Linfonodomegalias E Esplenimegalias Flashcards
Como funciona um linfonodo
O linfonodo funciona como filtro no sistema linfático. Na presença de micro-organismos ou outros antígenos na circulação linfática, as células de defesa são estimuladas a se proliferar, causando Linfadenopatia.
O linfócito B chega ao linfonodo para se transformar em plasmocito.
Tecido linfoide do orgamismo
Linfonodos, amígdala, tecido MALT, balt, baço
Como funciona o baço
É o maior órgão linfoide do do organismo, podendo assumir função hematopoieticas de acordo com a necessidade.
É responsável pela hemocaterese (polpa vermelha) e pela destruição de células e micro-organismos opsonizados e síntese de anticorpos (polpa branca)
Indicações de biópsia Excisional de linfonodo
Tamanho > 2cm, crescimento progressivo, consistência endurecida, duração > 6sem, aderido à planos profundos, supraclavicular ou escalenico.
Linfonodomegalia
> 1cm. Nem todo linfonodo palpável significa doença.
Causas:
- Benigna: infeccao, imune
- Maligna: primária (linfoma), secundaria
Neoplasias hematológicas de acordo com o tecido em que surgem
- Quando tem origem na medula óssea = leucemias, mas podem infiltrar o tecido linfoide
- Quando tem origem no tecido linfoide = linfoma, mas pode infiltrar a medula óssea. (Tecido linfoide = linfonodo, baço, amígdalas, MALT, timo…
O que são linfomas
Neoplasia hematológica que se inicia no tecido linfoide.
O linfoma apresenta ainda comprometimento extra nodal, causado por disseminação hematogenica (semelhante a uma metastase) ou por contiguidade.
Manifestações clínicas gerais dos linfomas
- Linfonodomegalia não dolorosa: principais = cervical e supraclavicular. A disseminação ocorre nas cadeias por contiguidade)
- Sintomas B: Febre > 38oC, sudorese noturna, perda de peso > 10% do peso corporal
- Acometimento extra nodal: medula, TGI, figado
Manifestações clínicas características dos tipos de Linfoma
- Linfoma de Hodgkin (mais comum em prova): apresenta quadro clínico mais característico. Pode acometer linfonodo mediastinal, relação com prurido intenso, febre de Pel-Ebstein (vários dias com febre, vários dias sem febre), dor no linfonodo com ingesta de álcool.
- Linfoma Nao Hodgkin (mais comum na vida): acomete mais tonsilas, vias respiratórias, abdome.
Obs.: clinicamente, aquele que não apresenta características de Hodgkin pode ser considerado não Hodgkin.
Classificação de estadiamento dos Linfomas
Classificação de Ann Arbor Modificado
Estágio I: 1 cadeia de linfonodo ou estrutura linfoide
Estágio II: >= 2 cadeias de linfonodos ou estrutura linfoide do mesmo lado do diafragma
Estágio III: >= 2 cadeias de linfonodos ou estrutura linfoide de lados opostos do diafragma
Estágio IV: acometimento extranodal (fora do sistema linfoide)
Obs.: acrescentar sufixos de acordo com presença ou ausência de sintomas B
Com sintomas B = B
Sem sintomas B = A
Características do Linfoma de Hodgkin
Menos comum que o LNH. Mortalidade é baixa, alta chance de cura.
Tumor de linfócitos B -> não consegue se duplicar (não separa os citoplasmas)-> essas células inibem o processo de apoptose e começam a se proliferar, levando ao linfoma.
Apresenta relação com síndrome nefrotica por lesão mínima
Célula característica do Linfoma de Hodgkin
Célula de ReedSternberg (RS), com presença de plano de fundo: histiocitos, linfócitos, eosinofilos.
Apesar de patognomônico não é comum
Diagnóstico do Linfoma de Hodgkin
Biópsia Excisional do linfonodo acometido.
Laboratorialmente não há nenhuma alteração que seja específica.
Subtipos histológicos do Linfoma de Hodgkin
- Esclerose Nodular: o mais comum (65%), relação com mulheres jovens
- Celularidade Mista (25%): HIV/EBV
- Predomínio Linfocitico (6%): melhor prognóstico
- Depleção Linfocitaria (4%): pior prognóstico
Tratamento do Linfoma de Hodgkin
Apresenta boa chance de cura (60-90%), mesmo naqueles que tenham prognóstico desfavorável.
O tratamento depende mais do estadiamento do que o histopatologico.
Características do Linfoma Não Hodgkin
Mais comum que o LH. Apresenta relação com alguns processos infecciosos, como HIV, espstein barr, HTLV, h pylori, HHV 8
Apresenta relação ainda com síndrome de sjogren e artrite reumatoide
Afeta mais os linfócitos do tipo B
Diagnóstico de Linfoma Não Hodgkin
Realizado através de biópsia Excisiona do linfonodo acometido. A avaliação da arquitetura é mais confiável que o aspirado celular Linfocitico.
Classificação de Linfoma Não Hodgkin
O LNH apresenta-se em 26 subtipos histológicos, formando grupos completamente heterogêneos, de forma que o seu comportamento clínico e prognóstico é altamente dependente do subtipo histológico
Subtipos histológicos
- Indolente: “Vive muito, cura pouco” -> bom prognóstico
- Agressivo
- Altamente agressivo: “Vive pouco e cura muito” -> prognóstico ruim
Tipo de Linfoma Não Hodgkin mais comum do mundo
Linfoma de grandes células B
Principal exemplo do Linfoma Não Hodgkin subtipo Indolente
Folicular de células B. 2º tipo mais comum.
Mais comum em mulheres idosas.
