Cirúrgica II - Trauma Flashcards

1
Q

Qual a relação do gráfico a seguir com a mortalidade no trauma ?

A

Significa que no trauma a mortalidade obedece um padrão trimodal (Trunkey, 1982):

  • 1º pico Imediatas (50% dos óbitos) - segundos a minutos. A prevenção primária é a melhor conduta
  • 2º pico Precoces (30% dos óbitos) - primeiras horas. Atendimento inicial adequado
  • 3º pico Tardias (20% dos óbitos) - dias a semanas. Monitorizar as complicações

Obs:. Alguns autores consideram um padrão bimodal desconsiderando as tardias

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2
Q

Quais são as etapas do atendimento ao traumatizado ?

A
  1. Preparação
  2. Triagem
  3. Avaliação primária (ABCDE)
  4. Reanimação
  5. Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação
  6. Considerar a necessidade de transferência do doente
  7. Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e história
  8. Medidas auxiliares à avaliação secundária
  9. Reavaliação e monitoração contínuas após a . - rean1maçao
  10. Tratamento definitivo
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3
Q

“Hora ouro” do trauma

A

É a 1ª hora do atendimento ao traumatizado, é a que define a sobrevida do paciente

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4
Q

Qual a maneira rápida e simples de avaliar um doente em 10 segundos ?

A

Uma rápida avaliação do A, B, C e D no doente traumatizado pode ser obtida quando você se apresenta, perguntando ao doente seu nome e o que aconteceu. Uma resposta apropriada sugere que não há comprometimento grave da via aérea ( habilidade para falar claramente), a ventilação não está comprometida gravemente ( habilidade para gerar movimento aéreo que permita falar) e não há maior diminuição do nível de consciência (alerta suficientemente para descrever o que aconteceu). A falha na resposta a essas questões sugere anormalidades no A, B ou C, que implicam avaliação e tratamento urgentes.

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5
Q

Protocolo ATLS

A

E um curso que que padronizou o atendimento ao trauma a fim de minimizar danos, para isso criou-se uma ordem (através das avaliações estatísticas) daquilo que seria + importante para evitar a morte

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6
Q

ABCDE” DO EXAME PRIMÁRIO

A
  • A: Airway - Vias Aéreas com proteção cervical
  • B: Breathing - Respiração e Ventilação
  • C: Circulation - Circulação com controle de hemorragia
  • D: Disability - Estado Neurológico
  • E: Exposure - Exposição e controle do ambiente
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7
Q

Explique o algoritmo do ATLS para atendimento ao trauma

A

Teremos o contato com o traumatizado no Pré-Hospitalar pela equipe de bombeiros ou SAMU que faram a transferência do paciente para o hospital mais próximo e mais equipado para o trauma em questão. No primeiro contato do médico com o paciente deverá ser feito o Exame Primário (ABCDE) para estabilização do mesmo. Assim que estável é feito o Exame Secundário (Olhar tudo) e programação para o Tratamento Definitivo.

Obs:. Se no Pré-hosp tiver um médico ele pode abrir o exame primário

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8
Q

SAMU

A

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - é um modelo françês com 2 unidades:

  • Unidade de Suporte Avançado (USA): UTI móvel + Médico + Enfermeiro
  • Unidade de Suporte Básico (USB): Ambulância + 2 técnicos de enfermagem

Ao telefone tem um médico regulamentador que decide qual unidade será enviada

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9
Q

Médico entrou em contato com o paciente no trauma (no pré-hospitalar ou Hospitalar):

A
  • Posicionamento adequado do colar cervical
  • Permeabilização de Vias Aéreas
  • Prancha rígida, suporte lateral da cabeça e Faixas se for ncessário transportá-lo
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10
Q

Proteção da Coluna Cervical

A
  • Não interessa qual foi o trauma, já cnsideramos que tem lesão na coluna até que se prove o contrário
  • É realizado no primeiro contato com o paciente
  • Retirada do colar quanto tiver certeza que não tem lesão. Quando paciente consciente e verbalizando pode fazer exame da cervical (Abre colar e avisa para não se mexe > palpação cervical > movimento discreto para direita, para esquerda > movimento completo para direita e esquerda > Queixo no tórax > sem dor)
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11
Q

Caso se faça necessária a retirada temporária do dispositivo de imobilização cervical, um dos membros da equipe de trauma deve encarregar-se de…………

A

imobilizar manualmente a cabeça e o pescoço, mantendo-os alinhados

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12
Q

Qual é a primeira atitude a ser tomada pelo profissional ao atender um paciente no trauma ?

