Histórico das Relações Brasil-Argentina (1945-2018) Flashcards
Dutra
Diferenças de posicionamento: alinhamento aos EUA no Brasil de Dutra e “Terceira Posição”/”Terceira Via” na Argentina de Perón (1946-1955). Diferentemente do Brasil, a Argentina tardou a ingressar em Banco Mundial, FAO, FMI e OEA e só assinou o GATT em 1967.
Vargas II
Proposta por Perón do “Pacto ABC” (acordo econômico para criar união aduaneira entre Argentina, Brasil e Chile) foi recusada pelo governo brasileiro, devido a reticências do Itamaraty (contrário ao ativismo diplomático peronista) e à pressão política interna (sobretudo, pela UDN). Acordo comercial sobre venda de trigo ao Brasil (1953).
JK
Brasil resistiu à proposta argentina de pacto de cooperação militar (1956). Assinatura de convênio econômico bilateral para regularizar pagamentos e facilitar o comércio de frutas (1958). Apoio argentino à proposta da OPA. Posição convergente sobre criações da ALALC e do BID (1960).
Jânio Quadros
Encontro de Uruguaiana (1961): Convênio de Amizade e Consulta previu sistema permanente de consultas e livre trânsito de nacionais entre os dois países.
João Goulart
Posicionamento comum sobre suspensão cubana da OEA (abstenção: os dois países integraram os “Outer Six”). Com a deposição de Frondizi (1962), assumiu governo militar contrário à aproximação como Brasil.
Castello Branco
Brasil interceptou Perón no Rio de Janeiro e determinou seu retorno a Madri (1964). Brasil e Argentina reconheceram conjuntamente o regime do general René Barrientos na Bolívia (1964). Brasil e Argentina apoiaram a criação, no âmbito da OEA, da Força Interamericana de Paz para apoiar na República Dominicana (1965) - mas só o Brasil enviou tropas.
Costa e Silva
Tratado da Bacia do Prata (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai, 1969), para institucionalizar a exploração integrada, racional e harmônica do sistema hidrográfico do Prata. Adoção de posições comuns na ALALC. Repúdio comum ao TNP (1968).
Médici
Argentina queixa-se sobre as tratativas brasileiro-paraguaias e Uruguai para a construção de usina hidrelétrica no Rio Paraná, inclusive no plano multilateral (ONU e CNUMAH, 1972). Reclamações argentinas ao Tratado de Itaipu (Brasil-Paraguai, 1973).
Geisel
Continuidade de tensões bilaterais sobre a questão de Itaipu. Restrições comerciais mútuas e fechamento das fronteiras (1977).
Figueiredo
Acordo Tripartite Itaipu-Corpus (1979). Visitas de Figueiredo a Buenos Aires e de Videla a Brasília (1980). Acordo de Cooperação para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear (1980). Aproximação bilateral e coordenação de posições no GATT, na ONU e na UNCTAD. Neutralidade oficial do Brasil na Guerra das Malvinas (“imperfeita”, segundo Moniz Bandeira), mas o Brasil mantém apoio ao pleito argentino de soberania desde 1833.
Sarney
Declaração de Iguaçu (1985). Declaração Conjunta sobre a Política Nuclear (1985). Ata de Amizade Brasileiro-Argentina: Democracia Paz e Desenvolvimento (1986). Declarações conjuntas sobre política nuclear: foz do Iguaçu (1985), Brasília (1986), Viedma (1987), Iperó (1988) e Ezeiza (1988). Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento (1988; meta: livre comércio em 10 anos).
Collor/Itamar
Ata de Buenos Aires (1990 - meta: mercado comum até 31/12/1994). ACE n. 14 (1990). Tratado de Assunção (cria o MERCOSUL, 1991). Declaração sobre Política Nuclear Comum Brasileiro-Argentina (1990, estabelece o sistema comum de contabilidade e controle). Acordo de Guadalajara (1991, cria a ABACC). Acordo Quadripartite (1991,
Brasil, Argentina, ABACC- AIEA). Compromisso de Mendonza sobre a proibição de armas químicas e biológicas (1991, Argentina, Brasil e Chile).
FHC
Reconhecimento da “Aliança Estratégica” (1997). Os dois países acedem ao TNP (Argentina em 1995; Brasil em 1998), mas não assinam o Protocolo Adicional da AIEA.
Lula
Consensos de Buenos Aires (2003): defesa da integração regional sob o prisma da inclusão social. Mecanismo de Integração e Coordenação Brasil-Argentina (MICBA, 2008).
Dilma
Grupo de Supridores Nucleares (NSG) reconhece o Acordo Quadripartite como alternativa o Protocolo Adicional (2011). MICBA é substituído pelo Diálogo de Integração Estratégica Brasil-Argentina (2012). Protecionismo comercial argentino afeta exportações brasileiras.