Neoplasia de estômago Flashcards
Quais os 3 tipos de neoplasia de estômago?
Adenocarcinoma (mais comum)
Linfoma gástrico (5%)
GIST
Epidemiologia da neoplasia de estômago
Homem>Mulher (3:2)
Entre os 10 mais incidentes e letais
Estão cada vez mais proximais
Classificação de Lauren: diferenças entre o tipo histológico intestinal e do tipo difuso de adenocarcinoma gástrico
Intestinal (mais comum): bem diferenciado, padrão glandular, homens, hematogênica, idosos, melhor prognóstico, localização distal, Instabilidade Microssatélite
Difuso: indiferenciado, células em anel de sinete, mulheres, mais jovens, linfática, grupo sanguíneo A, histórico familiar (e-caderina), pior prognóstico
O que a presença de células em anel de sinete na biópsia indica?
Neoplasia pouco diferenciada, mau prognóstico
H.pylori está implicada na formação de tumor gástrico tanto tipo intestinal quanto tipo difuso. Mais está mais relacionada a qual?
Ao tipo intestinal
Fatores de risco do câncer gástrico
Alimentos em conserva
História familiar
Doença de Ménétrier (pregas gigantes)
Gastrite atrófica causada pelo H pylori
Tabagismo
Gastrectomia parcial
Classificação endoscópica/macroscópíca de Borrman: tipos de câncer gástrico
Tipo 1: vegetante ou polipóide/protuso
Tipo 2: ulcerado com bordas elevadas (mais comum)
Tipo 3: úlcero-infiltrativo
Tipo 4: infiltrativo (linite plástica)
Qual o tipo de tumor gástrico mais comum da classificação endosópica de Borrman?
Tipo 2: ulcerado com bordas elevadas
Epidemiologia do câncer gástrico precoce
Uma das principais neoplasias presentes na sociedade japonesa
Acomete mucosa e/ou submucosa independente da presença de linfonodos acometidos
O câncer gástrico precoce é uma lesão neoplásica que não ultrapassa a submucosa
O que é considerado um câncer gástrico precoce?
Neoplasia gástrica restrita à mucosa (carcinoma intramucoso) ou submucosa, podendo ter ou não acometimento de linfonodos e pode ser abordado via endoscopia. Portanto, não atinge a muscular própria e também não ultrapassa a mucosa.
Tratamento do câncer gástrico precoce
Gastrectomia ou Endoscopia
Que condições do câncer gástrico precoce permitem o tratamento endoscópico?
Limitado à mucosa
Não ulcerados
Menores que 2 cm
Sem invasão linfática
Bem diferenciado
Quadro clínico do câncer gástrico
Assintomático (estágios iniciais)
Dispepsia
Perda de peso
Epigastralgia
Náusea
Melena
Achados do exame físico de um paciente com câncer gástrico
Linfonodo de Virchow (supraclavicular esq)
Linfonodo Sister Mary Joseph (periumbilical)
Prateleira de Blumer (massa palpável ao toque retal indicando mtx intraperitoneal)
Tumor de Krukenberg (massa ovariana)
Como é feito o diagnóstico de um câncer gástrico?
EDA + Biópsia
Que exames utilizamos para fazer o estadiamento do câncer gástrico?
Exame físico
USG endoscópico (T e N)
TC de abdome (metástase a distância)
Videolaparoscopia (implantes peritoneais)
Quais cirurgias são possíveis no tratamento do câncer gástrico?
Gastrectomia subtotal em Y de Roux (tumor distal e bem diferenciado)
Gastrectomia total + Esofagojejunostomia em Y de Roux (tumor proximal ou indeferenciado)
Qual técnica de linfadenectomia é feita na cirurgia do câncer gástrico?
Linfadenectomia a D2: 15/16 linfonodos são suficientes
Na linfadenectomia à D2, é preciso uma quantidade de, pelo menos, 15 linfonodos na peça.
a linfadenectomia gera aumento da sobrevida em 5 anos no adenocarcinoma gástrico.
Em relação à D2, temos 3 níveis de linfonodos:
N1 (para-gástrico), N2 (extra-gástrico), N3 (paraórtico).
Que cadeias de linfonodos são retiradas na gastrectomia D2?
Cadeias de 1 a 12a
Que cadeias linfonodais são preservadas na gastrecomia subtotal?
Cadeias 2 e 4sa
Como é o esquema quimioterápico FLOT4?
4 ciclos QT pré + Cirurgia + 4 ciclos QT pós
Como é o esquema quimioterápico MAGIC?
3 ciclos pré + Cirurgia + 3 ciclos pós
Como é o esquema quimioterápico CLASSIC?
Gastrectomia + QT pós
Que pacientes se beneficiam da terapia com Trastuzumabe?
Pacientes c-erbB2 positivo
HER-2 positivo
O que é o tumor de Siewert?
Tumor da junção esofagogástrica
Quais os tratamentos para 3 tipos de tumor de Siewert?
Tipo 1: esofagectomia total
Tipo 2: esofagectomia distal + gastrectomia proximal - gastrectomia total
Tipo 3: esofagectomia distal + gastrectomia total
Tumor de Siewert pode se comportar como tumor de esôfago ou de estômago. Quais tipos se comportam como tumor de esôfago e quais de estômago?
