PED 4 - Neonatologia Flashcards

1
Q

Quais os métodos de avaliação da idade gestacional pelo exame físico?

Quem avalia melhor os pré-termo?

A

CAPURRO: não avalia bem abaixo de 30s

BALLARD: avalia melhor os pré-termo, avalia qualquer idade gestacional

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2
Q

Quais os parâmetros utilizados no método de Capurro?

A
  • Forma da orelha
  • Tamanho da glândula mamária
  • Formação da aréola
  • Textura da pele
  • Pregas plantares
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3
Q

IG para classificar um RN como A TERMO

A

37 semanas → 41 sem 6 dias

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4
Q

IG para classificar um RN como PÓS-TERMO

A

≥ 42 semanas

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5
Q

IG para classificar um RN como PRÉ-TERMO

A

< 37 semanas

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6
Q

IG para classificar um RN como PRÉ-TERMO LIMÍTROFE ou TARDIO

A

34 semanas → 36 sem 6 dias

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7
Q

IG para classificar um RN como PRÉ-TERMO EXTREMO

A

< 28 semanas

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8
Q

Qual o peso mínimo adequado ao nascimento?

A

2500 g

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9
Q

Peso que classifique um RN como BAIXO PESO

A

< 2500 g

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10
Q

Peso que classifique um RN como MUITO BAIXO PESO

A

< 1500 g

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11
Q

Peso que classifique um RN como EXTREMO BAIXO PESO

A

< 1000 g

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12
Q

O que define um RN como…

GIG: Grande para a Idade Gestacional

A

Peso x idade gestacional > p90

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13
Q

O que define um RN como…

AIG: Adequado para a Idade Gestacional

A

Peso x idade gestacional entre p10 - p90

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14
Q

O que define um RN como…

PIG: Pequeno para a Idade Gestacional

A

Peso x idade gestacional < p10

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15
Q

p10 de peso com 37 semanas…

A

2000 g

APENAS para ter NOÇÃO: toda criança a termo com < 2000g é PIG

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16
Q

Qual período da gestação apresenta MAIOR RISCO de transmissão de agentes infecciosos?

A

FINAL DA GESTAÇÃO

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17
Q

Qual período da gravidez resulta em uma MAIOR GRAVIDADE em caso de infecção congênita?

A

INÍCIO DA GESTAÇÃO

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18
Q

O que significa detecção de anticorpos IgM no RN?

A

INFECÇÃO

(não passam pela placenta - muito grandes)

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19
Q

O que significa detecção de anticorpos IgG no RN?

A

Pode ser INFECÇÃO ou DE ORIGEM MATERNA

(passam pela placenta)

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20
Q

Quais estágios da sífilis materna apresentam

maior risco de transmissão fetal?

A

Sífilis PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA

Chance de transmissão se aproxima de 100%

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21
Q

Quais são as lesões visíveis típicas

da sífilis congênita PRECOCE?

A
  • Rinite sifilítica: secreção sanguinolenta
  • Lesões mucosas:
    • Placas mucosas: lesão elevada em placa em qualquer mucosa
    • Condiloma plano: periorificial (pode ter na sífilis 2a → fazer diagnóstico diferencial com violência sexual)
  • Pênfigo palmoplantar

ATENÇÃO: Estas lesões são RICAS EM TREPONEMA

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22
Q

Quais são as possíveis lesões ósseas da sífilis congênita precoce?

Onde ocorrem e quais suas diferenças?

Como se manifestam?

A

OSTEOCONDRITE → METÁFISE

  • Lesão dolorosa: choro ao manipular
  • Membro imóvel → pseudoparalisia de Parrot

PERIOSTITE → DIÁFISE de ossos longos e OSSOS PLANOS (Ex: crânio)

  • Sinal do duplo contorno ao RX (reação periosteal)
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23
Q

Quais são as alterações da sífilis congênita TARDIA?

A

Lembrar → CICATRIZAÇÃO de todo o processo

  • Fronte olímpica: abaulametno osso frontal
  • Nariz em sela: consequência da rinite
  • Rágades sifilíticas: sulcos no canto da boca
  • Dentes de Huntchinson
  • Molar em Amora
  • Tíbia em sabre
  • Articulação de Clutton: derrame articular bilateral estéril nos joelhos
  • Ceratite intersticial: oftalmológica
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24
Q

Quando valorizar o VDRL do RN?

A

Quando for maior que o da mãe em 2 DILUIÇÕES

Exemplo:

