Síndrome Diarreica - Clínica Flashcards
Definição de diarreia
Aumento na frequência de evacuações, aumento do volume, fez-se não moldadas ou de conteúdo líquido e urgência ou desconforto abdominal
Como classificar as diarreias
Topografia, gravidade e duração
Classificação da diarreia quanto a topografia
- Alta (delgado): maior volume, menor frequência, não causa tenesmo
- Baixa (colonica): menor volume, maior frequência, causa tenesmo
Como avaliar gravidade da síndrome diarreica
- invasiva: com sangue, muco ou pus (disenteria)
- não invasiva: sem sangue, muco ou pus.
Principal marcador da etiologia da diarreia (tempo)
- aguda: <3sem
- crônica: >3sem
Mecanismos da diarreia
Osmótica, secretoria, inflamatoria e motilidade
Diarreia aguda é igual a:
Infecção e intoxicação alimentar
Principal causa de diarreia aguda
Infecção viral. Rotavírus.
Quais os tipos de E. Cólica causadoras de diarreia e sua principal e suas complicações
Enterotoxigenica, enterohemorragica. Principal complicação é SHU (O157:H7)
Principal característica e complicacoes da diarreia por Shigella
Diarreia invasiva importante. Causa SHU e alterações do SNC.
Complicação da diarreia por campylobacter
Síndrome de guillain barre
Complicação da diarreia por Salmonella
Infecção a distância (bacteremia)
Diarreia por Yersinia e seu diagnóstico diferencial
Causa adenite mesenterica que pode simular pseudoapendicite
Clostridium difficile
Causa colite pseudomembranosa
Característica da colite pseudomembranosa
Ocorre em pacientes internados. Forma espécie de membrana em toda a mucosa intestinal
Principal fator de risco para colite pseudomembranosa
Uso prévio de antibiótico (clindamicina, cefalosporina ou quinolona). Causa desarranjo da flora bacteriana. Demora 2-6 semanas para aparecimento.
Diagnóstico da colite pseudomembranosa
Pesquisa de toxinas nas fezes / coprodutora / colonoscopia
Tratamento da colite pseudomembranosa
Sempre por VIA ORAL
- Casos leves: metronidazol
- Casos graves: vancomicina
Agente etiológico da cólera
Vibrio cholerae
Característica da cólera
Diarreia muuuuuuito volumosa, causadora de DESIDRATAÇÃO
Tratamento da cólera
Ciprofloxacino / azitromicina
Quando investigar diarreia aguda?
Sinais de alarme: desidratação, diarreia com sangue, idosos, febre >38,5, uso recente de ATB, ausência de melhora após 48h
Como investigar diarreia?
Hemograma, bioquímica, e exame das fezes (cultura, parasitológico, elementos anormais)
Abordagem da diarreia aguda
Hidratação!!!
Loperamida (NÃO usar em casos de disenteria)
ATB? Se sinais de alarme: quinolona
Parasitoses causadoras de eosinofilia
Helmintos!! Protozoários não.
Trofozoitas no EPF
Protozoário
Características dos protozoários
Unicelulares, não causam eosinofilia, 90% assintomáticos.
Diagnóstico de protozoários
Cistos ou trofozoitas no EPF
Tratamento dos protozoários
Nitroimidazolicos: metronidazol, secnidazol, tinidazol / nitazoxanida
Diferença entre a Amebiase e giardíase
- Amebiase: causada pelo E. Hystolitica. Invasivo (cólon), causa disenteria, ameboma (formação de grânulomas na parede do intestino), abcessos (por invasão da corrente sanguínea, pode ocorrer no fígado, cérebro)
- Giardíase: causada pela G. Lamblia. Não invasivo (delgado), causa atapetamento da mucosa, causa de má absorção (dvd com doença celíaca)
Ciclo evolutivo dos protozoários
Cisto - trofozoitas - cisto
Helmintos que fazem ciclo pulmonar
Regra SANTA Strongyloides stercoralis Ancilostoma duodenale Nectar americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides
Diferença entre Ciclo de Looss e síndrome de Loeffler
O ciclo define a passagem das larvas e a síndrome consiste nos achados clínicos resultantes
Tratamento dos helmintos (em geral):
“…bendazol”
Agente causador da ascaridíase
Ascaris lumbricoides
Síndrome de Loeffler
Tosse seca, eosinofilia, infiltrado pulmonar migratório
Quadro clínico da ascaridíase
O verme tem instinto migrador, podendo sair por orifícios do corpo e entrar em orifícios como a via biliar ou ducto pancreático, levando a complicacoes
Complicação causada pelo grande número de ascaris lumbricoides
Subclasses intestinal. Principalmente na válvula ileocecal.
