Hepato I Flashcards

1
Q

Como é feito o suprimento sanguíneo dos hepatócitos?

A

Através dos capilares sinusoides fenestrados, mistura de:

1) Veia porta (70%): > fonte de O2; traz sangue mesentérico; metabolismo de 1ª passagem
(2) Artéria hepática (30%

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2
Q

Explique a unidade funcional do fígado: lóbulos hepáticos

A
  • Hexágono c/ hepatócitos enfileirados entre capilares sinusoides (revestidos por céls endoteliais e céls de Kupffer) - entre os 2: espaço de Disse
  • Nas pontas: espaço porta c/ ramos de:
    > Veia porta (centrípeta)
    > A. hepática (centrípeta)
    > Ductos biliares (centrífuga)
  • No centro: veia centrolobular&raquo_space; veia hepática
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3
Q

Explique o metabolismo do fígado de:

a. proteínas
b. carboidratos
c. lipídeos

A

a. Única fonte de albumina e > parte dos fatores de coagulação - Medem função hepática
* Dx diferencial: enteropatia perdedora de proteínas e CIVD

b. > fonte de glicose: gliconeogênese e glicogenólise (armazena glicogênio) - Lesão aguda: hipoglicemia
c. Principal fonte de colesterol endógeno: sintetiza e armazena&raquo_space; excreta no sangue (LDL) e na bile

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4
Q

Explique o metabolismo hepático da amônia e as condições que determinam o aumento do seu aporte no SNC

A
  • Digestão de proteínas por bactérias intestinas&raquo_space; amônia – fígado –> ureia (- tóxica e hidrossolúvel)
  • Aumento do aporte no SNC:
    (1) Redução da depuração hepática
    (2) Shunts portossistêmicos na hipertensão porta
    (3) Hemorragia digestiva: metabolismo da hb gera amônia (excede capacidade hepática)
    (4) Alcalose metabólica: aumenta conversão de amônio (NH4+) em amônia (NH3), lipossolúvel
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5
Q

Explique o metabolismo da bilirrubina

A

(1) Formação: degradação da Hb em globina + heme&raquo_space; Heme em ferro + protoporfirina&raquo_space; Biliverdina&raquo_space; BbI
(2) Transporte: BbI-Albumina

(3) Metabolismo hepático:
- Captação BbI
- Conjugação pela glucoronil-transferase: BbI&raquo_space; BbD
- Excreção BbD na bile (+ sensível à lesão aguda - depende de ATP - acumula e regurgita p/ o sangue)

(4) Fase intestinal: 2 caminhos:
- Excreção nas fezes
- Metabolização em urobilinogênio
&raquo_space; Parte reabsorvida&raquo_space; excretada na urina
&raquo_space; Parte eliminada nas fezes (estercobilina)
*No aumento da excreção hepática (hemólise): urobilinogênio urinário pode estar bem aumentando&raquo_space; colúria leve
*Na redução da excreção (hepatite, colestase): pouco urobilinogênio fecal&raquo_space; acolia // alta bilirrubinúria&raquo_space; colúria importante

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6
Q

Quais os 5 mecanismos de icterícia e suas principais etiologias?

A

(1) Superprodução de Bb: hemólise, eritropoiese ineficaz..
(2) Redução da captação: medicamentos, infecção..
(3) Redução da conjugação: Gilbert (leve e comum), Crigler-Najjar II (mod), Crigler-Najjar I (grave); RN; medicamentos..
(4) Excreção: Dubin-Johnson (leve), Sd de Rotor (leve); doença hepatocelular; gravidez; medicamentos..
(5) Obstrução biliar intra ou extra-hepática (colestase): estenose, tumor, calculose..

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7
Q

Defina cronologicamente as hepatites

Qual fator determinante no seu grau e progressão?

A

(1) - Aguda (<6m)
- Crônica (>6m): principalmente B e C
- Fulminante (encefalopatia em <8sem) - TAP alargado

(2) Resposta imunológica:
- Reduzida cronifica mais (RN cronifica B em 95% // adulto em 5%)
- Descontrolada fulmina mais

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8
Q

Como costuma ser a história natural das hepatites virais?

