CIR 2 - Síndrome disfágica e dispéptica Flashcards

1
Q

O que define Síndrome Dispéptica?

A

Dor ou queimação epigástrica > 1 mês.

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2
Q

Quais os 2 grandes grupos de causas de Síndrome Dispéptica?

Qual o mais comum?

A

Dispepsia FUNCIONAL (75%)

Dispepsia ORGÂNICA (25%)

  • Doença biliar
  • DRGE
  • Doença Ulcerosa Péptica
  • Neoplasia
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3
Q

Quais as manifestações típicas da DRGE?

A
  • Pirose: queimação ascendente retroesternal
  • Regurgitação
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4
Q

Quais os sintomas atípicos / extra-esofágicos da DRGE?

A
  • Faringite
  • Rouquidão
  • Tosse crônica
  • Broncoespasmo
  • Pneumonias
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5
Q

Quais as alterações endoscópicas que podem ser encontradas na DRGE?

Em qual porcentagem dos casos estão presentes?

A

PRESENTES EM 50% DOS CASOS

  • Esofagite
  • Úlcera esofágica
  • Estenose péptica → disfagia
  • Esôfago de Barret → melhora pirose
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6
Q

Como é feito o diagnóstico de DRGE?

A

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Paciente com pirose + regurgitação: tratamento já está autorizado.

Pode-se usar de prova terapêutica para fazer diagnóstico.

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7
Q

Quando solicitar EDA na investigação de DRGE?

Qual sua função?

A

Avaliar a possibilidade de CÂNCER e outras complicações

  • Idade > 45 anos
  • Sinais de alarme (perda de peso, anemia, disfagia, odinofagia)
  • Refratariedade ao tratamento clínico
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8
Q

O que é Esôfago de Barrett?

A

METAPLASIA INTESTINAL

Metaplasia do epitélio esofágico: vai de escamoso estratificado → colunar (intestinal)

Seu diagnóstico definitivo é APENAS COM HISTOLOGIA

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9
Q
  1. Qual o achado presente?
  2. Qual o provável diagnóstico?
  3. Conduta endoscópica?
A
  1. Epitélio esofágico com coloração VERMELHO-SALMÃO
  2. Típico de ESÔFAGO DE BARRETT
  3. BIÓPSIA
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10
Q

Quais são os pilares do tratamento da DRGE?

A

1) MEDIDAS COMPORTAMENTAIS (obrigatório)

2) TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (obrigatório)

3) TRATAMENTO CIRÚRGICO (apenas para casos refratários)

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11
Q

Quais as medidas comportamentais no tratamento da DRGE?

A
  • Redução do peso (se excesso)
  • Elevar cabeceira do leito
  • Evitar comer 2-3h antes de deitar
  • Eliminar alimentos que pessoalmente causem sintomas
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12
Q

Como é o tratamento farmacológico do DRGE?

Qual duração?

A

IBP DOSE PLENA

(Omeprazol 20mg / Pantoprazol 40mg / Esomeprazol 40mg / Lansoprazol 30mg)

Duração 8 semanas (de 6 a 12)

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13
Q

Qual a conduta diante da recorrência dos sintomas de DRGE após o 1º curso de tratamento clínico?

A
  • Objetivo: reduzir acidez → IBP 8s (6-12s).
  • Inibidor da bomba de prótons (IBP) em dose plena: omeprazol 20 mg, pantoprazol 40 mg, esomeprazol 40 mg, lansoprazol 30 mg → em jejum (30-60 min antes do café).
  • Sem melhora: usar dose dobrada → IBP 2x/dia por 12s → sem melhora = refratariedade = fazer EDA.
  • Recorrência: IBP sob demanda ou crônico.
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14
Q

Qual a conduta diante da ausência de melhora diante do 1º tratamento clínico para DRGE?

A

IBP dose dobrada

(Omeprazol 40mg / Esomeprazol 80mg / Lansoprazol 60mg)

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15
Q

O que define refratariedade e recorrência ao tratamento da DRGE?

A

Refratariedade: ausência de melhora mesmo com IBP em dose dobrada

Recorrência: sintomas de DRGE após fim de tratamento clínico efetivo

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16
Q

Quais as indicações de tratamento cirúrgico para a DRGE?

A
  • Refratariedade ao tratamento clínico
  • Alternativa ao uso crônico
  • Complicações: estenose péptica ou úlcera
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17
Q

Quais são os exames que devem obrigatoriamente ser feitos antes de realizar procedimento cirúgico para DRGE?

