História da Economia Brasileira Flashcards

1
Q

Os efeitos da crise mundial de 1929 foram transmitidos à economia brasileira pelo comércio internacional. No que se refere aos primeiros anos da década de trinta, verifica-se que:

A

A demanda por café, principal produto da pauta de exportação, apresentava baixa elasticidade-preço e baixa elasticidade-renda.

Por isso a queda dos preços resultou em aumento proporcionalmente menor da quantidade exportada.

A desvalorização do mil-réis encareceu os produtos importados, funcionando como uma “proteção” à produção doméstica contra a concorrência das importações. Houve uma reorientação da demanda para a produção doméstica, impulsionando a industrialização.

A manutenção da renda e demanda interna, devido especialmente à política de defesa do café, combinada ao encarecimento dos produtos importados, resultado da depreciação dos mil-réis, estimulou a rápida recuperação industrial e elevado crescimento industrial no período 1933 a 1937.

Houve uma renegociação da dívida externa (o III funding loan) e a política de defesa do café baseou-se na compra da produção financiada por emissão monetária e um imposto sobre a exportação do produto.

Como já havia grandes estoques de café e as super safras continuaram até 1933, para evitar novas quedas de preço, o governo estabeleceu uma política
em que 30% da produção era exportada, 30% era estocada e 40% era queimada.

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2
Q

Segundo a interpretação de Celso Furtado a respeito da recuperação da economia brasileira depois da Grande Depressão, pode-se afirmar que:

A

A política de defesa do café constituiu uma política fiscal anticíclica de grande envergadura que sustentou a demanda estimulando a recuperação industrial. Deixar o café sem colheita agravaria desemprego, com efeito multiplicador negativo sobre a renda e a demanda.

Por outro lado, a destruição de excedentes contribuiu para sustentar os preços do café. O aumento dos estoques resultaria em mais queda de preços, com efeito negativo sobre as receitas de exportação.

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3
Q

No que se refere à economia brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, pode-se afirmar que as condições criadas por este conflito:

A

A inflação aumentou muito durante a guerra. Dificuldade de importar e reequipar e ampliar a indústria, numa economia com elevado crescimento no período 1942-1945, para atender a demanda doméstica e exportações crescente resultou em aceleração da inflação.

Em 1940, os EUA, temendo a desestabilização política em vários países latino-americanos devido à queda dos preços de café decorrente da perda de mercados, estabeleceu o Acordo Inter-Americano do Café com o objetivo de sustentar preços.

Durante a segunda guerra, as importações ficaram
estagnadas e as exportações aumentaram, resultando em elevados superávits comerciais.

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4
Q

A queda drástica do preço do café à época da Grande Depressão levou o governo brasileiro a implementar uma política de defesa do setor cafeeiro. Segundo Celso Furtado:

A

A política de compra de café com a queima de parte da produção constitui-se numa política fiscal anticíclica, uma política keynesiana avant la lettre (executada antes da publicação da Teoria Geral de John Maynard Keynes).

Ao sustentar a renda da cafeicultura, reduziu-se o efeito negativo do multiplicador dos gastos sobre a renda e o emprego.

A ocorrência de duas supersafras quase seguidas
(27/28 e 29/30), quando já havia uma safra inteira estocada foi o fator preponderante para a queda de preços.

Como a demanda de café é inelástica (baixa elasticidade renda e preço), a demanda caiu pouco durante a grande depressão, recuperando-se relativamente com a queda de preço.

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5
Q

Segundo as interpretações Cepalinas clássicas (C.Furtado; M. da C. Tavares), a fase inicial da industrialização por substituição de importações no Brasil foi impulsionada:

A

A teoria da CEPAL considera a industrialização antes dos anos 30 com uma base importante para o Processo de Substituição de Importações que se estabelece a partir da crise da economia primário exportadora nos anos 30.

Mas se já havia indústria (e substituição de importações) antes dos anos 30, por que os autores da CEPAL consideram os anos 30 como o início do Processo de Substituição e Importações? Qual a diferença entre a industrialização que ocorria desde a segunda metade do século XIX e o Processo de Substituição de Importações?

O Processo de Substituição de Importações, para Celso Furtado e os autores da CEPAL, não é apenas produzir domesticamente o que antes era importado (a substituição de importações que já ocorria como subproduto da economia agroexportadora), mas um processo em que a indústria torna-se o motor dinâmico da economia.

Ocorre um deslocamento do centro dinâmico da economia das atividades exportadoras para as atividades voltadas para o mercado interno.

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6
Q

No que se refere ao desempenho da economia brasileira e às políticas implementadas nos anos trinta:

A

O governo de estabeleceu controle de câmbio e importações.

Estabeleceu o monopólio cambial do Banco do Brasil.

Em 1931, o serviço da dívida externa federal foi objeto de um funding loan a vigorar no período 1931-1934, com diversas características similares às de seus predecessores de 1898 e 1914.

Em um primeiro momento não foi necessário importar máquinas e equipamentos, pois era possível usar a capacidade ociosa preexistente, como exemplifica o caso da indústria têxtil, um dos setores que lideram o crescimento.

Não houve forte elevação da inflação porque o crescimento da produção doméstica baseou-se em grande parte na utilização da capacide de ociosa existente.

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7
Q

A respeito das políticas cambial e de comércio exterior do Sobre Governo Dutra nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial:

A

O Governo Dutra resolveu manter o câmbio fixo, com objetivo de combater a inflação, cumprir o Acordo de Bretton Woods e evitar a queda dos preços do café (havia uma aceitação da ideia de que desvalorizações cambiais resultavam em queda dos preços do café, porque estimulavam oferta no médio prazo e no curto prazo estimulava os cafeicultores a aceitarem
reduções de preços).

A política de livre cambismo (eliminação de restrições de câmbio e importação) combinada com a demanda reprimida por importações e a sobrevalorização do cruzeiro (câmbio fixo no nível pré-Segunda Guerra mais inflação elevada) resultou em esgotamento das reservas em dólar.

A partir de julho de 1947 o governo estabeleceu controles de importações por meio de um sistema de licenças prévias distribuídas de acordo com o grau de essencialidade das importações.

A manutenção do câmbio nominal fixo e câmbio real sobrevalorizado reduziu a competitividade das exportações de manufaturados, cujo volume havia aumentado durante a 2ª. Guerra Mundial.

Um dos objetivos da manutenção do câmbio fixo pelo Governo Dutra era o combate à inflação.

O dólar barato continha a inflação ao impor concorrência com os importados à indústria doméstica e permitir as importações de máquinas e equipamentos para o reequipamento e modernização da indústria.

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8
Q

Entre 1947 e 1953 estabeleceu-se um sistema de licenciamento de importações. A respeito de tal sistema:

A

Nos anos e 1952 e 1953, o país enfrentou uma crise cambial, devido à ocorrência de déficits comerciais que teve como consequência o não pagamento de compromissos externos.

