T10 - Arritmias Cardíacas & Morte Súbita Flashcards

1
Q

Morte súbita?

A
    • Morte que ocorre de forma abrupta inesperada e de causa natural.
    • Surgir na primeira hora após o início de sintomas
    • Causa mais comum é cardíaca que começa em taquicardia ventricular, degenera em fribrilhação ventricular e acaba em assitolía.
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2
Q

Incidência de morte súbita em atletas?

A

2.1 em 100000 pessoas
F -0.8
M - 2.5

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3
Q

Etiologia de Morte Súbita?

A

> 35 Anos - Dx Coronária

< 35 Anos - Miocardiopatia Hipertrófica & Displasia Arritmogénica do VD

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4
Q

Coração de Atleta?

A

Pode se confundir com outras patologias pois frequentemente existe critérios isolados de Hipertrofia VE, Dilatação de cavidades cardíacas de grau ligeiro com função conservada.
Existem zonas cinzentas de overlapping com outras patologias.

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5
Q

Incidência de Morte Súbita?

A

Em atletas competitivos 1-2 /100000 praticantes

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6
Q

Causa mais frequente de Morte Súbita?

A

Miocardiopatia Hipertrófica -USA

Cardiopatia Arritmogénica do VD - Itália

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7
Q

Cardiomiopatia Hipertrófica (MCH) - Etiologia e Prevalência?

A
    • Entidade autossómica dominante
    • Mutação genética das proteínas do sarcómero (beta-miosina, proteína-C miosina, troponina T)
    • Cerca de 30-35% não tem gene reconhecido!
    • Prognóstico variável geralmente benigno
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8
Q

Suspeita de MCH?

A
    • Hx familiar de morte súbita prematura (frequentemente é um portador assintomático) e do ECG
    • Raramente existem sintomas prévios (palpitação, síncope ou angor)
    • O exame físico (auscultação com o doente em repouso) é pouco sensível (intensificação do sopro após realização da manobra de Valsalva e/ou com ortostatismo activo permite, em geral, a sua diferenciação do sopro de estenosa valvular aórtica)
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9
Q

ECG na MCH?

A

– Alterações em mais de 95% dos indivíduos portadores de MCH (alta sensibilidade)
– Pseudo-enfarte (Q patológica)
– Acentuada inversão da onda T em V5 e V6 (parede inferior e apical)
Baixa especificidade pois podem aparecer noutras patologias

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10
Q

Coração de Atleta vs MCH?

A

Espessura de paredes superior a 16mm - MCH
Diastolic left ventricular cavity
Left atrial size
Left ventricular hemodynamic filling patterns
Response to deconditioning - None in MCH
EKG Signs
Family history of MCH

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11
Q

Mecanismos de Morte Súbita na MCH?

A
    • Arritmia ventricular maligna que degenera em fibrilhação ventricular.
    • Instabilidade hemodinâmica súbita, envolvendo o agravamento da obstrução à CSVE com hipotensão sistémica grave induzida pelo exercício e/ou bradiarritmias
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12
Q

Fatores de risco Major de morte súbita em MCH?

A
Paragem Cardíaca
TV sustentada espontânea 
História Familiar de MS
Sincope inexplicada (s/SNC)
Resposta anormal da pressão arterial na PE
Espessura do septo > 30 mm
Idade < 35 anos
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13
Q

Fatores de risco Provável de morte súbita em MCH?

A
Fibrilação auricular
Isquemia miocárdio
Obstrução da câmara de saída do VE
Mutação de alto risco
Exercício físico intenso (alta competição)
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14
Q

Doença Coronária Aterosclerótica?

A
    • > 90% causas de MS acima dos 35 anos
    • O diagnóstico dos portadores de doença coronária aterosclerótica (DCA) deve fazer-se por suspeita clínica (ANGOR) e/ou através da presença de factores de risco para a doença aterosclerótica.
    • Prova de esforço não recomendada por ‘falsos positivos’
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15
Q

Anomalia congénita das artérias coronárias?

