Gastrite, gastropatias, DUNP e EHP Flashcards

1
Q

O que é a EHP?

A

É a obstrução progressiva do canal pilórico ocasionada por hipertrofia da musculatura circular local.

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2
Q

Qual a epidemiologia e condições associadas à EHP?

A

Ocorre em 1:300-1:1000 NVs, mais comum em meninos (5:1) e geralmente ocorre de forma isolada, mas pode vir acompanhada de outras malformações.

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3
Q

Qual a etiopatogenia da EHP?

A

Pouco conhecida, mas acredita-se que a hipertrofia ocorra por espasmo do esfíncter causado por imaturidade de células ganglionares.

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4
Q

Quais as consequências da EHP?

A

A obstrução permanente promove edema da mucosa, diminuindo o lúmen do canal e havendo hipertrofia como forma de tentar vencer o obstáculo ao esvaziamento gástrico.

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5
Q

Qual o QC da EHP?

A

Manifestações após 1s de vida, sendo o vômito NÃO BILIOSO o sintoma predominante. Inicia com regurgitações e evolui com vômitos em jatos após as refeições. Há desidratação, queda no ganho ponderal e alcalose metabólica (pelos vômitos).
EF: ondas de peristalse no abdome (estômago tentando vencer a estenose) aopos as alimentações e que cessam após os vômitos. À palpação: massa cilíndrica movel entre a margem costal e o umbigo (oliva pilórica).

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5
Q

Qual o QC da EHP?

A

Manifestações após 1s de vida, sendo o vômito NÃO BILIOSO o sintoma predominante. Inicia com regurgitações e evolui com vômitos em jatos após as refeições. Há desidratação, queda no ganho ponderal e alcalose metabólica (pelos vômitos).
EF: ondas de peristalse no abdome (estômago tentando vencer a estenose) aopos as alimentações e que cessam após os vômitos. À palpação: massa cilíndrica movel entre a margem costal e o umbigo (oliva pilórica).

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6
Q

Como dx a EHP?

A

Clínico. Caso dúvida: USG (massa hipoecoica medial à VB, anterior ao rim D e leteral à cabeça do pâncreas) e rx (distensão gástrica com pouco ar no restante do intestino).

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7
Q

Qual o tto da EHP?

A

Corrigir DHE e desidratação + cirurgia após (piloromiotomia extramucosa à Fredet-Ramstedt). A alimentação VO líquida pode ser iniciada 4-6h do PO.

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8
Q

O que é a gastrite?

A

É o infiltrado leucocitário inflamatório da mucosa gástrica, podendo ou não estar associada à alterações endoscópicas.

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9
Q

Quais os principais tipos de gastrite?

A

As 2 principais são a por HP e a autoimune (anemia perniciosa).

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10
Q

O que é gastropatia? Dê exemplos.

A

Lesão da mucosa gástrica sem infiltrado leucocitário inflamatório, como a lesão por AINEs, lesão aguda da mucosa gástrica e gastropatia alcoólica.

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11
Q

Qual a relação da gastrite com dispepsia?

A

É uma correlação precária, pois a maioria das gastrites é assintomática e a maioria das dispepsias sem úlcera não tem gastrite.

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12
Q

O que é a dispepsia não ulcerosa (DUNP)?

A

É uma dispepsia funcional, não havendo úlcera ou neoplasia.

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13
Q

Qual a evolução natural da gastrite por HP?

A

Inicialmente, instala-se uma pangastrite superficial com infiltrado neutrofílico, podendo ser assintomática ou com dispepsia. Isso evolui com resolução espontânea em semanas porém a bactéria não desaparece, podendo evoluir para 3 destinos: gastrite crônica leve, gastrite antral crônica e pangastrite crônica grave (atrófica), em que, em todas, há infiltrado linfocítico.

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14
Q

Quais as características da gastrite crônica leve pela HP?

A

É a forma mais comum, sendo assintomática e sem repercussões clínicas no futuro.

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15
Q

Quais as características da gastrite antral crônica pela HP?

A

Cursa com hipercloridria e úlcera péptica (principalmente duodenal). Isso pois a HP danifica as células D antrais produtoras de somatostatina, havendo uma hipergastrinemia e consequente hipercloridria, que promove lesão à mucosa duodenal que irá alterar seu epitélio para metaplasia gástrica, predispondo à colonização pela HP, que irá passar a lesar a mucosa duodenal e promover a formação da úlcera.

16
Q

Quais as características da pangastrite crônica grave pela HP?

A

Há destruição e atrofia das células oxínticas (produtoras de ácido) do estômago, havendo HIPOcloridria. Se associa com úlceras GÁSTRICAS, metaplasia intestinal (precursora do adenoca) e linfoma MALT.