A

(1) Contágio > período de incubação variável

(2) Fase prodrômica: constitucionais (febrícula), alteração paladar, TGI, artrite, GN..
- Aumento leve AST/ALT

(3) Fase ictérica: BbD +/- colúria, hipocolia e prurido (se colestase intra-hepática)
- Aumento intenso de AST e ALT (+) (>10x)
- Pode NÃO acontecer

(4) Convalescência: melhora dos sintomas c/ cura ou cronicidade

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9
Q

Em relação à hepatite A:

(1) Transmissão
(2) Clínica
(3) Propedêutica
(4) Conduta

A

(1) Fecal-oral (> no t de incubação)

(2) - Assintomática (maioria): > crianças
- Sintomática (10%): > adultos; ~8sem; colestase intra-hepática; pode flutuar icterícia; NÃO cronifica
- Fulminante (0,3%): > idosos

(3) Linfocitose; eleva AST/ALT, Bb, FA/GGT (colestática);
- Anti-HAV: IgM (até 6m) e IgG (cicatriz)

(4) - Sintomáticos; atestado 2 sem

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10
Q

Explique a estrutura do vírus da hepatite B

A
  • ÚNICO DNA
  • Antígenos:
    > HBsAg (superfície) = presença do vírus no corpo
    > HBcAg (core) = não detectado nos exames
    > HBeAg (core - secretado) = replicação viral
    > DNA-HBV: carga viral = replicação
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11
Q

Em relação à hepatite B:

(1) Transmissão
(2) Formas evolutivas
(3) Manifestações extra-hepáticas

A

(1) SEXUAL; vertical (> perinatal); percutânea..

(2) Aguda&raquo_space;
- 1% fulmina: insuficiência; redução AST/ALT (ausência de hepatócitos); anticorpos +++ e Ag (-)
- 5% cronifica (adulta)&raquo_space; 20-50% cirrose&raquo_space; 10% carcinoma hepatocelular
* O vírus B pode causar CHC s/ passar pela cirrose

(3) 10-20% dos crônicos&raquo_space; Imunocomplexos:
- PAN; GNDA/ GN membranosa
- Acrodermatite papular (Dç de Gianotti): eritema maculopapular simétrico em face, membros e nádegas

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12
Q

Explique a história natural dos marcadores sorológicos da hepatite B
E como se encontram em caso de vacinação?

A

(1) Contágio&raquo_space; HBsAg

(2) Início dos sintomas&raquo_space; Eleva AST/ALT + Anti-HBc IgM (aguda) e IgG (cicatriz)
* HBsAg pode estar negativo (janela imunológica)

(3) Evolução:
- Cura&raquo_space; Anti-HBs (+) / HBsAg (-) / Anti-HBc IgG (+)
- Cronicidade&raquo_space; HBsAg (+) >6 meses / Anti-HBs (-) / Anti-HBc IgG (+)

(4) HBeAg e anti-HBe se alternam entre (+) e (-) ao longo das fases de replicação/ não replicação do vírus
* Vacina: anti-HBs (+) / anti-HBc (-)

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13
Q

Em relação ao mutante pré-core do vírus B,

a. o que representa?
b. como suspeitar?
c. como confirmar?

A

a. Falha na síntese do HBeAg (replica sem mostrar) - mais agressiva (>R fulminantet, cirrose e câncer)
b. HBsAg (+) // HBeAg (-) // transaminases mto altas
c. Carga viral (HBV-DNA)

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14
Q

Quando pensar em mutante por escape do vírus B?

A
  • HBsAg E anti-HBs positivos (ac NÃO neutralizante): presença de infecção
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15
Q

Tratamento hep B:

(1) Esquemas recomendados
(2) Objetivo

A

(1) 1ª linha: tenofovir
Se prevenção de reativação ou C.I: entecavir (NUNCA na gestante)

(2) Cura ou C.V. indetectável (<10.000 cópias/mL ou <2.000 UI/mL)

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16
Q

Como fazer profilaxia geral p/ vírus B?

Revacinação

A

Vacinação: 0, 2, 4 e 6 meses OU 3 doses adultos não vacinados

  • Revacinar se não soroconverter em 1-2m (não pede anti-HBs em todos)&raquo_space; se continuar sem: não respondedor
17
Q

Em relação à hepatite C:

a. Características do vírus
b. Transmissão
c. Formas evolutivas
d. Manifestações extra-hepáticas

A

a. RNA, 7 genótipos (+ prev. 1 e dps 3), mutagênico
b. Sangue (drogas, perfuros), sexual, vertical rara (aumenta se HIV +), não identificada (50%)
c. Aguda (> assintomática)&raquo_space; 80%: Crônica&raquo_space; 30%: cirrose&raquo_space; 10%: CHC

d. - Crioglobulinemia mista (II)&raquo_space; GN membranoproliferativa e vasculite sistêmica
- Porfiria cutânea, líquen plano, SS, fibrose pulmonar intersticial…
- Aumenta o R de linfoma não Hodgkin

18
Q

Quais exames disponíveis para confirmação da infecção pelo HCV?
E como funciona o diagnóstico?

