Gastro: diarreias e constipação Flashcards
A colite pseudomembranosa é um importante dx diferencial de diarreias, sobretudo no ambiente hospitalar. É preciso isolar os pacientes?
SIM
Colite pseudomembranosa: via de administração do antibiótico para tratamento
Via oral
Colite pseudomembranosa: agente etiológico
Clostridioides difficile, um anaeróbio gram positivo, coloniza o trato intestinal tipicamente após a microbiota intestinal normal ter sido alterada por terapia antibiótica
Colite pseudomembranosa: fatores de risco
- Idade > 65 anos
- Internação recente
- Uso de antibióticos como fluoroquinolonas, clindamicina, cefalosporina e penicilina
Colite pseudomembranosa: imagem na colono
Placas amareladas difusas por todo o cólon
Colite pseudomembranosa: diagnóstico
- PCR: teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT) positivo para o gene da toxina do C. difficile
- Teste de fezes positivo para toxinas (porém as toxinas testadas são para todos os clostridioides, não somente o difficile que são as toxinas A e B)
Colite pseudomembranosa: passo inicial
Se estiver em uso de algum antibiótico ou inibidor de bom de prótons, suspender
Colite pseudomembranosa exige precaução de contato. A lavagem das mãos pode ser feita tanto com álcool como com água e sabão?
Não, somente com água e sabão
Colite pseudomembranosa: quadro de colite fulminante
Choque, hipotensão, íleo paralítico e/ou megacólon
Nos casos de colite fulminante o tratamento é uma associação de vancomicina VO e metronidazol EV
Colite pseudomembranosa: grave (critérios)
Leucócitos > 15 000
Cr > 1,5
Colite fulminante (choque, hipotensão, íleo paralítico e/ou megacólon)
Colite pseudomembranosa: antibiótico de escolha e alternativo
- 1ª opção: vancomicina VO 125-500mg 6/6h
- 2 opção: metronidazol VO 500mg 8/8h (opção para colite pseudomembranosa não-grave)
Duração do tratamento: 10 dias
Dor abdominal crônica que intercala períodos de constipação e diarreia. Pensar em
SII - Síndrome do Intestino Irritável
Diarreia com muco e sangue indica comprometimento da
mucosa intestinal (mecanismo inflamatório)
A diarreia ______________ é aquela em que ou uma toxina, ou medicação/droga, ou até mesmo uma patologia intestinal ou sistêmica prejudicam o transporte hidroeletrolítico através da mucosa intestinal
secretória
Obs.: assim como as diarreias osmóticas e motoras, as secretórias não geram dano à mucosa intestinal
O alívio da dor abdominal após a evacuação é marcante da síndrome __ ___________ __________
SII - Síndrome do Intestino Irritável
Roma IV: quais os critérios de SII - Síndrome do Intestino Irritável
Todo os seguintes sintomas por ao menos 2 meses
1) Dor abdominal por 4 dias no mês, com um ou mais dos seguintes
- Relação com defecação
- Mudança na frequência de evacuações
- Mudança no aspecto/consistência das fezes
2) Se presença de constipação, mantém dor apesar de melhora da constipação
3) Sintomas não podem ser explicados por outra condição médica (sem sinais de alerta)
Sinais de alarme para diarreia crônica de causa orgânica
Imagem
Diarreia crônica sem sinais de alerta pensar em
causa funcional
Quando prescrever ATB na GECA?
DICA
Geralmente começamos com ciprofloxacino
Constipação: primeira medida terapêutica além da orientação dietética
Laxante formador de massa como metilcelulose (Psyllium)
Para pacientes que não toleram laxantes formadores de massa ou são refratários, é recomendado um laxante osmótico, tais como: polietilenoglicol (PEG), lactulose, sorbitol, sulfato de magnésio, dentre outros.
Outras opções incluem laxantes estimulantes ( bisacodil, sene e picossulfato de sódio), agentes secretores (tais como: lubiprostone, linaclotide, plecanatida) e agentes procinéticos (prucaloprida).
O manejo da constipação grave e disfunção defecatória pode envolver supositórios, biofeedback ou colectomia subtotal em circunstâncias específificas