17
Q

Quando pesquisar infecção pelo HP?

A

DUP, linfoma MALT, DUNP, dispepsia sem indicação de EDA, HF Ca gástrico em 1° grau, lesões pré-neop (metaplasia intestinal e atrofia gástrica), após tto de adenoca gástrico, uso crônico de AINEs/AAS, PTI.

18
Q

Comente sobre a gastrite atrófica autoimune.

A

É a gastrite que ocorre pela produção de um auto-ac anti células parietais e anti-FI, promovendo, respectivamente, atrofia da mucosa gástrica (predispondo ao adenoca gástrico) e anemia megaloblástica (FI promove a absorção de 95% da B12 absorvida pelo organismo).

19
Q

Comente sobre a gastropatia erosiva/hemorrágica por AINEs.

A

O uso crônico de AINEs pode promover alterações de mucosa que podem ser assintomáticas ou até mesmo promoverem HDA, cursando com sangramento crônico e anemia ferropriva. Ocorre por inibição da formação das PGs responsáveis pelos mecanismos de defesa da mucosa gástrica contra o ácido. O tratamento é com suspensão dos AINEs e inicar IBP. Caso necessário tomar AINEs, usar IBP profilaticamente.

20
Q

O que é a lesão aguda da mucosa gástrica (LAMG)?

A

É uma lesão gástrica que ocorre no curso de uma DOENÇA GRAVE, frequente em CTI, ocorrendo por isquemia da mucosa gástrica.

21
Q

Quais os principais fatores de risco para LAMG?

A

Coagulopatia (plaq < 50.000 ou INR > 1,5) e VM > 48h. Outros: TCE, grandes queimados.

  • A nutrição enteral é FATOR DE PROTEÇÃO!!!
  • *Esses pacientes devem receber profilaxia com IBP.
22
Q

Comente sobre a gastropatia alcoólica.

A

São hemorragias subepiteliais puntiformes que ocorrem no paciente alcoólatra, com aspecto endoscópico de sangue sob envoltório plástico.

23
Q

Comente sobre a doença de Ménétrier (gastropatia hipertrófica gigante).

A

É uma doença idiopática em que há aumento progressivo das pregas gástricas, tornando-as tortuosas e gigantes, semelhantes às circunvoluções cerebrais. Há espessamento da mucosa e perda das células parietais e principais. O tratamento não há muita coisa a se fazer, apenas erradicar HP ou até gastrectomia total.

24
Comente sobre o estômago em melancia.
É uma ectasia vascular antral, com dobras eritematosas e riscos anginomatosos lineraes que convergem para o piloro num padrão que lembra melancia. É comum em idosas com anemia ferropriva por sangramento crônico.
25
Quais os sintomas de dispepsia? Quais seus tipos?
Epigastralgia (tipo úlcera), desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, saciedade precoce, plenitude pós-prandial, distensão abdominal e eructações. Pode ser orgânica (DUP, câncer) ou funcional.
26
Quais os tipos de dispepsia pelo QC?
Tipo úlcera: predomínio dos sintomas de epigastralgia. É frequentemente aliviada por antiácidos, BH2 e alimentos. Tipo dismotilidade: predomínio de plenitude, saciedade, desconforto abdominal e vômito. Tipo inespecífica.
27
Como dx a DUNP?
Pelo menos 12 semanas de sintomas de dispepsia (não necessariamente consecutivas) sem alterações orgânicas (necessária uma EDA para fazer o dx). É um dx de EXCLUSÃO.
28
Qual o tto da DUNP?
Tranquilizar o paciente, respeitar intolerâncias a alimentos específicos, saciedade pode ser aliviada por fracionamento e plenitude evitada por evitar gordura e condimentos. Psicoterapia pode ser interessante. Farmacológico é pouco eficaz. Se HP, erradicá-la. Tipo úlcera usar BH2 ou IBP. Tipo dismotilidade a domperidona.
29
Qual a importância da DUNP?
É a principal causa de sd dispéptica.
30
Qual uma possível evolução da DUNP?
Pode evoluir com SII, pancreatopatias, sd de má absorção, DII, etc.
31
Qual uma possível causa de dispepsia não ulcerosa?
A dispepsia pós-infecciosa, ocrrendo após episódio de GECA (p salmonelose) e até mesmo a duodenite por Giardia e estrongiloides.
32
Qual uma possível causa de dispepsia não ulcerosa?
A dispepsia pós-infecciosa, ocrrendo após episódio de GECA (p salmonelose) e até mesmo a duodenite por Giardia e estrongiloides.