DRGE Flashcards
O que é a DRGE?
Disfunção do EEI
(EEI com pressão basal diminuída e relaxamentos transitórios e frequentes; hérnia de hiato)
Ocorre refluxo duodenogástrico
Sintomas típicos de DRGE
Queimação retroesternal
Regurgitação (boca amarga)
Sintomas atípicos de DRGE
Dor torácica
Rouquidão/pigarro
Tosse
Broncoespasmo
Como é feito o diagnóstico de DRGE?
Teste diagnóstico terapêutico com IBP por 4-12 semanas
Em pacientes não responsivos à terapia com IBP –> pHmetria de 24h (padrão ouro)
Indicações de pHmetria de 24h
Pacientes não responsivos à terapia com IBP
Pré-op de cirurgia antirrefluxo
Qual achado na pHmetria de 24h sugere DRGE?
Mais de 7% das medidas com ph<4
Indicação de manometria
Avaliação pré-operatória
Avaliar distúrbios motores associados
Qual a vantagem da impedanciometria esofágica sobre a pHmetria?
Diagnóstico de refluxo ácido e não-ácido
50% dos pacientes com DRGE têm EDA normal. V ou F?
Verdadeiro
Qual o objetivo da EDA para pacientes com DRGE?
EDA é solicitada para excluir complicações
Classificação de Los Angeles da DRGE: Grau A
1 ou mais erosões menores que 5 mm
Classificação de Los Angeles da DRGE: Grau B
1 ou mais erosões maiores que 5 mm, não contínuas
Classificação de Los Angeles da DRGE: Grau C
Erosões contínuas entre os ápices de pelo menos 2 pregas, envolvendo menos de 75% do órgão
Classificação de Los Angeles da DRGE: Grau D
Erosões ocupando pelo menos 75% da circunferência do órgão
Classificação de Savary Miller grau 0
Esôfago normal
Classificação de Savary Miller grau 1
lesões de caráter linear ou ovulada que estão localizadas em uma única prega longitudinal.
Classificação de Savary Miller grau 2
diversas lesões ocupando mais
de uma prega longitudinal, presentes em toda a circunferência esofágica,
podendo ou não se apresentar de maneira confluente
Classificação de Savary Miller grau 3
lesões confluentes que ocupam toda a
circunferência esofágica.
Classificação de Savary-Miller grau 4
Úlceras ou estenoses, isoladas ou associadas às lesões grau 1 a 3
Classificação de Savary-Miller grau 5
Epitélio de Barret com confirmação histológica - circunferencial ou não, de extensão variável, associado ou não às lesões dos graus 1 a 4
Qual é a hérnia hiatal tipo 1?
Hérnia por deslizamento
é o tipo mais comum
a junção gastroesofágica e parte do estômago estão acima do diafragma.
Qual é a hérnia hiatal tipo 2?
Hérnia por rolamento (paraesofágica)
a junção gastroesofágica está em sua posição normal, mas parte do estômago está adjacente ao esôfago no hiato diafragmático
pode encarcerar e estrangular-se, diferentemente da hérnia de hiato por deslizamento.
Qual é a hérnia hiatal tipo 3?
Hérnia mista
Tratamento não farmacológico de DRGE
Perda de peso
Evitar alimentos a base de cafeína
Evitar BCC (relaxa EEI)
Não beber líquidos durante as refeições
Domir com cabeçeira elevada
Não se alimentar muito próximo ao horário de dormir
Tratamento farmacológico da DRGE
IBP por 4-8 semanas
Bloqueador de histamina e antiácidos
Caso resposta insatisfatória: IBP dose dobrada por 8-12 semanas
Manter tratamento com menor dose possível caso assintomático
Indicação do tratamento cirúrgico para DRGE
Refratariedade/controle insatisfatório
Impossibilidade de fazer tratamento clínico
Opção pessoal
Pacientes muito jovens
Complicações (neoplasia, úlcera e estenose)
Quais são as cirurgias feitas no tratamento da DRGE?
Fundoplicatura de Nissen 360° (total)
Fundoplicaturas parciais (Dor-Thal anterior, Lind-Toupet posterior)
*Confecciona-se um novo esfíncter. O fundo do estômago “abraça” o EEI.
*O lindo topete está para trás –> posterior Lind-Toupet
O que é o esõfago de Barrett?
Substituição do epitélio escamoso por epitélio colunar (metaplasia intestinal)
Aumenta o risco de adenocarcinoma de esôfago
O conteúdo ácido ou alcalino em contato com o esôfago faz com que a mucosa distal sofra uma metaplasia, fazendo com que o epitélio estratificado da região distal se transforme em epitélio intestinal especializado como forma de se defender, sendo chamado de esôfago de Barrett. Porém, o epitélio colunar especializado é mais suscetível ao surgimento de displasia (alto ou baixo grau) e neoplasia (adenocarcinoma).
Como é feito o diagnóstico do esôfago de barrett?
Biópsia (células caliciformes)
Manejo do esôfago de Barret com metaplasia sem displasia
Iniciar IBP
EDA a cada 3-5 anos
Manejo do Esôfago de Barret com resultado inderterminado para displasia
IBP e repetir exames com 2 meses
Manejo do esôfago de Barret com displasia de baixo grau
EDA em 6-12 meses ou terapia endoscópica (ablação)
Manejo do esôfago de Barret com displasia de alto grau
Esofagectomia distal ou terapia endoscópica (ablação)
Manejo do esôfago de Barret com adenocarcinoma
Esofagectomia
Exame padrão-ouro para diagnóstico de DRGE
pHmetria de 24h
Indicações de pHmetria de 24h
Sintomas refratários
Pré-operatório de DRGE
Avaliação de sintomas em pós-operatório
Avaliação de sintomas atípicos
pHmetria apresenta Sensibilidade e Especificidade maiores que 90%. V ou F?
Verdadeiro
Manometria de um esôfago com hipotonia do EEI pode ser utilizada para diagnosticar DRGE?
Não. A manometria não é utilizada para diagnóstico da doença do refluxo, mas sim para determinar local da sonda para pHmetria, por exemplo.
Quanto maior a taxa de melhora ao uso de IBP, maior será a taxa de resposta à conduta cirúrgica. V ou F?
Verdadeiro.
A melhora da sintomatologia com uso de IBP em paciente jovem é um ótimo fator positivo para que esse paciente venha a ter uma resposta mais eficaz após a terapia cirúrgica.
As evidências conclusivas de DRGE foram estabelecidas na conferência de Lyon em 2021. Elas são:
Mnemônico ABCDE:
A (tempo de exposição ácida maior que 6% na impedanciometria com pHmetria)
B (Barret comprovado por biópsia),
CD (classe C e D de los angeles de esofagite erosiva)
E (Estenose péptica).