Hemorragia Digestiva Flashcards

1
Q

Tipos de apresentação clínica de uma hemorragia digestiva

A

Hematêmese (HDA)
Melena (HDA): sangramento digerido
Hematoquezia (HDB): sangue misturado com as fezes
Enterorragia (HDB): sangue vivo saindo pelo ânus do paciente, sem a presença de fezes

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2
Q

Diferença entre a localização da HDA e da HBD

A

HDA: acima do Ângulo de Treitz
HDB: abaixo do Ângulo de Treitz

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3
Q

HDA ou HDB: Qual a mais prevalente?

A

HDA é mais prevalente (60%)

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4
Q

O que é o Ângulo de Treitz

A

Ângulo formado ao nível da junção do duodeno e jejuno (onde fica fixo o intestino)

Flexura duodenojejunal: está ligada à parede abdominal posterior pelo músculo suspensório (ligamento) do duodeno, também chamada de ligamento de Treitz.

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5
Q

Abordagem INICIAL de todas as HDAs e HDBs

A

Classificação do choque
Estabilização hemodinâmica

Dieta Zero
SNG aberta
1000 ml SF EV
Omeprazol 40 mg EV
SVD

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6
Q

Parâmetros das Classes 2 da classificação do choque

A

FC 100-120
FR 20-30
Diurese 20-30
PAS normal
Reposição com Cristaloide

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7
Q

Parâmetros das Classes 3 da classificação do choque

A

FC 120-140
FR 30-40
Diurese 5-15
PAS diminuída
Reposição com Cristaloide e Sangue

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8
Q

Como interpretar o retorno que vem na SNG aberta

A

Se tiver sangue: confirma HDA

Sem sangue ou bile: não afasta HDA (o piloro pode estar fechado e ainda ter hemorragia no duodeno)

Tem bile mas não tem sangue: provavelmente não é HDA

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9
Q

Qual o primeiro exame a ser feito em uma hemorragia digestiva? Dentro de quanto tempo?

A

EDA dentro das 24h

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10
Q

Faz EDA mesmo com suspeita de HDB?

A

Sim

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11
Q

Por que é necessário estabilidade hemodinâmica para a realização da EDA?

A

Pois iremos sedar o paciente
(Sedação leve)

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12
Q

É obrigatório fazer o preparo antes da realização de uma colonoscopia?

A

Não é obrigatório, mas aumenta a acurácia do método

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13
Q

A colonoscopia é boa para avaliar o canal anal. V ou F?

A

Não é um bom método para avaliar o canal anal (para isso temos a anuscopia)

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14
Q

EDA e Colonoscopia são métodos diagnósticos e terapêuticos. V ou F?

A

Verdadeiro

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15
Q

Que regiões a EDA avalia bem?

A

Esôfago
Estômago
Até 2ª porção do duodeno

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16
Q

Que regiões a Colonoscopia avalia bem?

A

Reto
Cólon
Íleo distal (transição íleo-cecal)

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17
Q

A sedação para Colonoscopia é mais profunda que a da EDA?

A

Sim.

Pois iremos insuflar gás para permitir avaliação do TGI que estava comprimido

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18
Q

Cintilografia é um exame terapêutico?

A

Não. Apenas diagnóstico.

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19
Q

Qual exame tem maior sensibilidade: cintilografia ou arteriografia?

A

Cintilografia.
Já detecta sangramentos pequenos de 0.1 ml/min

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20
Q

Desvantagem da cintilografia

A

Não define bem de onde vem o sangramento

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21
Q

Arteriografia é diagnóstica e terapêutica?

A

Sim. Pode fazer embolizações.

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22
Q

Quando solicitamos uma arteriografia?

A

Após uma cintilografia positiva, para descobrir de onde vem o sangramento

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23
Q

Arteriografia detecta sangramentos a partir de que fluxo?

A

0,5 a 1 ml/min

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24
Q

Por onde iniciamos a realização da Arteriografia?

