Ewing Flashcards
Origem celular do Sarcoma de Ewing
Sarcoma originado a partir de células mesenquimais de linhagem neuroectoderma.
Família do sarcoma de Ewing
O Sarcoma de Ewing é incluído em um espectro de doenças neoplásicas chamadas de “Família do Sarcoma de Ewin”, que inclui também o PNET (peripheral primitive neuroectodermal tumor) e o Tumor de Askin (tumor de pequenas células da parede do tórax).
Diagnósticos diferenciais
- Em relação ao aspecto radiográfico, DD de lesões ósseas com características malignas em região metadiafisária em paciente < 20 anos.
- Em relação a apresentação da doença, o principal DD é Osteomielite
- Podem ter apresentação clínica e laboratorial semelhantes - No Ewing os exames laboratoriais apontam leucocitose, VHS elevado e PCR elevado.
- Aspecto da biópsia aspirativa de Ewing também pode confundir diagnóstico, pois aspirado pode parecer pus - sempre encaminhar o material para estudo AP.
Principais diagnósticos diferenciais de uma lesão metadiafisária maligna, com sintomas sistêmicos, por idade:
- <5 anos: neuroblastoma ou leucemia.
- 5-10: granuloma eosinofílico.
- 5 a 30: Sarcoma de Ewing.
- Mais de 30: Linfoma
- Mais de 50: mieloma multiplo.
Epidemiologia do Ewing
- 4ª malignidade óssea primária mais comum na população geral
- 3ª malignidade óssea primaria não hematológica mais comum
- 2ª malignidade óssea primaria não hematológica <30 anos (perde apenas para osteossarcoma)
- É a malignidade óssea primaria mais comum em <10 anos
- Incidência: <1/1.000.000 por ano, representando 9% dos tumores ósseos malignos primários.
- Ligeiramente mais incidente em Homens
- RARO em negros
- Locais mais acometidos:
- Raramente ocorrem nas mãos, pés e coluna vertebral.
- Ossos planos (cintura escapular e pélvica)
- Região metadiafisária de ossos longos: fêmur distal, tíbia proximal, diáfise femoral, úmero proximal
- Idade: pico entre 5 e 25 anos
Quadro clínico do sarcoma de Ewing
- Dor é o sintoma mais comum - geralmente insidiosa e de longa duração antes do diagnóstico
- Pode cursar com febre, eritema e edema
- Tempo médio até diagnostico é em media de 34 semanas.
- 15 semanas do paciente e 19 do médico
Características radiograficas do sarcoma de Ewing
Topografia
- Principalmente esqueleto apendicular (raro na coluna)
- Ossos longos (região metadiafisária) e ossos planos (cintura escapular e pélvica)
- Não ocorrem metástases salteadas (mais comum no osteossarcoma), porem acometimento pode ser extenso (acometer osso inteiro)
Margens:
- Mal definidas
- Presença de destruição da cortical
Reação Periosteal
- Presente – mais comuns são em casca de cebola ou raios de sol
Aspecto do acometimento:
- Pode ser puramente lítica, permeativa, ou ter variáveis quantidades de osso reacional neoformado - aspecto roído por traças
Sítio mais comum e o segundo mais comum de metástases
Pulmão (1º) e outros ossos (2º)
Histologia do Ewing
Presença de pequenas células azuis com núcleo proeminente, pouca matriz extracelular, presença de pseudorosetas (círculo de células com necrose no centro).
Diagnóstico diferencial entre Ewing, linfoma e MM pela citogenética e imunohistoquímica
- Citogenética e histoquímica são necessários para fazer o diagnóstico diferencial entre Ewing e outros tumores de pequenas células azuis.
- Ewing: Mic2+ ou, também conhecido como CD99 + (O Mic2 é o marcador mais específico pelo Campbell) ; PAS +, vimentina +, S-100+, citoqueratina -, reticulina -
- Linfomas são PAS -, Reticulina+, LCA + (principal marcador para linfoma), Cd45, Cd20
- Mieloma: Cd56
Principal proteina reguladora da gênese dos tumores da família EWING
EWS/Fli-1. É quantificada através da técnica RT - PCR.
Principal marcador e marcador mais específico para Ewing
Principal e Mais específico: Mic2+ (CD99+)
Qual alteração genética ocorre no sarcoma de Ewing?
- A translocação t(11;22)(q24:q12) está presente em 90% dos casos
- A mesma translocação ocorre nos tumores neuroectodérmicos (PNET).
Tratamento padrão do sarcoma de Ewing
QT neoadjuvante (8-12 semanas) + Ressecção ampla ou radical + QT adjuvante (6 - 12 meses)
V ou F: Sarcoma de Ewing é muito radiossensível e por isso é muito utilizada RT para tratamento
Falso. É muito radiossensível porém a RT está reservada apenas para casos mais graves, irressecáveis, margens positivas pós ressecção e pacientes com doença amplamente metastática. Quando usada de rotina, há risco de malignização secundária