Vasodilatadores (nitratos)
Diuréticos (se EAP)
Balão de contrapulsação intra-aórtico
Quando é que a insuficiência mitral aguda implica uma cirurgia emergente?
Quando há rotura de músculo papilar
Principais causas de insuficiência mitral crónica
1 Doença Reumática 2 Calcificação extensa (doença renal) 3 Defeitos valvulares congénitos 4 Cardiomiopatia dilatada 5 Cardiomiopatia isquémica 6 Prolapso da válvila mitral 7 Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva
Sopro da IM grave
Holossistólico em plateau ou decrescendo
Irradiação à axila
As insuficiências mitrais evoluem para…
ICC crónica
Disritmias
Sopro da IM com exercício isométrico
Sopro aumenta
Sopro da IM com Valsalva
Sopro diminui
Extrassons da IM
S3
Desdobramento de S2
RaioX de uma IM
AE e VE muito dilatados
Congestão pulmonar (linhas B Kerley)
ECG de uma IM
P mitrale
HVE
FA
Tratamento preferível na IM crónica
Reparação valvular (menos riscos do que na substituição valvular)
Quando é que está indicado fazer cirurgia para reparação de válvula mitral em IM?
Sintomáticos com FE > 30% OU Disfunção do ventrículo esquerdo (cx deve ser considerada em FA secundária e HTP)
Monitorização de IM moderada por eco
A cada 1-2 anos
Monitorização de IM severa por eco
A cada 6 meses