Polipose e Neoplasia Intestinal Flashcards

1
Q

Qual o pólipo intestinal mais comum?

A

O adenomatoso.

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2
Q

Qual a importância do pólipo adenomatoso?

A

Apesar de ser benigno, é uma lesão pré-maligna que antecede em 7-10 anos o carcinoma colorretal (CCR) - sequência adenoma-carcinoma.

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3
Q

O que é um pólipo?

A

Qualquer massa que surja na superfície interna do TGI e projeta-se para sua luz, causando elevação da mucosa.

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4
Q

Quais os tipos de pólipos de acordo com a histopatologia?

A

Neoplásicos: benigno (adenomatoso) ou maligno (adenocarcinoma).
Não neoplásicos: hiperplásico, inflamatório e hamartoma.
*Serrilhados: contém hiperplásico e adenomatoso ao mesmo tempo.

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5
Q

Quais os tipos de pólipos de acordo com sua característica macroscópica?

A

Pedunculados ou sésseis.

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6
Q

Quais as complicações básicas dos pólipos?

A

Sangramento e potencial de malignização.

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7
Q

Quais pólipos possuem potencial de malignização?

A

Os adenomatosos e os serrilhados apenas.

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8
Q

Qual a epidemiologia dos pólipos adenomatosos?

A

Incidência aumenta com a idade, com prevalência de 30-40% acima de 50 anos e 50% nos idosos.

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9
Q

Como os pólipos podem ser classificados de acordo com a etiologia?

A

Isolados (esporádicos) ou fazendo parte de alguma síndrome de polipose (familiar e não familiar).

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10
Q

Qual a definição histopatológica dos pólipos adenomatosos?

A

Pela presença de epitélio displásico (células diferentes das normais, sendo um precursor do câncer, embora nem sempre evolua para tal).

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11
Q

Quais os tipos de pólipos adenomatosos de acordo com a histopatologia? Quais os diferentes prognósticos de cada um?

A

Tubular (mais comum e de melhor prognóstico), viloso (pior prognóstico) e tubuloviloso (prognóstico intermediário).

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12
Q

O que significa o termo “carcinoma invasivo” para o CCR? Explique.

A

Significa que o câncer invadiu a submucosa, sendo importante pois a mucosa colônica não apresenta vasos sanguíneos ou linfáticos (ou seja, quando atinge a submucosa é que ocorre o potencial de mx).

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13
Q

Quais aspectos do pólipo colônico falam mais a favor de câncer?

A

Viloso (~tapete), se tiver ≥ 1 cm e se displasia de alto grau.

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14
Q

Como deve ser abordado o pólipo adenomatoso?

A

Todos devem ser ressecados e analisados histopatologicamente.

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15
Q

Qual o tto dos pólipos adenomatosos?

A

A polipectomia endoscópica, sendo dx e terapêutica. No entanto, caso não preencher critérios de cura, deve-se realizar a colectomia segmentar.

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16
Q

Qual o QC dos pólipos adenomatosos?

A

Maioria assintomático. Se sintomas: hematoquezia (p).

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17
Q

Como um pólipo adenomatoso pode ser identificado?

A

Por um clister opaco ou exames endoscópicos (sigmoidoscopia flexível ou colonoscopia).

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18
Q

Qual a importância de encontrar um pólipo adenomatoso na sigmoidoscopia flexível?

A

Eu DEVO fazer uma colonoscopia para procurar mais, pois podem ser múltiplos (sincrônicos).

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19
Q

Quais as características dos pólipos hiperplásicos?

A

Tendem a ser pequenos, sésseis e assintomáticos, com hiperplasia das criptas e do epitélio, porém normais, sem displasia. O encontro deles na sigmoidoscopia não faz necessário fazer a colonoscopia.

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20
Q

Quais as características dos pólipos hamartomatosos?

A

São estruturas formadas pelo crescimento focal e excessivo de células maduras, sendo normais, porém não reproduzindo a arquitetura do tecido sadio.

Podem ser de 2 tipos:

1) Juvenis: geralmente pedunculados e grandes, predominando em < 5 anos. Há tendência ao sangramento, II e prolapso do pólipo pelo reto. São múltiplos cistos com muco.
2) De Peutz-Jeghers: ilhas de células colunares circundadas por m. liso.

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21
Q

Quais as possíveis complicações dos pólipos hamartomatosos? Quais as síndromes possivelmente associadas?