A
    • Causa importante de morte súbita (± 10%) em atletas com idade < 35 anos
    • É muito difícil de identificar quer pela ausência de sintomas prodrómicos quer ainda pela ausência de sinais físicos
    • Em > 75%, a forma inicial de apresentação é a morte súbita
    • A ecografia transtorácica é um meio útil para a exclusão da anomalia congénita das coronárias em atletas
    • AngioTC confirma
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16
Q

Doenças primárias da aorta ascendente?

A
    • A história é pouco sensível para identificar esta doença, a não ser que exista antecedentes familiares ou, no exame físico surjam estigmas de síndroma de Marfan ou de outras doenças do conjuntivo.
    • Deve ser considerado nos atletas muito altos
17
Q

Na suspeita da presença de Síndroma de Marfan?

A
    • Estudo cardíaco que inclui um ecocardiograma para visualização da artéria aorta e das restantes estruturas cardíacas (valvulares)
    • Morte súbita no síndroma de Marfan parece estar associada com arritmias ventriculares, relacionadas com a dilatação ventricular esquerda e não com a dissecção da aorta.
18
Q

Estenose Valvular Aórtica?

A

Fácil e precocemente identificada na criança (pela auscultação), a sua exclusão nos atletas de competição nos portadores é precoce.

19
Q

Miocardite?

A
    • Recentemente considerada como causa importante de morte súbita inexplicada em jovens previamente saudáveis.
    • O diagnóstico definitivo mesmo na autópsia não é fácil
    • Provocada habitualmente por uma infeção vírica mas também abuso de tóxicos, nomeadamente cocaína, entre outros.
20
Q

Cardiomiopatia arritmogénica do ventrículo direito?

A
    • Atingir particularmente o ventrículo direito, existindo substituição progressiva do músculo cardíaco normal, por tecido fibro-adiposo.
    • Doença genética com hereditariedade autossómica dominante predominante (vários genes descritos), que alteram os desmossomas com penetrância incompleta, com raríssimas formas recessivas descritas.
21
Q

Epidemiologia e Apresentação Clínica de Cardiomiopatia arritmogénica do ventrículo direito?

A
    • 80% dos casos diagnosticados antes dos 40 anos
    • Doentes podem apresentar-se com arritmias ventriculares sintomáticas, geralmente, a taquicardia ventricular sustentada com morfologia de bloqueio completo de ramo esquerdo.
    • Mas os assintomáticos parecem não ter risco significativamente menor de eventos graves!
    • Está contra-indicada a práctica de exercício físico
    • Todos estes atletas apresentavam ECG anormais, com inversão da onda T nas derivações precordiais direitas (até V4) e arritmias ventriculares com padrão de BCRE e eixo superior.
22
Q

Diagnóstico de Cardiomiopatia arritmogénica do ventrículo direito?

A

Ecocardiograma ou preferencialmente RM cardíaca sempre que um atleta apresenta queixas de palpitações, síncope e/ou alterações da repolarização ventricular nas derivações precordiais direitas até V3-V4

23
Q

Morte súbita e “Coração normal”?

A

– A morte súbita em coração estruturalmente normal é rara (6-10%)
– Desses:
. 50% tinham sintomas prévios (síncope, palpitação sustentada)
. 57% tinham um factor de risco identificável para a morte súbita

24
Q

Wolff-Parkinson-White?

A

A morte súbita nos portadores de WPW é muito rara (<0,1%)
Padrão de pré-excitação intermitente revela baixo risco para morte súbita
Fibrilação auricular espontânea , Período refratário curto da via acessória ou associação a CMH são de ALTO RISCO

25
Q

Epidemiologia de Síndroma do QT longo genético e Morte Súbita?