O controle seletivo de importações implementado a partir de julho de 1947 pelo Governo Dutra, priorizou a importação de máquinas, equipamentos e insumos industriais em detrimento das importações de bens de consumo, resultando num estímulo à industrialização
por substituição de importações, especialmente nos setor de bens de consumo duráveis menos complexos.

Os preços do café elevaram-se no pós-Guerra até 1954. Os preços elevados, resultado da redução da oferta nos anos 30, contribuíram com a manutenção do câmbio fixo até 1953.

No primeiro ano do segundo Governo Vargas (1951), houve uma flexibilização do sistema de licenças de importação, que aumentou muito as importações e contribuiu para a crise cambial em 1952.

Havia uma preocupação de que a Guerra da Coréia resultasse num conflito mundial e por isso aumentou a emissão de licenças de importação em 1951.

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9
Q

As políticas de comércio exterior e cambial do início do Governo Dutra tiveram os seguintes objetivos:

A

A liberdade cambial e a manutenção do câmbio fixo (com um dólar barato) tinham como um dos objetivos o reequipamento da indústria e atender a demanda reprimida de importações de insumos.

As políticas de câmbio fixo e livre cambismo tenham o objetivos de combater a inflação dos preços do bens industriais.

Acreditava-se que a eliminação de restrições no mercado de câmbio atrairia investimentos externos para o país.

A liberdade cambial e a manutenção do câmbio fixo (com um dólar barato) tinham como um dos objetivos o combate à inflação.

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10
Q

A respeito da Instrução 113 da Superintendência de Moeda e Crédito (SUMOC):

A

A Instrução 113 da SUMOC foi implementada por Eugênio Gudin, ministro da Fazenda no Governo Café Filho (e amplamente utilizada, posteriormente, no governo Juscelino Kubitschek).

Essa medida possibilitava a importação, por parte de empresas estrangeiras no País, de máquinas e equipamentos – classificados nas três primeiras categorias de essencialidade – sem cobertura cambial (sem necessidade de dólares).

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11
Q

A Instrução 70 da SUMOC, de 9 de outubro de 1953, introduziu importantes mudanças no sistema cambial brasileiro. Esta Instrução instituiu as seguintes medidas:

A

A Instrução 70 da SUMOC foi implementada em outubro de 1953 no governo Getúlio Vargas.

Essa medida: restabeleceu o monopólio cambial do Banco do Brasil; extinguiu o controle quantitativo de importações; instituiu um sistema de taxas múltiplas
de câmbio e leilão de divisas.

Na prática significou uma desvalorização da taxa de câmbio: a taxa de câmbio para as exportações recebia bonificações (taxa oficial + bonificação) e a taxa de câmbio para importações era a taxa oficial mais um ágio determinado em leilão de divisas.

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12
Q

O 2º Governo Vargas (1951-54) adotou uma série de medidas que acabaram favorecendo o avanço da industrialização na segunda metade dos anos 1950. Incluem-se entre essas:

A

A mudança no sistema cambial, com a instituição do regime de taxas múltiplas de câmbio e leilão de divisas; A criação do Grupo Misto CEPAL-BNDE, cujos estudos serviram de base para a elaboração do
Plano de Metas; A criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE).

A criação da Petróleo Brasileiro S. A. (PETROBRÁS).
O BNDE foi criado em 1952.

Em 1953, foi constituído o Grupo Misto BNDE-Cepal que constituiu a base do Plano de Metas. A Petrobrás foi criada em 1953.

A Instrução 70 da SUMOC foi implementada em outubro de 1953 e instituiu um regime de taxas múltiplas de câmbio e leilão de divisas.

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13
Q

Sobre a economia no Governo Kubitschek, é correto afirmar que:

A

O Plano de Metas estimulou decisivamente o PSI, especialmente no setor de bens de consumo duráveis, e em importantes áreas do setor de bens de capital.

Em 1958, JK deu apoio político para que Lucas Lopes, ministro da Fazenda, patrocinasse a implementação do Programa de Estabilização Monetária 1958-1959, que tinha como objetivo a contenção da inflação.

O programa, que contou com o apoio do FMI, era baseado no controle de crédito e de gasto público.

Fracassou rapidamente, pois não contou com o apoio sustentado de JK e O Brasil deixou de cumprir o programa acordado com o FMI.

Os investimentos foram financiados também por recursos públicos, inclusive via emissão monetária e crédito dos bancos públicos.

A agricultura cresceu a taxas mais baixas do que a indústria, reduzindo a participação do setor agrícola no PIB.

Os investimentos realizados em rodovias superaram a meta prevista.

No caso das metas relativas ao carvão e ferrovias, o grau de realização foi baixo relativamente ao previsto.

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14
Q

Na segunda metade da década de 1950 ocorreram importantes transformações na estrutura produtiva do País. Os seguintes fatores contribuíram para as transformações no período em causa:

A

No Governo JK, muitas importações de bens de capital foram realizadas através da Instrução 113 da SUMOC que permitia às empresas estrangeiras instaladas no Brasil realizar importações diretas “sem cobertura” cambial.

O valor dos bens de capital era registrados como investimento direto.

Essa medida significava um subsídio ao capital estrangeiro para a realização de investimento direto.

Os preços do café caíram no período, resultando em queda das exportações totais em 15%.

Programa de Estabilização Monetária 1958-1959, que tinha como objetivo a contenção da inflação fracassou rapidamente, pois não contou com o apoio sustentado de JK e o Brasil deixou de cumprir o programa acordado com o FMI.

O Plano de Metas foi uma experiência bem sucedida de planejamento e política industrial.

Reunia 20 metas mais a construção de Brasília em cinco setores: energia, transporte, indústria de base, alimentação e educação.

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15
Q

Relativamente ao Plano de Metas, e à política econômica implementada no Governo Juscelino Kubitshek pode-se afirmar que:

A

As metas relativas à agricultura representavam apenas 3% dos investimento planejados e a inflação se acelerou. Também não havia prioridade para a reforma agrária.

Manteve-se a preferência cambial para a indústria por meio do sistema de taxas múltiplas de câmbio e leilão de divisas.

Promoveu em 1957 uma reforma tarifária que, finalmente, estabeleceu que a tarifa brasileira ad valorem e não mais específica e se utilizou com grande freqüência a lei do similar nacional com o objetivo de proteger a produção da indústria doméstica.

A expansão do crédito e o financiamento via emissão monetária dos déficits orçamentários contribuíram para acelerar a inflação.

Não houve unificação nem extinção do sistema de taxas múltiplas.

O regime cambial para importação foi simplificado, com a criação de uma categoria geral e outra especial, em substituição às cinco categorias da Instrução 70 e foram mantidos os leilões de divisas.

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16
Q

Um exame dos resultados alcançados pelo Plano de Metas permite as seguintes constatações:

A

Houve aumento da participação do estado na formação bruta de capital.

Houve significativos investimentos na produção de bens de capital, que foi um dos setores que lideraram o crescimento do período do Plano de Metas.

