CLM 2 - Síndrome diarreica Flashcards
Características da diarreia alta
Grande volume, pouca frequência, sem tenesmo
Características da diarreia baixa
Pequeno volume, alta frequência (> 10 episódios por dia) e com tenesmo
Gastroenterite viral: agente etiológico + comum em adultos, crianças e em ambos
Adultos: norovírus
Crianças: rotavírus
Adultos e crianças: rotavírus
Diarreia do viajante: agente etiológico
E. coli (enterotoxigênica)
Gastroenterite bacteriana que evolui com síndrome hemolítico-urêmica (SHU): agentes etiológicos
E. coli entero-hemorrágica (O157H7) e Shigella
Agentes mais comumente envolvidos na gastroenterite bacteriana com febre e disenteria
Shigella e E. coli invasiva
Gastroenterite bacteriana com diarreia vultuosa em “água de arroz” associada a quadros graves de desidratação: agente etiológico
Vibrio cholerae
Gastroenterite bacteriana com quadro de pseudoapendicite: agentes
Campylobacter e Yersinia
Gastroenterite bacteriana que evolui com Sd de Guillain-Barré: agente
Campylobacter jejuni
Medicação contraindicada em caso de disenteria
Loperamida
Agente envolvido na osteomielite de paciente com anemia falciforme
Salmonella
Antibióticos associados com a patogênese da colite pseudomembranosa
Clindamicina
Cefalosporinas
Quinolonas
Diagnóstico da colite pseudomembranosa
Diarreia sem outra causa conhecida +
Pesquisa de toxina A e B nas fezes
Coprocultura/PCR/NAAT para detecção do C. diffcile
Colonoscopia: pseudomembranas no cólon
OBS: o NAAT pode ser utilizado isoladamente como critério
Classificação de gravidade da colite pseudomembranosa
- Não grave: leuco até 15 mil e Cr < 1,5
- Grave: leuco > 15 mil e Cr > 1,5
- Colite fulminante: hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon
Tratamento da colite pseudomembranosa
Colite com ou sem critérios de gravidade: Vancomicina oral por 10-14 dias OU Fidaxomicina via oral por 10 dias
Colite fulminante: Vancomicina via oral por 10-14 dias MAIS Metronidazol EV por 10-14 dias
ATB de escolha para tratamento da cólera
1ª opção: Doxiciclina 300 mg dose única
Alternativa: Azitromicina 1 g dose única
Indicações de antibioticoterapia empírica na diarreia aguda e ATB de escolha
Febre alta Disenteria Desidratação importante Duração maior que 7 dias Idosos e imunocomprometidos Pacientes com valvas cardíacas mecânicas
ATB: quinolonas. Ciprofloxacino 500 mg de 12/12h por 3-5 dias
Diagnóstico da doença celíaca
Biópsia da porção mais distal do duodeno (padrão-ouro)
Testes sorológicos: anticorpo antitransglutaminase IgA; anticorpo antigliadina IgA e IgG e anticorpo antiendomísio IgA
Alelos envolvidos na patogênese da doença celíaca
HLA-DQ2 e HLA-DQ8
Manifestações extraintestinais da doença celíaca
Anemia ferropriva refratária
Osteomalácia/osteoporose
Erupção (dermatite herpertiforme)
Atrofia de musculatura glútea
Artralgias
Dist neurológicos: miopatia, ataxia, epilepsia
Dist psiquiatricos: depressão, esquizofrenia
Outras condições clínicas associadas à doença celíaca
Dermatite herpetiforme
Sd de Down
Deficiência de IgA
Doença tireoidiana
Neoplasias que têm seu risco aumentado pela doença celíaca (2)
Adenocarcinoma de jejuno
Linfomas não-Hodgkin
Alterações histológicas compatíveis com doença celíaca na biópsia
Atrofia de vilosidades
Hiperplasia de criptas
Infiltrado linfoplasmocitário na lâmina própria (> 40/100 enterócitos)
Principais diferenças clínicas entre amebíase e giardíase
Amebíase (diarreia invasiva do cólon): disenteria; ameboma; abscessos hepáticos
Giardíase (não-invasiva no delgado): “atapeta” o delgado e causa má-absorção
Tratamento das parasitoses por protozoários
“…NIDAZOL” (METRO/SEC/TI)
Helmintos que possuem ciclo pulmonar (Sd de Loeffler)
Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenalis Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides
