TP1.1 - Doença Coronária Estável Flashcards
Apresentações clínicas possíveis de Doença Coronária Obstrutiva Aterosclerótica?
- Síndromes Coronárias Crónicas
- Síndromes Coronárias Agudas
- Isquemia silenciosa
- Insuficiência Cardíaca
- Morte súbita
Angina das Síndromes Coronárias Crónicas?
Angina Estável/de esforço
3 caraterísticas de Angina estável/de esforço?
Dor despertada sempre pelo mesmo tipo de esforço na região retroesternal/pré-cordial
Dor tipo peso, constrição, aperto, engasgamento, ardência, pressão
Desaparece com o repouso (duração de 1, 2, 5, 10, 15 min no máximo)
Isquemia silenciosa?
Diabéticos e idosos que não têm a apresentação típica em dor torácica.
- Diabéticos devido neuropatia e dessensibilização
- Idosos deve-se dispneia, disfunção sistólica ou diastólica do VE, arritmias de hipotensão, confusão mental
- Idosos têm equivalentes à dor torácica: dispneia, tonturas e confusão mental
Apresentações clínicas possíveis de Insuficiência Cardíaca?
- Dispneia e fadiga para esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna
- EAM passou desapercebido e o paciente começa a viver com estes sintomas
Etiogenia de Morte súbita?
Oclusão coronária –> alteração formação de ATP –> canais K+/ATP ficam afetados –> circuitos de entrada modificados –> Fibrilhação Ventricular –> Morte súbita (sem sintomas)
Apresentações clínicas possíveis de Síndromes Coronárias Agudas?
- Angina instável (sem necrose miocárdica)
- EAM
- Todos internados e fazem (na maioria dos casos) cateterismo coronário invasivo
Subtipos de Angina Instável?
Angor em repouso/com esforço mínimo (geralmente prolongado)
Angor de novo
Angor em crescendo (mais frequente)
Angor pós-EAM
Angor em repouso/com esforço mínimo (geralmente prolongado), quanto tempo persiste?
Persiste por 10-20 min
Angor de Novo?
Aparecimento nas últimas 4-6 semanas; pelo menos Classe III (CCS)
CCS de Angina?
Classe I: dispneia/fadiga para esforços superiores aos habituais
Classe II: dispneia/fadiga para esforços habituais
Classe III: dispneia e/ou dor <100/200 m no plano (não consegue subir 1⁄2 andares de escadas)
Classe IV: dispneia e/ou dor em repouso
Angor em crescendo (mais frequente)?
Episódios cada vez mais frequentes/prolongados, ou seja, mais episódios para distâncias mais curtas (aumenta na classificação CCS e começa a resistir a doses mais baixas de nitroglicerina que antes eram suficientes)
Angor pós-EAM?
Se no período 1o-30o dia voltar a ter angina deve ser internado e fazer cateterismo
Tipos de EAM?
Com supraST/infraST
Sem supraST (ECG normal/quase normal)
Aspetos a carateriazar na dor torácica tipica da doença coronária obstrutiva?
SOCRATES Site Onset Characteristics Radiation Associated symptoms Time evolution Exacerbating/reliving factors Severity
Localização?
o Retroesternal ou precordial –> sinal de Levine
o Formas mais raras/locais de irradiação: cervical, mandibular, dentes, braço direito, ombro direito, ambos os pulsos, região interescapular (ter nível de suspeição elevado para não deixar escapar)
Duração?
o 1, 2, 10, 15 min máximo –> angina de peito
o > 30 min –> EAM por necrose isquémica (isquemia + necrose) –> aporte totalmente deficitário de O2 para as células miocárdio
Sintomas acompanhantes?
o Náuseas, palidez, dispneia, hipersudorese, sincope, palpitações, vómitos, diarreia.
o Mal-estar epigástrico, náuseas, vómitos, sudorese, palidez, diarreia, bradicardia, tonturas, síncope –> EAM coronário direito (isquemia da parede inferior) [reflexos vagais intensos]
o Taquicardia e hipertensão –> isquemia da parede anterior [expansão do SNS]
Diagnósticos diferenciais?
Fumador em que a dor aumenta à inspiração e em decúbito dorsal –> pericardite
Dispneia + taquicardia –> TEP
Carácter?
Tipo peso, constrição, aperto, engasgamento, ardência, pressão
Intensidade?
Diagnóstico diferencial de disseção da aórtica (10/10 ad initium)
Diagnósticos diferenciais de EAM/angina e de mau prognóstico em 30 dias?
Morte Doença coronária obstrutiva TEP Disseção aórtica aguda Pericardite
6 tipos de Síndromes Coronárias Crónicas?
Clássico (mais frequente): doentes com suspeita de síndrome coronário que têm angina estável/de esforço. Valoriza-se muito a dispneia, tendo ou não dor torácica
Doente com manifestações iniciais de insuficiência cardíaca e/ou disfunção ventricular esquerda: doente com suspeita de doença coronária com dispneia, fadiga, ortopneia, dispneia paroxística noturna, edemas progressivos
Doente com angina que teve há menos de 1 ano um síndrome coronário agudo e que foi submetido a uma técnica de revascularização (PCI ou bypass)
Doente que teve síndrome coronário agudo e realizou revascularização há >1 ano
Doente que não tem doença aterosclerótica obstrutiva predominante (que cause obstrução vaso >70% por placa ateroma), mas que têm vasospasmo ou doença microvascular que causa estenose da vasculatura epicárdica > 70% (explicativo dos sintomas)
Doente assintomático que faz MCD por outra razão com evidência de doença coronária obstrutiva (p.e. calcificações)
Doença Coronária Estável (principais apresentações clínicas)?
Angina estável clássica causada por estenose epicárdica
Angina causada por disfunção microvascular (artérias com <500 μm de diâmetro) – angina microvascular/Síndrome X
Angina causada por vasospasmo – angina vasoespástica
Cardiomiopatia isquémica sintomática – disfunção ventricular
Angina microvascular/Síndrome X?
o Mais comum nas mulheres
o Paciente com claros sintomas de angina de esforço
o Faz prova de esforço/cintigrafia miocárdica que demonstra isquemia –> cateterismo (angiografia coronária invasiva) que não demonstra doença epicárdica obstrutiva
Angina vasoespástica?
Angina muito típica: presente em repouso (supradesnivelamento ST), mas tolerável com o esforço (dor desaparece e ST normalizado)
Abordagem do doente com angina e/ou dispneia e suspeita de doença coronária crónica (STEPS)?
1) Avaliar os sinais e sintomas
2) Paciente com muitas comorbilidades
3) Fazer ECG, análise bioquímica, RX tórax e ecocardiografia em repouso a todos os doentes selecionados
4) Avaliar probabilidade pré-teste e probabilidade de se tratar de uma doença coronária obstrutiva aterosclerótica
5) Probabilidade pré-teste
6) Perante toda a informação analisar qual será a terapêutica mais adequada para aquele doente
Se os sintomas forem sugestivos de angina instável o que fazer?
Internar –> coronariografia invasiva
Paciente com muitas comorbilidades?
Insuficiência renal, bronquite crónica, metástases cerebrais, cirrose hepática… (mau prognóstico, esperança de vida baixa <1 ano, má qualidade de vida) –> revascularização é fútil –> fazer terapêutica farmacológica