A meta para a construção de rodovias foi superada em 38%

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17
Q

O Plano de Metas implementado pelo Governo Kubitschek foi fundamental para o processo de desenvolvimento econômico brasileiro.

Na sua elaboração, utilizou-se o conceito de pontos de estrangulamento. Os setores que foram identificados como pontos de estrangulamento da economia brasileira são:

A

O Grupo Misto BNDE-CEPAL fez um levantamento exaustivo dos principais pontos de estrangulamento da economia brasileira, áreas de demanda insatisfeita em função das características desequilibradas do desenvolvimento econômico – sobretudo os setores de transporte, energia e alimentação.

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18
Q

O ambiente criado pela Segunda Guerra Mundial afetou profundamente a economia brasileira. A respeito das principais mudanças verificadas:

A

As relações de troca (ou termos de troca) melhoraram.

As importações ficaram estagnadas.

Aumentou a participação do imposto de renda e
impostos sobre o consumo.

A tarifa brasileira era baseada em valores específicos e num ambiente de inflação alta havia perdido significado como instrumento de proteção.

Houve aumento do produto industrial após 1942 e também das exportações e elevados superávits comerciais.

Durante a segunda guerra, a balança comercial apresentou elevados superávits, resultado do aumento das exportações com importações estagnadas.

Contribuíram para o aumento do valor exportado: a elevação de preços dos produtos exportados; as exportações de materiais estratégicos incluídos nos acordos de suprimento com os aliados; e a elevação das exportações de manufaturados.

A CSN foi criada em 1942 e teve apoio do governo americano por meio de financiamento do Eximbank.

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19
Q

Principais características da política de industrialização brasileira no Pós-Guerra:

A

O Governo fornecia crédito de longo prazo aos novos projetos de investimento, por meio dos bancos públicos, especialmente o BNDES.

Houve proteção à indústria doméstica por meio de tarifas (a partir de 1957, com a Lei de Tarifas do Governo JK) e barreiras não tarifárias.

O estado participou diretamente na produção de bens e serviços nos setores de infra-estrutura e bens
intermediários.

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20
Q

A execução do Plano de Metas do governo Juscelino Kubitschek caracterizou, economicamente, a segunda metade da década de 1950 no Brasil. Essa execução foi exitosa em inúmeros aspectos, tais como:

A

O Plano de Metas foi exitoso em promover a industrialização nos setores de infra-estrutura (energia e transporte), bens de consumo duráveis e fez grandes
avanços nos setores de bens de capital e bens intermediários.

Aumentou a participação do capital estrangeiro e do Estado nos investimentos.

Aumentou a proteção comercial e manteve a preferência cambial à indústria doméstica (nacional ou de capital estrangeiro).

Financiou investimentos estatais com emissão de moeda e investimentos privados com crédito subsidiado do Banco do Brasil e do BNDE (hoje BNDES).

Expansão do crédito a longo prazo disponibilizado via BNDE).

Mas, aumentou a inflação de 30% para cerca de 50%, devido às formas de financiamento inflacionário do Plano; aumentou o déficit público, financiando-o com emissão de moeda; e aumentou a divida externa, com queda nas exportações e déficit em conta corrente.

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21
Q

Entre 1956 e 1960 (correspondendo ao governo JK), houve, no Brasil:

A

Houve, no Brasil, uma aceleração da inflação.

A participação do setor agropecuário no PIB caiu (de 22% para 16%), enquanto a participação da indústria no PIB aumentou (de 16% para 24%).

As exportações caíram entre 1956 e 1960.

Houve aumento da taxa de crescimento do PIB.

Houve aumento do déficit público.

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22
Q

Em meados da década de 1960, foi implementado no Brasil o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG). O conjunto de medidas adotadas nesse Plano:

A

Dentre as reformas do PAEG está a criação das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN’s), títulos públicos com cláusula de indexação (correção monetária) que tinha o objetivo de permitir o financiamento não inflacionário do déficit público por meio de dívida pública.

Sem a correção monetária, não havia possibilidade financiar o déficit por meio de títulos públicos, na medida em que a inflação era elevada e a Lei da Usura estabelecia um limite para a taxa de juros muito inferior à inflação.

Estabeleceu a correção monetária.

Os salários eram reajustados abaixo da inflação, o que resultou na queda dos salários reais, especialmente do salário mínimo real, e numa piora da distribuição de renda.

A política salarial constituiu um dos pilares do combate à inflação do PAEG.

O PAEG estabeleceu uma política de reajuste de preços e tarifas de serviços públicos com o objetivo de reduzir o déficit das empresas estatais e, com isso, reduzir o déficit público, que era considerado como fonte de inflação.

Essa política é chamada de realismo tarifário e também de inflação corretiva.

É chamada de inflação corretiva porque tem o efeito de aumentar a inflação no curto prazo, mas, na medida em que reduz o déficit público, contribui com a queda da inflação no médio prazo.

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23
Q

O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) e as reformas implementadas em 1964 e nos anos imediatamente subsequentes, no Brasil:

A

Entre as medidas e reforma implementadas pelo PAEG está a criação do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional.

Houve maior abertura ao capital estrangeiro de risco (investimentos diretos) e, principalmente, de
empréstimo (regulamentação da Lei 4.131 que permitia a captação direta de recursos externos por empresas privadas nacionais e Resolução 63 do Bacen, que
regulamentou a captação de empréstimos externos pelos bancos nacionais para repasse às empresas domésticas).

Além disso, modificou-se a legislação para permitir maior facilidade das remessas de lucros ao exterior.

Foi implementada um Reforma Tributária que resultou na elevação da carga tributária de 16% do PIB em 1963 para 21% em 1967.

Foi criada a correção monetária nesse período.

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24
Q

O Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg), elaborado sob a coordenação de Roberto Campos, foi divulgado no final de 1964 e incluía como objetivos
principais “a retomada do crescimento econômico, a contenção progressiva da inflação, a redução dos desníveis setoriais e regionais de renda, a expansão da oferta de empregos e o equilíbrio do balanço de pagamentos”. Com relação ao Paeg:

A

O PAEG diagnosticou como causas da inflação: o déficit público, a expansão do crédito às empresas e os reajustes salariais em proporção superior ao
crescimento da produtividade. Por isso as principais medidas de combate à inflação do PAEG:

i. Redução do déficit público – novas formas de financiamento (reforma tributária, criação das ORTN’s) e aumento das tarifas públicas (inflação corretiva)
ii. Restrição do crédito e aperto monetário - aumento das taxas de juros, melhora dos mecanismos de controle.
iii. política salarial - levando ao arrocho salarial

O PAEG criou a correção monetária e incluiu a Reforma Tributário que teve como objetivo e resultado o aumento da carga tributária.

As tarifas públicas foram reajustadas (realismo tarifário e inflação corretiva).

O PAEG foi bem sucedido no combate a inflação, tendo em vista que a inflação caiu de cerca de 90% em 1964 para menos de 30% em 1967.

