Cardio: valvopatias, endocardite e cardiomiopatias Flashcards

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1
Q

Sopro sistólico no foco mitral

A

Insuficiência mitral

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Q

O que acontece com o sopro da estenose aórtica quando o paciente agacha e quando ele faz valsava/handgrip

A

Agachar = aumenta RV, aumenta o sopro
Valsava/handgrip = dificulta esvaziamento de VE, reduz o sopro

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3
Q

Quadro clínico clássico de estenose aórtica

A

Angina, síncope e dispneia, geralmente nessa sequência

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4
Q

Principal causa de estenose mitral

A

Febre reumática

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5
Q

Pulso parvus e tardus é característico de qual valvopatia

A

Estenose aórtica. Parvus (amplitude diminuída - pulso fraco) e tardus (duração aumentada - longo)

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6
Q

Diagnóstico de Febre Reumática

A

2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores, além da evidência de infecção estreptocócica anterior

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7
Q

Critérios maiores para dx de Febre Reumática: mnemônico CANCEr

Critérios de Jones

A

C - Cardite
A - Artrite (geralmente migratória acometendo principalmente joelhos e tornozelos)
N - Nódulos subcutâneos
C - Coreia de Sydenham (pode ser uma manif. tardia, às vezes meses após as outras manifestações sistêmicas)
ER - Eritema marginado

Menores: Febre, artralgia, PCR/VHS elevado, alargamento de PR no ECG

Diagnóstico: 2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores, além da evidência de infecção estreptocócica anterior

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8
Q

Critérios menores para Febre Reumática

A

Febre, artralgia, PCR/VHS elevado, alargamento de PR no ECG

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9
Q

Causa mais comum de morte súbita em jovens e atletas

A

Cardiomiopatia hipertrófica (CMH)

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10
Q

A coreia de Sydenham é uma manifestação __________ (precoce/tardia) da FR

A

Tardia. Pode aparecer isoladamente, às vezes meses após as outras manifestações sistêmicas

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11
Q

Febre reumática: período de latência entre infecção e início da doença

A

2-4 semanas

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12
Q

Valvopatia que classicamente poupa VE

A

Estenose mitral

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13
Q

Valvopatia mais provável com esse ECG

A

Estenose mitral, pois há sinais de sobrecarga de AE, AD e VD

AE: índice de Morris com onda P bifásica em V1 (porção negativa da onda P maior que 1x1mm)

VD: onda R proeminente em V1 e onda S profunda em V5-V6 (R de V1 + S de V5 ou V6 > 10,5mm já fecha critério de SVD)

AD: onda P com amplitude > 2,5mm

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14
Q

Dx de cardiomiopatia hipertrófica

A

Septo anterior ou parede livre do VE >= 15mm

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15
Q

Sequelas de FR: sobretudo valvopatias, no contexto agudo pensar em ____________ e no contexto crônico _________________

A

insuficiência / estenose

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16
Q

As alterações indicadas correspondem a um paciente portador de qual valvopatia?

A

Estenose mitral. São achados de sobrecarga de AE: terceiro abaulamento na margem cardíaca E, sendo o primeiro a Aorta e o segundo a A. Pulmonar) | sinal da bailarina (elevação do brônquio fonte E) | deslocamento do esôfago

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17
Q

CMH: a presença de áreas de isquemia e necrose aumentam o risco de (2)

A

Endocardite
Arritmias como FA – já tem indicação de anticoagular independente de CHA2DSVASC

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18
Q

Uma IAo grave pode simular uma ___________, pois o jato regurgitante da aorta pode impedir a abertura total da cúspide mitral anterior, “fabricando” um sopro de __________ chamado de ____________

A

Estenose mitral
Sopro de estenose mitral
Austin-Flint

19
Q

O que é o fenômeno de Gallavardin?

A

Pela proximidade anatômica, quando temos um sopro aórtico, podemos ter a reverberação do som para a valva mitral, simulando o sopro da insuficiência mitral

Usar a manobra de handgrip (aumento da resistência vascular periférica) para diferenciar. Se aumentar o sopro é insuficiência mitral, se diminuir/não alterar o sopro é fenômeno de Gallavardin, já que a manobra de Handgrip e Valsava dificultam o esvaziamento do VE e, portanto, reduzem o sopro da estenose aórtica

Esse fenômeno normalmente é encontrado em valvopatia importante

20
Q

Pressão arterial divergente é comum em qual valvopatia

A

IAo, que promove elevadas pressões de pulso (normal é até 50-60 mmHg)

21
Q

Como é o sopro da estenose mitral

A

Sopro diastólico em ruflar e decrescente: vai diminuindo de intensidade à medida que o gradiente de pressão transvalvar diminui também

22
Q

CMH: tratamento

A

90% dos casos será farmacológico: betabloqueadores ou verapamil

10% dos casos será cirúrgico, com cardiomiectomia ou ablação alcoólica septal percutânea

23
Q

Estenose mitral (EM): qual achado semiológico desaparece em quadros mais graves/mais calcificados

A

Estalido de abertura valvar

24
Q

Um sopro diastólico em foco mitral é sugestivo de _________

A

Estenose mitral. No momento da diástole, o sangue passa dos átrios para os ventrículos (que se encontram relaxados). Portanto, a válvula mitral fica aberta durante a diástole. Se há um sopro, significa que algo está dificultando a abertura da válvula, ocasionando um estreitamento, a estenose, e um turbilhonamento de sangue em função disso

25
Q

O que representa cada onda desse pulso venoso jugular normal?

