Apendicite e Diverticulite Flashcards

1
Q

Qual a importância da apendicite aguda?

A

É a causa mais comum de abdome agudo não traumático.

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2
Q

Qual a epidemiologia da apendicite aguda (AA)?

A

Pode ocorrer em qualquer idade, porém com predomínio entre 10-30 anos e no sexo masculino.

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3
Q

Qual a anatomia do apêndice?

A

Tubo de 2-20 cm (média de 9 cm no adulto) com origem na parede posteromedial do ceco, na confluência das tênicas cólicas. Apresenta o mesoapêndice que contém a artéria e veia apendiculares (ramos dos vasos ileocólicos). A base é fixa porém a ponta apresenta localização variável (clínica variável).

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4
Q

Qual a fisiopatologia da AA?

A

Se inicia com a obstrução do lúmen apendicular (p fecalito, porém também por hiperplasia de folículo linfoide, áscaris e CE, tumores), evoluindo rapidamente para obstrução em alça fechada, o que promove um grande aumento da pressão intraluminal com supercrescimento bacteriano, comprometendo o retorno venoso e a irrigação arterial, resultando em isquemia do apêndice, podendo evoluir para necrose e perfuração.

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5
Q

Quais as principais bactérias presentes na apendicite?

A

As duas principais são o Bacteroides fragilis (anaeróbio estrito) e a E. coli (aeróbica ou anaeróbica facultativa).
*Semelhante à flora colônica.

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6
Q

Há vantagem na coleta de cultura do líquido peritoneal na apendicite aguda?

A

No geral, não, pois já sei quais germes estarão envolvidos. No entanto, pelo Sabinston, é interessante realizá-la em casos de IMSP, uso de ATB recente e indivíduos provenientes de locais de cuidados de saúde (maior risco de flora atípica).

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7
Q

Qual a HND da AA?

A

Obstrução > secreções e supercrescimento bacteriano > aumento da pressão intraluminal > isquemia > necrose > perfuração (48h do início dos sintomas).

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8
Q

O que a perfuração é capaz de causar clinicamente?

A

Pode seguir em 2 caminhos: abcesso (contida por omento e gordura - mais comum) ou peritonite difusa (não foi contida).

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9
Q

Sempre há perfuração do apêndice para a cavidade peritoneal? Explique.

A

Não, pois o ID e o omento podem bloquear a região (fleimão), formando um abcesso localizado (periapendicular).

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10
Q

Quais as consequências da perfuração da AA para o peritônio?

A

Extravasamento do líquido para a cavidade peritoneal, peritonite difusa, múltiplos abcessos intraperitoneais e choque séptico.

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11
Q

Quais as bactérias que mais proliferam na AA?

A

Bacterioides fragilis (anaeróbio estrito) e E. coli. Porém a infecção é polimicrobiana.

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12
Q

Por que ocorre a dor da AA?

A

Pois a distensão do órgão promove estímulo das fibras aferentes VISCERAIS, produzindo a dor VISCERAL (periumbilical ou epigástrica mal definida) inicialmente. No entanto, com a progressão do processo inflamatório (quando ultrapassar a serosa e acometer o peritônio parietal), a dor se torna REFERIDA, mudando seu padrão e se localizando (maioria) no QID acompanhada de DB+.

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13
Q

Qual o QC da AA?

A

Começa, inicialmente, como uma dor vaga mesogástrica/epigástrica inespecífica (peritônio visceral), correspondendo à fase de inflamação e pode ser acompanhada de náuseas e anorexia. Após 12-24h, a dor tende a se localizar na FID (ponto de McBurney) por acometimento do peritônio parietal (dor localizada). Pode haver: alteração do hábito intestinal (constipação > diarreia), vômitos, febre (sem complicação raramente ultrapassa 38,3°).
Quando complica: plastrão/abcesso (palpável) ou peritonite difusa (febre alta, leucocitose importante).

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14
Q

Quais as variações possíveis no QC da AA?

A

Fome ao invés de anorexia, manifestações urinárias (se a ponta do apêndice estiver na pelve próximo à bexiga/ureter) de hematúria e disúria, toque retal e exame ginecológico dolorosos. Alterações da localização da dor: apêndice retrocecal = lombar ou em flanco; pélvico = dor suprapúbica ou ao toque retal

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15
Q

Quais as possíveis evoluções da perfuração e qual a diferença de QC?

A

1) Bloqueada por ID ou omento, formando um abcesso periapendicular: oligossintomático ou desconforto em FID, podendo haver massa palpável (plastrão).
2) Perfuração para o peritônio livre: dor abdominal de grande intensidade e difusa, com abdome em tábua (rigidez generalizada). A T° é muito elevada (39-40°) e pode evoluir para sepse.

