Síndromes De Imunodeficiência Flashcards

1
Q

Definição de imunidade inata

A

A imunidade que já nasce com o organismo. Responsável pelo primeiro contato com o agente estranho. Ex.: macrofagos, células dendríticos, natural killer, celula dendríticos, neutrofilos, eosinofilos, basofilos, participação do sistema complemento para amplificar a resposta imune.

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2
Q

Definição de imunidade adaptativa

A

Se desenvolve após o contato com o antígeno, quando após o reconhecimento do agente agressor pela imunidade inata, este é apresentado a algumas células capazes de desenvolver imunidade específica e criar memória para combate em novos casos.

  • Imunidade celular: Linfócitos T
  • Imunidade Humoral: Linfócitos B
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3
Q

Condições associadas a alteração na imunidade celular

A

Infecção por vírus, micobacterias, fungos

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4
Q

Condições associadas a alteração na imunidade humoral

A

Infecções bacterianas recorrentes

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5
Q

Condições associadas a alteração nas células fagociticas

A

Infecção cutânea recorrente

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6
Q

Condições associadas a alteração no complemento

A

Doenças autoimunes e infecções bacterianas

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7
Q

O que pensar em casos de infecções recorrentes?

A

Pensar primeiro em alterações anatômicas

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8
Q

Classificação das imunodeficiências

A
  • Primária: deficiência de anticorpos, células T, B, NK…
  • Secundaria: infecções (aids), desnutrição, causas metabólicas (cirrose, síndrome nefrótica, diabetes, uremia), neoplasias, radioterapia, auto imunes, trauma, queimadura.
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9
Q

Principal característica do vírus HIV

A

Família dos retrovírus (assim como o HTLV - vírus linfotropico T humano). É um vírus RNA que através da transcriptase reversa é capaz de transcrever seu genoma de RNA em DNA de cadeia dupla e integrar-se ao genoma do hospedeiro.

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10
Q

Tipos de vírus HIV

A

HIV 1 (mais relacionado a infecções humanas no mundo) e HIV 2 (mais restrito a África)

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11
Q

Principal alvo do vírus HIV

A

Ataca os linfócitos T cd4 (Helper)

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12
Q

Como ocorre a infecção pelo vírus HIV?

A

Ocorre fusão do vírus com a parede da célula hospedeira e com receptores (CXCR4 e CCR5) -> vírus internalizado -> ação da transcriptase reversa -> Integrase une o DNA viral ao do hospedeiro -> produção de proteínas virais -> Protease torna as proteínas maduras -> novos vírus completos são Liberados

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13
Q

Quais etapas do metabolismo do HIV as drogas podem atuar?

A
  1. Inibidor da transcriptase reversa
  2. Inibidor da Protease
  3. Inibidor da fusão
  4. Inibidor da Integrase
  5. Antagosnista do CCR5
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14
Q

Doenças relacionadas ao HTLV

A

Leucemia/linfoma de células T do adulto e Paraparedia espástica tropical

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15
Q

Formas de transmissão do vírus HIV

A

Exposição sexual, exposição sanguínea, exposição perinatal, exposição percutanea.

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16
Q

Fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV

A

Carga viral detectável, ruptura da barreira mucosa da pessoa exposta, presença de sangramento (como menstruação), presença de DST, ausência de circuncisão.

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17
Q

Forma de contagio sexual mais comum e de maior risco

A

Mais comum é a heterossexual
Maior risco é contato homossexual

A exposição sexual de maior risco é a receptiva anal

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18
Q

Maior forma de contagio de HIV nos pacientes com <13a

A

Transmissão vertical

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19
Q

História natural do HIV

A

Infecção aguda, latência clínica e fase sintomática (precoce/aids)

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20
Q

Características da infecção aguda por HIV

A

Aumento da carga viral e diminuição da contagem de CD4. Ainda não há presença de anticorpos. Apresenta síndrome mono-like -> síndrome retroviral aguda: febre, rash, odinofagia, adenomegalia, hepatimegalia)
Soroconversao em 4 a 10 semanas.