A

Por serem geralmente grandes e pedunculados, podem complicar com sangramento, II e prolapso pelo reto. A polipose juvenil e a sd de Peutz-Jeghers.

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22
Q

Quais as características dos pólipos inflamatórios?

A

Ocorrem nas DII resultando dos processos de inflamação e cicatrização do tecido, sendo pseudopólipos

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23
Q

Qual a conduta após encontrar um pólipo colorretal?

A

Polipectomia para análise histopatológica. Se pólipo adenomatoso ou encontrado pelo exame baritado, devo fazer colonoscopia pela possibilidade de pólipos sincrônicos proximais.

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24
Q

Quando a polipectomia foi curativa de um pólipo maligno?

A

Quando todos os critérios foram respeitados: polipectomia total, margens livres, histologia bem diferenciada e ausência de invasão linfática ou vascular.

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25
Q

Qual a conduta para rastreio após a polipectomia?

A

Repetir colonoscopia em 3 anos. Se ausência de pólipos, repetir em 5 anos.

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26
Q

Quais as principais síndromes hereditárias de polipose? Qual a mais comum?

A

Polipose adenomatosa familiar (PAF - mais comum) e variantes (Sd Gardner e Turcot), polipose juvenil e Sd de Peutz-Jeghers.

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27
Q

O que caracteriza a PAF?

A

O surgimento de numerosos pólipos adenomatosos (centenas a milhares) que atapetam o cólon e reto. No entanto, não se restringe ao cólon, podendo aparecer em todo o TGI ou fora do TGI (como na retina).

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28
Q

Quando surge a PAF?

A

Na adolescência, aumentando o n° de pólipos com o passar dos anos. Podem aparecer em estômago e duodeno também.

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29
Q

Qual o QC da PAF?

A

Assintomático ou podem causar sangramento e diarreias. Um achado clássico é a HIPERPIGMENTAÇÃO RETINIANA HIPERTRÓFICA. Podem ocorrer outros tumores também.

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30
Q

Qual o gene mais envolvido na PAF?

A

APC.

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31
Q

Qual o maior risco da PAF? Qual a consequência disso?

A

A chance de desenvolver CCR é de 100% aos 40 anos de idade. Por isso, a colectomia profilática deve ser realizada assim que a síndrome for identificada.

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32
Q

Quais as opções de colectomia para a PAF?

A

Colectomia total (proctocolectomia) + ileostomia OU colectomia total + anastomose ileoanal com bolsa ileal (IPAA) OU colectomia subtotal (preserva reto) + anastomose ileoretal (IPDRA).

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33
Q

Quando deve ser realizada a cirurgia e como deve ser o acompanhamento após?

A

Preferencialmente antes dos 20 anos mas evitando-se realizar na infância. Caso múltiplos > 1 cm ou com displasia de alto grau, realizar imediatamente. O acompanhamento deve ser com EDA 1-3 anos como screening para tumores gastroduodenais.

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34
Q

Como dx a PAF?

A

Através da identificação de pelo menos 100 pólipos na colonoscopia.

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35
Q

Qual a CD para os familiares de alguem com PAF?

A

Fluxograma:

  • Teste genético de mutação do APC:
    • Negativo: retossigmoidoscopia em todos os familiares em risco a partir de 10-12 anos de idade anual até 35-40 anos.
    • Positivo: realizar teste genético em todos os familiares em risco a partir dos 10-12 anos.
      • Negativo: nenhuma medida adicional.
      • Positivo: retossigmoidoscopia em todos os familiares em risco a partir de 10-12 anos de idade anual até 35-40 anos e EDA anual após os 20 anos.
36
Q

O que é a síndrome de polipose intestinal?

A

Há a presença do pólipo associado a outros sinais e sintomas (faz parte de uma síndrome).

37
Q

Quais as variantes da PAF e suas características?

A

São variantes com as mesmas carcterísticas da PAF porém com manifestações extraintestinais específicas (mesmo prognóstico e mesma CD em relação à terapia e rastreio familiar:

  1. Sd de Gardner: osteomas (p mandibulares e cranianos), tumores de tecidos moles (eg, lipomas, fibromas), hipertrofia do epitélio retiniano e dentes supranumerários.
  2. Sd de Turcot: tumores do SNC (p meduloblastoma e glioblastoma).
38
Q

O que é a polipose juvenil familiar?

A

É uma sd caracterizada pelo aparecimento de 10 ou mais pólipos HAMARTOMATOSOS juvenis colorretais (pode haver no estômago e ID, mas raramente).