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16
Q

Quais os possíveis achados de EF da AA?

A

Febril (~38°), hipersensibilidade à palpação (p ponto de McBurney), hipersensibilidade cutânea no QID (pinçamento da pele com o polegar e indicador).

1) Blumberg: DB+ em FID.
2) Rovsing: dor na FID ao palpar a FIE (desloco o ar da FIE para a FID).
3) Lapinsky: dor à compressão da FID enquanto eleva o membro inferior direito esticado.
4) Lenander: T°retal > T°axilar em mais de 1°C.
5) Psoas: dor à extensão da coxa direita seguida de sua abdução com o paciente em decúbito lateral esquerdo.
6) Obturador: dor em hipogástrio ao fazer rotação interna passiva da coxa direita flexionada com o paciente em decúbito dorsal. Sinal tardio e de pouca ajuda diagnóstica.
7) Dunphy: dor em FID que piora com a tosse.
8) Markle: inespecífico para qualquer irritação peritoneal = paciente na ponta dos pés, peço para ele chocar os calcanhares no chão. O choque irá suscitar a dor no ponto do peritônio inflamado.
9) Percussão calcânea (lógica idem ao Markle): percussão do calcanhar direito do paciente deitado com a palma da mão.
10) Ten Horn: dor promovida pela tração do testículo direito.
11) Aaron: dor epigástrica durante compressão do ponto de McBurney.
12) Chutro: desvio da cicatriz umbilical para a direita.

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17
Q

Qual cirurgia para apendicectomia é mais indicada de acordo com o trimestre gestacional?

A

2°: videolaparoscopia.

1° e 3°: aberta.

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18
Q

Quais as possíveis alterações laboratoriais da AA?

A
Leucocitose moderada (10-15k) com neutrofilia e desvio à esquerda. O EAS pode estar com hematúria e piúria por inflamação adjacente da bexiga, mas sem bactérias.
*Servem mais para avaliar complicação ou ddx.
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19
Q

Quais os achados no exame de imagem sugerem AA? Qual o de maior acurácia?

A

Raio x: fecalito em QID, presença de ar em íleo, escassez de gás no QID, escoliose côncava para a direita (antálgica), perda da sombra do psoas e borramento da gordura pré-peritoneal na região do apêndice.
USG: apêndice não compressível, ≥ 6-7 mm, imagem em alvo, espessamento da parede, aumento do fluxo vascular ao doppler.
TC (com contraste EV): maior acurácia, inflamação periapendicular (abcesso, coleção, edema, fleimão), espessamento do apêndice e distensão (≥ 7 mm), borramento da gordura mesentérica.

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20
Q

Como avaliar a probabilidade de um paciente apresentar AA de acordo com sua clínica e laboratório?

A

Através do escore de Alvarado:
0-3: dx improvável, avaliar outras causas.
4-6: dx provável, observar por 12h e, se escore igual, cirurgia.
7+ pontos: apendicectomia.
*Desvio à esquerda pode ou não ser considerado como 01 ponto.

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21
Q

Quando os exames de imagem devem ser solicitados na AA?

A

Somente em QC duvidosos ou suspeita de outro dx.

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22
Q

Como é feito o dx de AA?

A

É eminentemente clínico. Caso dúvida: exames de imagem, como a TC (padrão-ouro) ou USG/RM (para crianças e gestantes).

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23
Q

Qual a conduta caso não fechar dx mesmo com exames complementares?

A

VLC diagnóstica.

24
Q

Quais os ddx da AA?

A

Linfadenite mesentérica, ectópica rota, DIP, GECA, ileíte de Crohn.

25
Q

Comente sobre a linfadenite mesentérica.

A

É uma afecção principalmente em crianças, ocorrendo após IVAS ou GECA. Há dor em FID com discreta defesa voluntária, pode haver náuseas e vômitos, pode haver linfadenopatia generalizada (20%). A USG de abdome evidencia linfonodos aumentados no mesentério do íleo e apêndice sem anormalidade.

26
Q

Qual o tto da AA?

A

Depende do QC:

1) Simples (< 48h e sem complicações): ATB profilático (única dose) + apendicectomia.
2) Suspeita de complicação (> 48h ou massa):
a) Sinais de peritonite difusa (gangrena ou perfurou): ATB 7-10d e cirurgia de urgênica.
b) Sem peritonite difusa: fazer imagem para avaliar se tem ou não abcesso.
b. 1) Sem complicação: tratar como simples (ATB dose única + apendicectomia).
b. 2) Fleimão: ATB 7-10d + colonoscopia após 4-6s +/- cirurgia após 6-8s (apendicectomia de intervalo).
b. 3) Abcesso (> 4cm), ATB 7-10d + drenagem percutânea + colono após 4-6s + cirurgia após 6-8s.
* Escolha pela técnica: pref por vídeo.

