Linfonodo e esplenomegalia Flashcards

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1
Q

Qual a função e os representantes do tecido linfoide?

A
  • filtrar o sangue e a linfa de partículas infecciosas

- baço, timo, linfonodos, tonsilas, placas de Payer

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2
Q

Qual a anatomia do linfonodo? Qual a principal célula acometida por linfomas?

A
  • Região cortical onde ficam os linfócitos B. Tem zona germinativa, manto e marginal. No manto chegam os linfócitos virgens que quando expostos a antígenos vão para o centro germinativo e vira um centrócito. Com estímulo de célula T vai para zona marginal virar célula de memória ou para o sangue virar plasmócito
  • célula B, pois passam por mais fases de maturação e transformação
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3
Q

Quais os 2 principais diagnósticos mediante um linfonodomegalia?

A
  • reacional inflamatório

- neoplásico

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4
Q

Quando suspeitar de neoplasia? Qual a conduta?

A
  • tamanho: > 2 cm
  • localização: supraclavicular, escalênico
  • persistência: > 4-6 semanas
  • crescimento progressivo
  • aspecto: pétreo e aderido a planos profundos
  • lembrar de metástase de neoplasia cervical: se fatores de risco, fazer TC e PAAF
  • realizar biópsia excisional
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5
Q

Qual a definição de linfoma?

A
  • neoplasia de linfócitos T, B (mais comum) e células NK originada no tecido linfoide
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6
Q

Qual a clínica inespecífica dos linfomas?

A
  • linfonodomegalia não inflamatória e não dolorosa em cadeias cervicais e supraclaviculares
  • sintomas B: febre, sudorese noturna, emagrecimento. > 10% em 6 meses
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7
Q

Quais as características do linfoma de Hodgkin?

A
  • distribuição: central, acomete mediastino e se dissemina por contiguidade para cadeias próximas
  • dor após ingestão de álcool
  • febre de Pel-Ebstein (irregular)
  • prurido intenso com eosinofilia
  • tende a acometer jovem e tem melhor prognóstico
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8
Q

Quais as características do linfoma não-Hodgkin?

A
  • distribuição periférico (epitroclear) com disseminação hematogênica a distância
  • sintomas B mias frequentes
  • febre contínua e regular
  • prurido discreto
  • tende a acometer idosos e pior prognóstico
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9
Q

Como fazer o diangóstico dos linfomas?

A
  • biópsia excisional de linfonodos. Mais profundos tem rendimento melhor
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10
Q

Como fazer o estadiamento?

A

De Ann-Harbor modificado

  • estágio 1: doença localizada, somente uma cadeia linfonodal ou orgão linfoide
  • estágio 2: doença localizada, ≥ 2 cadeias do mesmo lado do diafragma
  • estádio 3A: doença disseminada. Os dois lados do diafragma e andar superior do abdome
  • estádio 3B: doença disseminada. Os dois lados do diafragma e andar inferior do abdome
  • estádio 4: espalhou para outros orgãos extranodais (fígado e MO)
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11
Q

Como fazer o tratamento?

A
  • estádio 1 e 2: tentar curar com quimio e radioterapia
  • estádio 3 e 4: somente quimio (não pode irradia o corpo todo)
  • recidivas: transplante de MO
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12
Q

Quais são os fatores de pior prognóstico?

A
  • idade > 60 anos
  • aumento de LDH
  • sintomas B
  • acometimento extranodal
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13
Q

Qual a origem do linfoma Hodgkin (LH)?

A
  • linfócito B que tenta se dividir e não consegue gera a célula de Reed-Sternberg (RS) que desencadeiam reação inflamatória contra elas mesmas (pano de fundo reacional).
  • célula RS não é patgnomônico (EBV, carcinoma e sarcoma pode dar)
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14
Q

Quais os subtipos?

A
  • LH clássico (CD 15 e 30)

- LH com predomínio linfocitário (CD45)

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15
Q

Quais os tipos de LH clássico?

A
  • esclerose nodular (mais comum, 65%): típico de mulheres jovens
  • celularidade mista (25%) classicamente associado ao HIV e EBV
  • predomínio rico em linfócitos (5%): melhor prognóstico
  • depleção linfocitária (1%) : pior prognóstico, comum em idosos
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16
Q

Qual o tratamento e taxa de cura?

A
  • QT para o subtipo específico com taxa de cura de 60-95%
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17
Q

Qual a origem do linfoma não-Hodgkin (LNH)? Qual associação importante?

A
  • origem em células B (mais comum), T e NK

- mais associado ao HIV que o LH

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18
Q

O que é o paradoxo prognóstico?

A
  • tumores altamente agressivos com prognóstico e história natural pior, tendem a ter mais taxas de cura pois respondem melhor a quimio
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19
Q

Quais os tipos de linfoma indolentes? E suas principais características? E tratamento?

A
  • folicular: 2º mais comum, típico de mulheres, com crescimento lento, e evolução em vários anos. Pouco sintoma e diagnóstico tardio. Tratamento usualmente é paliativo
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20
Q

Quais os tipos de linfomas agressivos? E suas principais características? E chance de cura?

A
  • difuso de grandes células B: mais comum, tipicamente pega idosos
  • chance de cura de 40-60%
21
Q

Quais os tipos de linfomas altamente agressivos? E suas principais características?

A
  • linfoma de Burkitt: pega crianças e gera grandes massas em face e abdome. Tambem tem relação com HIV e EBV
  • linfoblástico pré-T: tambem pega classicamente crianças e tende a pegar mediastino
  • chance de cura de 50-80%
22
Q

Quais complicações podem ocorrer em decorrência do tratamento? O que fazer?