A
  • pHmetria de 24h → confirmar diagnóstico de refluxo
  • Esofagomanometria → escolha da técnica
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18
Q

Quais são as técnicas de fundoplicatura?

A

1) TOTAL

2) PARCIAL ANTERIOR

3) PARCIAL POSTERIOR

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19
Q

Epônimo da fundoplicatura total

Quando não fazer?

A

Fundoplicatura de NISSEN

NÃO FAZER SE:

  • Pressão esôfago distal < 30 mmHg
  • Atividade peristáltica < 60%
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20
Q

Epônimos da fundoplicatura parcial anterior

A

DOR / THAL

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21
Q

Epônimos da fundoplicatura parcial posterior

A

TOUPET / LIND

“Para o TOUPET ficar LIND tem que jogar pra trás”

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22
Q

Qual a conduta diante de esôfago de Barrett?

A

1) IBP uso crônico

2) ACOMPANHAMENTO (a depender do grau de displasia)

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23
Q

Como deve ser o acompanhamento de um paciente com Esôfago de Barret?

A

DEPENDE do grau de displasia

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24
Q

Quais os locais típicos de úlcera péptica?

A

ESTÔMAGO E DUODENO

Se úlcera em outro local = atípica

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25
Qual a fisiopatologia básica da Doença Ulcerosa Péptica?
DESBALANÇO dos fatores.... * **PROTEÇÃO:** Barreira mucosa * **AGRESSÃO:** * **​Acidez** * **Facilitadores:** AINE / *_H. pylori_*
26
Quais são as possíveis vias de estímulo para a secreção gástrica?
**1) NEURONAL:** N. VAGO **2) HORMONAL:** HISTAMINA **3) HORMONAL:** GASTRINA
27
Qual o mecanismo de facilitação dos AINEs na D.U.P.?
**Inibição NÃO SELETIVA DA COX** **COX-1:** Prostaglandinas da BARREIRA MUCOSA **COX-2:** Prostaglandinas da INFLAMAÇÃO
28
Como são as diferentes fases da infecção pelo *_H. pylori_*?
29
Qual a relação da infecção pelo *_H. pylori_* com a doença ulcerosa péptica?
**ENVOLVIDO NA MAIORIA DAS ÚLCERAS** * 80-95% das duodenais * 75% das gástricas "O normal é a bactéria estar envolvida na gênese das úlceras"
30
Paciente com doença ulcerosa péptica, sem história de uso de AINE, sem infecção pelo *_H. pylori_* NO QUE PENSAR?
**SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON** (GASTRINOMA)
31
Como é a abordagem diagnóstica da doença ulcerosa péptica?
## Footnote **\< 40 anos e SEM SINAIS de alarme :** DX por presunção! **\> 40 anos OU SINAIS DE ALARME:** ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA
32
Conduta diante deste achado no estômago
ÚLCERA GÁSTRICA - 2 coisas diferentes * **BIÓPSIA nas bordas** * **CONTROLE DE CURA** (EDA em 1 mês)
33
Quais são os 4 passos no tratamento da DUP?
## Footnote **1) Reduzir acidez** (IBP 4-8s) **2) Questionar sobre AINE** **3) Pesquisar infecção H. pylori** **4) Controle de cura** (alguns casos)
34
Como deve ser feito o tratamento para reduzir acidez na DUP?
## Footnote **IBP dose plena por 4 - 8 semanas**
35
Quando fazer a pesquisa de infecção por H. pylori? Como fazer?
**SEMPRE QUE DIAGNOSTICAR DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA** (inclusive no diagnóstico por PRESUNÇÃO) * **EDA:** Teste rápido da Urease / Histologia * **Sem EDA:** Teste da urease respiratória / Antígeno fecal / Sorologia
36
Como é feita a erradicação do H. pylori?
**Claritromicina 500mg 2x/dia** **+ Amoxicilina 1g 2x/dia** **+ IBP dose PLENA 2x/dia** **14 DIAS**
37