27
Q

Por que pode-se realizar ou não apendicectomia após semanas da apendicite no caso de abcesso ou fleimão?

A

Pois a taxa de recorrência nesses casos é muito baixa (8%), sendo defendida pelo Sabinston apenas em casos de apendicolito ou sintomas recorrentes.

28
Q

Por que fazer colonoscopia na presença de fleimão?

A

Para fazer ddx com CCR, sendo realizado apenas em > 40a.

29
Q

O que a massa abdominal palpável na AA pode significar?

A

É um plastrão, podendo ser um fleimão (inflamação supurativa do TCSC profundo) ou um abcesso.

30
Q

Quais as incisões possíveis para apendicectomia aberta?

A

Rockey-Davis (transversal) ou McBurney.

31
Q

O que é a apendicectomia incidental?

A

É a apendicectomia em um apêndice de aspecto saudável. É indicada em algumas situações, como mulheres com dor pélvica crônica em que se abriu a cavidade abdominal e doença de Crohn em pacientes que sofreram laparotomia.
*Ou seja, se tiver cirurgia abdominal por motivo qualquer em investigação de alguma dor abdominal.

32
Q

Quais as possíveis complicações da apendicectomia? Como se manifestam?

A

ISC (p) (abcesso de parede, ocorrendo principalmente na aberta - devo explorar a FO e dreno percutâneo), abcesso intracavitário (febre + FO de aspecto normal -> solicitar TC), deiscência de planos da parede abdominal, fístulas, pileflebite (trombose séptica da porta = febre alta, calafrios e icterícia e hipertensão porta), obstrução intestinal (2p - especialmente se perfurada e no 1° ano de pós-op).

33
Q

Qual a conduta, pelo Sabinston, da indicação correta da cirurgia para apendicite porém com apêndice normal? Justifique.

A

Apendicectomia, pois a apendicite aguda não pode ser ddx em outro caso de abdome agudo e por identificação de inflamação histopatológica em alguns casos mesmo com macroscopia normal.

34
Q

O que é a diverticulite aguda (DA)?

A

É a macro ou microperfuração de um divertículo.

35
Q

Qual a fisiopatologia da DA?

A

Muito semelhante à AA: obstrução do divertículo (geralmente mecânica por fecalito), comprometendo a irrigação arterial do divertículo e promovendo isquemia. Como a parede é muito frágil (apenas de mucosa e submucosa, diferentemente do apêndice cecal), ocorrem as perfurações facilmente, gerando um processo inflamatório pericolônico (maioria das vezes: bloqueado por deflexões do peritôneo - peridiverticulite).

36
Q

Quais as possíveis complicações da DA?

A

Extensão local do processo infeccioso e formação de abcessos mesentéricos e pericólicos, adesão a órgãos adjacentes gerando fístulas, macroperfurações livres para a cavidade peritoneal (peritonite generalizada) e obstrução progressiva da parede (por inflamação repetida).

37
Q

Qual o QC da DA?

A

Casos graves: febre, leucocitose, dor abdominal baixa (sigmoide) que piora com defecação e sinais de irritação peritoneal (defesa e DB+). Ocorrem principalmente em QIE pois é onde tem mais divertículos.
Leves: dor em FIE (mais insidiosa), diarreia ou constipação e febre. É a apendicite à esquerda no idoso.
*Um dado da anamnese que sugere fortemente é o histórico de episódios prévios semelhantes.

38
Q

Qual a principal fístula formada na DA e como suspeitar?

A

A colo-vesical (é a principal causa de fístula colo-vesical), sendo suspeitada por dor associada à micção e pneumatúria.

39
Q

Qual o lab da DA?

A

Leucocitose neutrofílica com desvio à esquerda e elevação dos marcadores de fase aguda (PCRQ).

40
Q

Como dx a DA?

A

Pode ser clínico. Caso dúvida: exame de imagem (TC de escolha - hiperatenuação da gordura peridiverticular).

41
Q

Quais os ddx da DA?

A

CCR (p) e DII. Pode-se diferenciar pela colonoscopia e clister opaco.

42
Q

Quais os achados da TC que sugerem DA?

A

Sigmoide com paredes espessadas (> 4 mm), abcessos peridiverticulares, fístulas e coleções líquidas intra-abdominais.
*Fístula vesico-cólica: ar na bexiga.

43
Q

Quais os cuidados que devem ser tomados na realização de uma colonoscopia ou clister opaco na DA?

A

Caso haja DA, existe um risco muito grande de macroperfuração do divertículo com consequências catastróficas, devendo ser EVITADOS na suspeita de DA. Portanto, devem ser feitos após 4-6s de resolução do processo inflamatório para excluir os ddx (DII e CCR).