A
    • Importante causa de morte súbita
    • 2/3 dos portadores têm um ou mais episódios prévios de síncope
    • A maioria dos casos têm sido diagnosticados a partir do rastreio das famílias de portadores
26
Q

Sintomas mais frequentes de Síndroma do QT longo genético? Forma mais frequente?

A
    • Síncope, taquicardia ventricular em torsade des pointes e a morte súbita tipicamente associadas ao exercício físico, estímulo auditivo ou emoções!!
    • Forma autossómica dominante (R-W) sem surdez é a mais frequente (>98%)
    • Observação cuidada do ECG é fundamental !!
27
Q

Síndroma de Brugada?

A
  • Elevação de ST em V1-V3 (ponto J) – Tipo I
  • TV polimórfica e FV
  • Síncope ou morte súbita
  • Coração estruturalmente normal
  • Autossómica dominante (SCN5A)
  • Mau prognóstico
  • Cerca de 20 % das mortes súbitas com coração “normal”
28
Q

Síndroma de Brugada - Critérios de diagnóstico?

A

 Critério Major

a. Presença de alterações típicas do ECG (tipo I) em doentes com coração estruturalmente normal
b. Aparecimento de modificações típicas (tipo I) do ECG após administração de bloqueadores dos canais de sódio em doentes suspeitos.

 Critério Minor

a. História familiar de morte súbita precoce.
b. Síncope súbita de etiologia inexplicada (confirmar ser não reflexa)
c. Episódios documentados de taquicardia ventricular / FV
d. Indução de TV/FV durante o teste EFi
e. Modificações genéticas do gene implicado (scn5a)

29
Q

Commotio cordis?

A
    • Morte súbita descrita, após a contusão torácica por projéctil como uma bola de basebol, hóquei, murro ou pontapé.
    • Impactos torácicos de baixa energia durante o período repolarização (refractário), mesmo a anteceder o pico da onda T, produz com frequência fibrilação ventricular.
30
Q

Rastreio em Atletas?

A
Hx médica
Exame físico
ECG
- Barato e Pragmático
- Baixa sensibilidade , assintomáticos e maior parte das doenças não está associada a alterações do exame físico
31
Q

Preocupação relacionada com o screening usando o ECG?

A
  • Baixa incidência de morte súbita cardíaca
  • Elevado nº de falsos positivos
  • Preocupações em relação aos falsos negativos
  • Custos
  • Outros problemas
32
Q

Morte súbita apesar da utilização do ECG?

A
Falsos negativos
• Anomalia congénitas das coronárias
• Doença coronaria aterosclerótica prematura
• TV polimórfica catecolaminérgica
• Expressão incompleta de canalopatias

Condições adquiridas
• Commotio cordis
• Miocardites
• Alterações iónicas e hidro-eletrolíticas

33
Q

Como reagir em Morte súbita?

A

 A qualidade de uma resposta imediata à sincope morte súbita é crucial
 Confirmar a ausência de pulso, iniciar SBV e chamar imediatamente por ajuda (112) bem como estar familiarizado com a utilização de DAEs é mandatário e deve ser estendida a leigos!

34
Q

TAKE HOME MESSAGES?

A
    • MSC em jovens é rara, com diversas etiologias de difícil deteção
    • MSC acima dos 35 anos é geralmente devido a doença coronária
    • CMH pode ser suspeita pelo ECG e confirmada por ECO
    • Pensar em MARFAN nos jogadores de vólei e basquetebol
    • Hx e exame físico são necessários mas não sensíveis, o ECG é de relação custo/benefício questionável nesta população de baixa prevalência de doença
    • Reconhecer padrões anormais no ECG como o Brugada, QT longo, WPW, HVE, entre outros é fundamental
    • Referenciar para especialistas se há dados (+) na Hx, exame físico ou ECG
    • Tornar os DAE mais disponíveis nos eventos desportivos e formar leigos são as armas mais eficazes na redução de morte súbita !!