Como é feito o controle de cura de úlcera gástrica?
NOVA EDA após 8-12 semanas **mesmo se a biópsia foi negativa para malignidade** _H. pylori:_ 4-8s após tratamento, não utilizar sorologia.
38
Quando devo fazer o controle da erradicação do H. pylori? Como fazê-lo?
**SEMPRE que tratou, após 4-8 sem** Sem EDA: Urease respiratória ou antígeno fecal
39
Além da Doença Ulcerosa Péptica... **EM QUE OUTRAS SITUAÇÕES PESQUISAR H. PYLORI?**
* Linfoma MALT * Dispepsia funcional * Uso crônico de AAS e AINE * Anemia ferropriva inexplicada * PTI
40
Quais os passos para abordagem de dispepsia funcional?
## Footnote **1) Pesquisar e erradicar H. pylori** **2) IBP 4-8 semanas** **3) AD Tricíclico** **4) Procinético** Só passar de um passo para outro se não houver melhora
41
Quais as indicações de tratamento cirúrgico para úlcera péptica?
* Refratariedade/recidiva * Perfuração * Obstrução por úlcera * Hemorragia refratária
42
Quais os tipos de úlcera péptica e sua classificação de cloridria?
**HIPOCLORIDRIA (I + IV = 5) "Céu azul"** * Tipo I: pequena curvatura baixa * Tipo IV: pequena curvatura alta **HIPERCLORIDRIA (II + III = 5) "Inferno vermelho"** * Duodenal * Tipo II: Corpo gástrico * Tipo III: Pré-piloro OBS: Tipo II geralmente é associada com úlcera duodenal
43
Quais as 2 "leis" no tratamento cirúrgico da úlcera péptica?
## Footnote **1) HIPERcloridria = VAGOTOMIA** +- Antrectomia **2) GÁSTRICA =** retirar a úlcera (RISCO DE MALIGNIDADE)
44
Quais as opções cirúrgicas para úlceras duodenais?
**1) VAGOTOMIA TRONCULAR** * com **piloroplastia** * ou com **antrectomia** e reconstrução do trânsito **2) VAGOTOMIA SUPER-SELETIVA (Gástrica proximal)** * Sem piloroplasia nem antrectomia
45
Quais as técnicas de reconstrução do trânsito gastrico após antrectomia? E após gastrectomia subtotal?
## Footnote **1) Billroth I:** gastroduodenostomia **2) Billroth II:** gastrojejunostomia + alça aferente **3) Y de Roux:** gastrojejunostomia em Y de Roux
46
Das técnicas cirúrgicas para úlcera duodenal, qual tem maiores taxas de recidiva e menores taxas de complicação?
## Footnote **VAGOTOMIA SUPER SELETIVA**
47
Das técnicas cirúrgicas para úlcera duodenal, qual tem menores taxas de recidiva e maiores taxas de complicações?
## Footnote **VAGOTOMIA TRONCULAR com ANTRECTOMIA**
48
Qual a técnica cirúrgica indicada para esta úlcera?
Úlcera gástrica **TIPO I → pequena curvatura baixa** HIPOCLORIDRIA **Gastrectomia Distal + reconstrução à Billroth I**
49
Qual a técnica cirúrgia para esta úlcera?
Úlcera **tipo II → CORPO** (geralmente associada a úlcera duodenal) HIPERCLORIDRIA **VAGOTOMIA troncular + GASTRECTOMIA DISTAL + Reconstrução à BILLRTOH I ou II**
50
Qual a técnica cirúrgia para esta úlcera?
Úlcera gástrica **tipo III (PRÉ-PILÓRICA)** HIPERCLORIDRIA **VAGOTOMIA troncular + GASTRECTOMIA DISTAL + Reconstrução à BILLRTOH I ou II**
51
Qual a técnica cirúrgica para esta úlcera?
Úlcera gástrica **TIPO IV (pequena curvatura ALTA)** HIPOCLORDRIA **GASTRECTOMIA SUBTOTAL + Reconstrução em Y DE ROUX**
52
Paciente realizou gastrectomia com reconstrução do trânsito e passa a apresentar **dor abdominal, náusea e diarreia, asssociada a taquicardia, palpitação, rubor, 15-20 minutos após a alimentação** Qual é o nome desta complicação? Qual seu mecanismo?
**SÍNDROME DE DUMPING PRECOCE** Alimento despejado de uma vez na alça intestinal → distensão (dor) e liberação de mediadores → sintomas vasomotores
53