Obs.: todo paciente com sd mono-like, deve ser investigado para HIV (diagnóstico nesse momento por contagem viral)

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21
Q

Característica do período de latência clínica do HIV

A
  • Ocorre após a soroconversao. Há surgimento da resposta humoral que contém parcialmente a replicação viral para um nível chamado SET POINT -> define prognóstico do paciente, se vai haver evolução rapida ou lenta. A carga viral permanece baixa por longos períodos (em média 10 anos), com replicação viral de baixa intensidade, e queda discreta e progressiva na contagem de cd4.
  • é assintomática, pode ser marcada por Linfadenopatia generalizada persistente
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22
Q

Característica do fase sintomática da infecção pelo HIV

A

Quebra do equilíbrio entre o vírus e a imunidade. Surgimento doenças relacionadas ao HIV. Pode ser precoce ou fase aids (cd4 < 200).

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23
Q

Relação do cd4 com a infecção pelo HIV

A

> 350 = predomínio de infecções bacterianas
200-300 = surgimento de apresentações atípicas das infecções, resposta tardia a ATB, e/ou reativação de infecção latente
< 200 = manifestação das dças relacionadas ao HIV

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24
Q

Doenças relacionadas com Fase Sintomática Precoce do HIV

A

Cândida de boca/vagina; TB pulmonar; Herpes Zoster/ENV (leucoplasia pilosa); displasia (CA cervical in situ); Angiomatose bacilar; anemia; PTI; febre inexplicada, diarreia cronica, perda de peso, infecção bacteriana grave.

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25
Q

Doenças relacionadas com a fase AIDS

A
  • Fungos: candidíase esofagica/via aérea; ppj; micoses disseminadas
  • Tuberculose extrapulmonar
  • Vírus: CMV (exceto: figado, baço, linfonodo), HIV (neuro, nefro e cardio)
  • Neoplasias: Kaposi, CA cervical invasivo, Linfoma Não Hodgkin
  • Parasitos: Neurotoxo, chagas
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26
Q

Doenças relacionadas ao diagnóstico presuntivo de aids, sem necessidade de confirmação

A

Candidíase esofagica, doença por cmv, herpes simples mucocutanea, lmp, pneumocistose, toxo cerebral, micobacterias disseminada não tb

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27
Q

4 ferramentas utilizadas para diagnóstico do HIV

A

Pesquisa de anticorpos anti HIV, detecção do antígeno p24, pesquisa do ácido nucleico (RNA viral ou DNA pro viral) e cultura

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28
Q

Formas de detecção direta de componentes do vírus

A

Antígeno p24, detecção de RNA viral/ DNA pro viral

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29
Q

Formas de detectar anticorpos anti HIV

A
  • Imunoensaio (ELISA)
  • Testes rápidos
  • Testes Complementares (western blot, imunoblot): servem para tirar duvida diagnostica
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30
Q

Diagnostico de HIV em < 18m

A

Se o anticorpo anti HIV for positivo, não sabemos se a criança está infectada ou se é anticorpo materno. -> procurar o vírus -

  • carga viral (HIV RNA) ou DNA pro viral: [2 HIV RNA ] ou [HIV RNA + DNA pro viral]
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31
Q

Diagnóstico de HIV em >18m

A

Pesquisar anticorpos (teste de triagem): Imunoensaio (IE - principal) ou Teste Rápido (TR)

Triagem: IE (principal) ou 2 TR (situações especiais) -> confirmar com HIV RNA

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32
Q

Significado de IE ou TR negativo (HIV)

A

Amostra não reagente

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33
Q

O que fazer se IE ou TR negativo, mas com alta suspeita clínica (HIV)

A

Repetir o teste em 30 dias (pode estar em viragem sorológica)