A

Onda a - contração atrial, com aumento da pressão no AD
Onda c - contração ventricular direita, com abaulamento da valva tricúspide para dentro do AD e aumento da pressão nessa cavidade
Descenso X - relaxamento atrial direito, com queda na pressão
Onda V - enchimento venoso atrial, com nova subida de pressão
Descenso Y - abertura da tricúspide, com esvaziamento e queda da pressão no AD

26
Q

ECG de cardiomiopatia chagásica

A

BRD (alargamento QRS > 120ms, padrão em orelha de coelho rsR’ em V1 e onda S profunda em V5-6) e
BDAS/hemibloqueio anterior esquerdo (QRS negativo em D2, D3 e AVF)

27
Q

IAo com área valvar reduzida (< 1cm2), FEVE < 50% e gradiente aorto-VE >= 60mmHg. Conduta?

A

Cirúrgica

28
Q

ECG de cardiomiopatia chagásica

A

BRD (alargamento QRS > 120ms, padrão em orelha de coelho rsR’ em V1 e onda S profunda em V5-6)
BDAS ou hemibloqueio esquerdo (QRS negativo em D2, D3 e AVF)

29
Q

Sopro rude meso sistólico em diamante ou em crescendo e decrescendo

A

Estenose aórtica. Quanto mais tardio o pico, mais importante a EAo –> pico telessistólico

30
Q

Sinal semiológico de Mueller (pulsação da úvula) é característico de qual valvopatia

A

Insuficiência Aórtica (IAo)

31
Q

Como diferenciar o sopro sistólico da estenose aórtica da cardiomiopatia hipertrófica?

A

Na valsalva e ortostase há redução do retorno venoso. Portanto, reduz o sopro de estenose aórtica

32
Q

Principal causa GLOBAL e em países subdesenvolvidos de estenose mitral

A

FR

Nos países em desenvolvimento já é a fibrodegeneração calcífica, ocasionada pela degeneração progressiva do aparato valvar com a idade

33
Q

O pulso em martelo d’água, também chamado de pulso de Corrigan, é encontrado na

A

insuficiência aórtica

34
Q

Parâmetros do ecocardiograma que ajudam a estimar gravidade da estenose aórtica

A

Área valvar aórtica <= 1 cm²
Velocidade do jato >= 4m/s
Gradiente médio VE/Ao >= 40mmHg

35
Q

Estenose aórtica importante sintomática é classificada como estágio __

A

D

Obs.: nome da tabela está errado

36
Q

Um sopro proto-meso-diastólico (como demonstrado na figura abaixo) pode ser encontrado em quais valvopatias (2)?

A

Estenose mitral ou insuficiência aórtica

37
Q

Diagnóstico de endocardite - Critérios de Duke

A

O diagnóstico é definido com dois critérios clínicos maiores ou um critério clínico maior e três menores, ou até com critério histopatológico ou cinco critérios menores (2 13 5)

Os critérios maiores são:

  • ECO com sinais de endocardite (vegetação, perfuração, abscesso, aneurisma perivalvar, nova deiscência em prótese). Alteração prótese na PET-CT ou lesão perivalvar na TC
  • Regurgitação valvar nova (sopro NOVO)
  • Hemocultura positiva com germe típico (Streptococcus, Staphylococcus e enterococcus).
  • Inspeção intraoperatória sugestiva de endocardite (abscesso, vegetações, destruição valvar, deiscência de prótese, etc)

Os critérios menores (fatores de risco + achados clínicos) são:

  • Fator predisponente: lesão cardíaca predisponente OU uso de drogas injetáveis.
  • Febre de 38°C ou mais.
  • Fenômenos vasculares: infartos sépticos pulmonares, hemorragia conjuntival, hemorragia intracraniana, embolia arterial importante, manchas de Janeway
  • Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de Roth, fator reumatoide.
  • Evidências microbiológicas que não preenchem o critério maior.
  • Evidências ecocardiográficas que não preenchem o critério maior

Critérios de Duke 2023 - O que mudou
- Novos microorganismos e novos métodos diagnósticos
- Maior uso de dispositivos cardíacos implantáveis

38
Q

Etiologia mais comum de endocardite bacteriana em usuários de drogas injetáveis

A

S. aureus

Além disso, nesses pacientes a valva tricúspide é a mais acometida

39
Q

Bactéria que está relacionada tipicamente com endocardite em pacientes com história de câncer colorretal

A

S. bovis (atualmente S. gallolyticus)

40
Q

CMH - Quadro clínico da prova

A

Homem jovem, com síncope, ECG mostrando sobrecarga de VE, com história familiar de morte súbita

41
Q
A

Mancha de Roth ou manchas de Litten: fenômenos imunológicos marcados por lesões hemorrágicas exsudativas e edematosas da retina com centro pálido, que ocorrem com mais frequência no contexto de uma endocardite prolongada

42
Q

Endocardite infecciosa (nódulo de Osler e lesões de Janeway). Qual a correspondência?

A

A imagem à esquerda mostra um nódulo de Osler (nódulo sensível e eritematoso) no polegar. A imagem à direita mostra as lesões de Janeway (máculas não sensíveis e eritematosas na palma da mão).

43
Q
A