39
Q

Qual o QC da polipose juvenil familar?

A

Hematoquezia e anemia ferropriva, podendo ocorrer II e obstrução.

40
Q

O que é a sd de Cowden?

A

Possui as mesmas características da polipose juvenil familiar, porém associada a pólipos hamartomatosos em pele e mucosa (triquilemomas), hiperceratose palmoplantar e outros tumores faciais e orais. Não há potencial de malignização.

41
Q

Qual a importância da sd de Cowden?

A

Maior risco de ca de tireoide e de mama.

42
Q

Quais as síndromes familiares relacionadas aos pólipos hamartomatosos?

A

Sd Peutz-Jeghers, polipose juvenil familiar e Sd de Cowden.

43
Q

O que é a sd de Peutz-Jeghers?

A

É uma sd com numerosos pólipos hamartomasosos ao longo de todo TGI (principalmente delgado), associados a manchas melanóticas na pele e mucosas.

44
Q

Qual o QC da sd de Peutz-Jeghers?

A

Episódios recorrentes de II, obstrução intestinal, hematoquezia e anemia ferropriva.
*Pólipos + manchas melanóticas = SPJ.

45
Q

Qual a importância da SPJ?

A

Cânceres extraintestinais estão presentes em 50% dos casos (ovários, testículos, pâncreas, mama), além de aumentar o risco de CCR.

46
Q

Qual a conduta na SPJ?

A

A conduta gira em torno do rastreio de neoplasias: colonoscopia + EDA + trânsito de delgado a cada 2 anos e USG de pâncreas anualmente.

47
Q

Qual o tipo mais comum de CCR e sua epidemiologia?

A

O adenocarcinoma (epitélio glandular das criptas colônicas), sendo 3/4 esporádico. A incidência aumenta com o passar da idade, sendo mais da metade > 60 anos.

48
Q

Quais os FR para o CCR?

A

Síndromes de polipose familiar, Lynch, dieta (ricas em calorias e gorduras animais, carboidratos refinados, carne vermelha), obesidade, tabagismo, etilismo, HF (1° grau), DII, DM 2.

49
Q

A lesão precursora do CCR nas DII é um pólipo? Explique.

A

Não, mas sim uma displasia epitelial que surge na parede colônica.

50
Q

O que é a sd de Lynch e qual outro nome para essa sd? Quais os tipos?

A

Também chamado de câncer colorretal hereditário não polipose (o termo não polipose se refere a não fazer parte de síndrome de polipose, mas o CCR na síndrome se desenvolve de um pólipo adenomatoso), é a sd de CCR hereditário mais comum. Apresenta 2 tipos: Lynch I (apenas CCR) e Lynch 2 (outras malignidades, como endométrio, ovário, ID, trato urinário superior, pâncreas).

51
Q

Quais os critérios para se definir a sd de Lynch?

A

Todos os critérios a seguir: CCR ou outros cânceres da síndrome (pelve renal, endométrio, ID e ureter) dx em 3 ou mais familiares com: pelo menos 1 caso de CCR antes dos 50 anos, CCR em pelo menos 2 gerações e ausência de sd de polipose hereditária.

52
Q

Qual a região mais envolvida na sd de Lynch e quando desenvolvem o CCR?

A

Principalmente o cólon direito e o ceco, ocorrendo precocemente (35-45 anos). São geralmente sincrônicos (ao mesmo tempo) e metacrônicos (surge outro após a ressecção do anterior).

53
Q

Qual o QC da sd de Lynch?

A

Depende do tipo:

1) Lynch I: apenas CCR.
2) Lynch II: CCR + tu ginecológicos (p endométrio e ovário) + outros tumores, sendo comuns manchas café com leite na pele.

54
Q

Como acompanhar o paciente com Lynch?

A
  • Ambos os sexos:
    • Colonoscopia bienal a partir dos 20 anos. Após os 35, passa a ser anual.
    • Sangue na urina anual
  • Mulheres: curetagem a vácuo, USGTV e dosagem de CA-125 a partir dos 25 anos.
55
Q

Quais os fatores protetores para o CCR?

A

Grandes quantidades de frutas e vegetais (> 800 g/dia)*, consumo regular de peixe e ômega 3, EXERCÍCIOS FÍSICOS e CONTROLE DA OBESIDADE (!!!), AAS e AINEs
*PARECE reduzir a incidência para os distais mas não para os proximais.