Tratamento da sub-oclusão intestinal por áscaris
Piperazina + oléo mineral
Após eliminação: “…BENDAZOL” (ME/TIA/AL)
Quadro clínico da toxocaríase e tratamento
Quadro clínico: síndrome de Loeffler, hepatomegalia, febre eosinofilia intensa
Tratamento: Albendazol + corticoide
Parasitose que pode cursar com auto-infestação (forma disseminada) e sepse
Estrongiloidíase
Tratamento: ivermectina
Parasitose associada a prurido anal intenso
Enterobíase
Dx: fita gomada
Parasitose associada a prolapso retal
Tricuríase
Manifestações extraintestinais da doença inflamatória intestinal
Cutâneas: eritema nodoso (atividade de doença) e pioderma gangrenoso (RCU)
Hepatobiliares: cálculos biliares (DC) e colangite esclerosante (RCU)
Articulares: artrite periférica (DC/atividade de doença)
Urológicas: nefrolitíase (DC) e fístulas intestinais (DC)
Exame endoscópico na DC e na RCU
DC: “pedras em calçamento”/úlceras
RCU: mucosa eritematosa, friável e edemaciada/pseudopólipos
Biópsia na DC e na RCU
DC: granuloma não caseoso
RCU: criptite
Anticorpos na DC e na RCU
DC: ASCA + e pANCA -
RCU: ASCA - e pANCA +
Tratamento da Doença de Crohn
Doença leve a moderada:
1) Indução da remissão: derivados do 5-ASA -> ATB -> corticoide -> imunomoduladores e/ou biológicos
2) Manutenção: derivados do 5-ASA e/ou corticoide
Doença moderada a grave:
1) Indução da remissão: terapia dupla (biológico + imunomodulador = top down)
2) Manutenção: mantém a terapia dupla por um ano
Doença grave a fulminante:
1) Estabilização clínica + TC de abdome (complicações)
2) ATB de amplo espectro (cipro + metronidazol)
3) Tratar complicações:
- Abscesso: drenagem percutânea
- Fístulas: tto clínico inicialmente
- Perfuração: rafia
- Obstrução total: estricturoplastia
4) Biológicos + corticoide
Tratamento da retocolite ulcerativa
Colite distal:
1) Indução da remissão: mesalamina retal -> mesalamina retal + corticoide retal OU mesalamina retal + derivado do 5-ASA oral -> biológicos
2) Manutenção: mesalamina retal
Colite leve a moderada:
1) Indução da remissão: derivado do 5-ASA oral -> 5-ASA + corticoide -> imunomodulador
2) Manutenção: 5-ASA + corticoide
Colite grave a fulminante:
1) Estabilização clínica:
- Dieta zero por 24-48h
- SNG em sifonagem
- Hidratação venosa vigorosa + correção de DHE
- Hemotransfusão se Ht < 25-28%
2) ATB (cipro + metronidazol)
3) Hidrocortisona/Metilprednisolona
4) Colite grave que não responde à terapia: colectomia total
4) Manutenção: derivado do 5-ASA + imunomodulador se necessário
Critérios de Roma IV para Síndrome do Intestino Irritável
Dor abdominal recorrente, acontecendo, em média, pelo menos um dia por semana nos últimos três meses, associada com dois ou mais dos seguintes:
1) Relação com a defecação
2) Mudança na frequência da defecação
3) Mudança na forma (consistência) das fezes
Os sintomas devem ter começado há pelo menos seis meses
Achados clínicos patognomônicos da doença de Whipple
Mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética, acompanhada de paralisia do olhar vertical supranuclear
Agente etiológico da Doença de Whipple e diagnóstico
Tropheryma whipplei
Diagnóstico: biópsias teciduais com a presença de macrófagos PAS-positivos contendo pequenos bacilos característicos / pesquisa por PCR para T. whipplei no líquor
Tratamento da doença de Whipple
Primeiras duas semanas: ceftriaxone OU meropenem
Da segunda semana até o final de um ano: SMZ/TMP
Tríade da síndrome carcinoide
Diarreia + flush cutâneo + doença orovalvar direita
Local de ação da sulfassalazina no TGI e mecanismo de ação da medicação
Local: cólon
Ação antibacteriana (sulfapiridina)
Ação anti-inflamatória (5-ASA)
Suplementação necessária para pacientes em uso de sulfassalazina
Folato 1-2 mg/dia pois a medicação inibe sua absorção