Hepato III Flashcards

1
Q

Como é formada a veia porta? Quem drena para ela?

A
  • Veia esplênica (onde cai a VMI) + V. mesentérica S

- Esôfago, estômago, retais S e M, umbilicais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais principais achados decorrentes da hipertensão porta?

A

(1) Varizes esofagogástricas
(2) Esplenomegalia
(3) Varizes retais (NÃO é hemorroidas)

(4) Cabeça (recanaliza v. umbilical&raquo_space; VCS e VCI)
- Sinal Cruveilhier-Baumgarten: sopro e frêmito

(5) Encefalopatia (shunt portossistêmico)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Como é formada a ascite? Quais tipos de hipertensão porta pode causá-la?

A

Aumento da pressão sinusoidal&raquo_space; extravasamento de líquido a partir deles (“válvula de escape”)

  1. Pós-sinusoidais: ascite grave e refratária (s/ varizes e s/ esplenomegalia)
  2. Sinusoidais: ascite + varizes
  3. Pré-sinusoidais: varizes, esplenomegalia (teoricamente s/ ascite)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Classifique a hipertensão porta e dê os principais exemplos

A

(1) Pré-hepática:
- Trombose v. porta (hipercoagulabilidade, infecção cateter umbilical)
- Trombose de v. esplênica (pancreatite crônica)

(2) Hepática:
- Pré-sinusoidal: esquistossomose (ovos em espaço porta&raquo_space; reação granulomatosa)
* Pode gerar ascite se extensão do processo/ cirrose
- Sinusoidal: cirrose
- Pós-sinusoidal: doença enxerto-hospedeiro; chá da Jamaica

(3) Pós-hepática:
- Doenças cardíacas: pericardite constritiva, ICC
- Trombose da v. hepática: Sd Budd-Chiari
- Obstrução da v. cava: trombose, neoplasia (rim, fígado)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais os 3 métodos de diagnóstico para hipertensão porta? e a EDA?

A
  1. USG c/ doppler:
    - Calibre aumentado porta (>12mm) e esplênica (>9mm)
    - Fluxo hepatofugal
  2. Elastografia >=15-21 kPa
  3. Gradiente pressórico porta-VCI:
    - >=6: hipertensão porta
    - >=10: varizes
    - >=12: alto R de ascite e ruptura varizes

*EDA: sempre após dx ou suspeita&raquo_space; varizes esofagogástricas selam o dx de HP

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais as (2) complicações gástricas da hipertensão portal e qual conduta no sangramento?

A

(1) Varizes gástricas: terlipressina (padrão-ouro) + cianocrilato (EDA)
(2) Gastropatia hipertensiva portal (alteração mucosa&raquo_space; sangramento difuso em lençol): terlipressina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Em relação à profilaxia primária de sangramento por varizes esofágicas:

a. Indicações
b. Modo

A

a. - Médio (>=5mm) e Grande (>=20mm) calibre
- Pequeno calibre se Cherry-Red Spots ou Child B/C

b. - B-block não seletivo (propranolol, carvedilol) em dose máx. tolerada OU
- Ligadura elástica por EDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Paciente cirrótico, chega ao PA com hematêmese volumosa, palidez, taquicardia e hipotensão.
Qual cd imediata?

A

Estabilização hemodinâmica:

  • Cristaloide +/- CH + Omeprazol EV (não exclui UP)
  • Vasoconstrictor esplâncnico (terlipressina ou octreotide)
  • Ceftrianoxe ou norfloxacino 7d (profilaxia PBE)
  • Plaquetas (se <50.000) e plasma (se RNI >1,7)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Paciente cirrótico, chega ao PA com hematêmese volumosa, palidez, taquicardia e hipotensão. Após medidas iniciais, qual próximo passo?

A

Descobrir a fonte e tratar:
(1) EDA: Ligadura elástica (esofágicas) e/ou cianocrilato (gástricas)

(2) Balão (por até 24-48h): ausência de EDA ou sangramento refratário

(3) TIPS: sangramento refratário (descomprime sistema portal: porta&raquo_space; VCI)
- EC: encefalopatia (shunt rápido)
- C.I: IC direita e doença cística

(4) Cirurgia de urgência (shunts não seletivos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual conduta eletiva num paciente após HDA por varizes esofagogástricas?

