CLM 19 - Distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos Flashcards
Valores de referência na gasometria arterial
pH = 7,35 - 7,45 pCO2 = 35 - 45 HCO3 = 22 - 26 BE = -3 a +3 BBecf (total de bases) = 48 mEq/L
Fórmula da pCO2 esperada na acidose metabólica
(1,5 x HCO3) + 8
Fórmula da pCO2 esperada na alcalose metabólica
HCO3 + 15
Causas de acidose metabólica
Acidose lática Cetoacidose Uremia Perdas digestivas baixas Acidoses tubulares renais
Causas de acidose metabólica com ânion gap aumentado
Salicilato (AAS) Álcool (metanol, etilenoglicol) Lactato (choque, doença hepática, trânsito GI lento) Uremia DM (cetoacidose)
Composto orgânico responsável pela intoxicação de indivíduos que consumiram a cerveja Belorizontina no surto de jan/20 e seu metabólito tóxico
Dietilenoglicol: agente anticongelante
Metabólito tóxico principal: ácido diglicólico
Quadro clínico da intoxicação por dietilenoglicol
Insuficiência renal aguda + paralisia do VII par craniano (facial) e/ou paralisia flácida ascendente + níveis elevados de proteínas no LCR com celularidade normal
Tratamento da intoxicação por dietilenoglicol
Acidose metabólica: bicarbonato de sódio
Antídoto: Fomepizol (inibe a álcool desidrogenase) ou etanol
Refratariedade: diálise
Causas de acidose metabólica hiperclorêmica
Perdas digestivas baixas (diarreia, fístula pancreática e ureterosigmoidostomia)
Acidoses tubulares renais (2, 1 e 4)
Quando fazer bicarbonato na acidose metabólica com AG aumentado
Se intoxicações
Uremia com pH < 7,1
Cetoacidose se pH < 6,9
Tratamento da acidose metabólica hiperclorêmica
Citrato de potássio, VO (repor bases)
Causas de alcalose metabólica
Perdas digestivas altas (vômitos/SNG) Tiazídicos, furosemida Hiperaldosteronismo primário Hipertensão renovascular Adenoma viloso de cólon
Como está o potássio e o cloro séricos na alcalose metabólica?
BAIXOS
Característica da urina na alcalose metabólica
Acidúria paradoxal
Tratamento da alcalose metabólica por vômitos/diuréticos
SF 0,9% + KCl
Tratamento da alcalose metabólica por hiperaldosteronismo primário
Sd de Conn: espironolactona/cirurgia
Estenose de artéria renal: angioplastia/revasc
Na sérico (valor de referência)
135-145 mEq/L
Fórmula da osmolaridade plasmática
2 x Na + Glicose/18 + Ur/6 = 285-295 mOsm/L
Ur/6 OU BUN/2,8
Fórmula da osmolaridade plasmática efetiva (tonicidade)
2 x Na + Glicose/18
O que é Gap osmótico? E qual o significado do seu aumento?
Gap osmótico = Osm medida (osmômetro) - Osm plasmática
Se > 10 mOsm/L = INTOXICAÇÃO EXÓGENA
Quem controla a osmolaridade?
Centro da sede e ADH
Causas de hiponatremia hipovolêmica
Vômitos
Hemorragias
Tiazídicos
Hipoaldosteronismo
Causas de hiponatremia hipervolêmica (com edema)
ICC
Cirrose
Causas de hiponatremia normovolêmica
SIAD
Hipotireoidismo
Bioquímica urinária na SIAD
Na urinário alto > 40 mEq/L
Osm urinária aumentada
Uricosúria
Causas de SIAD
SNC (AVE, TCE, meningite)
IAtrogenia (psicofármacos)
Doença pulmonar (oat cell, PNM por Legionella)
HIV
Tratamento da hiponatremia
Hipovolêmica: SF 0,9%
Hipervolêmica: restrição hídrica / furosemida (ação medular)
Normovolêmica (SIAD): restrição hídrica, Na, furosemida e antagonistas do ADH (vaptanos ou demeclociclina)
Tratamento da hiponatremia aguda sintomática (< 48h)
Na < 120 mEq/L
- Repor sempre com NaCl 3%
- Elevar a natremia em 3mEq/L nas 3 primeiras horas e em 12 mEq/L em 24 h
- Calcular o déficit de Na (8-10 mEq/L) = 0,6 x PESO x déficit de Na (Se mulher: 0,5 x PESO x déficit de sódio)
- Passar para g de NaCl = dividir por 17
- Repor com NaCl 3% = regra de 3
Causas de hipernatremia
Incapacidade de pedir líquidos (coma / RN / idoso)
Diabetes insipidus central ou nefrogênico
Tratamento da hipernatremia
Água potável VO ou SNE
SG 5% ou salina 0,45% EV
Reduzir a natremia em 10 mEq/L nas primeiras 24 h
Sd cerebral perdedora de sal
Hiponatremia hipovolêmica
Liberação de BNP - natriurese - estímulo APROPRIADO ao ADH - hipovolemia
Controladores do potássio sérico
Fluxo celular
Bomba de aldosterona
Hipercalemia sec saída de K do intracelular
Rabdomiólise
Sd da lise tumoral
Acidose
Hemólise maciça
Hipercalemia sec a retenção urinária de K
IRA
Hipoaldosteronismo
IECA e espironolactona
Heparina
ECG na hipercalemia
Apiculamento da onda T
Achatamento da onda P
Alargamento do QRS
Tratamento da hipercalemia grave (K > 6,5 e alterações eletrocardiográficas)
1) Proteção cardíaca: gluconato de Ca 10% - 1 amp de 2-5 min
2) Redução dos níveis de K:
Glicoinsulinoterapia (10 UI de insulina + 50g de gli)
Bicarbonato de sódio (acidose)
B2 agonista inalatório
3) Perda digestina ou renal de K: Sorcal ou diurético de alça
Hipocalemia sec entrada de K na célula
Insulina Adrenalina B2 agonista Vitamina B12 Alcalose
Hipocalemia sec perda de K urinário
Hiperaldosteronismo
Anfotericina B
Diuréticos
Vômitos e diarreia (alcalose)
ECG na hipocalemia
Apiculamento de onda P
Achatamento da onda T
Aumento da onda U
Tratamento da hipocalemia
Reposição de potássio com KCl: via de escolha é a oral 3-6 g/dia Se grave (K < 3,0): salina 0,45% 210 mL + KCl 10% 40 mL correr em 4h (NÃO USAR SG)
Conduta se hipocalemia refratária a reposição
Corrigir hipomagnesemia