A

Primeira coisa a ser realizada é colocar o colar cervical. É fundamental não movimentar nada. Não pode flexionar, não pode hiperestender a cabeça. Adicionar a prancha rígida.

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13
Q

Avaliação da Via Aérea

A
  1. Analisa a capacidade de conversar
  • Pct consciente e verbalizando: Via aérea pérvea > Oferta de O2
  • Pct inconsciente: Algum grau de obstrução > Manobras de Permeabilização temporária e depois > Oferta de O2
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14
Q

Manobras de Permeabilização temporária de Via Aérea

A
  1. Elevação do mento (Chin-Lift): Sem movimentar occipital faz hiperextensão do pescoço.
  2. Anteriorização da mandíbula (Jaw-Thrust): Junto com elevação mentual
  3. Avaliação da orofaringe (secreção, corpor estranho)
  4. Elevação da base da língua com Guedell: Introduz com ponta no palato mole e roda 180 graus
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15
Q

Canula flexível de aspiração no trauma

A

JAMAIS USADA NO TRAUMA. Se tiver lesão de palato, tem risco de aspirar massa encefálica. CANULA RÍGIDA É A UTILIZADA

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16
Q

CANULA DE GUEDEL OU OROFARINGE:

A

Objetivo é elevar a base da língua. Medida: do mento ao ângulo da mandíbula ou da rima labial ao lobo da orelha. Colocar a ponta da canula no palato, encosta e gira 180. Para retirar: puxar (paciente acordado ou se for intubar) é contraindicada em paciente consciente.

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17
Q

Para qual paciente traumatizado deve ser oferecido oxigenoterapia suplementar ?

A

Todo doente traumatizado deve receber oxigenioterapia suplementar. Se não for intubado, o doente deve receber oxigênio por meio de uma máscara com reservatório que garanta oxigenação máxima. O oxímetro de pulso deve ser usado para monitorar a adequação da saturação de hemoglobina

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18
Q

V ou F

Principal obstrução de via aérea no trauma é a presença de corpo estranho (sangue coagulado, dente) em orofaringe

A

Falso

A principal obstrução de via aérea no trauma é a queda da base da língua (rebaixamento de consciencia > Músculo relaxa > Base da língua obstrui glote)

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19
Q

Cabe enfatizar que os doentes com trauma craniencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de Glasgow ( GCS) igual ou inferior a 8 habitualmente exigem o…………..

A

estabelecimento de uma via aérea definitiva

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20
Q

Oferta de O2 no trauma

A

Mínimo de 10L por min

  • Pcte com mov respiraório: Oxigenação passiva (Máscara facial - 15L por min)
  • Pcte sem mov respiratório: Oxigenação ativa (pessão positiva). Precisa de uma via aérea definitiva
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21
Q

Existe uma quantidade mínima de oxigênio que deve ser oferecida ao paciente do trauma ?

A

O MÍNIMO DE O2 NECESSÁRIO PARA O PACIENTE DO TRAUMA É 10L/MINUTO.

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22
Q

CATETER NASAL NO TRAUMA

A

NUNCA USADO NO TRAUMA. É muito fino e comprido. Fornece no máximo 5/6L de o2 por minuto, sendo insuficiente. Uso de máscara, pois tem diâmetro maior e assim permite um maior fluxo.

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23
Q

Ao final da etapa A da avaliação primário o paciente deve ter um oximetro de pulso ?

A

Sim, avalia se a oxigenação está sendo efetiva ou não. Mais importante são as oscilações. Gasometria é o método mais preciso.

  • Sat 100%: gasometria Po2>90
  • Sat 90%: gasometria Po2>60 – IOT

PEQUENAS OSCILAÇÕES NA SATURAÇÃO, SIGNIFICAM GRANDES ALTERAÇÕES DE PRESSÃO DE O2.