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34
Q

O que fazer se IE + e RNA HIV +

A

Repetir somente o IE para confirmar o diagnóstico

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35
Q

O fazer se testes HIV discordantes

A

Realizar western blot ou imunoblot

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36
Q

Importância do cd4 e da CV na TARV

A
  • CD4: é usado como marcador prognóstico

- CV: usada para avaliar resposta ao tratamento

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37
Q

Indicações de início de TARV

A
  • Todos os pacientes diagnosticados com HIV devem ser encorajados ao início de TARV
  • Sintomáticos: nefropatia, sintomas neurológicos, cardiomiopatia, relacionadas a imunodeficiência, tuberculose pulmonar ativa
  • Assintomáticos com CD4 < 500
  • Assintomáticos com CD > 500 se: coinfecção com hepatite B e indicação para tratamento da HBV (uso de tenofovir), considerar em risco cardiovascular alto, CV > 100.000, neoplasia com qt/RT indicada, HCV
  • Gestantes
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38
Q

Drogas inibidores da transcriptase reversa

A

Tenofovir (TDF), lamivudina (3TC), efavirenz(EFZ), Zidovudina (AZT)

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39
Q

Droga inibidora da Integrase (HIV)

A

Dolutegravir (DTG)

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40
Q

Drogas inibidores da Protease

A

…Navir (ritonavir, atazanavir)

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41
Q

Drogas usadas na terapia de resgate do HIV

A
  • Inibidor da fusão: Enfuvirtida

- Inibidor da CCR5: Maraviroque

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42
Q

Tratamento de primeira linha para HIV em 2017

A

Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)

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43
Q

Esquema alternativo da TARV e quando usar

A

Se intolerância ao Dolutegravir, gestante, criança < 12a, TB: tenofovir, lamivudina e efavirenz

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44
Q

Tratamento para HIV se TB grave

A

TB grave: CD4 < 200, outras infecções oportunistas, internação, TB disseminada -> tenofovir + lamivudina + Raltegravir

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45
Q

Efeitos adversos de algumas drogas da TARV

A
  • Tenofovir: Nefrotoxidade
  • Zidovudina: anemia, mielotoxicidade
  • Efavirenz: sintomas neuropsiquiatricas
  • Indinavir: nefrolitiase
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46
Q

Definição de falha virologica na TARV e conduta

A

Carga viral detectável após 6m de tratamento. Conduta = gemotipagem (determinar perfil de resistência); pode usar inibidores de fusão, inibidores de ccr5

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47
Q

Síndrome Inflamatoria da Reconstituição Imune

A

Surge após início da TARV (4-8sem); marcada por piora clínica, com intensa e exacerbada resposta inflamatória associada a reconstituição imune, refletindo a presença de infecções subclinicas contra as quais o organismo não era capaz de responder

  • Devemos manter a TARV e instituir tratamento sobre a doença causadora
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48
Q

Qual o tempo para iniciar profilaxia pôs exposição de HIV

A

Exposição de risco até 72h (ideal = 2h)

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49
Q

Risco de infecção pôs exposição de HIV

A
  • Infectante: Sangue, secreção genital e líquidos (seroso, liquor-saliva e suor não fazem parte)
  • Risco: percutanea, mucosa, pele não integra e mordedura com sangue
50
Q

Avaliação dão exposto e da fonte na Profilaxia Pôs Exposição do HIV e droga de escolha

A
  • Exposto (+) ou Fonte (-): não fazer profilaxia. Encaminhar o exposto + ao acompanhamento clínico
  • Exposto (-) e Fonte (+ ou desconhecido): profilaxia por 28d

Preferência por Tenofovir + Lamivudina + Atazanavir/ritonavir

51
Q

Com quanto tempo repetir a testagem de HIV após exposição?

A

Repetir com 30d e com 90d

52
Q

Relação da gestante com o HIV

A

Toda gestante deve ser testada para HIV no 1o trimestre, no 3o trimestre e antes do parto. Se HIV positivo, deve ser tratada, independente da contagem de cd4

53
Q

Profilaxia vertical de HIV no pre Natal

A

Tratamento para todas as gestantes!

Tenofovir + Lamivudina + efavirenz (bom perfil, sem teratogenicidade)

54
Q

Principal momento de transmissão vertical do HIV

A

Durante o parto!

55
Q

Profilaxia de transmissão Vertical do HIV no momento do parto

A

Principal momento de transmissão do HIV.

  • Avaliar cesárea eletiva: 38a semana + dilatação 3-4cm + bolsa integra
  • AZT IV até o clampeamento do cordão (fazer imediatamente a expulsão fetal, não ordenhar!)

