HIV/AIDS Flashcards

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1
Q

Quais os tipos de HIV e sua distribuição geográfica?

A
  • HIV tipo 1: brasil e mundo

- HIV tipo 2: áfrica

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2
Q

Como se dá o ciclo viral?

A
  • reconhecimento do CCR5 de linfócitos pelo GP 120. Na celula a transcritptase reversa converte RNA em DNA viral. A integrase funde o DNA viral ao da celula, onde o maquinario celular vai gerar as particulas virais que sao unidas pela protease. Com isso a celula morre exeplindo varias particulas virais
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3
Q

Como é a história natural?

A
  • Infecção com rápida replicação viral e que da contagem de CD4, manifestando-se como um crise mononucleose like em 70% dos casos. A soroconversão demora cerca de 1-3 meses, logo nessa fase só se detecta a carga viral. Após isso o sistema imune ensaia uma reação entrando em equilíbrio com o vírus, o chamado set point viral (que quanto mais alto, pior a progressão) é a chamada latência clínica com queda progressiva do CD4, até que 2-12 anos depois entra na fase AIDS
  • Após transmissão ocorre fase de eclipse em que o RNA viral não é detectável.
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4
Q

Existem sintomas que podem se manifestar na fase de latência clínica?

A
  • Sim. Linfonomegalias não inguinais em ≥ 2 cadeias por ≥3 meses
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Q

Como dar o diagnóstico de AIDS?

A
  • CD4 < 200
  • fungos: PCP, histoplasma disseminada, candida invasiva
  • vírus: CMV na retina, JC (LEMP)
  • neoplaisas: sarcoma de kaposi, linfoma não hodgkin, Ca de colo uterino invasivo
  • Parasitas: neurotoxo, criptococose
  • manifestações cardíacas e renais (GEFS) relacionadas ao HIV
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6
Q

Como dar o diagnóstico em ≤ 18 meses? Quando coletar? Deve-se fazer anti-HIV em algum momento?

A
  • Precisa de 2 cargas virais positivas > 5.000 cópias para dar o diagnóstico.
  • Coletar (somente se as anteriores negativas): ao nascimento, com 14 dias de vida, com 2 semanas do fim da profilaxia e 8 semanas do fim da profilaxia.
  • Fazer anti-HIV com 12 meses para documentar a soroconversão negativa
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7
Q

Como dar o diagnóstico em > 18 meses? Como caracterizar amostra indeterminada?

A

Protocolo rápido em paciente sem seguimento:
- 2 testes rápidos de fabricantes diferentes positivos. Se muita suspeita repete em 30 dias
Protocolo de referência:
- imunoensaio + carga viral + outro imunoensaio: todos positivos
- Se CV negativo, pode fazer o Blot. Se positivo confirma, se negativo caracteriza como indeterminada e pode repetir em 30 dias

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8
Q

Quais são as premissas da TARV?

A
  • Indicada para todas as PVHIV
  • Se iniciou não para nunca mais
  • não é uma emergência iniciar, paciente deve estar ciente e motivado (exceto estupro e acidente com material biológico)
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9
Q

Quem são os grupos prioritários para receber a TARV?

A
  • CD4 < 350
  • sintomáticos
  • coinfecção pelo HCV, HBV
  • gestante
  • TB ativa
  • risco CV > 20%
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10
Q

Quando realizar genotipagem? O que não pode atrasar?

A
  • gestante, TB ativa, infectado de parceiro em uso de TARV, < 12 anos, falha terapêutica
  • Não adiar a TARV
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11
Q

Qual o objetivo e quando identificar falha terapêutica?

A
  • carga viral indetectável em 6 meses

- carga viral presente em 6 meses ou rebote após supressão viral

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12
Q

Quais os esquemas utilizados? (3)

A
  • populacão geral: lamivudina (3TC) + tenofovir (TDF) + dolutegravir (DTG)
  • gestante: se genotipagem disponível: 3TC + TDF + EFV (1º tri) ou DTG (≥ 2ºtri). Se não disponível ou resitência: 3TC + TDF + ATV/r
  • TB ativa: 3TC + TDF + EFV
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13
Q

Quais os principais efeitos colaterais das drogas?

