Gastro I Flashcards
Explique a motricidade esofágica
- 1/3 superior: músculo estriado, transferência, coordenação SNC
- 2/3 inferiores: músculo liso, condução, coordenação SNA:
> Plexo mioentérico (Auerbach): peristalse
> Plexo submucoso (Meissner): secreção glandular
Paciente, 50 anos, queixa disfagia esofagiana progressiva há cerca de 5 anos, inicialmente para alimentos secos e atualmente para todos os sólidos, associada a emagrecimento e tosse noturna. Nega tabagismo, etilismo e HF de Ca.
- HD
- Etiopatogenia
- Classificação
- Padrão-ouro para diagnóstico e achados
- Quais outros exames solicitar?
- Acalásia
- Destruição dos plexos de Auerbach > reduz peristalse, mantém EEI hipertônico e não o relaxa > Acúmulo de alimento e dilatação esofágica
- Primária (maioria) x Secundária (Chagas)
- Esofagomanometria: aperistalse do corpo (ondas de baixa amplitude) + Hipertonia do EEI + DIFICULDADE DE RELAXAMENTO DO EEI
- Esofagografia baritada (estadiar) - sinal do bico de pássaro/ chama de vela
- EDA c/ bx de cárdia e esôfago distal (excluir CCE)
- Sorologia para Chagas
- Esofagografia baritada (estadiar) - sinal do bico de pássaro/ chama de vela
Estadiamento (Macarenhas) e tratamento do megaesôfago
Mudanças dietético-posturais +
(I) <4cm e atraso no esvaziamento
> Nitrato SL pré refeições + Nifedipino VO 10mg 6/6h
> Toxina botulínica 3/3m
(II) 4-7 cm > Dilatação pneumática com balão
(III) 7-10 cm > Miotomia de Heller (MELHOR) +/- fundoplicatura
(IV) >10cm e dolicomegaesôfago > Esofagectomia
Mulher, 40 anos, comparece ao PA com queixa de dor retroesternal em aperto, associada à disfagia para líquidos e sólidos, há cerca de 20 minutos, após briga familiar. HPP: TAG, em tto irregular.
ECG, enzimas cardíacas e Rx tórax sem alterações.
1. HD
2. Patogenia
3. Exame diagnóstico, achados e dx diferencial
4. Como estaria o esofagograma?
5. Tto
- Espasmo esofagiano difuso (EED)
- Degeneração axonal de neurônios INIBITÓRIOS do plexo de Auerbach > espasmos
- Esofagomanometria + teste provocativo (betanecol):
- Contrações simultâneas; Vigorosas (P >120 mmHg); Longas (>2,5 seg)
* Se P >180 mmHg = Esôfago em quebra-nozes - Esôfago em saca-rolha ou em contas de rosário (dx diferencial com presbiesôfago - velho)
- Ansiolíticos, nitratos e nifedipina
Refratários: miotomia longitudinal
Quais (6) principais causas de obstrução extrínseca esofágica?
(1) Aumento do AE (na EM: Sínd. de Ortner)
(2) Aneurisma de aorta
(3) Tireoide retroesternal
(4) Exostose óssea
(5) Tumores extrínsecos (princ. pulmonares)
(6) Anomalias arco aórtico: disfagia lusória (a. SC direita) ou a. pulmonar E
Paciente comparece ao PA com queixa de disfagia aguda durante um rodízio de carne, relata que já teve episódios semelhantes, principalmente ao comer pão ou carne. Feito glucagon 1mg IV com melhora da condição.
A. HD e 2 principais subtipos
B. Tto definitivo
- Membranas/Anéis esofágicos:
a. Anel de Schatzki (distal)
b. Síndrome de Plummer-Vinson (proximal e médio) - anemia ferropriva grave - Dilatação endoscópica
Paciente de 70 anos, queixa de halitose importante, associada à regurgitação de alimentos não digeridos e disfagia para sólidos. Refere PNM de repetição desde que começou a apresentar tal clínica. Ao exame, nota-se pequeno abaulamento redutível em região cervical..
- HD
- Fisiopatologia
- Confirmação dx
- Tto
- (pseudo)Divertículo de Zenker
- Hipertonia do m. cricofaríngeo (EES) –> Aumento da pressão acima –> pulsão: herniação de mucosa e submucosa no pelo triângulo de Killian (entre m. faríngeo inf. e EES)
- Esofagograma baritado
- Se sintomático:
- <2cm: miotomia
- >= 2cm: miotomia + diverticulopexia ou ectomia
* Alternativa 2-5cm: EDA (procedimento de Dohlman)
Paciente, obeso, queixa-se de pirose e regurgitação ácida há 2 meses, após grandes refeições, pior ao se deitar.