Paciente realizou gastrectomia com reconstrução do trânsito e passa a apresentar **taquicardia, tremores, sudorese, tontura, turvação visual,** cerca de **2-3h após a alimentação** Qual é o nome desta complicação? Qual seu mecanismo?
**SÍNDROME DE DUMPING TARDIO** Alimento despejado de uma vez na alça intestinal → liberação de grande quantidade de insulina → **HIPOGLICEMIA**
54
Como é o tratamento da **SÍNDROME DE DUMPING?**
**TRATAMENTO DIETÉTICO/COMPORTAMENTAL** * Fracionar a dieta * Deitar logo após a refeição
55
Síndrome de **DUMPING** ocorre em qual tipo de cirurgia?
## Footnote **ANTRECTOMIA ou PILOROPLASTIA**
56
Paciente que realizou gastrectomia com reconstrução de trânsito, queixa-se de **dor abdominal contínua, que não alivia, mesmo com vômitos biliosos** Que complicação é esta?
**GASTRITE ALCALINA** **(GASTROPATIA POR REFLUXO BILIAR)**
57
Em que tipo de cirurgia pode ocorrer a Gastropatia por Refluxo Biliar?
## Footnote **Mais comum em RECONSTRUÇÃO A BILLROTH II (fluxo peristáltico)**
58
Qual o tratamento para a Gastropatia por Refluxo Biliar?
**_CIRURGIA_ → transformar BII em Y de Roux (CURATIVO)** Medicamentoso: Colestiramina (apenas alivia os sintomas, não cura)
59
Paciente que foi submetido a gastrectomia com reconstrução do trânsito queixa-se de dor abdominal que melhora após vômito bilioso, não precedido por náusea (em jato) Que complicação é esta? Ocorre em qual técnica?
**SÍNDROME DA ALÇA AFERENTE** Alça aferente sofre angulação e obstrução transitória (distensão e dor) que se desfaz espontaneamnete, culminando em vômitos biliosos **EXCLUSIVA DE BILLROTH II**
60
Qual o tratamento para a Síndrome da Alça Aferente?
**_CIRURGIA_ → transformar BII em Y de Roux (CURATIVO)**
61
Quais são as característias da **NEM-1 (Síndrome de Wermer)?**
**3 Ps** **P**âncreas: **Gastrinoma /** Insulinoma / Glucagonoma → _úlceras pépticas refratárias_ **P**ituitária: **prolactinoma →** _galactorreia_ **P**aratireoide: **hiperparatireoidismo →** _hipercalcemia / nefrolitíase / doença óssea_ 25% dos gastrinomas são relacionados à NEM-1
62
Como confirmar diagnóstico de Zollinger Ellison (gastrinoma)?
* Gastrinemia \> 1000 * pH gástrio \< 2,5 * Teste da secretina → mais sensível
63
Como tratar úlceas na síndrome de Zollinger Ellison?
* **Terapia ANTISSECRETORA em dose plena** * **CIRURIGA →** remover o tumor
64
Quais os achados da Síndrome Disfágica?
* **DISFAGIA** * Emagrecimento * Halitose
65
Quais os 2 tipos de disfagia e como diferenciá-las?
**1) DISFAGIA DE TRANSFERÊNCIA = ENGASGO** * 1/3 superior do esôfago → músculo ESQUELÉTICO * Geralmente a queixa de engasgo faz parte de um quadro maior **2) DISFAGIA DE CONDUÇÃO = ENTALO** * 2/3 inferiores esôfago → músculo LISO * Geralmente a queixa é a **principal**
66
Quais as causas de disfagia de transferência?
**DOENÇAS MUSCULARES** * Miastenia gravis * Polimiosite / dermatomiosite **DOENÇAS NEUROLÓGICAS** * ​ELA * AVE
67
Paciente queixa-se de disfagia do tipo "entalo" associada a... * Halitose * Regurgitação de alimentos não digeridos → episódios de broncopneumonia por aspiração * Emagrecimento **Que tipo de disfagia?** Qual abordagem inicial?
**DISFAGIA DE CONDUÇÃO** Solicitar **ESOFAGOGRAMA BARITADO**
68
Quais as causas de disfagia de **condução**?
**OBSTRUÇÃO MECÂNICA** * Neoplasia * Anéis e membranas * Estenose péptica * Divertículos **DISTÚRBIO MOTOR** * ​Acalásia * Espasmo esofagiano difuso * Esclerodermia
69
Qual divertículo esofágico mais comum?