  • Mãe: 1/4
  • RN: 1/16
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25
Que exames solicitar na investigação de **sífilis congênita?**
* Hemograma: anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose. * Líquor: VDRL positivo OU \> 25 células OU \> 150 proteínas. * Radiografia de ossos longos. * Avaliação auditiva / visual. * Avaliação hepática / eletrólitos. * Radiografia de tórax.
26
O que considerar como líquor alterado numa criança suspeita de sífilis congênita?
## Footnote **VDRL (+)** **...ou** **\> 25** **céls/**mm³ **...ou** **PTN \> 150**mg/dL
27
O que é considerado **TRATAMENTO ADEQUADO** da sífilis materna?
* **Penicilina benzatina** * Adequado para a fase da doença * Intervalo entre doses correto _(máximo 14 dias)_ * **Início até 30 dias antes do parto** * Avaliação do risco de reinfecção (parceiro) * Queda VDRL documentada: * 2 diluições em 3 meses
28
Como avaliar um RN cuja mãe teve sífilis **não-tratada** ou **inadequadamente tratada?**
**CONSIDERAR COMO SÍFILIS CONGÊNITA = NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA** + FAZER TODOS OS EXAMES + TRATAR TODOS OS CASOS
29
RN cuja mãe teve sífilis **não tratada ou inadequadamente tratada** e veio... **LÍQUOR ALTERADO** Conduta?
## Footnote **Penicilina CRISTALINA IV por 10 dias**
30
RN cuja mãe teve sífilis **não tratada ou inadequadamente tratada** e veio... **LÍQUOR NORMAL + Qualquer outra alteração clínica ou laboratorial** Conduta?
Penicilina PROCAÍNA IM por 10 dias ou **Penicilina CRISTALINA IV por 10 dias (PREFERÍVEL)**
31
RN cuja mãe teve sífilis **não tratada ou inadequadamente tratada** e apresentou... **TODOS EXAMES NORMAIS / Assintomático** Conduta?
**Penicilina Benzatina DU IM →** só se tiver garantia de acompanhamento LEMBRANDO que... Sendo **PIG** não é assintomático!
32
RN cuja mãe teve a sífilis **adequadamente tratada.** O que fazer?
**EXAME FÍSICO COMPLETO** **SOLICITAR VDRL do RN** (e da mãe) E AVALIAR...
33
RN cuja mãe teve a sífilis **adequadamente tratada** e a avaliação demonstrou... **Sintomático** (inclui PIG) **ou VDRL \> ou igual ao materno 2 diluções** CONDUTA?
**SOLICITAR TODOS OS EXAMES** **TRATAR conforme resultado** * Penicilina **cristalina IV 10 dias** → se LCR alterado * Penicilina **procaína IM 10 dias**
34
RN cuja mãe teve a sífilis **adequadamente tratada** E a avaliação demonstrou... **Asintomático** **e VDRL NR** CONDUTA?
**ACOMPANHAMENTO** ou (na imporssibilidade) Penicilina **benzatina IM DU**
35
Período **neonatal:**
Nascimento a 28d
36
Fluxograma de tratamento de sífilis congênita do RN de gestante com **tratamento adequado:**
VDRL **maior ou igual** ao materno em **2 diluições?** * **SIM:** fazer todos exames e tratar conforme resultado. * **NÃO:** * EF normal: acompanhamento. * EF alterado: * VDRL reagente: tratar com penicilina 10d. * VDRL não reagente: outras infecções.
37
Como e por quanto tempo realizar o acompanhamento do RN com **sífilis congênita?**
Até 18m. Teste não treponêmico = VDRL seriado (1, 3, 6, 12 e 18m). * Interromper quando 2 testes NR consecutivos. * Ideal que decline aos 3 meses e seja não reagente aos 6 meses. * LCR: a cada 6m (quando havia alteração). * Avaliação auditiva, visual e neurológica: a cada 6m nos primeiros 2a.
38
**Toxoplasmose** Mãe IgM (+) e IgG (-) Diagnóstico e conduta:
**Infecção aguda** ou falso positivo * Pode-se solicitar dosagem de IgA que confirma infecção aguda (\< 4m). * **Iniciar espiramicina e repetir sorologia em 3s** * ​Não apareceu IgG→ falso positivo
39
**Toxoplasmose** Mãe IgM (+) e IgG (+) Diagnóstico e conduta:
**Infecção aguda ou crônica** * **Se \> 16s** não é necessário testar avidez, iniciar profilaxia e investigação fetal. * Testar avidez do IgG se ≤ 16s. * **\> 60% (alta):** fora da gestação. * **\< 30% (baixa):** aguda, iniciar **_tratamento e investigação fetal._**
40
Infecção aguda por **toxoplasmose com \< 30s:** Qual a conduta?
**Espiramicina 1g 8/8h e rastrear feto (amniocentese)** **LA / ecografia negativo** = profilaxia com espiramicina até o final da gestação e esquema tríplice alternado a partir das 30s.
41
Infecção fetal ou materna por **toxoplasmose com \> 30s**: Qual a conduta:
**ESPIRAMICINA** (trata a mãe) alternada a cada 3 semanas com **SULFADIAZINA + PIRIMETAMINA + ÁCIDO FOLÍNICO** (trata o bebê)
42
**Toxoplasmose congênita** Tríade clínica?
**Tríade de Sabin** 1. Hidrocefalia; 2. Coriorretinite; 3. Calcificações **DIFUSAS** "Toxoplasmose = **TOXO** o cérebro"
43
**Toxoplasmose congênita** Quando indicar corticoide?
Coriorretinite grave **OU** Proteína no LCR \> 1 g/dL.
44
**Toxoplasmose congênita** Como tratar o RN? Qual o objetivo do tratamento no RN?
* Fazer em **TODOS** com doença congênita, mesmo assintomáticos. * **Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico** no primeiro ano de vida → tratamento não é curativo, é **controlador.** * _Reduz parasitemia no 1º ano de vida._
45
**Toxoplasmose congênita** Investigação RN? (4)
1. Sorologia; 2. Fundo de olho; 3. Imagem de SNC; 4. Hemograma e bioquímica; 5. Avaliação de LCR.
46
Principal causa de surdez **neurossensorial não-hereditária** na infância?
**CMV** “Cê me vê mas não me ouve.”
47
**Citomegalovirose congênita** Apresentação radiológica clássica?
Calcificações periventriculares. "**C**ircunda **M**eu **V**entrículo"
48
**Citomegalovirose congênita** Diagnóstico:
Vírus na **URINA** ou **SALIVA** nas primeiras 3 semanas, porque depois pode ser infecção neonatal.
49
**Citomegalovirose neonatal** Tratamento:
## Footnote Ganciclovir 6s IV → para mais graves. Valganciclovir VO → quadros menos graves → EVITA SURDEZ!
50
Como ocorre a transmissão do **CMV** para o feto?
Da família dos herpesvirus → permanecem latentes e podem ser reativados Infecção materna **AGUDA, REINFECÇÃO** ou **REATIVAÇÃO** da infecção latente → intrauterina, perinatal (intraparto, aleitamento).