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25
Q

Entre 1968 e 1973, o PIB real apresentou extraordinário crescimento no Brasil. Relativamente a esse período, conhecido como o do “milagre brasileiro”, é correto
afirmar que:

A

As interpretações sobre os fatores determinantes (AS
CAUSAS) do “milagre” encontradas na literatura podem ser divididas em três grandes grupos, não necessariamente excludentes, e que enfatizam:

i. a política econômica do período 1968-1973, com destaque para as políticas monetária e creditícia expansionistas e os incentivos às exportações;
ii. o ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, à melhoria dos termos de troca e ao crédito externo farto e barato (liquidez internacional abundante); e
iii. as reformas institucionais do PAEG (1964-1966), em particular as fiscais/tributárias e financeira, que teriam criado as condições para a aceleração subsequente do crescimento.

A taxa média de crescimento anual durante o período do “Milagre” foi de 11%.

O ambiente externo era favorável, devido à grande expansão da economia internacional, à melhoria dos termos de troca e ao crédito externo farto e barato (liquidez internacional abundante); A produtividade total dos fatores (PTF) é a quantidade de produto que se obtêm com uma unidade ponderada de todos os fatores de produção.

O aumento da produtividade total dos fatores (PTF) ao longo do tempo é designado por progresso tecnológico. Durante o Milagre, houve aumento da produtividade total dos fatores.

Houve um maior grau de abertura ao exterior após as reforma do PAEG.

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26
Q

Entre 1967 e 1973, o Brasil obteve elevadas taxas de crescimento econômico, de modo que o período ficou conhecido, no país, como o “período do milagre
econômico”; sobre este período, podemos afirmar que:

A

A dívida externa aumentou durante o período do Milagre Econômico, passando de cerca de US$ 4 bilhões em 1968 para US$ 13 bilhões em 1973.

O endividamento externo foi impulsionado pelo endividamento do setor privado num ambiente de elevada liquidez internacional (no mercado de eurodólares) e maior abertura ao capital estrangeiro,
resultado das reformas do PAEG.

A taxa de crescimento anual do PIB durante o “Milagre” foi de 11%, enquanto a taxa de crescimento populacional era cerca de 2,5% nos anos 60.

As exportações cresceram a taxas elevadas no período (cerca de 25%), devido ao crescimento da economia mundial, à melhora nos termos de troca e às políticas de incentivos fiscais e creditícios às exportações, além da política de minidesvalorizações cambiais.

O período foi chamado de “milagre”, em razão de o alto crescimento ter sido acompanhado por queda da inflação e sensível melhora do BP, que registrou superávits crescentes no período.

A inflação diminuiu no período, passando de cerca de 30% em 1967 para 15% em 1973.

Para evitar aumento da inflação, instituíram-se controles de preços, por meio da CONEP (Comissão Nacional de Estabilização de Preços), depois CIP – Comissão Interministerial
de Preços.

Era feito tabelamento de preços referentes a tarifas públicas e insumos industriais.

A política monetária foi expansionista com aumento da oferta de moeda e do crédito e controle das taxas de juros.

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27
Q

O período conhecido no Brasil como “milagre econômico” (1968-73) foi caracterizado pela combinação de elevadas taxas de crescimento do PIB (média de 11% ao ano) com queda da inflação e melhora do saldo do balanço de pagamentos (BP). Sobre a performance da economia brasileira nesse período, é correto afirmar que:

A

De fato, o crescimento econômico no período “milagre” foi favorecido pela política monetária expansionista e pela abundante liquidez internacional.

A melhora das contas externas (entradas de investimentos diretos e empréstimos externos levando a superávit no balanço de pagamentos) permitiu maior controle sobre a taxa de cambio.

A inflação foi mantida numa trajetória de queda por meio do controle de preços e de salários.

A política monetária foi expansionista. A política fiscal continuou restritiva.

As exportações cresceram, mas a importações aumentaram a taxas mais elevadas, resultando numa balança comercial com próxima do equilíbrio, com pequenos déficits ou pequenos superávits no período.

O crescimento foi impulsionado pelos setores de bens de consumo duráveis e pela construção.

As exportações cresceram a taxas elevadas no período (cerca de 25%), devido ao crescimento da economia mundial, à melhora nos termos de troca e às políticas de incentivos fiscais e creditícios às exportações, além da política de minidesvalorizações cambiais.

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28
Q

A evolução da economia brasileira no período de 1968 a 1973 é chamada de “milagre econômico”. Essa evolução teve algumas características importantes, como:

A

O produto real da economia, medido pelo PIB, cresceu à taxa média anual de 11%, uma aceleração em relação ao crescimento médio histórico da economia brasileira.

Houve aumento da desigualdade de renda, maior concentração renda, no período do Milagre.

As importações cresceram fortemente no período do Milagre, puxadas pelo aumento das compras de petróleo e bens de capital.

Houve superávits no balanço de pagamentos, devido às entradas de capital (investimentos diretos e empréstimos externos), mas a conta corrente do balanço de pagamentos era deficitária.

As entradas de capital mais do que compensavam os déficits na conta corrente do BP, levando a superávits no BP e acumulação de reservas

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29
Q

Na evolução recente da economia brasileira destaca-se o período conhecido por “Milagre Econômico”, quando as taxas de crescimento do PIB superaram seus
parâmetros históricos de comportamento.

Os resultados econômicos obtidos nesse período têm como base reformas e políticas econômicas implementadas pelo Regime Militar instaurado em 1964. Inclui-se entre as reformas e políticas adotadas no
período:

A

A política salarial estabelecida no PAEG e que teve prosseguimento, com poucas modificações no período do “Milagre” teve como resultado a redução do salário real e foi uma das causas do aumento da desigualdade de renda nas décadas de 60 e 70.

Portanto não houve política de melhoria da distribuição de renda das classes menos favorecidas, objetivando ampliar o mercado de bens de consumo não duráveis.

Reformas ou políticas adotadas no período: reforma tributária que foi consolidada pela Constituição de 1967; reforma do sistema financeiro e monetário, incluindo a criação do Banco Central; política de incentivo às exportações; e criação de segmento específico para financiamento habitacional com vistas a aumentar a oferta de emprego na indústria de
construção civil.

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Q

Acerca do período entre 1968 e 1973, conhecido como a época do milagre brasileiro:

A

A literatura destaca como umas das causa do “Milagre” o ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, à melhoria dos termos de troca e ao crédito externo farto e barato (liquidez internacional abundante).

As importações cresceram a um ritmo superior ao das exportações devido à forte expansão das importações de petróleo e bens de capital.

A inflação diminuiu. Com a nova equipe econômica teve início uma política de controle de preços, alinhada com o novo diagnóstico inflacionário (inflação de custos), onde os reajustes deveriam ter o “consentimento” do governo federal. São criados o CONEP (Comissão Nacional para a Estabilidade de Preços), em 1965, e o CIP (Conselho Interministerial de
Preços), em 1968, que sucedeu o primeiro.

Estes órgãos vieram institucionalizar os reajustes de
preços com base nas variações de custos. Apesar da economia aquecida, com crescimento médio de 11% ao ano, a inflação caiu no período, saindo de menos de 30% em 1968 para 15% em 1973.

