Tosse crônica Flashcards

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1
Q

Como classificar a tosse de acordo com a duração?

A
  • Aguda: < 3 semanas (infecção, alergias, congestão)
  • Persistente: 3-12 semanas (causas aguda que duram ou cronica que ainda não deu tempo)
  • Crônica: > 12 semanas (gotejamento pós-nasal, asma, DRGE - mais comuns)
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Q

Qual a definição de TB?

A
  • infecção pelo Mycobaterium tuberculosis
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3
Q

Como se dá a história natural?

A
  • primoinfecção geralmente ocorre na infância por contato íntimo com pessoa bacilífera. Ocorre disseminação do bacilo (demora 3-8 semanas para organização da resposta imune celular), com isso forma-se um granuloma que contem o bacilo. Em 90% das pessoas acabou aí a infecção com o BK morto ou quiscente. Em 10% (principalmente crianças) podem adoecer nesse momento, a chada TB primária. Se posteriormente houver reinfeção ou reativação do bacilo, é infecção pós-primária
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4
Q

Quais as principais formas clínicas?

A
  • pulmonar: primária, pós-primária

- extra-pulmonar: plueral (mais comum), linfonodal - geralmente calcifica - (mais comum em criança e HIV), meníngea

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5
Q

Qual a clínica da forma pulmonar primária? E quais alterações radiográficas?

A
  • classicamente em crianças
  • parece um pneumonia arrastada que não responde a ATB
  • infiltrado persitente e linfadenopatia hilar ipsilateral
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6
Q

Qual a principal complicação? Quais pacientes acomete e qual padrão?

A
  • forma miliar, com disseminação hematogênica intensa do bacilo
  • padrão de micronódulos difusos
  • < 2 anos não vacinados e imunodeprimidos
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7
Q

Quais as características da forma pós-primária?

A
  • mais comum em adultos jovens
  • tosse crônica com escarro com raias de sangue, emagrecimento, febre vespertina,
  • Rx com padrão de cavernas
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8
Q

Qual a principal complicação da forma pós-primária? Como tratar?

A
  • infecção da cicatriz pulmonar por aspergilos, dando uma bola fúngica (aspergiloma)
  • cirurgia para retirada de lesão ou embolização da artéria brônquica (2ª opção)
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9
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • clínica: tosse ≥ 3 semans, febre vespertina, emagrecimento, sudorese
  • raio x:infiltrado pulmonar, cavernas
  • microbiologia: TRM-TB (escolha), escarro, cultura
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10
Q

Como diagnosticar < 10 anos?

A
  • lavado gástrico
  • escore de pontuação: ≥ 30 pontos já está autorizado a tratar (CHILD)
    • clínica: 15 pontos
    • história de contato com bacilífero em 2 anos
    • infiltrado ≥ 2 semanas: 15 pontos
    • Latente: PT ≥10mm
    • desnutrição: p< 10
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11
Q

Qual a clínica da TB pleural?

A
  • adulto jovem com febre, emagrecimento e dor pleurítica

pelo derrame

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12
Q

Quais as características do líquido puncionado?

A
  • exsudato (critérios de Light)
  • glicose < 40, celularidade aumentada com padrão linfomononuclear,
  • sem eosinófilos e células mesoteliais
  • ADA > 40
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13
Q

Como dar o diagnóstico?

A
  • padrão ouro: biópsia pleural (80-90%)
  • baciloscopia (<5%)
  • TRM-TB (30-50%)
  • cultura (<15%)
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14
Q

Qual a clínica da TB meníngea?

A
  • quadro de meningite mais arrastada, com acometimento de pares cranianos
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15
Q

Quais as características do líquor?

A
  • glicose baixa
  • hiperproteinorraquia
  • pleocitose padrão linfomononuclear
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16
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • bacilsocopia: 15%
  • TRM-TB: 30-80%
  • cultura: 50-80%
  • na prática faz prova terapêutica
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17
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • Esquema RIPE: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol
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18
Q

Quais os esquemas?

A
  • básico (caso novo e retratamento): RIPE 4 meses e RI 4 meses (exceto < 10 anos, que nao pode etambutol)
  • meníngea e osteoarticular: RIPE 2 meses e RI 10 meses. Na meníngea associa corticoide VO4-8 semanas
19
Q

Qual o esquema em caso de falência ou multirresistência?

A
  • CLEPT: capreomicina, levofloxacino, etambutol, pirazinamida, terizidona
20
Q

Quais são os efeitos adversos do RIP?

