Apendicite Aguda Flashcards
Faixa etária da apendicite aguda
10-40 anos
Etiologia da apendicite aguda
Obstrução do apêndice por:
-Fecalito
-Hiperplasia Linfoide
Porque pode ocorrer a necrose e perfuração do apêndice?
O apêndice foi obstruído, mas continua produzindo muco (que deveria ser eliminado, mas não está sendo devido a obstrução). A pressão intra-apendicular aumenta, diminui o retorno venoso da região, aumentando o edema e aumentando mais ainda a pressão apendicular, comprimindo a vascularização arterial, que irá diminuir a irrigação do apêndice –> isquemia, necrose e perfuração
Quadro clínico da apendicite aguda
Dor abdominal periumbilical com migração para FID
Anorexia
Náuseas, vômitos, diarreia,constipação
Febre baixa e sem calafrios
Leucocitose
Sinal de Aaron
Dor epigástrica após compressão do ponto de Mc Burney
Sinal de Dunphy
Dor na FID que piora com a tosse
Sinal de Blumberg
Dor à descompressão no ponto de Mc Burney
Sinal do obturador
Dor à Flexão da coxa+ rotação interna do quadril
Pode sugerir apendicite pélvica
Sinal de Rovsing
Dor em FID após compressão da FIE
Sinal de Lenander
Diferença de temperatura TRetal-TAxilar >1 º
A temperatura abdominal está mais quente pois tem um processo inflamatório
Sinal de Lapinsky
Dor em FID com o MID esticado
Apêndice retrocecal
Sinal ileopsosas
Dor à extensão + abdução da coxa direita
Apêndice retrocecal
Sinal de Markle
Dor na FID após queda dos calcanhares
Sinal de Ten Horn
Dor na FID após tração do testículo direito
O diagnóstico de apendicite é clínico?
Sim! É clínico
Pedimos exame de imagem em caso de dúvida diagnóstica (TC é a melhor). Alvarado 5-7.
O que podemos visualizar no Rx de uma apendicite?
Fecalito (apendicolito)
O que podemos visualizar na USG de uma apendicite?
Espessamento maior que 5-6 mm
O que podemos visualizar na TC de uma apendicite?
Espessamento maior que 7 mm
Borramento periapendicular
Líquido periapendicular
Qual o melhor exame de imagem para avaliar a apendicite aguda?
TC
Que critérios podem ajudar no diagnóstico clínico da apendicite aguda?
Critérios de Alvarado
Pontuação dos critérios de Alvarado
Alvarado 0-4: provavelmente não é apendicite.
Alvarado 5-7: duvidoso. Paciente deve fazer TC
Alvarado 8-10: É Apendicite aguda. Vai fazer cirurgia.
Qual é o escore de alvarado modificado?
não leva em consideração o desvio a esquerda. A pontuação máxima é 9.
Quais são os critérios de alvarado?
Sintomas: dor migratória para FID, náuseas, vômitos, anorexia
Sinais: defesa na FID (2 pontos); descompressão dolorosa na FID, febre (>37.2)
Laboratoriais: leucocitose (2 pontos); desvio a esquerda
Fases no processo fisiopatológico da apendicite aguda
- Edematosa
- Flegmonosa
- Gangrenosa
- Perfurativa
Tratamento da Apendicite Aguda
ATB + Apendicectomia
Qual a conduta se na apendicite aguda houver a presença de um plastrão (massa palpável e dolorosa em FID)?
ATB inicialmente
Drenar
Cirurgia 6-10 semanas após
Que esquema de ATB podemos usar na Apendicite Aguda?
Ciprofloxacino 400 mg + Metronidazol 500 mg
Quando o ATB é profilático ou terapêutico na apendicite aguda:
Fases edematosas e flegmonosoa: o ATB é profilático
Fases gangrenosa e perfurada: o ATB é terapêutico
A apendicectomia é preferível via laparotomia ou laparoscopia?
Laparoscopia
Quais critérios de Alvarado pontuam 2 pontos cada?
Leucocitose
Defesa abdominal na FID
Mnemônico para os critérios de Alvarado
ALVARADO
Anorexia
Leucocitose (2)
Vômito com náuseas
Algia em FID (2)
Reação febril
Algia que migra para FID
Dor à descompressão brusca em FID
Qual o melhor tratamento para apendicite: cirúrgico ou clínico (ATB)?
Para a apendicite, o tratamento cirúrgico é sempre superior ao tratamento clínico. O tratamento clínico possui uma alta taxa de recidiva, cerca de 20 a 50% dos pacientes vai recidivar da apendicite pós-tratamento clínico.
A linfadenite mesentérica é o grande diagnóstico diferencial da apendicite aguda, já que a dor em ambas condições é bastante semelhante, os pacientes pertencem a um mesmo grupo de risco (mesma faixa etária) e a localização é a mesma nas duas. O diagnóstico é feito muitas vezes no pré-operatório com métodos de imagem ou no intra-operatório com achados da cirurgia.
Vários agentes etiológicos têm sido implicados nessa patogenia, incluindo infecções virais, bacterianas, parasitárias e fúngicas. Em particular, identifica-se a Yersinia enterocolitica.