Diagnóstico da ascaridíase
Exame parasitológico de fezes
Tratamento da ascaridíase
Forma não complicada: benzoimidazolico (albendazol, mebendazol)
Suboclusão intestinal: piperazina (bloqueador neuromuscular do verme) + óleo mineral; após a eliminação: bendazol
Agente da toxicariase
Toxocara canis
Ciclo de vida do Ascaris
Ovo –(ingestão)–> larva –> pulmão, vias aéreas e esôfago –> verme –(intestino)–> ovo
Sinônimo de toxicariase
Larva migrans visceral
Ciclo de vida do Toxocara
Cachorro (hospedeiro definitivo) –> ovo nas fezes –> criança (hospedeiro acidental) –> ingestão dos ovos –> larvas livres na circulação (quadro sistêmico) –> morrem sem completar o ciclo
Quadro clínico da toxicariase
Hepatomegalia / ciclo pulmonar / eosinofilia importante
Diagnóstico da Toxocaríase
Sorologia (Elisa). EPF NÃO!!!
Tratamento da Toxocaríase
Albendazol +- corticoide (diminuir inflamação sistêmica)
Agentes etiologicos da ancilostomiase
Ancylostoma duodenale e necator americanus
Ciclo da ancilostomiase
Verme – (intestino) –> ovo –> larvas rabditoide e filarioide no solo –> pele –> pulmão, vvaa e esôfago –> verme
Quadro clínico da ancilostomiase
Anemia ferropriva. É um hematofago
Diagnóstico da ancilostomiase
EPF
Tratamento da ancilostomiase
“…bendazol”
Agente etiológico da estrogiloidiase
Strongyloides stercoralis
Ciclo da estrogiloidiase
Ovo –> larva –> verme –> ovo (intestino) –> larva rabditoide
- -> filarioide (interior do intestino)
- -> filarioide (solo) –> pele –> pulmão, vias aéreas, esôfago –> verme
Principal complicação da estrongiloidiase
Maturação das larvas rabditoide em filarioide no lúmen intestinal. Ocorre com uso de corticoides. Penetram a mucosa intestinal, carreando bactérias e levando a sepse. (Estrongiloidiase disseminada)
Quadro clínico da estrongiloidiase
Lesão cutânea, auto infestaçao (disseminada e sepse)
Diagnóstico de estrongiloidiase
EPF
Tratamento da estrongiloidiase
Ivermectina, albendazol, tiabendazol
Agente etiológico da esquistossomose
Schistosoma mansoni
Ciclo da esquistossomose
Ovo – (água)–> miracidio –(caramujo)–> cercaria–> pele –> vasos mesentericos –> destino dos ovos:
- Lúmen retal
- Parede do reto
- Retorno ao sistema porta
Febre de Katayama
Fase aguda da esquistossomose: febre, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenopatia e eosinofilia
Fibrose de Symmers
Fibrose granulomatosa intra hepática pre sinusoidal, causada pelos ovos da esquistossomose
Forma crônica da esquistossomose
Marcada pela formação de grânulomas. Hipertensão porta, hipertensão pulmonar
Diagnóstico da esquistossomose
EPF (Após 40 dias da infecção), biópsia de reto (maio sensibilidade) ou sorologia (esquistossomose aguda)
Tratamento da esquistossomose
Praziquantel / Oxaminique
Como classificar os tipos de diarreia crônica
Diarreia por má absorção, diarreia inflamatoria, diarreia secretoria, diarreia por dismotilidade
Síndrome disabsortiva é marcada por
Má digestão, má absorção e defeito no transporte de nutrientes adequadamente digeridos
Formas clínicas da síndrome disabsortiva
Varia desde a forma clássica (com diarreia e esteatorreia) até quadros mais brandos (com distensão abdominal e alteração do hábito intestinal) e manifestações extra intestinais (anemia, osteoporose )
Como confirmar uma esteatorreia?
Teste direto ou indireto (sudam
Como é absorvida a gordura e a conquencia da má absorção?
Lipase (produção pancreática) e ácidos biliares. Esteatorreia.
Como é absorvida a proteina e a conquencia da má absorção?
Pepsina e tripsina. Edema (perda proteica).
Como é absorvido o carboidrato e a conquencia da má absorção?
Amilase e dissacaridase. Flatulência e fezes ácidas.
Como é absorvida o ferro e a conquencia da má absorção?
Duodeno e jejuno. Anemia ferropriva.
Como é absorvida o ácido fólico e a conquencia da má absorção?
Duodeno e jejuno. Anemia megaloblastica.
Como é absorvida a vitamina B12 e a conquencia da má absorção?
Ligante R, fator intrínseco e íleo terminal. Anemia megaloblastica + alterações neurológicas.
Como sao absorvidas as vitaminas A E D K e a conquencia da má absorção?
Com a gordura. Podem levar à cegueira, ataxia, osteopenia e coagulopatia.
Tripé da doença celíaca
Genética + glúten + fator ambiental
Como é a clínica da doença celíaca?
Extremamente variável. Vai desde quadros assintomáticos, a disaborçao parcial, disabsorçao total, miopatia, paranoia, depressao
Quais as condições associadas com doença celíaca?
