TP11 - Pé Diabético Flashcards

1
Q

Epidemiologia do Pé Diabético?

A

Prevalência da DM tem aumentado exponencialmente

DM é responsável por 80% das amputações não traumáticas

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2
Q

Prevalência de Diabetes?

A

Tem aumentado nos últimos anos

Epidemia de diabetes a nível mundial

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3
Q

Causas mais frequentes de internamento de doentes diabéticos? Internamento por descompensação / complicações?

A

Dx do Aparelho Circulatório

DM c/ Alterações Circulatórias Periféricas

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4
Q

Tendência de Amputações?

A

Apesar de aumento de incidência de diabetes , tem se verificado uma redução do número de amputações

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5
Q

Pé Diabético?

A

Infeção, ulceração ou destruição de tecidos do pé associados a neuropatia e/ou DAP em doentes com DM

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6
Q

Úlcera em pé diabético?

A

Lesão que atinge toda a espessura da pele distalmente ao tornozelo
Inclui necrose

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7
Q

Infeção?

A

Invasão e multiplicação de micro-organismos nos tecidos

Por regra, associado a destruição tecidular

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8
Q

Epidemiologia de Úlcera em Pé Diabético? Fatores de risco?

A
    • Doente DM = 19-34% de risco de desenvolver úlcera ao longo da vida
    • Úlcera do pé: incidência anual:
  • 2% in doentes DM, globalmente
  • 7-10% se neuropatia+
  • 25-30% se neuropatia & DAP+
    • DAP é um fator de risco independente major para ulceração e subsequente amputação major
    • A Isquemia está presente em ≥ 90% dos doentes submetidos a amputação
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9
Q

Mortalidade em doentes com úlcera e DAP?

A

50% aos 5A (após limb salvage)

50% aos 2A (após amputação major)

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10
Q

Úlcera em Pé Diabético - IMPACTO?

A
•Qualidade de vida
•Mortalidade e morbilidade acrescidas
• Encargo económico substancial:
- Doentes
- Família
- Sociedade
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11
Q

Fisiopatologia Úlcera em Pé Diabético?

A

Neuropatia Diabética
Angiopatia Diabética
Imunopatia Diabética
Infeção

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12
Q

Neuropatia Diabética?

A
  • Resulta da ação direta nos nervos das alterações metabólicas associadas à DM
  • Compromisso dos vasa nervorum
  • Dependente da duração da doença e do controlo glicémico
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13
Q

Tipos de Neuropatia Diabética?

A
•Autonómica:
- Abertura dos shunts arteriovenosos (distribuição inadequada do fluxo sanguíneo na microcirculação)
- Anidrose (pele seca = fissuras cutâneas)
•Sensitiva, perda de:
- Sensibilidade protetora (dor & tátil)
- Proprioceção
- Sensibilidade vibratória e de pressão
- Reflexo aquiliano diminuído ou ausente
•Motora:
- Atrofia músculos intrínsecos do pé
- Atrofia músculos extensores da perna
- Em regra mais tardia (reflete dano mais tardio)
- Hammertoe
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14
Q

Angiopatia Diabética?

A
  • Doença vascular única
  • Sensivelmente 20% dos doentes com DM têm sinais de DAP
  • Presente em 60% das úlceras de pé diabético
  • Facilita a infeção
  • Aumenta a sua gravidade
  • Aumenta o risco de amputação major
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15
Q

Angiopatia Diabética - DAP – Doença Macrovascular?

A
  • Predileção para as artérias abaixo do joelho
  • Artérias dos pés frequentemente poupadas
  • Colateralização deficiente
  • Esclerose deMönckeberg
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16
Q

Angiopatia Diabética - Doença microvascular

A
  • Aumento da espessura da membrana basal capilar
  • Disfunção endotelial
  • Não resulta em fenómenos oclusivos
17
Q

Pé Neuropático? Pé Isquiémico?

A
  • Pulsos presentes
  • Ausência/diminuição da sensibilidade
  • Pele seca e descamativa, quente
  • Úlcera tipicamente em áreas de pressão, com deformidades ósseas frequente/ presentes
  • Úlcera com fundo rosado e granulação
  • Pulsos ausentes
  • Grau variável de neuropatia associada
  • Pele mais fina, possivelmente arrefecida
  • Localização similar; deformidades ósseas nem sempre presentes
  • Úlcera frequentemente sem granulação e presença de necrose/fibrina
18
Q

Infeção – Classificação?

A
  • Extensão local da infeção
  • Resposta sistémica
  • Infectious Diseases Society of America (IDSA)
19
Q

Gravidade da Infeção - IDSA?

A

• Não infetado
• Ligeira :
- Infeção limitada à pele e tecidos subcutâneos
• Moderada:
- Infeção local conforme já descrito, mas com eritema > 2 cm (estrutura mais profundas: fasceíte, osteite, artrite séptica)
- Sem sinais de resposta inflamatória sistémica
• Severa:
- Qualquer infeção do pé com toxicidade sistémica (>38ºC ou <36ºC, > 90bpm, > 20 rpm, PaCO2 < 32 mmHg, Hipotensão, confusão, vómitos, instabilidade metabólica,… )

20
Q

Tratamento?

A
  • ANTIBIOTERAPIA
  • Microbiologia
  • Infecção aguda em úlceras recentes –> Cocci aeróbios gram +
  • Infecção em úlcera crónica –> Polimicrobiana
21
Q

Antibioterapia inicial empírica?

A

• Baseada nos organismos mais prováveis
• Infeções ligeiras em úlceras recentes sem antibioterapia prévia
- Agente predominantemente ativo contra cocci gram +
• Se evidência de cronicidade e/ou história prévia de antibiótico e infeção ligeira (e moderada sem profundidade) à considerar cobrir igualmente os bacili gram – e os agentes anaeróbios

22
Q

Antibióticos de largo espectro, qnd?

A
  • Estruturas mais profundas envolvidas (muito provavelmente intravenosa)
  • Infecões severas (intravenosa)
  • Infeções moderadas e isquemia marcada (intravenosa)
23
Q

Avaliação?

A
• Sistemática (equipa multidisciplinar)
• Úlcera:
- Extensão
- Profundidade (toque ósseo)
- Perfusão
- Neuropatia
- Deformidades Ósseas
- Presença de infeção
24
Q

Prevenção?

A
  • Observar os pés diariamente
  • Lavar todos os dias e secar bem
  • Hidratar (se pele seca e nunca entre dedos)
  • Limar as unhas
  • Meias de lã e algodão
  • Sapatos apropriados
  • Evitar andar decalço
  • Evitar fontes de calor
  • Lesões nos pés (não usar produtos químicos)