A

Artéria Mesentérica Superior

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25
Q

A cápsula endoscópica é bom para avaliar que região do TGI?

A

Intestino delgado.
Regiões em que a EDA e Colono não chegam.

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26
Q

Cápsula endoscópica é terapêutica?

A

Não

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27
Q

Indicação de realização da cápsula endoscópica

A

Sangramento obscuro

(Sabemos que sangra, mas não sabemos de onde vem)

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28
Q

Contraindicação de cápsula endoscópica

A

Quando há presença de oclusões

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29
Q

3 principais causas de HDA

A

UVLA

Úlcera
Varizes gastroesofágicas
Laceração de Malory-Weiss

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30
Q

Qual mais comum: HDA não varicosa ou varicosa?

A

Não varicosa (80%)

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31
Q

Causas de HDA não varicosa

A

Úlcera, gastrite, esofagite
Mallory-Weiss
Dieulafoy
Lesão aguda mucosa gástrica
Ectasia vascular antral
Hemobilia
Hemossucus pancreático
Neoplasia

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32
Q

Causa de HDA varicosa

A

Hipertensão portal

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33
Q

Qual a úlcera péptica que mais sangra e por que?

A

Duodenal

Úlcera péptica duodenal de parede posterior

Pois penetra a Artéria Gastroduodenal (que passa por trás do duodeno)

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34
Q

A úlcera péptica que mais perfura é aquela de _________________ Já as de __________________costumam apresentar, mais frequentemente, sangramentos.

A

parede anterior do duodeno
parede posterior

Sigla “SP” para memorizar – Sangramento, Posterior

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35
Q

Tratamento da úlcera péptica

A

IBP
Expansão volêmica
Dieta Zero
EDA

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36
Q

Classificação de Forrest das Úlceras Pépticas

A

1A: sangramento em jato, arterial
1B: sangramento em babação, venoso

2A: vaso visível
2B: coágulo aderido, hematoma
2C: mancha de hematina plana

3:sem sinal de sangramento recente, úlcera com fundo limpo

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37
Q

O que é a Classificação de Forrest?

A

Classificação das úlceras sangrantes, que avalia a chance de ressangramento

38
Q

Que classes da classificação de Forrest tem maior risco de ressangramento? O que fazer?

A

1A, 1B e 2A

Muitas, vezes, precisando fazer um tratamento duplo

39
Q

Porque deixar paciente com hemorragia digestiva em dieta zero?

A

-Alimento pode estimular o sangramento
-Pode precisar realizar algum exame
-Pode rebaixar o NC pelo grau de choque e broncoaspirar

40
Q

Perfil do paciente com laceração de Mallory-Weiss

A

HDA
Alcoolista
Vômitos refratários

41
Q

Tratamento da Laceração de Mallory-Weiss

A

Tratar a causa do vômito
IBP

42
Q

O que é Boerhaave

A

Perfuração esofágica secundária a episódios eméticos
É muito grave
Cirurgia urgente

43
Q

O que é a Tríade de Mackler?

A

Presente na Boerhaave

Vômito
Dor torácica
Enfisema

44
Q

Que achado em exame de imagem vemos na Boerhaave?

A

Pneumomediastino ao redor da aorta e do saco pericárdico
Faz mediastinite. é GRAVE

45
Q

O que é a lesão de Dieulafoy

A

Lesão arterial de um vaso na submucosa na pequena curvatura gástrica. Secção da submucosa gástrica.

Pode chocar o paciente. Tratamento por EDA. Tratamento é a realização de terapia térmica ou esclerosante

quadros de muitos vômitos com sangue e que não há alteração na EDA

46
Q

O que é a ectasia vascular antral

A

“Estômago em melancia”
Dilatação de vênulas no antro

Podem sangrar

47
Q

Que tipo de paciente costuma ter Ectasia vascular antral “estômago em melancia”?

A

Paciente cirróticos ou com Esclerodermia

48
Q

Quando desconfiar de Ectasia Vascular Antral?