- HD
- Patogenia
- Dx
- Tto clínico
- DRGE
- Aumento da frequência de relaxamento transitório do EEI (70%) / Hipotonia do EEI (P <10mmHg) / Alteração da JEG: hérnia hiatal
- Sintomas típicos + resposta ao tto em 2sem
- MEV + IBP 30min antes do café por 8 sem:
- 2ªsem sem melhora: dobra a dose
- 4ªsem sem melhora: refratário > pHmetria de 24h
Em relação à DRGE,
a. Quais principais sintomas atípicos? O que fazer?
b. 3 Complicações
a. Faringite, globus / rouquidão / tosse noturna / asma:
- IBP 2x/d por 2-3 meses
b. (1) Estenose péptica: disfagia progressiva c/ melhora da pirose > EDA c/ bx > dilatação pneumática + IBP 2x/d
(2) Úlcera esofágica distal: odinofagia e hemorragia oculta (anemia)
(3) Esôfago de Barret (metaplasia intestinal)
Em relação à DRGE:
a. Exame padrão-ouro e indicações
b. Indicações de EDA
c. Indicação de manometria
a. pHmetria de 24h: sintomas atípicos ou dúvida dx; refratários; pré-op
b. EDA: sinais de alarme (disfagia/ odinofagia/ anemia/ emagrecimento / idade >45 anos/ HF Ca); doença >5-10 anos (rastrear Barret)
c. Pré-op para escolher técnica de fundoplicatura
Em relação ao tratamento cirúrgico da DRGE:
A. 3 Indicações
B. Técnicas
A. Refratariedade clínica (c/ regurgitação e/ou hérnia)
C.I ao uso crônico de IBPs
Estenose (dilatação com balão antes) ou úlcera esofágica (controversas)
B. Fundoplicatura:
(1) Total = Nissen > Manometria Normal
(2) Parcial = Manometria dismotilidade (R de acalásia):
- Anterior: Dor e Thal
- Posterior: Lind e Toupet (Lindão, c/ Topete p/ trás)
Paciente com DRGE crônica, foi submetido à EDA que evidenciou lesão vermelho salmão em esôfago distal. Biópsia mostrou células caliciformes.
- HD e risco
- Seguimento/Cd
- Esôfago de Barret / Risco de adenoCa (40x)
- Sem displasia: EDA a cada 3/5 anos
- DBG: EDA anual ou ressecção endoscópica
- DAG (adenoCa in situ): ressecção ou ablação (
- Sem displasia: EDA a cada 3/5 anos
Quais os principais fatores de risco para CCE e adenocarcinoma de esôfago?
(1) CCE (1/3 médio): Tabagismo; etilismo; HPV; acalásia; estenose cáustica; tilose palmar e plantar
(2) AdenoCa (1/3 distal): DRGE; Barret (>3cm); obesidade
Princ. via: DRGE > Esofagite > Barret > DBG > DAG > Ca
Paciente 70 anos, negro, tabagista e etilista de longa data, queixa-se de disfagia progressiva há 1 mês, primeiramente para sólidos e agora para líquidos, associada à emagrecimento de 10% do peso. Realizou esofagograma baritado com sinal de maçã mordida em terço médio.
A. HD
B. Dx
C. Estadiamento com tto
A. CCE de esôfago
B. EDA + bx
C. - T1a (mucosa): ressecção endoscópica
- > = T1b: RT/QT neo > esofagectomia (margem 8cm) + linfadectomia + reconstrução (:
- Transtorácica ou trans-hiatal
- T4b (adjacentes irressecáveis) ou M1: paliação (prótese endoscópica, RT, gastro/jejunostomia…)
Paciente branco, 60 anos, obeso, portador de DRGE de longa data em tratamento irregular com omeprazol, comparece à consulta queixando de disfagia progressiva há 2 meses associada a perda de 10% do peso. Nega tabagismo e etilismo.
a. HD
b. Exames p/ estadiamento
A. Adenocarcinoma esofágico
B. (1) TC de tórax e abdome > M0? >
(2) Ecoendoscopia (padrão-ouro) > T e N > N+ > PAAF (3) Laparoscopia: se adenoCa intra-abdominal ou suspeita de disseminação peritoneal
Explique a produção de HCl no estômago
+ cél PARIETAL (oxínticas) à secretar HCL no FUNDO, por 3 vias:
(1) Antro: aumento do pH, aa e distensão gástrica –> + células G –> gastrina –> HCl
* Cél D –> somatostatina –> - céls G
(2) Antro: cél. enterocromafim-like –> Histamina –> HCl
(3) Estímulo visual/olfatório/gustativo –> + n. X –> Ach –> HCl