O que fazer em caso de hepatotoxicidade

A
  • hepatotóxicas: P é pior, I é intermiediária e R é menos.

- Em caso de hepatotoxicidade retira todas e volta pela menos pior primeiro

21
Q

Quais os efeitos da rifampicina?

A
  • urina e suor laranja
  • gripo
  • NIA
  • penias hematológicas
22
Q

Quais os efeitos adversos da isoniazida?

A
  • neuropatia periférica por depleção de B6
23
Q

Quais os efeitos adversos da pirazinamida?

A
  • hiperuricemia e rabdomiólise
24
Q

Quais os efetiso adversos do etambutol?

A
  • neurite óptica
25
Q

O que fazer em casos de intolerância?

A
  • R ou I: pode por levofloxacina
  • se tirar R, esquema por 12 meses
  • se tirar I esquema por 9 meses
26
Q

Quando suspender o RIPE? O que fazer após?

A
  • icterícia
  • aumento de transaminases > 3x LSN + sintomas
  • aumento isolado > 5x
  • Se melhorou, retorna RE, 1 semana retorna isoniazida, 1 semana depois retorno pirazinamida
  • Se não melhorou ou cirrose: troca por capreomicina, etambutol, levofloxacino 12 meses
27
Q

Como fazer o seguimento?

A
  • TB pulmonar: baciloscopia mensal
28
Q

Quais os critérios de falhaterapêutica? O que fazer?

A
  • BAAR + ao final do tto
  • BAAR +2/+3 no 4º mês
  • BAAR que era negativo e volta a ser + por 2 meses seguidos
  • Alterar tto com base na cultura
29
Q

O que fazer em casos de gestante? e HIV+?

A
  • esquema RIPE + B6 profilática

- Começa RIPE e depois de 2 semanas a TARV

30
Q

Quais as medidas gerais de controle comunitário?

A
  • tratar e rastrear o sintomáticos
  • notificar e fazer TDO
  • vacinação BCG
31
Q

Como fazer avaliação dos contactantes?

A
  • anamnese e exame físico: se sintomático tratar

- se assintomático: fazer PPD ou IGRA

32
Q

Como avaliar o PPD e qual a conduta?

A
  • < 5mm: negativo, repete em 8 semanas para ver se teve viragem ( aumento ≥ 10mm)
  • ≥ 5 mm: positivo, tratar ILTB
  • IGRA positivo, tratar ILTB
33
Q

Quais as indicações de tratamento da ILTB? Como fazê-la?

A
  • PT ≥ 5mm ou IGRA +: contactantes ou imunossupressão
  • PT ≥10mm: debilitados (DM, silicose, DRC dialítico) ou viragem ≥ 10mm do último teste
  • 10 até 50 anos: isoniazida 270 doses
  • < 10 e > 50 anos rifampicina 120 doses
34
Q

Como conduzir RN contactante de bacilífero?

A
  • Não dar BCG, fazer R ou I por 3 meses

- Faz PPD, se < 5mm suspende e vacina. Se ≥ 5mm faz mais 3 meses de isoniazida ou 1 mes de rifampicina

35
Q

Quando suspeitar de paracoccidioidomicose?

A
  • paciente que tem quadro que parece TB mas é do ambiente rural
36
Q

Quais as formas clínicas e suas características?

A
  • Aguda (<30 anos): febrem adenomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia (mononucleose-like)
  • Crônica: (> 30 anos): Sintomas respiratórios arrastados com infiltrado bilateral em asa de morcego associados a lesões cutâneo-mucosas
37
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • escarro, raspado de lesão ou biópsia

- imagem em roda de leme

38
Q

Como tratar?

A
  • Itraconazol 6-18 meses

- Anfotericina B casos graves

39
Q

Quando suspeitar de histoplasmose?

A
  • Paciente que parece TB mas teve história de contato com caverna, morcegos ou galinhas
40
Q

Quais as formas clíncas?

A
  • aguda: síndrome gripal inespecífica
  • crônica (característico de pneumopatas): sintomas respiratórios arrastados, infiltrado nos ápices pulmonares, muito parecidos com TB, podendo também fazer micronódulos bilaterais
41
Q

Como diagnosticar?

A
  • cultura do escarro, biópsia e sorologia
42
Q

Como tratar?

A
  • itraconazol: 12m

- anfotericina B casos graves

43
Q

Como diagnosticar a fibrose cística? O que avaliar tambem?

A
  • teste do pezinho (tripsinogênio imunorreativo > 90) repetido em até 30 dias e teste do suor > 60
  • função pancreática: elastase fecal
  • espirometria aos 5 anos