## Footnote **DIVERTÍCULO DE ZENKER**
70
Como é a **fisiopatologia do Divertículo de Zenker?**
**HIPERTONIA DO ESFÍNCTER ESOFAGIANO SUPERIOR** Divertículo ocorre por **PULSÃO** (falso divertículi) saindo entre as fibras do EES
71
Quais os músculos que formam o esfíncter esofagiano superior? A área entre eles representa que estrutura?
**Músculo cricofaríngeo →** fibras horizontais **Músculo tireofaríngeo →** fibras longitudinais Entre eles, há uma área de fragilidade chamada de **TRIÂNGULO DE KILLIAN,** por onde protuz o divertículo de Zenker
72
Qual exame padrão ouro para diagnóstico de divertículo e Zenker?
## Footnote **ESOFAGOGRAFIA BARITADA**
73
Qual a clínica do divertículo de Zenker?
* Disfagia (pode haver compressão extrínseca) * Halitose * Regurgitação * Alivia desonforto (esvaziando divertículo) com a **compressão dos dedos**
74
Qual o tratamento padrão para divertículo de Zenker?
* Divertículos \< 2 cm → miotomia EES * Divertículos \> 2 cm → miotomia EES + diverticulopexia ou diverticulectomia * Divertículos \> 5 cm → miotomia EES + diverticulectomia * Divertículos \> 3 cm → EDA (miotomia + diverticulotomia - needle knife)
75
Qual melhor abordagem cirúrgica para um divertículo de Zenker com 4cm
**CRICOFARINGOMIOTOMIA** **+** **DIVERTICULOPEXIA** (fixa o divertículo na fáscia pré-vertebral) DIVERTÍCULOS entre **2 - 5 cm**
76
Qual melhor abordagem cirúrgica para um divertículo de Zenker com 6cm?
**CRICOFARINGOMIOTOMIA** **+** **DIVERTICULECTOMIA** (Divertículos **\> 5cm**)
77
Quando posso fazer tratamento endoscópico do divertículo de Zenker? Como é a técnica?
**DIVERTÍCULOS \> 3cm** **MIOTOMIA + DIVERTICULOTOMIA**
79
Qual o mecanismo de formação de um divertículo mesoesofágico? Que doença está geralmente envolvida?
**DIVERTÍCULO DE TRAÇÃO** Inflamação de linfonodos mediastinais por **HISTOPLASMOSE** (prinicipal hoje) ou **TUBERCULOSE**, tracionando o divertículo São pequenos, geralmente assintomáticos Achados acidentais
80
Qual mecanismo de formação de um divertículo epifrênico? Qual a doença associada?
**DIVERTÍCULO DE PULSÃO** Associado a distúrbios motores do esôfago
81
Qual a principal causa de acalásia? Qual seu mecanismo fisiopatológico?
**IDIOPÁTICA** Destruição do plexo mioentérico de **AUERBACH** Acaláisa → Auerbach
82
Qual a principal causa secundária de acalásia? Qual seu mecanismo?
**DOENÇA DE CHAGAS** Destruição do plexo mioentérico (Auerbach) e Submucoso (Meissner)
85
Qual o primeiro exame na suspeita de acalásia?
## Footnote **ESOFAGOGRAFIA BARITADA**
86
Qual o nome deste sinal?
SINAL DO BICO DE PÁSSARO / CHAMA DE VELA
88
Qual o exame padrão ouro para dx Acalásia?
## Footnote **ESOFAGOMANOMETRIA**
89
Quais as 3 alterações na **esofagomanometria** presentes na acalásia, compatíveis com sua fisiopatologia?
* **Ausência de relaxamento do EEI = ACHADO PRINCIPAL = A(não) calasia (relaxamento)** * Hipertonia do **EEI** (P \> 35 mmHg) * Peristalse anormal, geralmente nos 2/3 inferiores
96
Quais as opções para os estágios mais avançados de acalásia (Mascarenhas II e III)
* Dilatação pneumática por balão (do EEI) * Geralmente é efetiva por no máximo 4x * Cardiomiotomia a Heller + Fundoplicatura
97
Qual a opção terapêutica para o dolicomegaesôfago?
Dolicomega = Masarenhas IV = dilatação \> 10cm **ESOFAGECTOMIA**
98
Qual o diagnóstico? Qual a clínica esperada?
**ANEL DE SCHATZKI** Disfagia intermitente, para alimentos maiores/mais duros "Síndrome do Steakhouse" **CURIOSIDADE:** Abaixo do anel, há mucosa gástrica ectópica
99