44
Q

Quais as possíveis complicações da DA?

A

Abcesso (mais comum), peritonite difusa (mais grave), fístula (principalmente vesical) ou obstrução intestinal (principalmente em delgado).

45
Q

Como pode ocorrer obstrução intestinal na DA?

A

Ocorre por essa parade inflamada do cólon se ligando a uma borda mesentérica do ID e podendo pinçar ela.

46
Q

Como a DA pode ser classificada?

A

A classificação de Hinchey:

  • Estágio 0: DA não complicada.
  • Estágio I: abcesso pericólico. Ia fleimão e Ib abcesso pericólico.
  • Estágio II: abcesso pélvico.
  • Estágio III: peritonite purulenta difusa.
  • Estágio IV: peritonite fecal.
47
Q

Qual outra forma de classificação da DA? Explique.

A

A classificação de Kaiser, sendo uma escala tomográfica da DA, tentando representar Hinchey porém na TC:
0 - Espessamento da parede colônica.
Ia - Espessamento da parede colônica + densificação da gordura pericólica.
Ib - Ia + abcesso pericólico.
II - Ia + abcesso à distância (geralmente pélvico).
III - Gás com coleções locais/generalizadas e espessamento peritoneal.
IV - Idem III.

48
Q

Qual o tto da DA?

A

Depende da classificação de Hinchey:

1) Não Complicada: suporte + ATB 7-10d. Devo fazer clister opaco ou colonoscopia (pref) após 4-6s em TODOS os casos. Caso sem melhora após 72h (esperado), suspeitar de abcesso pélvico.
2) Complicada (abcesso ≥ 4 cm, peritonite ou obstrução refratária): a) Abcesso: ATB + drenagem + colono (4-6s) + cirurgia eletiva para ressecção do segmento afetado (6-8s). b) Peritonite/Obstrução refratária: ATB + cirurgia de urgência (Hartmann). Outra possibilidade é lavagem laparoscópica e cir apenas se evolução desfavorável após. c) Fístulas: ATB + colono em 4-6s + cx para correção da fístula
* Uma opção para estágio III (peritonite purulenta): lavagem laparoscópica + ATB.
* *Abcessos pequenos (< 4 cm) respondem bem à ATB isoladamente, sem necessidade de drenagem.

49
Q

Quais as fístulas mais comuns na DA?

A

Para a bexiga (pneumatúria, fecalúria, ITU repetição - melhor exame é a TC = ar dentro da bexiga), vagina e ID.

50
Q

Quais as indicações de cirurgia eletiva para DA?

A

Falah terapêutica, após 1° ep com diverticulite complicada com abcessos, DA com fístula, 1° ep em IMSP, impossibilidade de excluir CCR, obstrução parcial persistente, 3° ep de DA não complicada (questionável), após 1° ep em < 40 anos (questionável).

51
Q

Qual uma forma que tem sido discutida atualmente para se tratar as recorrências da DA de forma conservadora?

A

Uso de mesalazina com ou sem probióticos. Outra medicação que tem sido estudada é a rifamixina.

52
Q

Comente sobre a obstrução intestinal por DA.

A

A mais comum é no ID (aderência ao fleimão ou abcesso) e o tto á SNG + ATB. Se total ou refratária = cirurgia.

53
Q

Comente sobre o divertículo colônico gigante.

A

Complicação rara da DA, sendo muito mais comum no sigmoide e podendo chegar até 40 cm. Aparece como um globo aéreo ao raio X. O enema opaco evidencia diversos divertículos e a radiopacificação desse divertículo aumentado. O QC é de dor, distensão abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, podendo perfurar e gerar um abdome agudo inflamatório bem mais grave que a DA simples. O tto é a ressecção dele com o cólon adjacente.

54
Q

Qual analgésico é bom para a dor da DA e qual é CI? Explique.

A

Bom: meperidina, pois apresenta efeito de relaxar a musculatura lisa do cólon.
CI: morfina, pois aumenta a pressão intracolônica.

55
Q

Quais as indicações de cx de urgência na DA?

A

Peritonite difusa ou obstrução intestinal refratária. Todas as outras receberão algum tratamento clínico antes do cirúrgico.

56
Q

Qual o tto da obstrução intestinal por DA?

A

Drenagem por SNG + ATB. Cx se refratária.

57
Q

Qual a cx usada no tto da DA?

A

Cx eletiva: ressecção do segmento acometido + anastomose primária terminoterminal.
Emergência: geralmente necessário fazer em 2 tempos: sigmoidectomia + colostomia terminal e fechamento do coto retal (Hartmann). A reconstrução do trânsito é feita em um 2° momento. É a cirurgia da urgência colônica.