Esôfago: tipo 1
Estômago: tipo 2 e 3
O principal sítio extranodal dos linfomas é o estômago. V ou F?
Verdadeiro
Quais os 2 subtipos do linfoma gástrico?
Linfoma difuso de grandes células B (mais comum)
Linfoma de baixo grau de linfócitos B de zona marginal MALT (mais indolente. Tem relação com H.pylori)
Como é feito o estadiamento do linfoma gástrico?
TC + USG endoscópica
Tratamento do Linfoma gástrico difuso de grandes células B
Gastrectomia + Radioquimioterapia (Esquema CHOP)
Tratamento do linfoma gástrico MALT - baixo grau de linfócitos B de zona marginal
Tratar H.pylori
Quais os 2 principais sítios do GIST?
1º: estômago
2º: intestino delgado
Que células originam o GIST?
Células de Cajal - camada muscular (subepitelial/submucosa)
são originados da camada muscular da parede intestinal, a partir das células de Cajal.
não são tumores epiteliais, logo, não constituem adenocarcinomas.
Qual neoplasia está relacionada a C-KIT-CD117 e DOG1?
GIST
A gravidade do GIST é avaliada com:
o índice mitótico e com o tamanho da lesão
Biópsia endoscópica é eficiente para diagnóstico de GIST?
Apenas em 50% dos casos. Pois o tumor costuma estar na camada muscular (subepitelial), sendo difícil biopsiar
Metástases comuns do GIST
Peritoneais
Hepáticas
Tratamento do GIST
Gastrectomia em cunha (apenas para tirar o tumor)
Sem linfadenectomia (não tem metástase linfática)
Se for GIST, normalmente não se faz uma cirurgia grande como a gastrectomia total.
É feito linfadenectomia na ressecção de um GIST?
Não.
Como metastizam com frequência para o fígado e peritônio, não é comum a realização de linfadenectomia de rotina, quando se ressecam os GISTs.
Não deve-se realizar linfadenectomia, uma vez que a disseminação tumoral é hematogênica.
Principais focos de metástase dos GISTs
Fígado e Peritônio
Tratamento de GIST irresecável (alto grau, metástaticos, inoperáveis)
Mesalato de Imatinibe (Gleevec) 400-800 mg/dia
É um inibidor de tirosina-quinase
Em casos mais graves, com pior prognóstico ou tumores irressecáveis, pode-se utilizar um inibidor da tirosina quinase (imatinibe).
Indicações do uso de Mesalato de Imatinibe (Gleevec)
LLA
LMC
GIST
Efeitos adversos do Mesalato de Imatinibe (Gleevec)
Neutropenia
Trombocitopenia
Anemia
Cefaleia
Dispepsia
Náuseas
Qual a função de dosar o CEA (antígeno carcinoenbrionário) ?
Serve mais para acompanhamento prognóstico do que propriamente diagnóstico
Adenocarcinoma gástrico apresenta mais metástases linfáticas ou hematogênicas?
Linfáticas
Na ressecção cirúrgia do tumor gástrico, qual deve ser o tamanho da margem livre?
no mínimo 5 cm
Qual a droga com expressivo ganho de sobrevida em pacientes com câncer de esôfago tratados com QT + RT seguidos de cirurgia?
Nivolumab
Classificação de Borrmann
Borrmann I: Carcinoma polipoide
Borrmann II: ulcerada com bordas elevadas.
Borrmann III: Carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas
Borrmann IV: infiltrativo difuso (linite plástica)
Caso seja um Bormann IV sem acometimento de mucosa, a Endoscopia pode dar normal com biópsia negativa. Mesmo assim, não descarte o diagnóstico de Adenocarcinoma Gástrico!
O que representa o achado “Omental Cake”?
se refere a uma infiltração do omento por tecido de densidades moles e fala mais a favor da neoplasia do tipo Infiltrativa.
Quando fazemos gastrectomia parcial e gastrectomia total?
se o tumor for distal –> gastrectomia parcial
se o tumor for proximal –> gastrectomia total
Tratamento padrão-ouro do câncer gástrico
Gastrectomia (parcial ou total) associada à linfadenectomia DII.
O tratamento adjuvante está indicado nos estadios ________________sendo realizado com os esquemas __________
T3/T4 ou N+
FLOT-4, CLASSIC ou MAGIC.
Características de um linfonodo metastático
Hipoecogênico (escuro)
Arredondado
Aumentado de tamanho
Calcificações
Septações grosseiras
Que complicação podemos ter na gastrectomia parcial a Bilroth 2?
Síndrome da alça aferente
O que é a síndrome da alça aferente?
Na gastrectomia parcial a bilroth II as secreções bilio-pancreáticas continuam sendo lançadas na região duodenal, que se acotovelar, pode causar retenção da secreção na alça aferente e quando a pressão dentro do lúmen aumenta muito ocorre cursa com vômito em jato de conteúdo biliar conhecida como síndrome da alça aferente. Desse modo, é caracterizada por dor intensa seguida de vômito volumoso contendo principalmente bile.
A alteração metabólica mais comum após ressecção gástrica total é a deficiência de:
Ferro
A alteração metabólica mais comum é anemia ferropriva.
Tratamento do Linfoma MALT gástrico
É tratar H.pylori (pois evolui com regressão do linfoma em 90% dos casos)