Obs.: após 34 semanas: CV <1000: parto por indicação obstétrica; CV indetectável: não precisa se AZT; se amniorrexe: resolver o parto (vaginal/cesárea de urgência)

56
Q

Profilaxia de transmissão Vertical do HIV no puerpério

A
  • Mãe: manter TARV e suspender amamentação
  • RN: ATZ VO (4 semanas)
    +
    Nevirapina (3 doses): se mãe não fez TARV, CV >1.000 ou indeterminada
    Sulfametoxazol-Trimetoprim: profilaxia PPJ a partir 4-6 semanas até 1 ano (ou até descartar HIV)
57
Q

HIV + pulmão

A

Pneumonia bacteriana (pneumocócica) + pneumocistose (PCP) + tuberculose

58
Q

Relação da pneumocistose com HIV

A

Causada pelo pneumocystis jirovecii (fungo). Pode ser por nova infecção ou reativação de infecção latente (semelhante à tuberculose). É o agente isolado mais comum na pneumonia de pacientes com HIV.

59
Q

Pacientes HIV com maior risco de pneumocistose

A

Contagem de CD4 < 200.

60
Q

Clínica, radiografia e característica de pacientes com pneumocistose

A

Hipoxemia, aumento de LDH e infiltrado bilateral (pode não haver achado radiológico e poucos achados de exame físico)

Não cursa com linfadenomegalia Hilar nem com derrame pleural!!

61
Q

Diagnóstico de pneumocistose

A

Diagnóstico definitivo através de isolamento do agente etiológico. Pode ser através de lavado broncoalveolar, escarro. Presença de cistos que são corados pela prata-metenamina

62
Q

Como é feito o tratamento da pneumocistose

A

Se suspeita clínica = iniciar tratamento empírico. Sulfametoxazol - trimetoprim por 21 dias. Se PaO2 < 70 = associar corticoide.

63
Q

Profilaxia da pneumocistose

A

Pode ser feita profilaxia primária ou secundaria. Ambas usam bactrim

  • 1a: CD4 < 200 ou candidíase orofaríngeo ou febre de origem indeterminada > 2 semanas.
  • 2a: todo paciente que já teve PCP
64
Q

Histoplasmose e HIV

A

Causada pelo histoplasma capsulatum. Micose invasiva disseminada, que causa hepatoesplenomegalia, febre, infiltrado intersticial

Tratamento: anfotericina B

65
Q

Relação da tuberculose com o HIV

A

Doença associada ao HIV mais comum em países em desenvolvimento. Ocorre por exposição ou reativação de foco leque latente. Atinge paciente com qualquer CD4

66
Q

Clínica da tuberculose no paciente com HIV

A

Depende da contagem de CD4

  • > 350: apresentação semelhante à do imuncompetente, com presença de lesões apicais e cavernas
  • <350: apresentação atípica. Forma miliar (não forma cavernas)
67
Q

Diagnóstico de tuberculose pulmonar no paciente com HIV

A

Através do escarro/lavado brônquio alveolar: teste rápido, BAAR, cultura.

68
Q

Como é feito o tratamento para tuberculose em pacientes HIV e que cuidado devemos tomar

A

RIPE por 6 meses.
Todo paciente diagnosticado com TB deve ser testado para HIV. Se diagnóstico de ambas for feito no mesmo momento, não iniciar TARV junto do ripe. Aguardar 2-8semanas para iniciar (evitar síndrome de reconstituição imune).

69
Q

Profilaxia para tuberculose em pacientes HIV

A

Feita com isoniazida (objetivo é tratamento de infecção latente)
PPD >= 5mm ou PPD não reagente + contato com pacientes bacilifero ou Rx com cicatriz de TB previa (sem história de tratamento).