DERMATITE HERPETIFORME, sd de down
Dermatite HERPETIFORME é encontrada em
Doença celíaca
Padrão ouro para diagnóstico de doença celíaca
Biópsia de duodeno
Achado histopatologico da biópsia de duodeno na doença celíaca
Atrofia de vilosidades + hiperplasia de criptas
Como dar o diagnóstico de doença celíaca
Alterações histopatologicas desaparecerem após início de dieta sem glúten
Sorologia da Doença Celíaca
Antigliadina IgA e IgG
Antiendomisio IgA
Antitransglutaminase tecidual IgA (melhor para rastreio)
Tratamento da doença celíaca
Excluir glúten da dieta
Agente etiológico da doença de Whipple
Tropheryma whipplei. Vive no sono.
Quadro clínico da doença de Whipple
Esteatorreia, dor abdominal, emagrecimento, artralgia/artrite, doença neurológica (mioarritimia oculomastigatoria)
Sinal patognomônico da doença de Whipple
Mioarritimia oculomastigatoria
Características da Doença de Crohn
Acomete da boca ao anus, transmural, principalmente em íleo terminal, pode fistulizar, saltatória
Características da Retocolite Ulcerativa
Restrita a mucosa, ascendente, acomete reto e cólon, continua e ascendente, causa colite desinterica
Complicacoes da RCU
Colite tóxica, megacolon toxico, perfuração e câncer
Complicações da Doença de Crohn
Estenoses, fistula, abcessos, doenças perianais
Quais são as manifestações cutâneas das doenças intestinais inflamatórias?
Eritema nodoso e pioderma gangrenoso (RCU) (relacionadas com atividade de doença)
Manifestações articulares das DII
Artrite periférica (DC) e sacroileite
Manifestações hepatobiliares das DII
Cálculo biliar (DC) e colangite esclerosantes (RCU)
Exame de escolha para diagnóstico de DII
Exame endoscópico + biópsia
Achados:
DC: pedra de calçamento, úlceras.
RCU: mucosa eritematoso, friável, edemaciada.
Achados histopatologicos de DII
DC: grânulomas não caseoso
RCU: criptite
Sorologias das DII
DC: ASCA + e pANCA -
RCU: ASCA - e pANCA +
Arsenal terapêutico das DII
Aminossalicilatos: utilizado para remissao e manutenção
Corticoides: remissao em casos moderados a graves
Azatioprina ou 6-mercatopurina: imunomoduladores
Metotrexate e ciclofosfamida: imunomoduladores
Infliximab: terapia imunobiológica
ATB: casos de DC perianais e fistulizantes
Tratamento cirúrgico da RCU. Indicações e tipos.
RCUrativa
Indicada em casos refratários, com complicações e câncer/displasia.
Eletiva: proctocolectomia com IPAA
Urgência: coletomia a Hartmann
Indicações de cirurgia na DC
CrohnPLICAÇÕES! Ressecçao local com anastomose primária
Clínica da síndrome do intestino irritável
Dor abdominal + diarreia/constipação + ausência de causas orgânicas
Critérios de Roma IV
Diagnóstico de SII. EXCLUSÃO!
Dor abdominal 1x/sem por 3m + 2 dos 3: melhora com evacuação, alteração da consistência das fezes, alteração da frequência de evacuações
Necessidade básica diária de glicose
400kcal.
1g de glicose = 4kcal.
Sg5%: 5g em 100ml.
Necessidade diária de sódio
1-2 mEq/kg/dia
NaCl 20%: 1ml -3,4mEq
Necessidade diaria de potássio
40-80mEq/dia.
KCl 10%: 1ml - 1,34mEq
Necessidade diária de magnésio
10-20mEq/dia
MgSO4 10%: 1ml - 0,8mEq
Principais localizações do tumor neuroendócrino intestinal(tumor carcinoide) e sua característica
Localizam-se principalmente no apêndice, jejunoileo é reto. São tumores pequenos, bem diferenciados de crescimento indolente
O que os tumores carcinoides produzem
Produtores de diversos produtos: histamina, dopamina, somatostatina, prostaglandina, gastrina. Principal produto: SEROTONINA
Principal sítio de metástases
Fígado
Síndrome carcinoide
Flush + diarreia + lesão orovolvar
Diagnóstico do tumor carcinoide e como encontrar anatomicamente
Dosagem urinária do 5HIAA (metabólito da serotonina). Para encontrar usar o Octreoscan
Em que consiste o tratamento do tumor carcinoide
- Ressecando o tumor:
< 1cm: ressecção intestinal
> 2cm: pelo alto risco de metastase faz ressecção ampla intestinal e do mesenterio - Comtrole dos sintomas: octreotide
Síndrome de Verner Morrison
vipoma
Característica do vipoma
Tumor neuroendócrino, localizado no pâncreas, que libera VIP, que causa secreção de fluidos e eletrólitos para o lumen intestinal
Quadro clínico do vipoma
Fezes volumosas com distúrbio hidroeletroliticos
Diagnóstico do vipoma e como encontrar o tumor
Dosagem de vip + diarreia. Localizar o tumor: Octreoscan
Tratamento do vipoma
Clínico: octreotide
Cirúrgico: deve ser tentado a todos os pacientes