Qual o tratamento para o anel de Schatzki?
**DILATAÇÃO ENDOSCÓPICA COM BALÃO**
100
Qual o diagnóstico? Qual associação?
**MEMBRANA DE PLUMMER-VINSON** Membrana na porção hipofaríngea Associada a **ANEMIA FERROPRIVA**
101
Qual o diagnóstico? Qual a clínica?
**ESPASMO ESOFAGIANO DIFUSO** (Esôfago em saca rolha na esofagografia baritada) DOR TORÁCICA (ddx com SCA) + disfagia Melhora com nitrato (para diferenciar clinicamente só questionando sobre a presença de disfagia associada)
102
Qual exame padrão ouro para diagnóstico de Espasmo Esofagiano Difuso?
## Footnote **ESOFAGOMANOMETRIA COM TESTE PROVOCATIVO**
103
Quais as opções de tratamento para o espasmo esofagiano difuso?
* **Clínico:** NITRATO / BCCs * **Cirúrgico → MIOTOMIA LONGITUDINAL** (pacientes refratários)
105
Síndrome CREST
* **C**alcinose cutânea * **R**aynaud * **E**sofagopatia * **S**clerodactilia * **T**elangiectasias
108
Qual complicação pode ocorrer na tentativa de sondagem nasogástrica de um paciente com divertículo de Zenker?
## Footnote **RUPTURA DO DIVERTÍCULO evoluindo para MEDIASTINITE**
113
Quais as manifestações clínicas da Acalásia?
* **Disfagia insidiosa** * **Regurgitação** * **Perda de peso** * Broncoaspiração * Halitose
114
Como diferenciar a clínica da **Acalásia** de uma **Neoplasia de Esôfago?**
* **NEO:** Paciente mais idoso (70 anos), quadro de evolução mais rápida (1 ano), perda de peso mais intensa * **ACALÁSIA:** Paciente um pouco mais jovem, evolução arrastada (10-15 anos)
117
Qual exame não deve ser esquecido na abordagem da acalásia?
**ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA** Para AFASTAR a possibilidade de CÂNCER NÃO SERVE PARA DX OU AVALIAÇÃO DA ACALÁSIA!
120
Qual a classificação usada para o megaesôfago da acalásia?
**CLASSIFICAÇÃO DE MASCARENHAS**
121
## Footnote **Mascarenhas I**
Dilatação \< 4cm
122
## Footnote **Mascarenhas II**
**Dilatação 4 - 7 cm**
123
## Footnote **Mascarenhas III**
Dilatação 7 - 10cm
124
## Footnote **Mascarenhas IV**
**DOLICOMEGAESÔFAGO** Dilatação \> 10cm
125
Opções terapêuticas para acalásia em estágios iniciais (Mascarenhas I)
* Nitrato * Antagonistas de Canal de Cálcio * Sildenafil * Toxina botulínica
134
Como é a clínica do acometimento esofágico da esclerodermia?
* Fibrose EEI → **REFLUXO** * Fibrose corpo esofágico **→ DISFAGIA de CONDUÇÃO (entalo)**
135
Divertículo de Zenker é verdadeiro ou falso?
Falso
136
Diferença de espasmo esofagiano eifuso e esôfago quebra-nozes
Ondas **NÃO são peristálticas** no **_EEI_**
137
Quais os efeitos colaterais dos IBPs?
* **maior risco de fraturas** * **infecções** * **má absorção, demência (diminuição de B12)** * **gastrite atrófica**
138
Quais as indicações de tratar H pylori?
* **DUP** * **Linfoma MALT** * HF de ca gástrico em 1º grau * após tratamento de adenoca gástrico * lesão pré-neoplásica * gastrite atrófica, metaplasia intestinal * dispepsia em \< 55 anos sem sinal de alarme * PTI * anemia ferropriva sem etiologia
139
Qual a úlcera pépticamais comum?
Gástrica do tipo 1 (pequena curvatura baixa) hipocloridria
140
a incidência de úlceras pépticas **reduziu/aumentou** muito por causa dos IBPs suas complicações **diminuiram/continuam** as mesmas
reduziu continuam
141
Qual a complicação mais comum das úlceras? onde mais ocorre?
* sangramento é mais comum no geral * perfuração mais comum na gástrica * duodenal = parede anterior * gástrica = pequena curvatura