70
Q

O que pode acometer o sistema nervoso de pacientes HIV

A

Meningites, encefalite com lesão focal, encefalite com lesão difusa

71
Q

Principal causa de meningite em paciente HIV e sua clínica

A
  • Principal causa: Cryptococcus neoformans
  • Clínica: CD4 < 100, Subagudo, febre, cefaleia, confusão (pode ter criptococoma comprimindo pares cranianos) - Não causa convulsões e defcit focal
72
Q

Diagnóstico da meningite criptococica do HIV

A

através do LCR: alterações gerais e específicas

  • gerais: aumento das proteínas, aumento da celularidade (mononucleares), diminuição da glicose, aumento da pressão de abertura.
  • específicas: corar pela tinta nanquim (formas esféricas), aglutinação (látex), cultura.
73
Q

Tratamento da meningite criptococica do HIV

A

Anfotericina B (2sem) + Fluconazol (8-10sem); Punção liquorica seriada (P > 25cmH2O); não há profilaxia primária

74
Q

Quais são as formas de encefalite com lesão focal do HIV?

A

Neurotoxoplasmose, Linfoma 1o do SNC, Leucoencefalopatia multifocal progressiva

75
Q

Neurotoxoplasmose e HIV

A

Causa por reativação de cistos latentes do toxoplasma gondii
- clínica: CD4 < 100, hemiparesia e convulsão (pode apresentar ainda outros sinais - febre, cefaleia, afasia, rebaixamento do nível de consciência )

76
Q

Diagnóstico da neurotoxoplasmose no HIV

A

Clínico-radiológico: apresenta lesões hipodensas, com edema ao redor (perilesional), com reforço de contraste em anel. -> várias lesões esféricas com o centro escuro.

77
Q

Tratamento e profilaxia da neurotoxoplasmose do HIV

A
  • Tratamento: sulfadiazina + pirimetamina (+ ácido folico -> prevenir mielotoxicidade da pirimetamina) por 4-6 semanas
  • Profilaxia Primária: sulfametoxazol trimetoprim (1x/dia) -> CD4 < 100 e IgG positivo para toxo
    Profilaxia Secundaria: após o término do tratamento, evitar recaída -> sulfadiazina + pirimetamina
78
Q

Quando pensar em linfoma Primario do SNC no HIV e suas características

A

A lesão é semelhante (clínica e radiologicament) a neurotoxoplasmose, então, no diagnóstico diferencial somos obrigados a pensar e tratar Neurotoxo. Se o paciente não apresentar melhora do quadro após 14 dias, pensar em linfoma.
- Cd4 < 50, relação com EBV, prognóstico bem reservado

79
Q

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (HIV)

A

Relacionadas com infecção pelo vírus JC. Quadro arrastado, de múltiplos déficits neurológicos, sem sinais focais, sem efeitos de massa
Cd4 < 200. RNM: hiperintensidade em T2. Procurar pelo vírus no liquor
Tratamento é com TARV

80
Q

Declínio cognitivo associado ao HIV

A

Demência associada ao HIV, CD4<200, marcado por declínio congnitivo, esquecimento, dificuldade de concentração.

Pode cursar com alteração motora e comportamental; diminuição do volume encefálico; melhora com TARV

81
Q

HIV e gastro

A

Lesão oral, esofagites, diarreia cronica

82
Q

Tipos de lesão oral relacionada com HIV

A

Candidíase oral, leuplasia pilosa e kaposi

83
Q

Características da candidíase oral no HIV

A

Pseudomembrana esbranquiçada, que sai com espátula. Pode se apresentar com eritema, queilite.

Tratamento: nistatina, fluconazol

84
Q

Leucoplasia pilosa e HIV

A

Placas esbranquiçadas na lateral da língua, aderidas. Relação com EBV -> se sintomática = aciclovir

85
Q

Sarcoma de Kaposi e lesões orais no HIV

A

Causam lesões violáceas, que sangram, localizada no palato. Diagnóstico por biópsia. Relacionado com herpes vírus 8. Tratamento é com irradiação, vinblastina.