A

Profilaxia secundária:

  • B-Block E Ligadura elástica (3-5 sessões)
  • Refratário: TIPS ou shunt esplenorrenal distal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Explique os distúrbios hemodinâmicos do paciente cirrótico

A

(1) Aumento da translocação bacteriana&raquo_space; + NO&raquo_space; Vasodilatação esplâncnica&raquo_space;
(2) Reduz V perfusão em outros órgãos&raquo_space; Rim: + SRAA&raquo_space; Retém Na+ e H20 + vasoconstrição (princ. renal)
(3) Hipoalbuminemia + retenção hidrossalina = ascite e edema&raquo_space; reduz ainda mais V circulante&raquo_space; hipotensão postural, IRA pré-renal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Em relação à abordagem da ascite:

a. Onde realizar a paracentese?
b. Quais suas C.I?

A

a. Entre ponto distal e médio da linha entre cicatriz umbilical e EIAS
b. CIVD e fibrinólise

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como calcular o GASA?

Classifique o tipo de líquido ascítico a partir do seu valor e as causas segundo a quantidade de proteína no líquido

A

(1) Gradiente albumina soro - albumina ascite

a. >= 1,1 (soro>ascite): transudato&raquo_space; hipertensão porta
- Prtn <2,5 g/dL: cirrose (capilarização sinusoide)
- Prtn >2,5 g/dL: ICC, Budd-Chiari (barreira íntegra)

b. <1,1: exsudativo&raquo_space; doença peritoneal
- Prtn <2,5 g/dL: ascite nefrótica
- Prtn >2,5 g/dL: neoplasia, BK, pancreatite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Em relação aos aspectos macroscópicos do líquido ascítico, quais são e o que sugerem?

A

(1) Seroso: cirrose não complicada
(2) Hemorrágico: neoplasia, BK, acidente de punção
(3) Turvo: infecção
(4) Leitoso/quiloso: neoplasias, trauma
(5) Bilioso: trauma VB
(6) Gelatinoso: tumores mucinoso, pseudomixoma peritoneal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Em relação à análise do líquido ascítico, o que avaliar na bioquímica, citometria/citologia e bacteriologia?

A

(1) Bioquímica:
- GASA;
- Prtn T, glicose e LDH (diferencial PBE e PBS);
- TGL (>1000 - quilosa); bilirrubinas; amilase; ureia..
- ADA (TB)

(2) Citometria/ citologia
- PMN (infecção bacteriana);
- Mononucleados (TB, neoplasia, colagenoses)
- Citologia oncótica (ascite carcinomatosa)

(3) Gram (pouca S) e cultura (positiva em 80%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como tratar a ascite no paciente cirrótico?

A

(1) Restrição de sódio: 2g Na/d
(2) Restrição hídrica: 1-1,5 L/d SE Na<125

(3) Diuréticos VO: E:F 100:40
- Espironolactona 100mg (máx: 400mg) + Furosemida 40mg (máx: 160mg)
- Aumentar dose a cada 3-5d
- Objetivo: perda de 0,5 kg/d ou 1,0 kg/d (se edema)

(4) Paracentese de alívio: se sintomática/tensa

17
Q

Defina ascite refratária e defina a conduta

A

(1) Ausência de melhora c/ diuréticos dose máx 12 sem; azotemia/ Na<120/ K >6
(2) a. Suspender B-Block (?) + Midodrina VO 5mg 8/8h

b. Paracenteses terapêuticas 2/2 sem:
- 6-8g de albumina por L SE volume retirado >5L

c. TIPS (se child A ou B)

18
Q

Paciente cirrótico apresentando febre, dor abdominal (sem sinais de irritação) e encefalopatia.