A
  • síndrome de lise tumoral: hipercalemia, hipefosfatemia, hipocalcemia, hiperuricemia. Fazer hidratação copiosa a alopurinol antes da QT
  • fazer ECO pré QT se for usar antraciclinas (cardiotóxicas)
23
Q

Qual a etiologia da mononucleose infecciosa?

A
  • Ebsteinn-Barr vírus (EBV)
24
Q

Como se dá a transmissão? Qual a faixa etária típica

A
  • por saliva contaminada
  • “doença do beijo”
  • tipicamente em adolescentes de 15-24 anos
25
Q

Qual a clínica?

A

Síndrome de mononucleose-like:

  • febre baixa
  • linfonodomegalia generalizada: + comum submandibular e cervical
  • hepatoesplenomegalia: friável com risco de ruptura esplênica
  • alteração hematológica: linfocitose com atipia > 10%
  • edema palpebral: sinal de Hoagland
  • faringite: exsudação, petéquias, membranas
  • exantema: classicamente após uso de amoxicilina (não alérgico)
26
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • clínica + laboratório
  • anticorpos heterófilos: Paul-Bunnel e monoteste (contra antígenos de outras espécies, mais barato)
  • anticorpos específicos: anti-VCA (capsídeo) e anti-EBNA (núcleo)
27
Q

Quais casos se beneficiam do anticorpos específicos?

A
  • casos duvidosos, crianças < 4 anos que não fazem quadro clínico exuberante
28
Q

Qual o tratamento? O que não usar?

A
  • sintomático-suportivo
  • formas graves: miocardite e encefalite: corticoide
  • evitar AAS: pode causas síndrome de Reye (hepatopatia e encefalopatia
  • evitar esportes de contato pelo risco de ruptura esplênica
29
Q

Qual o agente da doença de Chagas?

A
  • Trypanosoma cruzi
30
Q

Como se dá a transmissão? E a epidemiologia?

A
  • oral, vetorial não domicilar, vertical, sanguínea

- homens adultos moradores da região norte

31
Q

Quais as formas clíncias?

A
  • aguda

- crônica

32
Q

Quais as manifestações da forma aguda? Como diagnosticar?

A
  • sinal de Romaña: chagoma de inoculação
  • síndrome mononucleose-like
  • quadros graves: miocardite, encefalite
  • parasito no sangue periférico ou IgM anti T.cruzi
33
Q

Quais as manifestações da forma crônica? Como diagnosticar?

A
  • indeterminada (60%): assintomático, pode evoluir para outras formas ou não ter nada
  • cardíaca (30%): mais grave. Manifesta com IC, aneurimas apical, fenômenos tromboembólicos e alterações de condução (BRD + BDAS - rsR’e desvio de eixo)
  • digestiva (10%): acalásia e megacólon
34
Q

Como fazer o tratamento? E indicações

A
  • < 12 anos, chagas agudo, congênita
  • aguda: benznidazol 60 dias. Nifurtimox alternativa
  • crônica: tratar IC (IECA, BB, diurético), tratar acalásia (nitrato, dilatação endoscópica, cirurgia) e megacólon
35
Q

Quais as etiologias possíveis de esplenomegalia? E a definição de grande monta?

A
  • hipertensão portal
  • infiltração
  • hemólise
  • grande monta: > 8cm, fossa ilíaca esquerda o linha média
36
Q

Quais as causa de esplenomegalia de grande monta?

A
  • M: malária
  • E: esquistossomose
  • Ga: Gaucher (doença de depósito lisossômica)
  • L: leishmaniose visceral
  • Ias hematológicas: hemólise (esferocitose), LMC, tricoleucemia
37
Q

O que é a tricoleucemia? Quais as características celulares, à biópsia de medula, prognóstico, possível complicação e tratamento?

A
  • leucemia especial com ótimo prognóstico
  • células com projeções citoplasmáticas
  • biópsia “seca” pois as celulas produzem fibronectina
  • muito monocitopenia: propenso a TB
  • trata com cladribina por 7 dias
38
Q

Qual a conduta mediante uma esplenomegalia de grande monta?

A
  • buscar outros sítios como MO e linfonodo para biópsia
39
Q

Qual a etiologia da doença da arranhadura do gato?

A
  • Bartonella henselae
40
Q

Como se dá a transmissão?

A
  • arranhadura ou mordida de gatos
  • filhotes tem mais bacteremia
  • pode ser por outros animais como cachorro
41
Q

Qual a epidemiologia? E a incubação?

A
  • tipicamente pega crianças e mais do sexo masculino

- 7-12 dias

42
Q

Qual o quadro clínica da forma clássica?

A
  • pápula no local da arranhadura (inoculação)

- linfonodomegalia: comumente é axilar e única e pode supurar

43
Q

Qual a história natural?

A
  • tende a involução espontânea em 1-2 meses mas pode durar 1 ano
  • principal causa de linfadenopatia crônica inflamatória na infância
44
Q

Como fazer o diagnóstico?

A
  • pela sorologia

- PCR em amostra de tecido

45
Q

Como e quando fazer o tratamento?

A
  • azitromicina
  • drenagem linfonodal
  • em casos muito sintomáticos
46
Q

Qual outra forma clínica ?

A
  • forma óculoglandular de Parinaud
47
Q

Como ocorre e se manifesta?

A
  • inoculação do agente na conjuntiva

- gera conjuntivite granulomatosa e linfadenopatia pré-auricular ipsilateral

48
Q

O que pensar em criança com massa em região cervical central que é móvel a deglutição?

A
  • cisto tireoglosso
49
Q

O que é a micose fungoide? Qual a evolução clássica e achado patognomônico?

A
  • linfoma cutâneo de células T
  • homem negro de 50 anos
  • mácular avermelhadas que coalescem formando placas que podem ulcerar
  • Microabcesso de Patrier