56
Q

Como deve ser o rastreio para CCR na população geral?

A

American Cancer Society: 45-75/85.

USPSTF: 45-75 anos, sendo individualizado dos 76 aos 85.

  • As estratégias são:
    • Sangue oculto nas fezes anualmente (se positivo = colonoscopia).
    • Sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos.
    • Enema baritado de duplo contraste a cada 5 anos.
    • Colonoscopia a cada 10 anos.
    • Colonoscopia virtual a cada 5 anos.
57
Q

Qual o problema do sangue oculto nas fezes para rastreio do CCR?

A

Os adenomas e adenocarcinomas colorretais podem eliminar sangue no lúmen intestinal, porém isso ocorre de forma intermitente, podendo ter resultados falso-negativos.

58
Q

Como deve ser o rastreio para CCR na população com HF positiva?

A

HF positiva = 1 parente de 1° grau antes dos 60 anos ou 2 parentes de 1° grau. O rastreio é com colonoscopia aos 40 anos (ou 10 anos antes de quando o parente teve o CCR, o que for mais precoce) repetida a cada 5 anos.
*Se acometer o parente de 1° grau acima dos 60 anos, a estratégia deve ser igual para a população geral.

59
Q

Quais os tipos patológicos do CCR e qual sua implicância clínica?

A

Podem ser polipoides (p cólon direito e ceco) ou anulares constritivos (p cólon esquerdo, sigmoide e reto). Estes podem causar sintomas de obstrução intestinal.

60
Q

Quais as vias de disseminação do CCR e os principais locais de mx?

A

Vias: contiguidade para órgãos adjacentes, linfática para linfonodos regionais, vascular para o fígado, pulmões e óssos.

61
Q

Qual o QC do CCR?

A
  • Principais: sangramento, dor abdominal, alteração do hábito intestinal e massa abdominal palpável.
  • Cólon direito: anemia ferropriva (cresce, necrosa e sangra) e massa palpável, febre origem obscura, emagrecimento.
  • Cólon esquerdo: alteração do hábito intestinal (constipação e/ou diarreia).
  • Reto: hematoquezia (mais comum), tenesmo.
  • Avançado: emagrecimento, obstrução intestinal, perfuração, ascite carcinomatosa e mx hepática (hepatomegalia dolorosa).
62
Q

Quando suspeitar do CCR?

A

Todo paciente (especialmente idoso) que: sangramento retal, dor abdominal, alteração dos hábitos intestinais, emagrecimento e ANEMIA FERROPRIVA (!!!).

63
Q

Como dx o CCR?

A

Colonoscopia (escolha) + bx.
*Outros: retossigmoidoscopia flexível e clister opaco (enema baritado) com duplo contraste.
**Se lesão estenosante não permitindo passagem do colonoscópio = colonoscopia virtual (reconstrução com TC).

64
Q

Qual o achado do CCR no clister opaco?

A

Sinal da maçã mordida (lesão estenosante). Detecta apenas os tumores avançados.

65
Q

Como fazer o estadiamento do CCR?

A

Através do TNM, sendo importante para a conduta.

66
Q

Como fazer acompanhamento do CCR? Quais seus usos?

A

Através do CEA, que é um biomarcador de prognóstico antes da cx e de controle de cura no pós-operatório.

67
Q

O CEA pode ser usado para dx do CCR?

A

Não, pois apresenta baixa sensibilidade e baixa especificidade.

68
Q

Qual o local mais comum de mx a distância do CCR?

A

Fígado, seguido pelos pulmões.

69
Q

Se houver mx a distância, eu devo ressecar o CCR? Explique.

A

Sim, pois assim eu evito futuras complicações abdominais, como obstrução ou perfuração.

70
Q

Como é a ressecção cirúrgica do CCR?

A

Deve ser feita a ressecção em bloco (segmento acometido com margens de segurança, pelo menos 12 linfonodos regionais, meso e suprimento vascular).

71
Q

Quais as margens de segurança para a ressecção do CCR?

A

5 cm para o cólon e 2 cm para o reto.

72
Q

Defina: margem anal, esfíncter anal superior, mesorreto e canal anal anatômico.

A

Margem anal: transição entre a pele do períneo e o ânus.
Esfíncter anal superior: coincide com a linha pectínea (3 cm proximal à margem anal).
Mesorreto: tecido gorduroso que envolve o reto e contém a maior parte de sua drenagem linfática.
Canal anal anatômico: tem 3 cm e se estende da margem anal.