A

Anemia Ferropriva
Pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva

49
Q

Tratamento da Ectasia Vascular Antral

A

EDA e cirurgia

50
Q

Em que contexto é comum a formação de uma fístula aorto-entérica

A

Comum em um aneurisma de aorta recentemente corrigido com prótese

A prótese infecta e comunica a aorta com o intestino

51
Q

Com que exame podemos dar o diagnóstico de uma fístula aorto-entérica?

A

TC

Gás ao redor da aorta denotando infecção na prótese, que pode fistulizar com o intestino

52
Q

O que é a Tríade de Sandbloom?

A

Presente na hemobilia

Dor HCD
HDA
Icterícia

53
Q

O que vemos na EDA em uma hemobilia?

A

Saída de sangue pela papila de Vater

54
Q

Causas de hemobilia

A

Trauma
Manipulação das vvbb
Tumor

55
Q

Tratamento da Hemobilia

A

Arteriografia (embolização da artéria hepática)
CPRE (prótese endoscópica)

56
Q

Quando é comum hemossucus pancreaticus?

A

Pseudocisto pancreático pós -pancreatitie, que invadiu a artéria esplênica. Sangue cai dentro do pseudocisto, que manda sangue para o TGI.

57
Q

De onde vem o sangramento no hemossucus pancreático

A

Através do Ducto Pancretático (Wirsung)

58
Q

Tratamento do hemossucus pancreaticus

A

Arteriografia ou Pancreatectomia

59
Q

Causas de lesão aguda da mucosa gástrica

A

Gastrite de estresse
Isquemia gástrica (parede gástrica descola e sangra)
Paciente grave em UTI
Coagulopatia e AVM
Trauma e queimaduras (úlcera de Curling)
IRA ou Insuf Hepática
Pós-op de grande porte

60
Q

Tratamento da lesão aguda de mucosa gástrica

A

Tratar choque
IBP

61
Q

Causas de HDB

A

“D”

Divertículo, Divertículo de Meckel
Displasia
aDenocarcinoma
Doença orificial

62
Q

Características da Angiodisplasia

A

Malformação A-V degenerativa
Vasos da submucosa em aspecto aracneiforme
Comuns no ceco
Hematoquezia indolor

63
Q

Tratamento das angiodisplasias sangrantes

A

Coagulação
Ligadura
Esclerose
Embolização

64
Q

O que é um divertículo de Meckel

A

Anomalia congênita mais frequente do TGI
Divertículo verdadeiro (todas as camadas)
Principal causa de sangramento em crianças (<2 anos)

65
Q

Porque divertículo de Meckel pode sangrar?

A

Pois 50% dos pacientes tem um tecido gástrico ectópico que secreta HCl, que ulcera a região

66
Q

Porque ocorre a formação do divertículo de Meckel?

A

Devido ao não fechamento do Ducto Onfalomesentérico

67
Q

Diagnóstico do divertículo de Meckel

A

Cintilografia com tecnécio

68
Q

O que é a hérnia de littré?

A

Divertículo de Meckel dentro de uma hérnia inguinal

69
Q

O que é sangramento obscuro?

A

Sangramento sem identificação do sítio após EDA e Colono

vê que está sangrando, mas não sabe de onde

70
Q

Principal causa de sangramento obscuro (sangrando, mas não sabe de onde)?

A

Angiodisplasia
(jejuno)

71
Q

Conduta em um sangramento obscuro (sangrando, mas não sabe de onde)

A

Repetir EDA e Colono
Avaliar delgado (cintilo, angiografia, cápsula)

72
Q

O que é sangramento oculto?

A

Anemia ferropriva ou Pesquisa de sangue oculto nas fezes positiva

Mas não vê sangramento

73
Q

Conduta no sangramento oculto (Não vê o sangramento, mas sabe que está sangrando pois tem sangue oculto nas fezes positivo ou anemia ferropriva)

A

Colonoscopia e EDA para excluir Neoplasia

74
Q

Hematoquezia de grande monta associado à instabilidade hemodinâmica, deve-se pensar em HDA ou HDB?