51
**Rubéola congênita** Condição única para transmissão vertical?
Infecção aguda durante a gestação.
52
**Rubéola congênita** Clínica? (3)
**S**índrome da **R**ubéola Congênita 1. **S**urdez; 2. **R**eflexo vermelho alterado (catarata); 3. **C**ardiopatia congênita (PCA, estenose de artéria pulmonar). **"Ela não ouve, ela não vê e isso corta o coração"**
53
Até que idade gestacional pode acontecer a **síndrome da rubéola congênita?**
**SOMENTE ATÉ 16 SEMANAS** * _Risco alto de infecção_ no **1o trimestre** (até 16s) e **3o trimestre** * 8-12s → forma mais grave
54
**Síndrome da rubéola congênita** deve ser notificada?
## Footnote **SIM**
55
Precaução de contato para RN portador de **rubéola congênita?**
**Gestantes suscetíveis** (RN apresenta excreção prolongada do vírus)
56
Até que idade gestacional pode acontecer a **síndrome da varicelacongênita?**
**SOMENTE ATÉ 20 SEMANAS**
57
**Varicela congênita** Clínica? (3)
1. Lesões cicatriciais 2. **Hipoplasia de membros** 3. Doença neurológica 4. Microftalmia, catarata, coriorretinite 5. Síndrome de Horner
58
Possível complicação de marcha associada à **varicela:** Qual o prognóstico? Quando acontece? Qual a clínica? Qual o tratamento
**ATAXIA CEREBELAR AGUDA** * Complicação típica de 1-3a de idade. * 2-3s após uma infecção viral, sendo VVZ o principal agente. * Clínica: ataxia do tronco, incapacidade para sentar ou ficar de pé, nistagmo, disartria. * LCR normal, ou com aumento de proteínas. * Tratamento: observação. * ÓTIMO PROGNÓSTICO SE FOR CAUSADA POR VARICELA
59
Como se define microcefalia? Qual o ponto de corte de PC em RN de 37s?
A microcefalia é definida quando **abaixo de 2 desvios-padrões** **Microcefalia em RN de 37s:** * Masculino 30,54 cm * Feminino 30,24 cm.
60
Clínica da **síndrome de Zika congênita:**
1. Microcefalia 2. Desproporção craniofacial 3. Dipertonia, exagero e persistência dos reflexos primitivos 4. Artrogripose 5. Calcificações cerebrais **CORTICAIS / SUBCORTICAIS**
61
Padrão de calcificação cerebral da **síndrome de Zika congênita:**
## Footnote **CORTICAIS / SUBCORTICAIS**
62
Período gestacional de maior gravidade para manifestações neurológicas por **Zika:**
A exposição em **QUALQUER PERÍODO GESTACIONAL** pode gerar manifestações neurológicas graves Por isso a importância do _seguimento_
63
**Herpes congênita** Clínica?
1. Vesículas cutâneas / escaras de cicatrização 2. Alterações oculares 3. Microcefalia ou hidrocefalia
64
Ao receber um RN, quais as três perguntais iniciais?
RN a termo? Respirando ou chorando? Tônus adequado?
65
Sim para as três perguntas de reanimação, o que fazer?
**Clampeamento tardio do cordão** independentemente da IG
66
**NÃO** para alguma das 3 perguntas de reanimação...
**MESA DE REANIMAÇÃO**
67
Se **RN NÃO É A TERMO**, mas estiver **RESPIRANDO OU CHORANDO** **E COM TÔNUS ADEQUADO...**
**_NÃO É NECESSÁRIO_ o clampeamento imediato do cordão**, mas irá passar pela mesa de reanimação.
68
Como é feito o atendimento ao RN \< 34 semanas? E do RN com \> 34 semanas?
* RN \< 34s boa vitalidade: clampear após 30-60s → mesa * RN ≥ 34s boa vitalidade: clampear após 1-3 min * À termo? MÃE * Pré/pós termo? MESA
69
Quais os passos iniciais da reanimação?
Até **30** segundos para realizar o **"APAS"** **A**quecer **P**osicionar **A**spirar (1o boca, 2o narina) **S**ecar
70
Como prover calor em um RN \< 34 semanas?
Saco plástico de polietileno **SEM SECAR** + touca
71
Como prover calor em um RN \< 1.000 g?
## Footnote **COLCHÃO TÉRMICO**
72
Nos RN \< 34 semanas, durante o APAS, deve-se...
Colocar simultaneamente um sensor para oximetria de pulso
73
O tempo máximo para realizar o APAS, avaliar vitalidade e **INICIAR VPP** é de...
**GOLDEN MINUTE**
74
Quais as 3 condições que indicam inciar VPP?
**FC \< 100 bpm** Apneia Respiração irregular
75
Qual a frequência de ventilação na VPP?
40-60 ventilações por minuto
76
Como deve ser a oferta de oxigênio (FiO2) para um RN **≥ 34 semanas?**
Iniciar em AA (21%)
77
Como deve ser a oferta de oxigênio para um RN **\< 34 semanas?**
Iniciar com 30% de O2
78
Onde deve-se colocar o oxímetro (reanimação)?
Membro superior **DIREITO** → avaliar saturação pré-ductal. * _Se \< 34 semanas:_ iniciar monitorização no APAS.
79
Quando a VPP é indicada, recomenda-se monitorização cardíaca. Onde são fixados os 3 eletrodos?
OMBROS E UMA COXA
80
Qual o alvo da SatO2 nos primeiros **5 min?** (reanimação)
70-80%
81
Qual o alvo da SatO2 nos primeiros **5-10 min?** (reanimação)
80-90%
82
Qual o alvo da SatO2 **após 10 min?** (reanimação)
85-95%
83
Onde fazer a massagem cardíaca externa?
Terço inferior do esterno
84
Quando iniciar massagem cardíaca externa?
FC \< 60, após 30s de VPP **_E_** intubação OU FC \< 60, após 60s de VPP
85
Qual a profundidade da MCE?
1/3 do diâmetro AP do tórax
86
Qual a relação compressão/ventilação da MCE?
**3c : 1v** Intercalar mesmo se tiver intubado
87
Por quanto tempo deve ser feito **MCE + ventilação** antes da reavaliação?
60 segundos
88
Quando está indicado iniciar **adrenalina** na reanimação neonatal?
MCE por 60 segundos **+ FC \< 60**
89
Qual a via de administração da adrenalina na reanimação neonatal?
1. **_Intravenosa: veia umbilical (ideal)._** 2. Via Traqueal: uma única vez.
90
Como fazer adrenalina na reanimação neonatal?
1. 1:10.000. 2. 0,03 mg/kg. 3. Bradicardia persistente: repete adrenalina a cada 3-5 minutos.
91
Qual a conduta no RN banhado em mecônio?
(1) **_RN VIGOROSO_**: Colo materno. (2) **_RN DEPRIMIDO_**: Clampeamento imediato + APAS + considerar VPP. E se Não melhorou? → considerar IOT + Aspirar Traqueia.
92
Quais as condições exigidas para iniciar MCE?
Só iniciar massagem cardíaca após **30s de IOT + SatO2 de 60-100%**