O Diagnóstico de Campos/Bulhões (PAEG 1964-67) era inflação de demanda - sancionada pela expansão monetária, embora considerassem também alguns elementos de “custos”, como salários, mas cuja pressão se fazia via demanda agregada.

Delfim Neto (1968-1973) muda o diagnóstico para inflação de custos - pressões sobre o nível de preços com origem em custos (em grande parte, gerados pelas políticas do PAEG, tais como o custo do crédito e a inflação corretiva).

A solução seria o crescimento com “controle de
preços” – compatibilizar queda no ritmo de aumento dos preços com taxas acentuadas de crescimento e emprego.

A partir de 1968 foi implementado o regime de minidesvalorizações cambiais.

31
Q

O Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico (II PND) foi lançado pelo governo brasileiro em 1974. Esse plano dava prioridade à:

A

O II PND foi a mais ampla experiência brasileira de planejamento após o Plano de Metas e tinha como objetivo de construir uma estrutura industrial avançada que permitiria superar conjuntamente a crise e o subdesenvolvimento, a partir da substituição aceleradamente de importações de bens de capital e insumos básicos e promoção das exportações.

Em termos de distribuição de renda, não houve mudanças em relação às políticas econômicas anteriores, desde 1964.

Partindo condições de financiamento externo favoráveis, resultado de abundante liquidez internacional, o II PND propunha um ajuste estrutural da oferta, assumindo os riscos de aumentar os déficits comerciais e o endividamento externo.

De fato houve um acentuado aumento da dívida externa.

A alternativa representada pelo II PND de aprofundar a substituição de importações, realizando grandes investimentos na produção de bens de capital e insumos básicos (bem intermediários) significava aumentar a importações e não diminuí-las.

Além disso, os preços do petróleo quadruplicaram em 1974 levando ao aumento das importações.

A economia brasileira já era uma economia industrializada e diversificada e o setor agrícola tenha uma pequena participação no PIB, o que já impedia esse setor de liderar o crescimento do país.

32
Q

Em fins de 1974, o Governo Federal lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND). Com relação ao referido Plano:

A

O II PND tinha o objetivo de manter o crescimento acelerado dos últimos anos, ou seja, o crescimento do “Milagre”, em torno de 10% ao ano.

O II PND significou de fato uma alteração significativa das prioridades da industrialização brasileira em relação ao Milagre.

No Milagre, a economia crescia baseada na matriz industrial herdada do Plano de Metas.

Para manter o crescimento e realizar os investimentos previstos o governo teve que assumir um crescente endividamento externo, capitaneado pelas empresas estatais.

A realização dos investimentos previstos na estratégia de substituição de importações e promoção das exportações do II PND significar incorrer em vultosos déficits em conta corrente do balanço de pagamentos que tinham de ser financiados com endividamento externo.

A estratégia do II PND era realizar um ajuste de longo prazo na estrutura produtiva substituindo importações de bens de capital e insumos básicos, reduzindo, portanto, a necessidade de importar, e promovendo as exportações, portanto, fortalecendo a capacidade de
exportar.

33
Q

O Plano Nacional de Desenvolvimento II (II PND), anunciado em 1974, visou, fundamentalmente, a:

A

A estratégia do II PND era aprofundar a substituição de importações, realizando grandes investimentos na produção de bens de capital e insumos básicos (bem
intermediários), portanto investindo nos pontos de estrangulamento.

34
Q

No começo da década de 1980, estava claro que o Brasil enfrentava a fase aguda de uma crise de dívida externa, acompanhada de forte aceleração da inflação. Acabou, assim, sendo inevitável a implementação de políticas recessivas. A respeito desse período:

A

O ajuste externo de 1981-1984 foi exitoso ao eliminar o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos.

Contribuíram para a geração de grandes superávits
comerciais (US$ 13 bilhões em 1984), as políticas monetária e fiscal contracionistas (restrição de demanda), as desvalorizações cambiais (as maxidesvalorizações de 30% em 1979 e 1983), a
recuperação da economia americana e a maturação dos projetos do II PND, que permitiram a redução das importações e o aumento das exportações.

As políticas recessivas contribuíram com o ajuste externo, mas a inflação dobrou de patamar, passando de um patamar de 100% entre 1980 e 1982 para 200% no período de 1983-1985.

A ineficácia das políticas recessivas para reduzir a inflação deu força à teoria de inflação inercial.

Em agosto de 1979 Delfim Netto tenta reeditar o milagre econômico, apesar da situação externa adversa, implementando uma política de orientação heterodoxa: controle de juros e aumento do crédito; retomada de investimentos públicos; maior indexação dos salários (reajuste semestral); maxidesvalorização (30% em dezembro de 1979); e prefixação das correções monetária e cambial, para 1980, a taxas bastante inferiores à inflação de 1979.

Essas políticas não eram consistente, sustentáveis e pioraram as contas externas e a inflação e tiveram que ser abandonadas em 1981, quando se inicia o ajuste externo.

De fato, foram os choques do petróleo e dos juros que deterioraram a situação da economia brasileira, resultando na crise da dívida externa.

A tentativa de política heterodoxa de Delfim Netto agravou a situação econômica.

Entre 1981 e 1983 foram adotadas medidas severas de contração econômica, visando conter a demanda interna para reduzir as importações e tornar mais atraentes as atividades exportadoras; visavam, também, conter a inflação. Essas políticas tiveram os efeitos desejados sobre a crise do setor externo, mas não conseguiram controlar a inflação.

35
Q

Se observarmos a economia brasileira, entre 1980 e 1984, poderemos notar que:

A

A estratégia do ajuste externo era exatamente a diminuição da absorção doméstica para gerar superávits comerciais para pagar os juros da dívida externa e equilibrar a conta corrente.

A partir da crise do México, em 1982, o mercado de capitais internacional fechou-se para países altamente endividados como o Brasil. Não era possível obter novos empréstimos externos privados.

A inflação dobrou de patamar, passando de um patamar de 100% entre 1980 e 1982 para 200% no período de 1983-1985.

As empresas estatais estavam altamente endividadas e com preços defasados. Foram utilizadas no II PND para captar empréstimos externos e controlar inflação.

Os ortodoxos e monetaristas consideravam a alta inflação brasileira como sendo causada por excesso de demanda e o câmbio foi desvalorizado para estimular exportações e conter as importações.

A ineficácia das políticas recessivas para reduzir a inflação deu força à teoria de inflação inercial.

36
Q

A década de 1980 foi dominada pela inflação e pelo desequilíbrio externo, para os quais concorreu:

A

A crise da dívida externa e a alta inflação dos anos 80,
chamada década perdida, são em alguma medida resultado de eventos, decisões e políticas econômicas da década anterior, em especial da estratégia de crescimento com endividamento externo e ajuste produtivo do II PND.