86
Q

Candidíase esofagica e HIV

A

Doença definidora de fase aids, Tratamenro com fluconazol

87
Q

Esofagites no HIV

A

CMV: grande úlcera única, profunda, que pode perdurar. Tratamento é com ganciclovir

Herpes: várias úlceras rasas, tto com aciclovir

88
Q

Principais causas de diarreia cronica no paciente com HIV e suas características

A
  • Criptosporideo: acomete via biliar; tto: nitazoxanida
  • Isospora: causa eosinofilia. Tto: smx-tmp
  • MAC: complexo de mycobacterium avium. Causa diarreia e doença pulmonar CD4<50. Tratamento: MACrolideos+ etambutol
  • CMV: doença das ites… Colo, encéfalo, retina (aspecto de catchup com queijo)
89
Q

HIV + pulmão

A

Pneumonia bacteriana (pneumocócica) + pneumocistose (PCP) + tuberculose

90
Q

Relação da pneumocistose com HIV

A

Causada pelo pneumocystis jirovecii (fungo). Pode ser por nova infecção ou reativação de infecção latente (semelhante à tuberculose). É o agente isolado mais comum na pneumonia de pacientes com HIV.

91
Q

Pacientes HIV com maior risco de pneumocistose

A

Contagem de CD4 < 200.

92
Q

Clínica, radiografia e característica de pacientes com pneumocistose

A

Hipoxemia, aumento de LDH e infiltrado bilateral (pode não haver achado radiológico e poucos achados de exame físico)

Não cursa com linfadenomegalia Hilar nem com derrame pleural!!

93
Q

Diagnóstico de pneumocistose

A

Diagnóstico definitivo através de isolamento do agente etiológico. Pode ser através de lavado broncoalveolar, escarro. Presença de cistos que são corados pela prata-metenamina

94
Q

Como é feito o tratamento da pneumocistose

A

Se suspeita clínica = iniciar tratamento empírico. Sulfametoxazol - trimetoprim por 21 dias. Se PaO2 < 70 = associar corticoide.

95
Q

Profilaxia da pneumocistose

A

Pode ser feita profilaxia primária ou secundaria. Ambas usam bactrim

  • 1a: CD4 < 200 ou candidíase orofaríngeo ou febre de origem indeterminada > 2 semanas.
  • 2a: todo paciente que já teve PCP
96
Q

Histoplasmose e HIV

A

Causada pelo histoplasma capsulatum. Micose invasiva disseminada, que causa hepatoesplenomegalia, febre, infiltrado intersticial

Tratamento: anfotericina B

97
Q

Relação da tuberculose com o HIV

A

Doença associada ao HIV mais comum em países em desenvolvimento. Ocorre por exposição ou reativação de foco leque latente. Atinge paciente com qualquer CD4

98
Q

Clínica da tuberculose no paciente com HIV

A

Depende da contagem de CD4

  • > 350: apresentação semelhante à do imuncompetente, com presença de lesões apicais e cavernas
  • <350: apresentação atípica. Forma miliar (não forma cavernas)
99
Q

Diagnóstico de tuberculose pulmonar no paciente com HIV

A

Através do escarro/lavado brônquio alveolar: teste rápido, BAAR, cultura.

100
Q

Como é feito o tratamento para tuberculose em pacientes HIV e que cuidado devemos tomar

A

RIPE por 6 meses.
Todo paciente diagnosticado com TB deve ser testado para HIV. Se diagnóstico de ambas for feito no mesmo momento, não iniciar TARV junto do ripe. Aguardar 2-8semanas para iniciar (evitar síndrome de reconstituição imune).

101
Q

Profilaxia para tuberculose em pacientes HIV

A

Feita com isoniazida (objetivo é tratamento de infecção latente)
PPD >= 5mm ou PPD não reagente + contato com pacientes bacilifero ou Rx com cicatriz de TB previa (sem história de tratamento).

102
Q

O que pode acometer o sistema nervoso de pacientes HIV

A

Meningites, encefalite com lesão focal, encefalite com lesão difusa

103
Q

Principal causa de meningite em paciente HIV e sua clínica

A
  • Principal causa: Cryptococcus neoformans
  • Clínica: CD4 < 100, Subagudo, febre, cefaleia, confusão (pode ter criptococoma comprimindo pares cranianos) - Não causa convulsões e defcit focal
104
Q

Diagnóstico da meningite criptococica do HIV

A

através do LCR: alterações gerais e específicas

  • gerais: aumento das proteínas, aumento da celularidade (mononucleares), diminuição da glicose, aumento da pressão de abertura.
  • específicas: corar pela tinta nanquim (formas esféricas), aglutinação (látex), cultura.
105
Q

Tratamento da meningite criptococica do HIV

A

Anfotericina B (2sem) + Fluconazol (8-10sem); Punção liquorica seriada (P > 25cmH2O); não há profilaxia primária

106
Q

Quais são as formas de encefalite com lesão focal do HIV?