93
**Quais são os parâmetros que são graduados na escala de APGAR?**
1. Frequencia Cardíaca 2. Esforço respiratório 3. Tônus muscular 4. Irritabilidad reflexa 5. Cor
94
Quais são os parâmetros da escala de **APGAR?**
**_A_**usculta pulmonar, **_P_**ostura, **_G_**runhido, **_A_**usculta cardíaca e “**_R_**óseo”
95
Os pontos, na escala de APGAR, variam de ____ a \_\_\_\_.
0 a 10
96
Descreva a graduação em pontos da FC, conforme a escala de APGAR:
* 0 = ausente (assistolia) * 1 = \< 100 bpm * 2 = \> 100 bpm
97
Descreva a graduação em pontos do esforço respiratório, conforme a escala de APGAR:
* 0 = Ausente * 1 = Lento, irregular * 2 = Bom, chorando
98
Descreva a graduação em pontos do tônus muscular, conforme a escala de APGAR:
​ * 0 = Hipotonia * 1 = Alguma flexão de extremidade * 2 = Ativo
99
Descreva a graduação em pontos da Irritabilidade reflexa, conforme a escala de APGAR:
* 0 = Sem resposta * 1 = Careta * 2 = Tosse, espirro
100
Descreva a graduação em pontos da cor, conforme a escala de APGAR:
* 0 = Cianótico, pálido * 1 = Cianose de extremidades * 2 = Rosado
101
O APGAR de 1º minuto serve para ditar a conduta imediata e o de 5º minuto serve para ditar o prognóstico. **VERDADEIRO ou FALSO?**
**FALSO** O APGAR não é utilizado para indicar reanimação, mas permite avaliar a resposta à reanimação.
102
Atualmente considera-se que o APGAR é um preditor de...
## Footnote **ÓBITO NEONATAL**
103
Como realizar o clampeamento de cordão? O que observar?
Distância de 2-3 cm do anel umbilical. Verificar presença de 2 artérias e 1 veia. * Presença de artéria umbilical única é associada a anomalias congênitas.
104
Prevenção de conjuntivite gonocócica:
1 gota de nitrato de prata em cada olho **em até 4h** após nascimento
105
Prevenção de sangramento por deficiência de vitamina K no RN:
1 g IM ou SC ao nascimento
106
Que doença previne a aplicação de vitamina K no RN ao nascer? Quais as formas de apresentação desta doença?
Para prevenir **DOENÇA HEMORRÁGICA DO RN** * Precoce: uso materno de fenitoína, fenobarbital, varfarina, rifampicina, isoniazida. * Clássica: hemorragias em 2-7d de vida. * **TARDIA:** 2s até 6m, causada por deficiência de vitamina K.
107
Descreva os benefícios do **clampeamento tardio** do cordão umbilical:
* **Menos hemorragia intraventricular** * Maiores níveis pressóricos * Maior volume sanguíneo * Menor necessidade de transfusão * **Menos enterocolite necrotizante**
108
O clampeamento tardio do cordão umbilical reduz a mortalidade e a incidência de hemorragia intraventricular grave. **VERDADEIRO ou FALSO?**
**FALSO** O clampeamento tardio do cordão umbilical **NÃO** reduz a mortalidade e a incidência de hemorragia intraventricular **_GRAVE_**
109
Qual a diferença entre caput succedaneum / bossa serossanguínea e céfalo-hematoma?
Ambas lesões são causadas por trabalho de parto prolongado **BOSSA SEROSSANGUÍNEA** * Lesão subcutânea → hematoma fica no espaço subcutâneo **CÉFALO-HEMATOMA** * Sangramento abaixo do periósteo → **limite bem definido**
110
Tanto a bossa quanto o céfalo-hematoma regridem sozinhos. **VERDADEIRO ou FALSO?**
**VERDADEIRO** A bossa regride em **dias** e o céfalo-hematoma em **semanas**
111
Tanto a bossa quanto o céfalo-hematoma podem levar à manifestação mais intensa de uma condição fisiológica do RN. Que condição é essa?
**ICTERÍCIA NEONATAL**
112
Como diferenciar clinicamente, ao exame físico, a bossa do céfalo-hematoma?
Céfalo-hematoma → limite demarcado, respeita sutura
113
O que é feito em RN com fenda lábio-palatina antes da correção cirúrgica definitva?
Uso de dispositivos que permitem a correta técnica de amamentação
114
## Footnote **Qual é a causa do torcicolo congênito?**
Posição viciosa intraútero, que leva à lesão muscular.
115
Qual é o tratamento de primeira escolha para o torcicolo congênito?
**FISIOTERAPIA** Se tratamento falhar, considerar correção cirurgica.
116
Descreva a alteração abaixo encontrada à ectoscopia em primeiro exame de RN:
Torcicolo congênito
118
Qual é a malformação abaixo encontrada no primeiro exame de RN?
Cisto branquial
119
Durante exame físico inicial realizado no RN, é identificado excesso de pele no pescoço. Essa alteração pode ser vista em que síndrome?
## Footnote **SÍNDROME DE TURNER**
120
À inspeção de RN, sinais que são sugestivos de síndrome de Turner:
* Excesso de pele em pescoço * Edema dos pés
121
O que são pérolas de Epstein?
Milium sebáceo na cavidade oral na junção entre palato mole e duro → **pérolas de Epstein**
123
Como identificar a fratura de clavícula no exame físico de RN?
À palpação da clavícula, ouve-se clique quando há fratura.
124
Qual é alteração identificada abaixo encontrada durante o exame fisico de um RN?
**MANCHA MONGÓLICA** Não possui relação com alguma doença. Há regressão espontânea.
125
O que é o eritema tóxico do recém nascido?
* Máculas / pápulas / pústulas com halo hiperemiado que poupam palmas e plantas → semelhante à picada de inseto * **RICA EM EOSINÓFILOS** * Auto-limitado
126
A acne / pustulose neonatal possui resolução espontãnea. **VERDADEIRO ou FALSO?**
**VERDADEIRO**
127
O que é a melanose pustular do RN?
* Presentes ao nascimento. * Pústulas → descamação → hiperpigmentação. * Auto-limitado.
128
Qual a conduta para caso de cisto branquial em RN?
## Footnote **CIRURGIA**
138
Qual é a frequencia cardíaca esperada para um recém nascido?
100 a 160 bpm
139
É esperado encontrar sopros na ausculta cardíaca do RN nos primeiros dias após o nascimento, principalmente no foco pulmonar. **VERDADEIRO ou FALSO?**
**VERDADEIRO** Devido à estenose da pulmonar que dos primeiros dias de vida por circulação pulmonar ainda não muito desenvolvida.
140
Diante da ausculta de sopros cardíacos, qual a conduta?
Mesmo que fisiológicos, todos os sopros necessitam de avaliação por **ECOCARDIOGRAMA**