37
Q

Na década de 1980, o Brasil buscou combater o processo crônico de inflação ao adotar um conjunto de planos econômicos. O primeiro desses planos foi o
Cruzado, sob o governo de José Sarney, que tinha como característica básica:

A

Congelamento de preços e da taxa de câmbio e a criação do gatilho salarial foram de fato componentes do plano Cruzado.

Foi instituída a tablita para os contratos prefixados.

A política fiscal foi expansionista.

As políticas monetária e fiscal foram expansionistas sem metas claras.

O congelamento de preços e o excesso de demanda implicou desequilíbrio de preços relativos e demanda por remarcações de preços e reajustes de salários.

38
Q

Com relação ao Plano Cruzado:

A

O plano Cruzado resultou em excesso de demanda resultado do aumento do poder de compra decorrente da queda da inflação e de uma distribuição de renda em favor dos salários (abono de 16% para o salário mínimo e 8% para os demais salários, após conversão dos salários com base na média do seu poder de compra nos seis meses anteriores).

O plano incluía um congelamento dos preços nos níveis do dia 27 de fevereiro de 1986 e não 1987.

Diagnóstico de inflação inercial; havia expectativa de um plano heterodoxo, a exemplo do plano Austral na Argentina; e houve pouca preocupação com o déficit público.

É importante ressaltar que após o Plano Cruzado, os outros planos antes do Plano Real (Bresser, Verão, Collor I e Collor II), apesar de heterodoxos e incluírem o congelamento de preços, passaram a se preocupar mais com a inflação de demanda, buscando controlar o déficit público e utilizando uma política monetária mais apertada com taxas de juros reais positivas, e com as contas externas.

Esses planos, portanto, combinavam elementos heterodoxos (como o congelamento de preços) e ortodoxos.

39
Q

O Plano Bresser, anunciado em 12 de junho de 1987, continha tantos elementos ortodoxos como heterodoxos. Entre as principais medidas do Plano Bresser:

A

O câmbio do Plano Bresser era administrado.

Em todo o período do pós Guerra, somente no plano Collor e em 1999, após a crise cambial do Plano Real, terá vigência regimes de câmbio flutuante (que acaba sendo um regime de flutuação suja).

No plano Collor teve curta duração, sendo logo substituído pelo câmbio fixo ajustável ou 
crawling peg (minidesvalorizações).

O plano Bresser incluiu uma desvalorização do Cruzado e depois estabeleceu um sistema de minidesvalorizações cambiais.

Câmbio flutuante só no Plano Collor I e depois no Plano Real após a crise cambial (janeiro de 1999 até hoje).

Congelamento de salários por três meses, no nível de 12 de junho, com o resíduo inflacionário sendo pago em seis parcelas a partir de setembro.

Aluguéis congelados no nível de junho, sem nenhuma compensação.

Mudança de base do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para 15 de junho, sendo que os aumentos foram incorporados à inflação de junho, de modo a evitar que se sobrecarregasse a inflação de julho.

Criação da Unidade de Referência de Preços (URP), que corrigiria o salário dos três meses seguintes, entrando em vigor a partir de setembro de 1987.

40
Q

Podem ser considerados fatores que explicam o insucesso do Plano Cruzado:

A

A taxa de câmbio nominal cruzado por dólar foi congelada, resultando em queda das exportações e redução do superávit comercial e problemas nas contas externas, o que levou à moratória sobre o pagamento dos juros da dívida externa em fevereiro de 1987.

Eliminação, com o congelamento, do funcionamento do mecanismo de preços como alocador de
recursos.

Forte elevação da demanda, o que gerou pressões inflacionárias particularmente em setores que
estavam, na época, próximos do nível máximo de utilização da capacidade instalada.

Piora no desempenho das contas externas, contribuindo para a reversão de expectativas quanto ao desempenho macroeconômico da economia brasileira.

Elevação das expectativas de inflação, tendo em vista a percepção da sociedade de que o congelamento não seria bem sucedido.

41
Q

Durante o primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a política econômica desenvolveu-se em várias frentes, entre as quais:

A

O uso da âncora cambial (por meio de um regime de bandas cambiais) como instrumento de controle da inflação é um dos principais componentes do Plano Real.

O câmbio real estava valorizado e prejudicou as exportações.

O resultado fiscal era deficitário e os elevados
pagamentos de juros nominais determinaram elevados déficits nominais e aumento da dívida pública.

O câmbio valorizado resultou na elevação das importações e déficits comerciais.

42
Q

A privatização e a abertura econômica marcam importantes mudanças implementadas na economia brasileira, especialmente nos anos 90. Caracteriza essas reformas:

A

Entre as razões que justificaram as privatizações, está a diminuição da capacidade estatal em fazer os investimentos necessários à ampliação das empresas estatais e dos serviços por elas fornecidos.

43
Q

A análise das causas da queda da inflação no período 1995/1998 no Brasil está ligada à combinação dos seguintes elementos:

A

O plano Real utilizou a URV para eliminar a inflação inercial e a âncora cambial para combater as pressões inflacionárias e manter a inflação sob controle.

Contribuíram para a estabilização de preços baseada no câmbio (âncora cambial) o maior grau de abertura e
o elevado nível de reservas internacionais (U$ 38 bilhões em 1994 comparados com cerca de US$ 10 bilhões em 1991).

As taxas de juros foram mantidas elevadas para atrair capital para o financiamento do déficit em conta
corrente e a manutenção do câmbio dentro das bandas estabelecidas.

A fase de transição representada pelos quatro meses de convivência da população com a URV (Unidade Real de Valor).

O papel de âncora cambial como balizador de expectativa.

O excepcional nível de reservas cambiais.

O maior grau de abertura da economia.

44
Q

O ajuste fiscal necessário para dar suporte às políticas

macroeconômicas, durante a segunda metade dos anos 90, foi resultado dos seguintes fatores:

A

Houve redução dos investimentos públicos, com efeitos negativos sobre a infraestrutura; a negociação e federalização das dívidas estaduais tiveram
como contrapartida rígidas condições de controle das finanças e do endividamento dos governos estaduais; a privatização eliminou uma fonte importante de déficit público; e o aumento das receitas da União Federal se fez por meio das contribuições sociais não compartilhadas por estados e municípios.

45
Q

Com relação ao comportamento da balança comercial a partir de 1990 até o presente momento, é correto afirmar que:

A

A balança comercial apresentou déficit a partir de 95, que somente foi revertido em 2001, devido à depreciação cambial e ao aumento dos preços das commodities a partir de 2002.

Após a implantação do Plano Real, o Brasil passa da condição de superavitário para deficitário comercial, como resultado da valorização da moeda.

Em 1999, a balança comercial ainda foi deficitária.

O real passou por forte desvalorização em 2002.

O país apresentou déficits nos anos 90.

46
Q

O Fundo Social de Emergência (FSE), aprovado em fevereiro de 1994, tinha como objetivo:

A

O FSE era um dos componentes do ajuste fiscal, constante das medidas incluídas na primeira fase do Plano Real e tinha o objetivo de desvincular receitas da União e permitir a contenção dos gastos.

