Infecto: síndromes febris Flashcards
Doença febril com eritema migratório no início do quadro pensar em
Doença de Lyme
Sobretudo se tiver epidemiologia (EUA), menção a carrapatos (mais pretos/marrons) e com clínica neurológica/cardíaca inespecífica
Febre maculosa: quadro clínico
Os principais sintomas são: febre, cefaleia intensa, náuseas, vômitos, dor abdominal, dor muscular, exantema que pode evoluir para necrose/gangrena
Doença febril com lesões cutâneas tardias ao início do quadro (entre 2o e 5o dia surge exantema), marcada por acometimento distal para proximal/tronco, começando com exantema difuso maculopapular que migra para máculas, pápulas, que podem ser confluir formando lesões necro-hemorrágicas
Tratamento: doxiciclina (tanto para febre maculosa quanto doença de Lyme)
Sinais de alarme (08) - Dengue, ou seja, sinais de extravasamento plasmático
Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
Hipotensão postural e/ou lipotímia
Fígado palpável
Aumento progressivo de hematócrito
Letargia e/ou irritabilidade
Sangramento de mucosa
LRA com HIPOcalemia pensar em
Leptospirose
Uso de anfotericina B, aminoglicosídeos
Nefroesclerose hipertensiva maligna
Dengue: na fase crítica, isto é, na defervescência da febre, devemos ficar atentos aos _____________ __ ______________
sinais de alarme
Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
Hipotensão postural e/ou lipotímia
Fígado palpável
Letargia e/ou irritabilidade
Sangramento de mucosa
Aumento progressivo de hematócrito
Frente a qualquer um deles o paciente deve receber hidratação IV e internação
Dengue grupo C - conduta imediata
Exames laboratoriais (hemograma, albumina, transaminases) e expansão volêmica (20ml/kg em 2h - 10ml/kg na 1h podendo repetir)
Depois da expansão, reavaliar o HTC. Se não tiver melhora, nova expansão
Após melhora do HTC, fase de manutenção: 25ml/kg em 6h e 25ml/kg em 8h
Dengue grupo D - conduta imediata
Expansão 20ml/kg em 20min, podendo repetir 3x. Se melhorou conduzir como C, se não melhorou (HT em ascensão mesmo com reposição adequada), solução de albumina e na presença de coagulopatia avaliar plasma fresco/vitamina K/crioprecipitado
Por que AINE e AAS são contraindicados na dengue?
Pela inibição da ciclo-oxigenase plaquetária, aumentando risco de sangramento
Controle de dor com analgésico comum
Leptospirose - Síndrome de Weil
Icterícia
Insuficiência renal
Hemorragia alveolar (grande causa de mortalidade)
90% dos casos de leptospirose são da forma
anictérica
Lesão renal típica da leptospirose
Nefrite intersticial aguda (NIA): ação direta do agente no parênquima renal, gerando dificuldade de concentrar urina por não recaptar sódio, levando a eliminação de K e aumento da diurese
Entretanto os quadros de gravidade evoluem com necrose tubular, pois há desidratação, aumento de bilirrubina e mioglobina, além de citocinas inflamatórias
Procedente de zona rural com febre prolongada + hepatoesplenomegalia + pancitopenia + inversão da relação albumina/globulina =
leishmaniose visceral (calazar)
Como confirmar dx de leishmaniose visceral
Aspirado de MO a procura de amastigotas. O aspirado esplênico tem mais sensibilidade, porém há maior risco de sangramento e ruptura
Síndrome febril evoluindo com síndrome ictérica. Quais os dois grandes diagnósticos diferenciais?
Leptospirose e febre amarela. Mas como diferenciar?
Primeiro, a epidemiologia é diferente (leptospirose = enchentes ou contato com urina de roedores; FA = ecoturismo, casos de FA em macacos, regiões de risco). Segundo, a clínica. Na FA o sinal de Faget é característico (febre sem taquicardia) nos casos leves; nos casos graves, com disfunção hepatorrenal, apresenta a tríade icterícia com hematêmese (pela queda dos fatores de coagulação) e oligúria. Já a leptospirose, na fase anictérica o paciente apresenta febre com sufusão conjuntival e dor em panturrilhas (muito caracterísico, visto que na maioria das vezes a espiroqueta penetra na pele dos MMII. Se evolui para a temida fase ictero-hemorrágica (Síndrome de Weil), pode apresentar a tríade: icterícia rubínica (amarelado + sufusão conjuntival), hemorragia alveolar e IRA NÃO oligúrica com hipocalemia
Leptospirose - tratamento
Penicilina cristalina (lembra que também é uma espiroqueta, que nem T. pallidum da sífilis)