DRGE Flashcards
Quais são os fatores lesivos e defensivos?
Fatores lesivos:
Refluxo
acidez do material do refluxo
hipersensibilidade esofágica
Mediação inflamatória (é muito maior que a química)
Defensivo: Clareamento ácido do esôfago (pela saliva e pela deglutição que é a motilidade esofágica distal -> se ambos diminuidos -> diminui o clareamento) e integridade da mucosa
O que é o ideal?
Que tenha um esôfago com a parte abdominal extensa, no refluxo geralmente é pequeno e o objetivo da cirurgia é criar uma válvula que deixe ele grande
Quais mecanismos causadores?
o hérnia de hiato
• obesidade: mecanismo não exatamente
conhecido
• gravidez e estrógenos exógenos
o dieta: gorduras, chocolate, álcool, cafeína, fumo
• medicações; anticolinérgicos, nitratos,
antidepresivos tricíclicos, opioides, diazepam, barbitúricos
Qual a classificação de hérnia hiatal?
- Deslizamento: o fundo gástrico sobe com o EEI
2.Rolamento: o fundo rola pra cima mas o EEI fica no local original
- Mista
- Quando tem outros órgãos acima do diafragma na hérnia. A cárdia e o fundo gástrico sobem
Quais são os sintomas atípicos?
o tosse
o rouquidão o globus o laringite
• pigarro
o broncoaspiração
o pneumonia recorrente o asma, sibilância
• sinusite crônica
o aftas / lesões dentárias
mucosa orofaríngea inflamada
Exame pra isso: pHmetria
Discordância clínica
O diagnóstico é clínico
Porém as vezes tem pessoas com drge com esofagite e quase sintoma nenhum, enquanto outros com diagnóstico leve com muitos sintomas
Tem pessoas que tem a hérnia mas não tem o refluxo
Grau dos sintomas NÃO
reflete a gravidade da DRGE!!!
Diagnóstico
Clínico!!! Regurgitação ou pirose >2 vezes na semana
EDA: é o primeiro exame a ser pedido se: idade > 40 anos, sinais de alarme, manifestações atípicas, evolução desfavorável com tratamento, pesquisa de esôfago de Barrett
sinais de alarme:
• dispepsia súbita em pacientes acima de 60 anos
evidências de HDA
• Anemia ferropriva
• Anorexia
• Perda ponderal
Disfagia / odinofagia
Vômitos persistentes
• Antecedentes familiares de câncer (1° grau)
Phmetria: exame padrão-ouro, porém não é importante pra diagnóstico, só em caso de sintomas atípicos ou dúvida se é refluxo ou não. Escore Demeester: >14,7 é refluxo
Impedanciometria: pra refluxo básico e ácido
Manometria: só para pré-cirurgia, porque vê pressão (a função motora do EEI) -> não vê refluxo
Classificação de Los Angeles
A: < 5mm
B: > 5mm
C: <75% com confluência
D: > 75% com confluência
Tratamento clínico
Para aqueles:
-Menos que 40 anos
-Sintomas típicos
-Sem sinais de alarme
Medidas comportamentais
Medicamentos: não precisa EDA pra começar
-IBP, procinéticos (domperidona,etc…)
Tratar com IBP por 4-8 semanas, se persistir continua com dose pela metade por 3-6 meses
Tratamento cirúrgico
Indicações: paciente que responde ao IBP mas tem que manter por muito tempo (não indicar cirurgia para quem não responde ao IBP-> pq isso pode ser que o pct não tenha refluxo e sim distúrbio de motilidade ( e com cirurgia pode causar disfagia), hipersensibilidade, impossibilidade de arcar com os custos, manifestações atípicas cujo refluxo foi
devidamente comprovado, hérnias hiatais volumosas sintomáticas (não existe um tamanho certo pra indicar, lembrar que tem gente com hérnia mas nem tem refluxo), lesão esofágica grave (úlcera,
estenose, Barrett)
Cirurgia: hernioplastia que junta os pilares diafragmáticos (que vão estar afastados no refluxo, afrouxado, expandido) + fundoplicatura de Nissen 360 graus (total)
Não resolve muito em pessoas com sintomas ATÍPICOS
Lembrar que se paciente tiver dismotilidade (grave) vista na manometria é melhor fazer fundoplicatura parcial
Obs.: em pacientes muito obesos melhor fazer uma bypass gástrica do que a fundoplicatura
Complicações
-Úlcera
-Estenose
-Esôfago de Barret
QUALQUER UMA DESSAS PODE SER TRATADA COM IBP
Barret: Substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago, por epitélio colunar com células de padrão intestinal. 0,1 a 0,5% vai evoluir para adenocarcinoma
Pode virar adenocarcinoma e é preciso tratar com IBP dose dobrada por até 3 meses + cirurgia