47
Q

O Plano Real ou Plano de Estabilização Econômica foi implementado em três etapas. É correto afirmar que:

A

O Plano Real, foi concebido e implementado em três etapas. 1ª etapa: estabelecimento do equilíbrio das contas do governo, objetivando eliminar a principal causa da inflação; 2ª etapa: criação de um padrão estável de valor, a Unidade Real de Valor (URV), com
o objetivo de indexar plenamente a economia e alinhar os preços relativos; 3ª etapa: emissão de uma nova moeda nacional com poder aquisitivo estável, o real.

48
Q

A partir de 1986, a economia brasileira passou por diversos planos de estabilização. Sabendo-se que o Plano Real foi anunciado em junho de 1994, como plano de estabilização da economia:

A

O padrão monetário no Brasil entre 1 de agosto de 1993 a 30 de junho de 1994, período de implantação do plano Real era o cruzeiro real (CR$).

Então o valor da URV era reajustado diariamente em cruzeiros reais.

O Plano Real partiu do diagnóstico de que a inflação brasileira possuía um forte caráter inercial.

O ajuste fiscal visava equacionar o desequilíbrio orçamentário para os anos subsequentes e impedir
que daí decorressem pressões inflacionárias.

Foram criadas fontes temporárias de contenção fiscal, como a receita do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras (IPMF), depois transformado em contribuição (CPMF).

O governo anunciou, junto com o plano, metas de expansão monetária bastante restritivas: restringiu operações de crédito e impôs depósito compulsório de 100% sobre as captações adicionais do sistema financeiro

49
Q

Ao longo dos anos 1990, o Brasil passou por profundas

transformações estruturais:

A

Houve aumento do gasto público. A abertura comercial e financeira resultou uma maior inserção internacional do país.

O processo de privatização reduziu o papel do Estado empresário e aumentou o papel do Estado na
regulação e fiscalização. Houve aumento da produtividade industrial e valorização do câmbio.

Uma maior inserção internacional do país.

A transformação do papel do Estado na economia de um Estado-empresário para um Estado mais regulador e fiscal.

Um aumento da produtividade industrial.

Uma taxa de câmbio valorizada.

50
Q

Fez parte da concepção e implementação do Plano Real:

A

As taxas de juros foram mantidas elevadas para atrair capital externo para financiar os elevados déficits em conta corrente e sustentar o regime cambial.

O regime cambial era de bandas cambiais e no inícios do plano o câmbio foi permitido flutuar para baixo com um limite superior de 1 real por dólar (Bacha denominou essa fase do regime cambial de banda assimétrica).

O plano foi apresentado com antecedência,
sem surpresas e sem congelamento de preços.

O ajuste fiscal composto de aumento de impostos, corte nos gastos públicos e a criação do Fundo Social de Emergência, constituiu a 1ª etapa do plano e a introdução da nova moeda, a 3ª etapa do plano.

51
Q

A partir da crise cambial sofrida pelo Brasil em 1999, um forte ajuste fiscal foi promovido na economia. Fazem parte deste ajuste fiscal uma elevação do superávit
primário e a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal:

A

A partir de 1999, o setor público passou a apresentar superávit primário.

O ajuste fiscal baseou-se na elevação da receita.

A maior parte do esforço para atingir as metas de superávit fiscal foi feita pelo Governo Central,
com os Governos Regionais contribuindo em menor grau.

Houve um forte aumento da carga tributária.
A promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal de fato obteve êxito em modificar alguns comportamentos fiscais perversos, especialmente em nível subnacional.

Embora o ajuste tenha levado a uma elevação da receita, ele não logrou obter uma redução
concomitante dos gastos públicos.

52
Q

Após o Plano Real, o desempenho das contas externas teve como características:

A

Ocorreram déficits em conta corrente durante toda a década de 90 e, após a desvalorização em 1999 houve tendência de melhora, embora somente a partir de 2002, a balança comercial apresentou melhora significativa e em 2003 a conta corrente tornou-se superavitária.

53
Q

Pode ser considerado como fator de sucesso do Plano Real:

A

Os bens denominados não comercializáveis são representados pelos serviços (como transportes, restaurantes, serviços pessoais).

A valorização do real frente ao dólar expressa-se no aumento do preços dos bens não comercializáveis.

Elevação da concorrência tendo em vista o processo de abertura comercial.

Eliminação da desindexação da economia.

Melhora das expectativas quanto ao sucesso do Plano nos primeiros anos.

Queda na taxa de câmbio tendo em vista a grande entrada de divisas nos primeiros anos de estabilização pós-real.

54
Q

Com relação ao Plano Real e seus impactos sobre a economia:

A

De fato, a forte apreciação do real, no âmbito da chamada âncora cambial resultou no aumento do desequilíbrio externo.

A desvalorização anual da banda cambial era muito pequena e não era suficiente para reverter a valorização do real.

Entre 1995 e 1998 houve déficits ou superávits primários muito pequenos.

A estratégia da URV era indexar plenamente a economia e alinhar os preços relativos para depois introduzir a nova moeda e eliminar a indexação.

55
Q

Sobre o Plano Real:

A

A função da URV no Plano Real foi a mesma da “moeda indexada”, proposta por Pérsio Arida e Lara
Resende, no debate que precedeu o Plano Cruzado: resolver o problema da inflação inercial, pela
generalização da indexação e sua súbita interrupção.

O Plano Real foi implementado em três fases, na seguinte seqüência: ajuste fiscal, criação da URV
e instituição da nova moeda.

O primeiro ano do Plano Real foi marcado pela aceleração do crescimento econômico (estimulado
pelo crescimento dos gastos domésticos) e pelo rápido aumento das importações.

A entrada de capitais externos, estimulados pela abertura financeira, contribuiu para o êxito do Plano Real no combate à inflação, mas fugas de capital posteriores prejudicaram o crescimento econômico ao induzir elevações das taxas de juros.

56
Q

PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO-BRASIL

Justificativas:

A

Escalada dos preços internos;

80/83: aumento de juros EUA + Crise petróleo + indexação automática salários;

83/85: desvalorização cambial 30% + indexação formal e informal

57
Q

PLANO CRUZADO, 1986

A

Anti-inflacionário;

Ênfase ao combate à Inflação inercial;

58
Q

PLANO CRUZADO

Choque heterodoxo

A

Duração 9 meses

Eliminação da indexação FORMAL

Criação da nova unidade monetária, O Cruzado.

Conversão dos salários pela média real dos últimos 6 meses + aumento de 8%.

Aumento de 16% do salário mínimo
Aluguéis e hipotecas convertidos como os salários (sem aumento de 8%)

Congelamento dos preços, só as tarifas de energia foram reajustadas 20%

Escala móvel de salários (gatilho automático quando o aumento de preços atingisse 20%)

Conversão dos contratos pela tabela em que o cruzeiro eram desvalorizado 14%- tablita

59
Q

PLANO CRUZADO

Choque heterodoxo - resultados:

A

Queda drástica da tx de inflação.