73
Q

Comente sobre a anatomia do reto.

A

12-15 cm, terço proximal é intra-peritoneal e o resto é retro-peritoneal, vai até a linha pectínea (transição do reto com o canal anal), ocupa a curvatura do sacro.

74
Q

Quais dados do estadiamento são importantes no tratamento do CCR? Quais os exames?

A

No cólon: o M é o grande determinante = TC abdome (especialmente para fígado) e rx ou TC de tórax.

No reto: o T e o N são extremamente importantes para a decisão terapêutica (USG endorretal e RNM).

75
Q

Quais os estágios do CCR?

A

I: T1 e T2.

II: T3 e T4.

III: N+.

IV: M+.

76
Q

Qual a divisão anatômica do reto?

A

Reto baixo (até 5 cm da margem anal), médio (6-11 cm) e alto (> 11 cm).

77
Q

Qual o tto do CCR no reto?

A

RT + QT neoadjuvante (se T3, T4 ou N+, invasão de mesorreto e tumores de reto baixo - diminuir a massa para tentar poupar o esfíncter anal na cirurgia) + cirurgia com margem de segurança (mínimo 2 cm) + QT adjuvante se neoadjuvante realizado + QT/RT adjuvante se em estágio II e III que não receberam neoadjuvância.

78
Q

Qual o tto do CCR no cólon?

A

Ressecção cirúrgica com margens de segurança (mínimo 5 cm) + linfadenectomia regional (mínimo 12-13) + mesocólon + suprimento vascular +/- QT adjuvante a depender do estadiamento patológico da peça cirúrgica (T e N após ressecção):

Estágio I: sem necessidade de QT adjuvante.

II: QT adjuvante se alto risco.

III: sempre QT adjuvante.

*Geralmente sem RT.

79
Q

Qual o uso da QT adjuvante?

A

Eliminar possíveis focos de micrometástases remanescentes, reduzindo a recidiva e aumentando o potencial de cura do tumor.

80
Q

Quais as possíveis cirurgias empregadas nos CCRs de reto?

A

Depende da localização do tumor:

a) > 5 cm da margem anal (reto médio e alto): RAB (ressecção abdominal baixa) + excisão do mesorreto com anastomose colorretal, pois está longe do esfíncter. Margem de segurança: 5 cm proximal e 2 distal.
b) < 5 cm da margem anal:
b. 1) Excisão local transanal (endoanal): até T2, sem N, < 4 cm.
b. 2) Ressecção abdominoperineal + colostomia definitiva (cirurgia de Miles - ressecção de todo reto e sigmoide).

como está muito próximo do esfícter, posso usar a técnica de Miles em que eu faço ressecção abdominoperineal + excisão do mesorreto + COLOSTOMIA DEFINITIVA (pois está muito próximo do esfíncter).

81
Q

Como fazer o rastreamento para CCR em PAF?

A

A partir dos 10-12 anos de idade e anualmente.

82
Q

Como fazer o rastreamento para CCR em sd de Lynch?

A

A partir dos 20-25 anos de 2/2 anos e acima dos 35 anos de idade eu faço anualmente.

83
Q

Comente sobre o estadiamento do CCR.

A

Dukes:
A = submucosa e N0.
B = invade mais na parede e N0. B1 até muscular própria. B2 até gordura pericólica. B3 órgãos adjacentes.
C = B (e seus respectivos números) + linfonodos regionais.
D = mx.

84
Q

Qual o principal local do CCR?

A

Cólon direito.

85
Q

Explique a classificação de Haggitt.

A

É uma classificação da invasão do CCR que se desenvolve no pólipo, sendo:

0: restrito à mucosa.
1: submucosa apenas na cabeça do pólipo.
2: submucosa no colo do pólipo.
3: submucosa no pedículo do pólipo.
4: submucosa da parede intestinal além do pólipo.

86
Q

Como é o estadiamento T do CCR?

A

T1: submucosa.

T2: muscular própria.

T3: subserosa e gordura pericólica.

T4: estruturas adjacentes.

87
Q

Como acompanhar o paciente após tratamento de CCR?

A

Dosagem do CEA a cada 3 meses por 2 anos, depois a cada 6 meses até completar 5 anos do tratamento (se aumentar, indica recidiva) + colonoscopia após 1 ano (se negativa, repetir em 3 anos e então a cada 5 anos) + TC tórax e abdome.