A

(1) - Anti-HCV: (+) em 8-12 sem&raquo_space; infecção ou cura ou FP
- HCV-RNA (PCR c/ carga viral): (+) em 2 sem&raquo_space; infecção
- RIBA (MS não faz): se anti-HCV (+) e RNA (-)
&raquo_space; RIBA (+) = infecção prévia curada
&raquo_space; RIBA (-) = falso-positivo

(2) Anti-HCV (+)&raquo_space; HCV-RNA (+) = Infecção&raquo_space; Genotipagem (guiar tratamento)
* Em suspeita de infecção aguda usa-se direto o HCV-RNA

19
Q

Tratamento do vírus c:

a. Objetivo
b. Esquemas

A

a. Resposta viral sustentada&raquo_space; C.V. indetectável na 12ª-24ª sem do tto

b. 8-24 sem&raquo_space; antivirais de ação direta +/- ribavirina (se cirrose):
- Tipo 1: Ledipasvir + sofosbuvir (LESO)
- Outros tipos: velpatasvir + sofosbuvir
* Se TFG<30: glecaprevir + pibrentasvir

20
Q

Em relação ao vírus da hepatite D:

a. Vírus necessário para infecção
b. Formas de infecção
c. Quando e como pesquisar?
d. Como tratar?

A

a. Vírus B (HbsAg +)

b. - Coinfecção: D + B agudas
- Superinfecção: D agudo em um B crônico (>R de fulminante e cirrose - D é diretamente citopático)

c. Paciente HbsAg (+) e área endêmica (Amazonas)&raquo_space; Anti-HDV e RNA-HDV
d. alfapeginterferona + tenofovir ou entecavir

21
Q

Com qual infecção mais se parece o vírus da hepatite E? Qual diferença?

A
  • Forma endêmica: similar ao HAV - Fulmina + em gestantes;

- Forma autóctone: zoonose (carne de porco mal passada) - manifestações extra-hepáticas - pode cronificar;

22
Q

Hep A: profilaxia primária e pós exposição

A

(1) - Medidas sanitárias;
- Vacinação c/ 15 meses (até 4a) ou condições especiais no CRIE (2 doses)

(2) Pós-exposição em não vacinados (até 14d): vacina e/ou Ig (<1a ou imunodeprimido)

23
Q

Investigação diagnóstica padrão para hepatite B

A

HBsAg (TR ou não)&raquo_space; (+)&raquo_space; HBV-DNA&raquo_space; Detectável = Infecção pelo HBV

24
Q

Hep B: indicações de tratamento (4)

A

Aguda: grave (coagulopatia)

Crônica se:

  • HBeAg (+) e transaminases altas ou mutante pré-core
  • Coinfecção c/ HIV ou HCV
  • Prevenção de reativação (mesmo nos curados): imunossupressão ou QT
25
Q

Hep B: Profilaxia pós-exposição como e quando (4)

A

HBIg em 7-14d + vacina se:

  • Acidentes biológicos (se não vacinado ou não respondedor);
  • Parceiro sexual c/ HBV aguda;
  • Vítimas de abuso sexual;
  • Imunossuprimido após exposição (mesmo que vacinado)
26
Q

Hep B: Profilaxia de transmissão vertical (RN e mãe)

A
  • TODOS RN: Ig anti-HBs até 24h + vacina em locais diferentes até 12h;
  • Se mãe HBeAg (+) ou carga >200.000 ou ALT >2x VR: tenofovir a partir da 28ªsem na mãe
  • Via de parto: indicação obstétrica
27
Q

Tratamento hepC:

a. Quem tratar?
b. Exceções (4)

A

a. TODOS

b. - Gestantes (tudo teratogênico/ sem estudo)
- <3 anos
- Expectativa de vida <12m
- Cirrose descompensada c/ transplante em <6m