A

HDA.

10 a 15% das hematoquezias graves são HDA. Se hematoquezia importante com instabilidade hemodinâmica ou relação ureia/creatinina>100 deve-se pensar em HDA realizando-se EDA.

75
Q

Pontos anatômicos que dividem o TGI em alto e baixo nas hemorragias digestivas e na obstrução intestinal

A

Hemorragias digestivas: ligamento de Treitz

Obstrução intestinal: válvula ileocecal.

76
Q

Em todo caso de HDB, é imprescindível a realização de endoscopia digestiva alta antes da colonoscopia?

A

Sim. Exceto em casos que possam ser identificados por retoscopia, como a presença de hemorroidas.

77
Q

Se após a realização de EDA e colonoscopia, a causa da HDB não for indicada, o próximo passo diagnóstico a ser realizado é a ___________

A

Arteriografia

78
Q

Arteriografia: deve ser iniciado através da artéria _______

A

A. mesentérica superior

79
Q

A ligadura elástica é profilaxia secundária das varizes esofágicas. V ou F?

A

Verdadeiro

80
Q

O que é a terapêutica endoscópica combinada, feita diante de uma hemorragia ativa?

A

Injeção esclerosante e termocoagulação

81
Q

Localização do Divertículo de Meckel

A

Na borda anti-mesentérica do íleo, entre 100-150 cm de distância da válvula íleo-cecal.

82
Q

Divertículo de Meckel tem que ser operado sempre?

A

Não. Se assintomático e achado incidental, a conduta pode ser expectante. Quando sintomático, tem indicação absoluta de ser ressecado.

83
Q

Qual a principal causa de obstrução intestinal por Divertículo de Meckel?

A

intussuscepção intestinal

84
Q

O que é a Úlcera de Curling?

A

Úlcera duodenal que surge como consequência de uma queimadura extensa (secundária ao stress)

85
Q

Quais as principais causas de hemorragia digestiva alta e baixa?

A

Alta: UVLA (úlceras, varizes esofágicas e lacerações)

Baixa: DDDD (Divertículos, angioDisplasias, aDenocarcinomas, doenças orificiais)

86
Q

Qual exame ajuda a diferenciar uma hemorragia digestiva alta de uma hemorragia digestiva baixa?

A

Ureia e creatinina
A relação entre ureia/creatinina > 100 apresenta sensibilidade de cerca de 95% para o diagnóstico de hemorragia digestiva alta (HDA), uma vez que haverá reabsorção das proteínas no TGI, elevando a uréia plasmática.

87
Q

Tratamento das hemorróidas internas

A

hemorróidas internas grau I devem ser tratadas com tratamento clínico, grau II pode-se lançar mão de ligadura elástica, grau III inicial pode-se utilizar ligadura elástica e grau III avançado pode-se realizar procedimento cirúrgico. Grau IV indica cirurgia.

88
Q

profilaxias que se deve receber após um sangramento digestivo de origem varicosa

A

O paciente deve receber já na admissão a profilaxia com uso de antibióticos, para prevenção de peritonite bacteriana espontânea.

Em paciente com hemorragia digestiva alta, principalmente de origem varicosa, é necessário a realização de antibioticoprofilaxia com cipro ou norfloxacina para diminuir o risco de ITU, ITR e PBE.

89
Q

A hemorragia digestiva varicosa é tratada com ___________, que é um vasoconstrictor esplânctico potente.

A

terlipressina

90
Q

No paciente com hemorragia digestiva alta por varizes esofágicas, devemos suspender o BB?

A

Sim. O betabloqueador deve ser suspenso em todo paciente com sangramento do trato gastrointestinal, porque o paciente necessita da taquicardia reflexa para compensar o quadro de hipovolemia. O betabloqueador no quadro agudo pode piorar o choque. Além disso, ele não deve ser iniciado imediatamente, mas 48-72 h após a melhora clínica.