Velocidade de crescimento é lenta, com sobrevida em anos (Vive muito e cura pouco)
O diagnóstico normalmente é feito na forma avançada (80%), devido à evolução assintomática
Tratamento: dificilmente é curativo. Podendo ser feito o tratamento paliativo. “O paciente morre com ele, mas não morre dele”
Principal exemplo do Linfoma Não Hodgkin subtipo Agressivo
Linfoma difuso de Grandes Células B. É o tipo mais comum de LNH.
Acomete mais homens idosos.
A velocidadede crescimento é rápida, com sobrevida de meses.
O diagnóstico é realizado com doença localizada em 50% dos casos, devido à rápida evolução que causa sintomas precocemente.
Tratamento é curativo em 40-60% dos casos.
Linfomas mais comuns nas crianças
Burkitt e linfoblastico de células Pre T (altamente agressivos)
Tumor humano de crescimento mais rápido
Linfoma de Burkitt
Principal exemplo do Linfoma Não Hodgkin subtipo Altamente Agressivo
Tumores de pessimo prognóstico. Subtipo mais comum = Linfoblastico de celular Pre T e Linfoma de Burkitt.
É mais comum em crianças!
Crescimento muito rápido! Sobrevida em semanas, se não tratado.
O diagnóstico é feito com doença localizada em 80% dos casos - evolução muito rápida causa sintoma muito cedo
O tratamento é curativo em até 80% dos casos (mesmo sendo uma patologia altamente agressiva)
Como tratar náuseas e vômitos da doença oncológica
Ondasentrona, dexametasona
Cuidado que devemos ter durante o tratamento quimioterápico dos casos de neoplasia de alto grau
Evolução para síndrome de lies tumoral = HV vigorosa antes e durante qt, alopurinol
Síndrome de mononucleose ou MonoLike
Marcada por linfadenomegalia generalizada, febre, hepatoesplenomegalia, alteracoes hematológicas
90% é causada por epstein barr vírus. Mas pode ser causada por HIV, hepatites, rubéola…
Mononucleose Infecciosa
Causada pelo vírus epstein barr.
Vírus liberado na saliva -> doença é mais comum na infância e adolescência.
Manifestações clínicas da Mononucleose Infecciosa
Linfonodomegalia generalizada (cervical, occipital), febre baixa, faringite dolorosa (com presença de hipertrofia amigdaliana), hepatoesplenomegalia, linfocitose atípica (>10%) Muitos pacientes permanecem oligoassintomaticps ou até mesmo assintomáticos. A maioria tem evolução com bom estado geral.
Manifestação cutânea da Mononucleose Infecciosa
Pode ocorrer exantema maculopapular, principalmente em tronco, que acontece após uso de penicilinas (amoxicilina, ampicilina). Não é reação alérgica.
Diagnóstico de mononucleose infecciosa
Diagnóstico através de sorologias
- Anticorpos Heterofilos: Reação inflamatória exacerbada com presença de anticorpos que reagem até contra outras células -> Paul Bunnel/Monoteste
- Fase inicial/idade <4anos: anti VCA/ anti EBNA -> são mais específicos contra o vírus EBV
- Descartar outras causas de mono like: hepatites, HIV, CMV
Tratamento da mononucleose infecciosa
Baseia-se em sintomáticos.
Orientar repouso em praticantes de esportes pelo risco de ruptura esplênica
Fisiopatologias da Mononucleose infecciosa e associação com neoplasias
O vírus (família herpesvirus) infecta o linfócito B, que sofre processo de transformação e imortalização, e passam a gerar linhagem de vírus por toda sua vida. Os linfócitos T CD8+ passam a atacar esses linfócitos infectados, levando ao quadro clínico conhecido. Nos imunodeprimidos, não ocorre essa reação dos linfócitos T CD8, permitindo que os linfócitos B transformados possam se proliferar, levando a transformação neoplasica linfoproliferativa.
Agente etiológico da Doenca de Chagas
Trypanosoma cruzi -> protozoário
Forma de transmissão da Doença de Chagas
A forma de transmissão clássica é através da inoculação das fezes do barbeiro na ferida produzida por ele ao morder a pessoa, fezes contaminadas com o protozoário.
No Brasil, a principal forma de transmissão nos dias atuais é a via oral -> ingestão de fezes de barbeiro, barbeiro triturado.
Ex..: cana de açúcar, açaí
Forma aguda da doença de chagas
Síndrome de mononucleose com presença de lesão de porta de entrada (sinal de Romaña -> chagoma)
Diagnóstico: exame direto de sangue periférico / IgM
Tratamento: Benznidazol por 60 dias (70% de cura)
O diagnóstico é de notificação compulsória
Forma crônica da Doença de Chagas
É a principal responsável pela morbidade da doença.
Pode levar a Fibrose em tecidos elétricos. A forma mais comum é a a indeterminada, em que há IgG positivo mas sem clínica.
- Cardíaca: icc, BRd + hbae, eventos tromboembolicos -> principal causa de óbito
- Digestiva (lesão de plexo nervoso): altera a peristalse -> causa megacolon e megaesofago
- Diagnóstico: sorologia IgG em dois testes distintos
- Tratamento: sintomático, manejo das complicações
Causas de esplenomegalia
- Hiperfuncao esplênica: hiperplasia esplênica, ex.: anemia hemolítica, resposta imune, hematopoiese extramedular
- Obstrucao ao fluxo da veia esplênica: exemplo hipertensão portal
- Infiltração esplênica: ex doença de depósito, neoplasias.
Esplenomegalia de monta
> 8cm, fossa ilíaca esquerda, linha média