141
Um pulso femoral diminuído em comparação ao pulso braquial é um indício de qual cardiopatia congênita?
## Footnote **COARCTAÇÃO DA AORTA**
142
Que sinais durante o exame do aparelho respiratório podem ser considerados de **alarme?**
​ * **RETRAÇÕES SUBCOSTAIS** * Retração intercostal é fisiológica. * Gemidos * Podem ser indicativos de doença pulmonar grave
143
Barlow e Ortolani buscam a identificação de qual condição?
**DISPLASIA DE QUADRIL** Se houver → Clique * Manobra de Barlow: identificação articulação instável. * Manobra de Ortolani: reduz articulação luxada.
144
O exame complementar mais adequado confirmação de displasia do quadril:
## Footnote **USG do quadril**
145
Qual a diferença entre pé torto congênito e posição viciosa intrauterina?
## Footnote **Posição viciosa intrauterina:** membro em posição anatômica à mobilização passiva **Pé torto:** não é possível → cirurgia ortopédica
146
Qual malformação pode ser identificada através da inspeção do dorso do RN que merece conduta de **emergência?**
**MIELOMENINGOCELE** Conduta → avaliação neurocirúrgica de emergência
147
Espera-se diurese espontânea em até quantas horas de vida?
**24 HORAS**
148
Espera-se evacuação espontânea em até quantas horas de vida?
## Footnote **48 HORAS**
149
Se durante o exame físico for constatado genitália ambígua, não se deve atribuir sexo ao neonato. **VERDADEIRO ou FALSO?**
## Footnote **VERDADEIRO**
150
Reflexos primitivos presentes ao nascimento: (6)
1. Sucção 2. Rotação 3. Preensão palmoplantar 4. Moro 5. Tônico-cervical assimetrico (magnus-Klein) 6. Reação de marcha
151
Diferencie conjuntivite: 1. Química 2. Gonogócica 3. Clamídia
1. **QUÍMICA** * Provocada pelo nitrato. * Ocorre de **6-12h após o nascimento.** * Sinais inflamatórios leves e resolução espontânea em 48h. 2. **GONOCÓCICA** * **2-5d** após o parto. * Serossanguinolenta que espessa com pus e edema palpebral. * Diagnóstico: swab com diplococos gram-negativos. * Pode levar à cegueira. 3. **CLAMÍDIA** * **5-14d** após o parto. * Pode ser leve ou francamente purulenta. * Diagnóstico: esfregaço com células epiteliais com inclusões intracitoplasmáticas típicas na coloração pelo **Giemsa.**
152
CIUR simétrico resulta de...
Agressão no **1º trimestre** (Ex: infecções congênitas, anomalias cromossomiais)
153
CIUR assimétrico resulta de...
Insuficiência placentária de **3º trimestre.** (perímetro cefalico \> corpo)
154
Um bebê PIG faz hipoglicemia por...
Baixa reserva!
155
Um bebê GIG faz hipoglicemia por...
↑ insulina
156
Manobra de Barlow
## Footnote Empurrar a cabeça do fêmur para fora do acetábulo, enquanto se aplica uma pequena pressão sobre o joelho, direcionando a força posteriormente. Se + → Luxável.
157
Se torcicolo congênito presente, deve-se pesquisar o que?
Displasia congênita do quadril
158
Manobra de Ortolani
Redução da articulação luxada: flexão dos membros inferiores seguida de abdução da coxa. Se + → "clique"/estalo → quadril displásico.
159
Teste do pezinho (teste de Guthrie) Quando fazer? O que rastreia? (7)
Entre 3-5 dias de vida 1. **T**oxoplasmose congênita 2. **H**ipotireoidismo congênito 3. **F**enilcetonúria 4. **H**emoglobinopatias (anemia falciforme) 5. **F**ibrose cística 6. **H**iperplasia adrenal congênita (17-hidroxiprogesterona) 7. **F**alta (deficiência) de biotinidase
160
Clínica da **fenilcetonúria:**
## Footnote **_A partir do 3o mês_**: retardo mental, microcefalia, alterações no ECG, clareamento dos cabelos, erupções cutâneas seborreicas ou eczematoides, **urina com odor desagradável.**
161
Como realizar o diagnóstico de hipotireoidismo congênito?
Teste de triagem alterado + 2a dosagem alterada de TSH
162
O que fazer caso o TSH já estaja muito aumentado (\> 10) no teste do pezinho?
**INICIAR LEVOTIROXINA** independentemente dos valores de T4L _Só dar o diagnóstico se o segundo teste vier alterado_
163
O que fazer caso o TSH esteja aumentado no teste do pezinho?
Dosar TSH + T4L Na maioria das vezes o aumento do TSH é **transitório**
164
Qual a etiologia da deficiência de biotinidase?
Erro inato do metabolismo, **autossômica recessiva** Biotinidase: responsável pela absorção e regeneração da biotina (B7).
165
Como realizar o diagnóstico de deficiência de biotinidase? Qual é o tratamento?
* Triagem alterada (parcial ou total) → teste **quantitativo** da atividade de biotinidase * **Tratamento:** biotina em doses diárias de acordo com o grau de deficiência.
166
**Teste do olhinho** O que rastreia? (5)
1. Catarata (leucocoria); 2. Glaucoma; 3. Retinoblastoma; 4. Retinopatia da prematuridade; 5. Coriorretinite.
167
Teste da orelhinha (triagem auditiva neonatal) O que é e o que avalia? Até quando realizar?
Emissões otoacústicas para avaliação do sistema pré-neural (condução, cócleas). É ideal que os distúrbios auditivos sejam identificados **antes dos 3m** e iniciado tratamento antes dos 6m.
168
**Teste da orelhinha** Conduta, se alterado?
## Footnote Repetir antes de 3 meses; Casos confirmados de deficit auditivo: tratar antes de 6 meses.
169
E o **BERA?**
Requer sedação. Consegue detectar alterações na via neural até o tronco. Pode ter falsos-positivos pela imaturidade do SNC → repetir se alterado após 4m.
170
Explique como acontece a circulação fetal:
171
**Teste do coraçãozinho** (oximetria de pulso) Quando fazer? O que rastreia? Quais os locais de posicionamento dos oxímetros?
24-48h de vida Cardiopatias congênitas críticas - aquelas onde a apresentação clínica decorre do fechamento ou restrição do canal arterial **(cardiopatias canal-dependentes)** MSD (pré-ductal) + qualquer MI (pós-ductal)
172
**Teste do coraçãozinho** (oximetria de pulso) O que indica normalidade? Conduta, se inicialmente alterado? Conduta, se _duplamente alterado_?
SpO2 \> 95% e diferença \< 3%. Repetir em 1 hora. Solicitar ecocardiograma.