  1. HD e etiologia
  2. Propedêutica e achado
  3. Tto e profilaxia hepatorrenal
A
  1. PBE - Monobacteriana (E.coli, Klebsiella)
  2. Paracentese diagnóstica:
    - PMN >= 250/mm3 + cultura positiva
    • Cefotaxima 2g 12/12h EV (ou ceftriaxone) por 5d
      - Albumina (1,5g/kg 1ºd e 1g/kd 3ºd) + suspensão do diurético
19
Q

Em relação à profilaxia para PBE:

a. Indicação e forma de profilaxia 1ª
b. Indicação e forma de profilaxia 2ª

A

a. - Aguda (HDA): Norfloxacino ou ceftrianoxe 7d
- Crônica (prtn líquido ascítico <1g/dL)

b. Após 1ª episódios de PBE:
- Norfloxacino ou cipro ou bactrim até o fim da ascite

20
Q

Paciente cirrótico com ascite, PMN >=250 e cultura positiva:

a. Quando pensar em PBS?
b. Qual sua etiologia?
c. Como abordar?

A

a. Paracentese >=2: proteínas >1g/dL // glicose <50 mg/dL // LDH elevado
Ausência de melhora clínica em 5d; piora na contagem de PMN; ID bactérias na bacterioscopia

b. Abdome cirúrgico - polimicrobiana
c. TC + cirurgia ou drenagem + ATB (cefalosporina 3ª + metronidazol)

21
Q

Defina e dite a conduta de:

a. Ascite neutrofílica
b. Bacterascite

A

a. PMN >=250 mm³ + cultura NEG
- Tratar igual PBE

b. PMN <250 mm³ + cultura POS
- Tratar se sintomática

22
Q

Em relação à encefalopatia hepática:

a. Principais etiologias
b. Fisiopatologia
c. Clínica
d. Tto

A

a. Hemorragia digestiva (sangue digerido&raquo_space; amônia); infecção (PBE/PBS); constipação (aumenta t de contato c/ bactérias); alcalose metabólica (NH4+ –> NH3)
b. Aumento da [NH3] e outras toxinas&raquo_space; toxicidade cerebral
c. Inversão do ciclo sono-vigília, flapping, desorientação, coma…

d. Lactulona (laxativo + redução do pH) + ATB - rifamixina, neomicina ou metronidazol (reduzir flora produtora de amônia)
* Se agitação: haloperidol

23
Q

Há indicação de profilaxia secundária da encefalopatia hepática? Como?

A

Sim: Lactulose + rifamixina

24
Q

No manejo de um paciente cirrótico de etiologia alcoólica apresentando sinais de encefalopatia hepática + síndrome da abstinência alcoólica, qual benzo preferir?

A

LORAZEPAM - Eliminação renal

25
Q

Em relação à síndrome hepatorrenal:

a. Fisiopatologia
b. Etiologia
c. Clínica e diagnóstico
d. Tto

A

a. Vasodilatação esplâncnica&raquo_space; Vasoconstrição renal
b. Espontânea ou precipitada por eventos agudos (HDA, PBE, diurese intensa, paracentese de alto V s/ repor albumina)

c. Hepatopatia grave + Cr >1,5 agudamente
- SEM hipoV/ infecção/ droga nefrotóxica e
- USG normal

d. Albumina 14d + terlipressina (ou nora) +/- hemodiálise
- Tto definitivo: transplante HEPÁTICO

26
Q

Em relação à síndrome hepatopulmonar:

a. Fisiopatologia
b. Clínica
c. Propedêutica
d. Tratamento

A

a. Aumento NO pulmonar&raquo_space; Dilatações vasculares intrapulmonares (principalmente em base)&raquo_space; Mtas hm passam ser ser oxigenadas&raquo_space; Shunt direita-esquerda
b. Hepatopata grave com HP + Platipneia e ortodeóxia (dispneia e satO2 piores com ortostase)

c. Gaso arterial: hipoxemia e queda da PaO2 >=10% c/ ortostase
Eco contrastado (microbolhas): shunt reduz depuração pulmonar >> cora o VE

d. O2 suplementar
Transplante hepático: único definitivo

27
Q

Quais as (3) indicações de albumina no paciente cirrótico?

A

(1) PBE - profilaxia para SHR
(2) Síndrome hepatorrenal
(3) Paracentese de alívio (>5L)