Câncer de Esôfago Flashcards
Qual a epidemiologia do ca de esôfago?
Homens, negros (CE) e brancos (adenocarcinoma).
Quais os tipos histológicos do ca de esôfago?
Carcinoma escamoso (epidermoide) e o adenocarcinoma.
Qual a origem, localização e incidência para cada tipo de ca de esôfago?
CE: derivado do epitélio estratificado não queratinizado (epitélio normal do esôfago), incidência diminuindo, principal localização é proximal. Subtipo mais comum no Brasil.
Adenocarcinoma: derivado do EB, incidência vem aumentando e a localização preferencial é o terço distal.
Quais so FR para cada tipo de ca de esôfago?
CE: etilismo, tabagismo (2p), bebidas muito quentes, alimentos ricos em nitratos/nitrosaminas (defumados), contaminação de comida por fungos, deficiência de vitamina A, acalásia, Plummer-Vinson, estenose cáustica, tilose palmar e plantar (hipercetarose palmar e plantar - risco de 95% de ca).
Adenocarcinoma: EB, obesidade e tabagismo (ETILISMO NÃO!!!). Outros: bisfosfonados orais (alendronato) - CI se EB.
Qual o QC do ca de esôfago?
Iniciais: dor retroesternal mal definida, queixas de “indigestão”, DISFAGIA (!!!) (progressiva), PERDA PONDERAL (clássico).
Avançadas: halitose, tosse após líquidos (lúmen quase totalmente comprometido), rouquidão e hematêmese.
*Para ocorrer a disfagia mecânica, o ca já envolveu > 2/3 do lúmen.
Como dx o ca de esôfago?
Esofagografia baritada (sinal do degrau, da maçã mordida) + EDA com bx.
Como diferenciar a estenose péptica do ca de esôfago pela esofagografia baritada?
No ca de esôfago há a nítida irregularidade da mucosa e súbita transição do esôfago normal para o estreitado (sinal do degrau). Já em patologias benignas (estenose péptica), o afunilamento é progressivo (bico de pássaro).
Qual o melhor exame para estadiamento do ca de esôfago?
A ultrassonografia endoscópica (para T e N)!!! TC toracoabdominal ou PET-scan para M.
Quais os fatores prognósticos do ca de esôfago?
É um ca extremamente agressivo com disseminação local e à distância. Possui rica rede linfática que facilita sua disseminação e a ausência de serosa facilita sua disseminação para órgãos adjacentes. Cerca de 3/4 dos pacientes já apresentam invasão linfática ao dx.
Quais os principais locais invadidos pelo ca de esôfago?
Terço médio e proximal: árvore traqueobrônquica, aorta e n. laríngeo recorrente.
Terço distal: diafragma, estômago e pericárdio.
Quais os principais locais de mx do ca de esôfago? E linfonodal?
Fígado e pulmões. Terços superiores: supraclavicular, traqueobrônquicos, mediastínicos posteriores. Terço inferior: paraesofágico, celíaco e hilo esplênico.
Qual o estadiamento do ca de esôfago? Qual o tratamento para cada estágio?
Guardar os extremos:
1) T1a: mucosa (extremamente precoce - muito difícil pegar ele nesses casos) - ressecção endoscópica (mucosectomia endoscópica).
2) “Resto”: invadiu capilares linfáticos (grande risco de mx linfonodal - necessidade de lifadenectomia), porém ainda é ressecável = esofagectomia subtotal (transtorácica ou trans-hiatal) + linfadenectomia +/- QT e RT neoadjuvante (6 semanas antes da cx para facilitá-la).
3) T4b ou M1: tratamento paliativo (prótese endoscópica).
Quais as principais técnicas de esofagectomia e quais as características delas?
1) Transtorácica: oncologicamente melhor, mas é mais mórbida (faz linfadenectomia adequada). Principal risco: deiscência de anastomose com mediastinite. A anastomose é intratorácica.
2) Trans-hiatal: menos mórbida mas mais recidivante pois resseca menos os linfonodos. A anastomose entre o estômago e o esôfago é cervical.
Qual tipo de tumor que melhor responde à radioQT?
O CEC.