173
O teste do coraçãozinho serve para avaliar RN a partir de que **idade gestacional?**
Avaliar RN com \> 34s
174
Se o teste do pezinho for realizado após o 30º dia de vida, qual doença não será rastreada?
**FIBROSE CÍSTICA** O tripsinogênio imunorreativo perde a validade após o 1º mês de vida, devendo ser realizada a dosagem de cloreto no suor
175
## Footnote **Onfalocele**
1. Herniação do conteúdo abdominal; 2. Recoberto por membrana peritoneal; 3. Associa-se com trissomias/anomalias.
176
Gastrosquise
1. Defeito na formação da parede abdominal; 2. Vísceras abdominais exteriorizam sem membrana peritoneal; 3. Defeito à direita do umbigo.
177
Paralisia de Erb-Duchenne
Lesão do nível superior (C5 e C6), é o tipo mais comum de lesão do plexo braquial, correspondendo a 75% dos casos. Ocorre perda da capacidade de abduzir e rodar externamente o braço e supinar o antebraço. **Síndrome de Horner** pode estar associada.
178
**Enterocolite necrosante** O que é? Quais os fatores de risco? Qual é o quadro clínico?
## Footnote Necrose em graus variados da mucosa intestinal ou transmural. Íleo distal e cólon proximal são os mais acometidos. FR: prematuridade e asfixia Clínica: primeiras 2 semanas, sangue nas fezes em RN pré-termo, distensão abdominal, piora clínica progressiva com letargia, apneia, acidose.
179
**Enterocolite necrosante** Que medida diminui a sua incidência? Como realizar o diagnóstico?
**DIMINUI COM CORTICOTERAPIA ANTENATAL!** Diagnóstico: * **TESTE DE APT:** mistura conteúdo fecal com NaOH. * Positivo = sangramento de origem materna. * Negativo = sangramento de origem fetal. * **Radiografia:** _pneumatose intestinal._
180
**Hemorragia peri-intraventricular (HPIV)** Localização do sangramento: Clínica? Exame diagnóstico?
Matriz germinativa subependimária (junção núcleo caudado e tálamo). Hipotonia, redução da movimentação espontânea, movimentos e desvio oculares anormais. USG transfontanela. * Fazer em todos RN com \< 32s ou \< 1.500 g ou \> 32s com FR.
181
**Hemorragia peri-intraventricular (HPIV)** Que medida reduz sua incidência? Em quem está indicado a realização de USG transfontanela?
**DIMINUI COM CORTICOTERAPIA ANTENATAL!** USG transfontanela: fazer em todos RN com **\< 32s** OU **\< 1.500 g** OU **\> 32s com FR**
182
Leucomalácia periventricular
1. Áreas de necrose focal/gliose na substância branca periventricular; 2. Atrofia e formação de cistos; 3. Não há tratamento específico; 4. Prevenir hipotensão/hipóxia. 5. CLÍNICA = SILENCIOSA
183
Qual a principal causa de sequelas em prematuros? Quais os exames diagnósticos?
Leucomalácia periventricular. USG transfontanela (ventriculomegalia) e RM de crânio.
184
**Asfixia perinatal** Quando a hipotermia terapêutica é indicada?
RN \> 35 semanas, peso ao nascer \> 1.800 g e com \< 6h de vida.
185
**Asfixia perinatal** Clínica? (5) Diagnóstico?
↓Nível consciência, hipotonia, perda dos reflexos primitivos, apneia, convulsão e quadro durando em média 12h. Acidose fetal (sangue de cordão) + manifestações clínicas + Apgar **entre 0-3** no 5o min.
186
Qual o valor da glicemia na hipoglicemia neonatal?
\< 40 mg/dL.
187
**Hipoglicemia neonatal** Clínica: Causas: Tratamento:
## Footnote Assintomático, hipoatividade, cianose, convulsão, recusa dieta. Sintomático e HGT \> 40: alimentação. Sintomático HGT \< 40: glicose 10% IV.
188
**Hipoglicemia neonatal** Causas? (3)
1. **↑ Utilização de glicose (hiperinsulinismo):** filhos de mães DM, GIG, eritroblastose fetal, síndrome de Beckwith-Wiedemann, uso materno de betamiméticos / clorpropamida / tiazídicos. 2. **↑ Utilização e/ou redução da produção:** stress perinatal, deficiências endócrinas, policitemia, uso materno de betabloqueadores, exsanguineotransfusão. 3. **↓ Produção/reserva glicose (prematuridade):** prematuridade, CIUR, ingestão calórica insuficiente, atraso no início da alimentação.
189
**Anemia da prematuridade** O que é? Qual o manejo?
* Queda fisiológica da eritropoiese por aumento da oxigenação tecidual com o início da ventilação. * Nos prematuros o processo é mais acentuado com Hb 7-9 g/dl de 4-6s. * Sintomáticos: podem receber EPO. * Assintomáticos: reposição de ferro como qualquer outro.
190
Deficiência na concentração de surfactante pulmonar, levando à instabilidade alveolar origina qual distúrbio respiratório neonatal?
Síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)
191
Quem produz o surfactante? Quando é produzido?
Pneumócitos tipo II 20 → 34 semanas
192
Quais os fatores de risco para doença da membrana hialina?
**FR: prematuridade, asfixia, sexo masculino, DM, brancos.** * Insulina diminui a produção de surfactante. * PIG tem mais maturidade respiratória que GIG.
193
**Doença da membrana hialina** Quais os fatores de proteção?
1. RPMO. 2. Corticoide antenatal pra mãe. 3. Estresse crônico (insuficiência placentária). 4. DHEG.
194
**Doença da membrana hialina** Como é a clínica?
Clínica: início nas primeiras horas de vida, desconforto respiratório clássico. * PIORA progressiva nas primeiras horas. * Melhora a partir do 3o dia, precedida por aumento da diurese espontânea e melhora do padrão gasométrico.
195
**Doença da membrana hialina** Qual o padrão radiológico?
1. Padrão reticulogranular difuso. 2. Aerobroncograma. 3. Volume pulmonar reduzido. 4. Imagem de **VIDRO MOÍDO / FOSCO.** * "RDS can be safely **excluded** if the neonate has a normal chest* * radiograph at six hours after birth".*
197
**Doença da membrana hialina** Qual o tratamento?
1. Oxigênio por capacete (hood) é contraindicado. 2. **CPAP nasal:** mantém estabilidade alveolar, **É O MAIS IMPORTANTE!** 3. Ventilação mecânica: acidose respiratória (pH \< 7,2 ou PCO2 \> 60 mmHg), hipoxemia com CPAP (SatO2 \< 90%), apneia persistente. 4. Surfactante exógeno: pelo tubo (fazer IOT). Fazer quando houver necessidade de ventilação mecânica. 5. ATB: para todos → não há como diferenciar de pneumonia.