A

Neurotoxoplasmose, Linfoma 1o do SNC, Leucoencefalopatia multifocal progressiva

107
Q

Neurotoxoplasmose e HIV

A

Causa por reativação de cistos latentes do toxoplasma gondii
- clínica: CD4 < 100, hemiparesia e convulsão (pode apresentar ainda outros sinais - febre, cefaleia, afasia, rebaixamento do nível de consciência )

108
Q

Diagnóstico da neurotoxoplasmose no HIV

A

Clínico-radiológico: apresenta lesões hipodensas, com edema ao redor (perilesional), com reforço de contraste em anel. -> várias lesões esféricas com o centro escuro.

109
Q

Tratamento e profilaxia da neurotoxoplasmose do HIV

A
  • Tratamento: sulfadiazina + pirimetamina (+ ácido folico -> prevenir mielotoxicidade da pirimetamina) por 4-6 semanas
  • Profilaxia Primária: sulfametoxazol trimetoprim (1x/dia) -> CD4 < 100 e IgG positivo para toxo
    Profilaxia Secundaria: após o término do tratamento, evitar recaída -> sulfadiazina + pirimetamina
110
Q

Quando pensar em linfoma Primario do SNC no HIV e suas características

A

A lesão é semelhante (clínica e radiologicament) a neurotoxoplasmose, então, no diagnóstico diferencial somos obrigados a pensar e tratar Neurotoxo. Se o paciente não apresentar melhora do quadro após 14 dias, pensar em linfoma.
- Cd4 < 50, relação com EBV, prognóstico bem reservado

111
Q

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (HIV)

A

Relacionadas com infecção pelo vírus JC. Quadro arrastado, de múltiplos déficits neurológicos, sem sinais focais, sem efeitos de massa
Cd4 < 200. RNM: hiperintensidade em T2. Procurar pelo vírus no liquor
Tratamento é com TARV

112
Q

Declínio cognitivo associado ao HIV

A

Demência associada ao HIV, CD4<200, marcado por declínio congnitivo, esquecimento, dificuldade de concentração.

Pode cursar com alteração motora e comportamental; diminuição do volume encefálico; melhora com TARV

113
Q

HIV e gastro

A

Lesão oral, esofagites, diarreia cronica

114
Q

Tipos de lesão oral relacionada com HIV

A

Candidíase oral, leuplasia pilosa e kaposi

115
Q

Características da candidíase oral no HIV

A

Pseudomembrana esbranquiçada, que sai com espátula. Pode se apresentar com eritema, queilite.

Tratamento: nistatina, fluconazol

116
Q

Leucoplasia pilosa e HIV

A

Placas esbranquiçadas na lateral da língua, aderidas. Relação com EBV -> se sintomática = aciclovir

117
Q

Sarcoma de Kaposi e lesões orais no HIV

A

Causam lesões violáceas, que sangram, localizada no palato. Diagnóstico por biópsia. Relacionado com herpes vírus 8. Tratamento é com irradiação, vinblastina.

118
Q

Candidíase esofagica e HIV

A

Doença definidora de fase aids, Tratamenro com fluconazol

119
Q

Esofagites no HIV

A

CMV: grande úlcera única, profunda, que pode perdurar. Tratamento é com ganciclovir

Herpes: várias úlceras rasas, tto com aciclovir

120
Q

Principais causas de diarreia cronica no paciente com HIV e suas características

A
  • Criptosporideo: acomete via biliar; tto: nitazoxanida
  • Isospora: causa eosinofilia. Tto: smx-tmp
  • MAC: complexo de mycobacterium avium. Causa diarreia e doença pulmonar CD4<50. Tratamento: MACrolideos+ etambutol
  • CMV: doença das ites… Colo, encéfalo, retina (aspecto de catchup com queijo)