A
  • lamivudina: praticamente não causa
  • tenofovir: toxicidade renal e redução de mássa óssea. Trocar para abacavir (se HLAB5701 negativo). Senão zidovudina
  • dolutegravir: efeitos passageiros gastrointestinais e cefaleia. Pode causas defeito do tubo neural
  • efavirenz: pode causas efeitos neuropsiquiátricos e rash cutâneo. Já existe resistência
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14
Q

Quando fazer profilaxia pré-exposição (PrEP)?

A
  • pacientes com relação anal ou vaginal sem preservativo nos últimos 6 meses
  • IST recorrentes
  • PEP de repetição
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15
Q

Para quem fazer PrEP?

A
  • casais sorodiscordantes
  • profissionais do sexo
  • pessoas trans
  • homens que fazem sexo com homens (anal)
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16
Q

Como fazer PrEP?

A
  • com Truvada: TDF + entricitabina
  • uso contínuo 1cp/dia enquanto durar exposição
  • 7 dias para proteção por via anal e 20 para vaginal
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17
Q

Quando indicar profilaxia pós-exposição (PEP)?

A
  • exposição até 72 horas
  • Exposição de risco: percutânea, mucosas, mordedura com sangue, pele não íntegra
  • material de risco: sangue, fluidos genitais, líquidos puncionáveis (serosas, líquor, amniótico)
  • avaliar exposto e fonte:
    • exposto negativo e fonte + ou desconhecido: fazer
    • exposto positivo ou fonte negativa: não fazer
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18
Q

Como fazer PEP?

A
  • mesmo esquema da TARV, por 28 dias
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19
Q

Como fazer o seguimento?

A
  • Repetir testagem para HIV com 30 e 90 dias
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20
Q

Quando indicar a TARV na gestação? Como iniciar?

A
  • o mais rápido possível
  • 1ºtrimestre: 3TC + TDF + EFV
  • ≥ 2ºtrimestre: 3TC + TDF + DTG
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21
Q

Como conduzir o parto de gestante HIV +?

A

CV > 1000 após 34 semanas ou desconhecida:
- AZT EV 3h antes até clampeamento do cordão e cesárea eletiva (38 semanas, bolsa íntegra, dilatação de 3-4cm

CV < 1000 após 34 semanas:
- AZT EV 3h antes até clampeamento e via de parto por indicação obstétrica

CV indetectável após 34 semanas:
- não fazer AZT e via parto por indicação obstétrica

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22
Q

O que fazer para a gestante no puerpério?

A
  • manter a TARV (se não estiver usando DTG, troca)

- contraindicar aleitamento materno (usar cabergolina 1mg DU para inibir)

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23
Q

O que fazer para o RN?

A

Para todos: clampeamento imediato, banho precoce, aspiração gentil das vias e conteúdo gástrico se necessário, fórmula sempre

Mãe com TARV desde 1º tri e CV indetectável (baixo risco)
- AZT por 28 dias com inicio até 48h

Outro contexto (alto risco):

  • AZT + 3TC + RAL por 28 dias
  • se < 34 semanas: AZT somente
  • se 34-37 semanas: AZT + 3TC (4 semanas) + nevirapina (2 semanas)
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24
Q

Qual o agente da pneumocistose?

A
  • Pneumocystis jirovecii
25
Q

Qual o contexto da infecção ?

A
  • CD4 < 200 e quadro pulmonar
26
Q

Qual a clínica?

A
  • febre baixa, tosse seca, dispneia arrastadas
27
Q

Quais os achados laboratoriais?

A
  • hipoxemia na gaso arterial PaO2 <70
  • LDH > 500
  • Rx: infiltrado bilateral hilar que poupa ápices. Sem derrame ou linfadenomegalia hilar
28
Q

Como dar o diagnóstico?

A
  • clínico + radiológico + laboratório é muito sugestivo (já autoriza a tratar)
  • pode fazer escarro com prata metenamina ou Grocott
29
Q

Como tratar?

A
  • Bactrim por 21 dias EV (graves) ou VO (leves)

- Se PaO2 < 70 CTC

30
Q

Quando indicar profilaxia?