198
**Doença da membrana hialina** Quando indicar VM?
Acidose respiratória (pH \< 7,2 ou PCO2 \> 60 mmHg) Hipoxemia com CPAP (SatO2 \< 90%) Apneia persistente
199
**Doença da membrana hialina** Como prevenir?
* **Corticoide antenatal:** gestante entre 24-34s com possibilidade de nascimento em 1s. * Reduz também: risco de enterocolite necrosante, sepse e hemorragia intraventricular (menor variação do fluxo sanguíneo cerebral nas crianças com melhor controle respiratório). * **CPAP:** desde os primeiros minutos de vida. * Surfactante só em casos graves com necessidade de IOT.
200
Pneumonia / Sepse neonatal **PRECOCE** Como é definido? Quais os tipos de microorganismos mais envolvidos?
Sepse precoce (primeiras 48h): infecção ascendente, intraparto. Agentes: Streptococcus do grupo B (agalactie), E. coli, outras enterobactérias.
201
Pneumonia / Sepse neonatal **TARDIA** Como é definido? Quais os tipos de microorganismos mais envolvidos?
Sepse tardia (\> 7d até 28d): nosocomial, comunitária. Agentes: Staphylococcus coagulase negativo, Staphylococcus aureus, outros Gram negativos.
202
**Pneumonia / Sepse neonatal** Quais os fatores de risco?
1. Bolsa rota \> 18h 2. Corioamnionite 3. Colonização materna por GBS 4. **PREMATURIDADE (principal)** 5. Baixo peso ao nascer, sexo masculino 6. Asfixia
203
**Pneumonia / Sepse neonatal** Qual o quadro clínico?
1. _Período assintomático._ 2. Desconforto progressivo. 3. Manifestações sistêmicas (TGI, ↑temperatura, estado de alerta).
204
**Pneumonia / Sepse neonatal** Qual o padrão radiológico?
Infiltrado reticulogranular difuso **_= DMH_**
205
**Pneumonia / Sepse neonatal** Quais exames devem ser pedidos?
* Hemograma: **NEUTROPENIA, _relação I/T ≥ 0,2._** * PCR para seguimento. * Identificação do agente: hemocultura, cultura do LCR, urocultura (só fazer na sepse tardia).
206
Qual o tratamento da Sepse **PRECOCE?**
Penicilina G cristalina **OU** ampicilina + aminoglicosídeo
207
Qual o tratamento da Sepse **TARDIA?**
Cobrir anti-estafilocócicos e Gram-negativos
208
**Taquipneia transitória / Síndrome do pulmão úmido** Quais os fatores de risco?
1. **CESARIANA ELETIVA** 2. Asfixia perinatal 3. Asma materna 4. Macrossomia 5. Prematuridade 6. Sedação materna
209
O retardo da absorção do líquido pulmonar leva à qual disturbio respiratório neonatal?
**TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA** Síndrome do pulmão úmido
210
**Taquipneia transitória / Síndrome do pulmão úmido** Qual o padrão radiológico?
1. Congestão hilar. 2. Aumento da trama vascular. 3. **Líquido cisural (cisurite).** 4. Derrame pleural. 5. **Cardiomegalia discreta.** 6. Hiperinsuflação.
212
**Taquipneia transitória / Síndrome do pulmão úmido** Quais as manifestações clínicas?
1. Início nas primeiras horas de vida 2. Desconforto leve/moderado 3. Rápida resolução (\< 72h) 4. Tiragem intercostal
214
**Taquipneia transitória / Síndrome do pulmão úmido** Qual o tratamento?
1. Oxigenioterapia (\< 40% por campânula nasal ou CPAP). 2. Suporte nutricional (sonda orogástrica). 3. **_NÃO FAZER DIURÉTICOS!_**
215
**Taquipneia transitória / Síndrome do pulmão úmido** Como prevenir?
**_EVITAR CESARIANAS ELETIVAS_**
216
A eliminação de mecônio intra-útero associa-se à...
**_ASFIXIA_**
217
**Síndrome da aspiração meconial** Como é a radiografia?
1. Infiltrado **_GROSSEIRO._** 2. Pneumotórax. 3. **Volume pulmonar aumentado (hiperinsuflação).** 4. Assimetria dos espaços aéreos.
218
Sobre pneumonite química e infecção bacteriana: Qual a sequência de eventos na síndrome de aspiração meconial?
Líquido amniótico deglutido + descamação epitelial + enzimas digestivas = mecônio Asfixia → relaxamento do esfíncter anal → liberação de mecônio + aumento dos movimentos respiratórios → aspiração meconial → mecônio na traqueia → aspiração para vias aéreas inferiores → **obstrução EXPIRATÓRIA,** pneumonite química, infecção secundária.
219
Qual a evolução da síndrome da aspiração meconial?
1. Desconforto GRAVE! 2. Inicio nas primeiras horas.
221
**Síndrome da aspiração meconial** Como é o tratamento?
1. Suporte ventilatório. 2. Antibioticoterapia. 3. **Surfactante** (por inibição do surfactante endógeno).
222
Qual a principal complicação pulmonar da síndrome da aspiração meconial? Como ela acontece?
**Hipertensão pulmonar persistente neonatal** Circulação fetal: placenta → sangue oxigenado → átrio direito e ventrículo direito → comunicação interatrial pelo forame oval → sangue oxigenado no ducto pulmonar → resistência pulmonar elevada → sangue passa pelo canal arterial para aorta. Resistência vascular pulmonar permanece alta após nascimento → circulação fetal é mantida, mas agora sangue que passa é não oxigenado → shunt direito-esquerdo → cianose e labilidade intensa.
223
Qual a definição de displasia broncopulmonar?
Doença crônica por exposição pulmonar prolongada ao **OXIGÊNIO**
225
Quais os fatores de risco **MAIORES** para hiperbilirrubinemia grave em ≥ 35 semanas?
1. Icterícia \< 24h. 2. Incompatibilidade sanguínea. 3. **Idade gestacional entre 35-36s.** 4. **Irmão tratado com fototerapia.** 5. Cefaloematoma, equimoses. 6. AME.
226
Quando pensar em icterícia **_PATOLÓGICA_**?
1. **Início \< 24h (24-36h).** 2. Velocidade de acumulação \> 5 mg/dl/dia. 3. Nível elevado de bilirrubina. 4. Alteração clínica. 5. **Icterícia persistente (a termo \> 7-10d, pré-termo \> 10-14d).** 6. Colestase. 7. **A partir da zona III de Kramer.** 8. Fatores de risco MAIORES para hiperbilirrubinemia grave em ≥ 35s.
228
Tipagem sanguínea na incompatibilidade ABO: Mãe e RN...
Mãe O. RN A ou B e **_CD + ou -_**