Crescimento industrial -/± de 30% entre maio e julho

Manutenção do superávit comercial até maio.

60
Q

PLANO CRUZADO

Choque heterodoxo - razões do fracasso:

A

Aumento expressivo da demanda por moeda em função do ↑Consumo.

Passividade da política Monetária= Queda da tx juros

Baixa capacidade de Investimento do setor público p/ eliminar gargalos, em função da Crise Fiscal decorrente em parte da queda das receitas, apesar do ↑carga tributária em 8%, as despesas c/juros da dívida externa aumentavam.

Sacrifício das estatais
Desequilíbrio Balança de Pagamentos – U$ congelado (déficit comercial e evasão U$)

61
Q

CRUZADINHO

Julho de 1986:

A

Aumento dos preços de automóveis

Empréstimos compulsórios (automóveis e combustíveis)p/ financiar investimentos públicos.

62
Q
CRUZADO 2
Novembro 1986 (pós eleições vitoriosas do MDB)
A

Reajuste 60% no preço da gasolina; 120% dos telefones e energia; 100% das bebidas,80% automóveis, 45% a 100% cigarros, 100% bebidas+ tarifas serviços públicos + aumento impostos indiretos, que resultaram em manifestações populares e descrédito.

Incentivo fiscal par poupadores

Mini desvalorizações cambiais

INFLAÇÃO: dez = 7,3% jan = 16,2% fev = 14,4%

Subida Juros + Falências + Deterioração Contas Externas = Moratória

63
Q

PLANO BRESSER

Junho a dezembro de 1987

A

NÃO visava Inflação Zero nem eliminar a indexação, apenas impedir a Hiperinflação

Plano Híbrido: Ortodoxos + Heterodoxos para reverter a Moratória

Duração: junho a dezembro de 1987

Extinção do gatilho e congelamento salários e aluguéis

Congelamento preços e salários por 3 meses.

Criação URP: indexador salários

Alteração da base de cálculo IPC

Desvalorização cambial de 9%

Política Fiscal e Monetária CONTRACIONISTA: ↓gasto público + ↑Tx de juros + compromisso c/ independência BC

64
Q

PLANO BRESSER

Junho a dezembro de 1987 - Resultados:

A

Queda inflação e do déficit público e expansão saldo Comercial, FALTA DE CREDIBILIDADE

Desalinhamento preços relativos

Txs de Juros altas - direcionava $ para Sistema Financeiro

Dificuldade Política para realizar Reforma Tributária

Liberalização congelamento antes dos 3 meses: Inflação 14,14%.

65
Q

POLÍTICA FEIJÃO COM ARROZ - 1988

A

Duração o ano de 1988
ORTODOXO: Objetivo cortar Déficit público de 8% para 4%

Suspensão dos ↑ dos funcionários públicos e adiamento dos preços administrados.

Política SEM sucesso: Preços públicos reajustados em julho e emissão monetária para comprar U$ do superávit comercial.

Tentativa de pacto social: descontentamento das partes.

66
Q

PLANO VERÃO - 1987

A

Plano MISTO (Heterodoxo e Ortodoxo)

Duração: janeiro de 1989. (ano das Eleições Diretas)

3º CHOQUE e 2ª Reforma monetária do Gov. Sarney

NCr$: Mil Cr$

Tx Câmbio: NCr$1,00

67
Q

PLANO VERÃO - 1987

Objetivos:

A

↓Demanda para reduzir tx de inflação

Mecanismos: ↑Tx Juros + restrição crédito + desindexação + promessa de ajuste fiscal + Congelamento de preços por tempo indeterminado.

Salários convertidos pelo poder de compra dos últimos 12 meses + aumento de 26,1%

Extinção da URP - Congresso arbitraria ↑ salários

Extinção da OTN e substituição pela BTN- Contratos pós fixados congelados e contratos pré usariam a tablita.

68
Q

PLANO VERÃO - 1987

Resultados:

A

↑Tx Juros = ↑déficit público + ↑tx câmbio + fim congelamento = Deterioração do saldo comercial

Caos político e econômico - Inflação 1989: 1764,86% (só em 15 dias de março: 85,12%)

69
Q

PLANO COLLOR 1 - PLANO BRASIL NOVO - 1990 - 1991

A

Duração: Março 1990 –Janeiro 1991

Confisco dos depósitos à vista e aplicações financeiras por 18 meses e devolução em 12 parcelas (correção pré –fixada) Autorização de saque até Cr$ 50 mil. Aplicações financeiras até Cr$ 25 mil

Conversão dos preços e salários para Cruzeiro na base de 1 p/1.

Préfixação trimestral dos salários ou a livre negociação

Liberação do Câmbio - Câmbio Flutuante.

Tributação ampliada sobre aplicações financeiras.

Reforma administrativa -fechamento várias agencias públicas

Programa Nacional de Desestatização - Lei 8031/90

Abertura Comercial - eliminação de barreiras não tarifárias + isenção de tarifas de importação para cerca de mil produtos + cronograma de redução gradativa

70
Q

PLANO COLLOR 2 - 1991

A

Min. Marcílio Marques Moreira – jan 1991

Congelamento de preços, salários e unificação das datas base de reajustes salariais

Política Monetária e Fiscal contracionista.

Avanço da política de privatização.

Indexadores oficiais vinculados a BTN foram substituídos pela TR (que seria calculada pelo BC a partir de uma amostra das taxas praticadas pelos bancos na captação de recursos via CDBs)

71
Q

PLANO COLLOR 1 E 2

Resultados:

A

Privatização + importante = Usiminas + 16 empresas

Aumento do desemprego + Queda demanda + queda do Investimento, +queda produção industrial = RECESSÃO

Impeachment em setembro 1992 - assume Itamar Franco com discurso de que a prioridade era a retomada do desenvolvimento.

72
Q

PLANO REAL - 1994

A

eliminação da indexação formal;

Criação de uma unidade de conta, a URV (Unidade Real de Valor), equivalente a cerca de US$ 1, e que teria seu valor em moeda nacional atualizado a cada dia, por um índice calculado como uma média dos principais índices de inflação.

A URV era uma espécie de pré-moeda, pois seria, após um período de transição, transformada na nova unidade monetária, o real;

Conversão dos salários em URVs, pela média real dos quatro meses anteriores;

Determinação de que novos contratos fossem estabelecidos em URVs, enquanto os vigentes deveriam ser convertidos nessa unidade, por acordo entre as partes, até o momento em que a URV se transformasse em moeda, deixando de existir o padrão monetário anterior (nesse momento, a conversão seria compulsória, e todos os preços passariam a ser expressos em URVs, transformados agora em reais, a nova moeda).

73
Q

Comitê de Política Monetária (Copom)

A

Instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo Federal Open Market Committee (FOMC) do banco central dos Estados Unidos e pelo Central Bank Council, do banco central da Alemanha. Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a criação da moeda única em janeiro de 1999.

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Objetivos do Copom

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Os objetivos do Copom são: “implementar a política monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação”.