A
  • CD4 < 200 ou
  • cândida oral ou
  • febre de origem indeterminada por > 2 semanas
31
Q

Quais pacientes a TB acomente?

A
  • PVHIV com qualquer contagem de CD4
32
Q

Quais as formas clínicas de acordo com CD4?

A
  • CD4 > 350: tosse, febre, emagrecimento, cavitação apical

- CD4 < 350, mesma coisa mas faz forma miliar, disseminada

33
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • BAAR, teste rápido molecular, cultura com antibiograma
34
Q

Como fazer o tratamento? E com a TARV?

A
  • RIPE

- Se paciente não faz uso de TARV, começa o RIPE e 2 semanas após começa a TARV

35
Q

Como tratar a ILTB? Quando indicar?

A
  • isoniazida 270 doses (9-12 meses)
  • contactante de TB
  • PT ≥5mm ou IGRA +
  • CD4 ≤ 350
  • Rx de tórax com cicatriz de TB nunca tratada
36
Q

Quando suspeitar de infecção pelo Mycobacterium avis (MAC)? Como tratar?

A
  • febre, tosse, emagrecimento, enterite
  • CD4 < 50
  • Macrolídeo (claritromicina) + etambutol
37
Q

Quais as características do CD4 do Sarcoma de Kaposi? Qual o agente? Qual a clínica?

A
  • CD4 < 200
  • infecção pelo HHV8
  • lesões cutâneas violáceas
38
Q

Como tratar o sarcoma de Kaposi?

A
  • localizado: crioterapia

- disseminado: quimioterapia

39
Q

Quais as características do linfoma não hodgkin (LNH)? CD4, subtipo e clínica?

A
  • CD4 < 200
  • Subtipo mais comum: imunoblástico
  • massa pulmonar, derrame e linfonodomegalia
40
Q

Como tratar o LNH?

A

QT

41
Q

Qual o agente etiológico da criptococose?

A
  • Criptococcus neoformans
42
Q

Qual a clínica?

A
  • CD4 < 100
  • Quadro subagudo de: febre, cefaleia, confusão mental, paralisia de 6ºpar. Sinais meníngeos são raros
  • aumento intenso de PIC
43
Q

Como dar o diagnóstico?

A

Pela punção lombar:

  • pleocitose: linfomononuclear
  • hiperproteinorraquei e hipoglicorraquia
  • corado pela tinta nanquim, antígeno criptocócico, cultura (demora 7 dias)
44
Q

Como tratar?

A
  • Ataque: anfo B 2 semanas
  • Manutenção: fluconazol 8 semanas
  • avaliar puncão lombar de alívio para melhora da cefaleia
45
Q

Quando suspeitar de neurotoxoplasmose?

A
  • PVHIV com CD4 < 100

- sinal focal (hemiparesia, disfasia), convulsões, cefaleia

46
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • clínica + imagem (TC com contraste)
47
Q

Qual o aspecto típico da TC?

A
  • lesões hipodensas arredondadas, com captação anelar de contraste e muito edema perilesional
48
Q

Como tratar?

A
  • Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico por 6 semanas
49
Q

Quando indicar profilaxia? Como fazer?

A
  • CD4 < 100 e IgG + para toxo

- Bactrim

50
Q

O que suspeitar se paciente não apresentar melhora dentro de 14 dias?

A
  • Linfoma 1ºde SNC
51
Q

Como tratar?

A
  • não tem cura, faz paliação
52
Q

Quando suspeitar de encefalopatia pelo HIV?

A
  • CD4 < 200

- sintomas demenciais

53
Q

O que fazer perante paciente com encefalopatia pelo HIV?O que esperar?

A
  • iniciar a TARV

- não há muita melhora do quadro

54
Q

Qual o agente da LEMP?

A
  • vírus JC
55
Q

Quando suspeitar?

A
  • PVHIV CD4 < 200

- com déficitis neurológicos progressivos desmielinizantes

56
Q

Como fazer diagnóstico?

A
  • RM com hiperintesidades em substância branca em T2
57
Q

Como tratar?

A
  • iniciar TARV
58
Q

Quais são as 3 doenças com CD4 < 50 ?

A
  • MAC, linfoma SNC e retinite por CMV