229
Tipagem sanguínea na incompatibilidade Rh: Mãe e RN...
Mãe Rh- e Coombs Indireto +. RN Rh+ e Coombs Direto +.
230
Como se dá a investigação de icterícia neonatal?
1. Bilirrubina total/frações. 2. Hematócrito/Hb e reticulócitos. 3. Tipagem Sanguínea e Rh. 4. Coombs direto.
231
Na anemia hemolítica de causa **não-isoimune** (incompatibilidade ABO e Rh), podemos pensar também em...
​​Esferocitose e Deficiência de G6PD Nessas duas o **Coombs Direto sempre** será **_NEGATIVO_**!
232
Policromasia na hematoscopia indica...
Reticulocitose
233
Quando a hematoscopia sugere deficiência de G6PD?
1. Corpúsculos de **_Heinz._** 2. Hemácias mordidas.
234
Icterícia **_sem colestase e na primeira semana_** (↑BI), penso em...
Icterícia do aleitamento materno **AUMENTO DE BILIRRUBINA INDIRETA** Ocorre aumento da circulação entero-hepática, o que favorece a conversão da bilirrubina direta intestinal em bilirrubina indireta pela **_beta glicuronil-transferase._**
235
O que ocorre na icterícia do aleitamento materno?
**AUMENTO DE BILIRRUBINA INDIRETA** * Dificuldade de amamentação levando a aumento do ciclo êntero-hepático por lentificação do trânsito intestinal e até perda ponderal. * Ocorre aumento da circulação entero-hepática, o que favorece a conversão da bilirrubina direta intestinal em bilirrubina indireta pela beta glicuronil-transferase.
236
Conduta na Icterícia do Aleitamento Materno?
Corrigir a técnica da amamentação.
237
Icterícia **_sem colestase e TARDIA_** (↑BI), penso em...
Icterícia do **_LEITE_** materno. **"LATE"**
238
Como ocorre a icterícia do leite materno? Qual a conduta?
RN em AME inicia icterícia a partir da 2a semana de vida * Mecanismo fisiopatológico desconhecido, aleitamento materno exclusivo, após primeira semana, sem colestase **(aumento de BI).** * Se nível de bilirrubina muito alto, suspender amamentação até baixar. * **_Ao retomar a amamentação, BI não sobe novamente!_**
239
Icterícia por ↑BD, devo pensar em...
**Atresia de vias biliares** Icterícia entre 2-6 semanas de vida
240
Qual tipo de icterícia neonatal é considerada uma **_URGÊNCIA_**?
Icterícia por **_BILIRRUBINA DIRETA_**! Possibilidade de atresia de vias biliares
241
Qual o quadro típico de atresia de vias biliares extra-hepáticas?
RN começa a apresentar Icterícia entre **_2ª e 6ª semana de vida_**, podendo apresentar **_COLÚRIA_** e **_ACOLIA_**!
242
Como ocorre atresia de vias biliares e qual consequência para a criança se não for restaurado o fluxo rapidamente?
Após o nascimento evolui com fibrose progressiva da árvore biliar Se não for restaurado o fluxo, evolui com necessidade de transplante hepático!
243
Qual o tratamento da icterícia por atresia de vias biliares extra-hepáticas?
**_Cirurgia de Kasai_** derivação biliodigestiva entre o porta hepatis e uma alça jejunal em Y-de-Roux nas primeiras 8 semanas de vida
244
Como se dá a investigação da suspeita de atresia de vias biliares extra-hepáticas?
1. USG de vias biliares (sinal do cordão triangular). 2. Cintilografia hepatobiliar. 3. Biópsia hepática (+ importante). 4. COLANGIOGRAFIA (confirma o diagnóstico).
246
Qual o mecanismo de ação da fototerapia?
**Promove _FOTOISOMERIZAÇAO ESTRUTURAL_** Mólecula de bilirrubina indireta absorve fóton de luz e muda sua conformação espacial, se tornando hidrossolúvel
247
De todos os pacientes submetidos à Cirurgia de Kasai, **quantos necessitarão de transplante hepático?**
85%
249
Quando indicar fototerapia?
1. BT \> 17 mg/dL **_OU_** 2. Para menores de 35 semanas: * 1-1,5kg se BT 6-8 * 1,5-2,0kg se BT 8-10 * 2,0-2,5kg se BT\> 10.
250
Indicações para **EXSANGUÍNEOTRANSFUSÃO:**
1. Falha da fototerapia. 2. Icterícia por hemólise.
251
Como realizar o rastreamento para GBS?
Swab retal e vaginal de 35-37s. * Exceção: bacteriúria na gestação com GBS e filho anterior com GBS.
252
Quando e como realizar a profilaxia intraparto para GBS?
Bacteriúria na gestação com GBS, filho anterior com sepse por GBS, swab positivo, sem rastreio com risco (\< 37s, TAx ≥ 38°C intraparto, BR \> 18h). **Penicilina cristalina:** * Ataque: 5,000,000 UI IV. * Manutenção: 2,500,000 IV 4/4h. _Opção:_ ampicilina 2 g ataque e 1 g 4/4h na manutenção. _Não fazer:_ cesariana eletiva, swab negativo \< 5s sem risco, sem rastreio sem risco.
253
Conduta diante do RN com mãe GBS (+):
Conduta no RN ≥ 35s: * Sintomático: hemograma completo e hemocultura + ATB. * Assintomático: * Mulher com corioamnionite: hemograma completo e hemocultura + ATB. * Mulher sem corioamnionite e profilaxia indicada: * Inadequada: observar por 36-48h. * Adequada: rotina neonatal (pode ter alta com 24h de vida).
254
Qual o tratamento da hipertensão pulmonar persistente neonatal?
**ÓXIDO NÍTRICO INALATÓRIO** → vasodilatação pulmonar
255
Quando suspeitar de **displasia broncopulmonar?**
Quando houver **dependência de O2 após 36s** de IG **_E_** **Tratamento com O2** por, no mínimo, _28 dias_
256
Que **vitamina** dada ao recém nascido de muito baixo peso pode diminuir o risco de aparecimento da displasia broncopulmonar?
**VITAMINA A**
257
Qual o tratamento recomendado para a **displasia broncopulmonar?**
Diuréticos (furosemida, HCTZ) Broncodilatadores Uso de corticoide ainda é controverso
258
Qual a **profilaxia** recomendada a se fazer em pacientes com displasia broncopulmonar?
**CONTRA O VSR (VIRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO)** *Palivizumab* Anticorpo **palivizumab** em: * \< 2a com doença pulmonar crônica da prematuridade ou cardiopatias congênitas. * \< 1a se prematuro \< 29s. * SBP recomenda para \< 6m que nasceram entre 29-32s.
259
Anticorpo **palivizumab** em:
\< 2a com doença pulmonar crônica da prematuridade ou cardiopatias congênitas. \< 1a se prematuro \< 29s (SBP recomenda para \< 6m que nasceram entre 29-32s).