Cirúrgica V - Vascular (Doença Linfática) Flashcards
Linfedema

O termo linfedema descreve um sinal clínico de insuficiência linfática, e se aplica a apenas uma porcentagem dos pacientes com distúrbios linfáticos. Pode ser congênito, pode ser secundário a lesão física ou química e pode ser secundário a um processo infeccioso. O edema linfático é secundário à uma lesão do linfático (congênita ou adquirida). Eu a adquiro com medicamentos, cirurgias e doenças.
Sinais e sintomas do Linfedema

O paciente vai apresentar um edema frio, inelástico, assimétrico, geralmente após algum incidente ou congênito.
V ou F
O nome das cadeias linfáticas são as mesmas das venosas e arteriais.


Os linfedemas são classificados em:

- Primários: podem ser congênitos, precoce (antes da puberdade), ou tardios (após a puberdade).
- Secundários: pós-filariótico, pós-tuberculose, pós-linfangítico, neoplásico, pós-cirúrgico, pósradioterapia, pós-acidentes, por refluxo quiloso, voluntário, pós-flebítico, associado
Quanto maior a incisão em uma cirurgia, mais edema pós-cirúrgico vai ter.
V ou F
O linfedema é uma doença que não tem cura, tem apenas controle.


Classificação de Mowlen:

Eleva o membro e vê em quanto tempo o linfedema regride. Não influencia no tratamento, apenas para ver gravidade.
- Grau 1 → melhora em 24 hrs
- Grau 2→ melhora em 48 hrs
- Grau 3 → não melhora
Diagnóstico de linfedema

O diagnóstico de linfedema é clínico. Não é frequente ter linfedema bilateral. Existe um sinal de Stemmer que é patognomônico → é quando consegue fazer a prega na região dorsal de um dedo (o paciente com linfedema NÃO faz essa prega).
Na dúvida diagnóstica do linfedema podemos lançar mão de que ?

- Tomografia: vai mostrar tecido subcutâneo aumentado, enquanto os demais tecidos estão normais.
- Linfocintilografia → apesar de o diagnóstico ser clínico, se for pedir algum exame complementar esse é o padrão ouro. Vai ser aplicado um radiofármaco e fazer a análise da drenagem dele. A perna que não drena o radiofármaco está doente (refluxo dérmico). Pode ser usado tecnécio
- Linfografia: injeta contraste até achar um linfático. Muito doloroso, não é feito mais.
Tratamento do linfedema

O melhor tratamento atual é clínico com terapia física completa: drenagem linfática manual feita por fisioterapia, contenção (inelástica e elástica → têm o objetivo de tentar manter o resultado adquirido por drenagem), melhora das condições de pele (evitar infecção) e exercícios linfomiocinéticos. Esses pacientes precisam de acompanhamento contínuo, pois mesmo que tenha redução, pode vir a ter novamente.
Indicação absoluta de cirurgia em linfedema

A única indicação absoluta de cirurgia em linfedema é quando é de localização escrotal (paciente não consegue urinar). Esse paciente vai ter ITU de repetição (vai entrar vascular junto com o urologista).
Linfangite

Linfangite é uma inflamação dos linfáticos por origem química, biológica ou mecânica, com trajeto de vaso.
Erisipela

Todo processo inflamatório ou infeccioso de linfático chama-se linfangite. Se tiver uma linfangite infecciosa por estreptococo com febre alta, vai ser chamado de erisipela (ou febre de Santo Antônio) → Continua sendo uma linfangite infecciosa, mas será chamada de erisipela.
- Sem bolha: estreptococo
- Com bolha: estafilococo.
Erisipela X Celulite

A celulite é mais profunda, enquanto a linfangite e erisipela pega os linfáticos e é mais superficial. O processo inflamatório é semelhante, o que muda mais é a topografia. A celulite não tem delimitação correta de onde tem doença, como tem na erisipela
Etiologia da Erisipela

Lembrando que: sem bolha é estrepto e com bolha é estáfilo. Pode ter gram - ? Pode, em paciente com imunossupressão (foge do comum).

Tratamento da Erisipela

É preciso saber se o paciente tem imunossupressão, para ver a necessidade de entrar com antibiótico que tenha cobertura para gram -. Se ele não tem imunossupressão e não tem bolha, faz qualquer um dos tratamentos para estreptococo. Tem bolha? Associar Clindamicina.
Tratamento para Estreptococos
- Penicilina Procaína
- Oxacilina
- Amoxacilina
- Eritromicina
- Sulfametoxazol + Trimetropim
- Cefalexina
O tratamento da Erisipela deverá ser hospitalar ou pode ser ambulatorial ?

Será um “bom senso”. Paciente com sinal de sepse deverá ser internado, assim como lesão extensa. Paciente bem orientado que vai adequar ao uso de medicação, pode ser liberado. Outra opção que existe é o “home care”, no qual vai haver tratamento endovenoso em casa