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24
Q

V ou F

Para uma via aérea definitiva no trauma o paciente deve se encontrar Inconsciente e em apnéia

A

Verdadeiro

Paciente com movimentos respiratórios pode “brigar com o respirador”

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25
Q

Como proceder se o paciente não está inconsciente e em apnéia e há a necesidade de uma via aérea definitiva

A

Temos de sedar esse paciente:

  • Midazolam (15 mg EV em boulos de uma só vez no adulto)
  • Etomidato

Obs:. Em alguns casos pode ser necessário o uso de Succinilcolina 1m por Kg (Quelicin) para pcte com rigidez muscular

ÚNICO PACIENTE QUE NÃO PRECISA SEDAR: PACIENTE EM PARADA RESPIRATÓRIA. TODOS OS OUTROS TEM QUE SEDAR.

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26
Q

Vias aéreas definitivas

A

Uma via aérea definitiva implica um tubo endotraqueal, com o balão insuflado abaixo das cordas vocais, devidamente fixado com fita ou cadarço, conectado a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida em oxigênio. Há três tipos de via aérea definitiva: tubo orotraqueal, tubo nasotraqueal e via aérea cirúrgica (cricotireoidostomia ou traqueostomia).

Pré-ventilação com AMBU e máscara herméticamente fechada:

  1. Intubação Orotraqueal (IOT)
  2. Cricotireoidostomia Cirúrgica (membrana cricotireóidea)
  3. Cricotireoideostomia Por Punção
  4. Traqueostomia (trauma de laringe)
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27
Q

Intubação Orotraqueal (IOT)

A

Primeira opção de via aérea definitiva

  • Laringoscópio (lâmina + cabo) na mão esquerda
  • Entra da direita p esquerda > empurra a língua p frente > Visualiza epiglote > movimento de alavanca > Visualiza glote
  • Com mão direita coloca-se o tubo na glote até número 22 na altura da língua
  • Insufla balonete
  • Conecta ambu e ausculta
  • No lugar: Ápices e bases simétricos + ausência de som epigśtrico
  • Fixação
  • Conecta no ventilador
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28
Q

V ou F

“A capnografia confirma que o tubo orotraqueal está situado na posição apropriada na traqueia.”

A

Falso

Um detector colorimétrico de dióxido de carbono permite detec-tar este gás na mistura exalada. Colorimetria ou capnografia são úteis para confirmar que o tubo traqueal está colocado no trato respiratório do doente sob ventilação mecânica, e não no esôfago. Entretanto, isto não confirma que o tubo está situado na posição apropriada na traqueia.

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29
Q

Cricotireoidostomia Cirúrgica

A

Segunda opção de via aérea definitiva

  1. Localiza membrana cricotireoidea entre cartilagem tireoidea e cartilagem circular
  2. Incisão com lâmina 11 (longitudinal ou transversal) apenas na pele e depois fura membrana > amplia abertura e coloca tubo
  3. Retira fio guia do tubo e insufla o balonete
  4. Conecta ambu e realiza ausculta (Ápices e bases simétricos)
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30
Q

Cricotireoidostomia por punção

A

Terceira opção de Via Aérea Definitiva no trauma

Indicado quando há obstrução e o próprio paciene consegue puxar o ar. NÃO é VA definitiva.

  • Botão anestésico local
  • Punção com cateter de silicone
  • Conecta mangueira de O2 (1 seg fechado para O2 entrar e 3 seg aberto para CO2 sair)
  • 30 a 40 min
  • Não é uma definitiva, escessão
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31
Q

V ou F

Na urgência a traqueostomia não é indicada em decorrência de ser menos efetiva

A

Falso

Na urgência a traqueostomia não é indicada devido ao risco de iatrogenia por causa dos vasos, músculos e tireoide na região

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32
Q

Sinais de trauma de laringe no trauma e qual a conduta

A

Sinais: Rouquidão, Estridor, Enfisema Subcutâneo

Tenta IOT > Se não der > Traqueostomia mesmo na urgência (Crico é no local do trauma)

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33
Q

Pleuras que revestem o pulmão

A
  • Pleura parietal (Está grudada na parede torácica)
  • Pleura Visceral (Está grudada no parênquima)

Entre elas tem o espaço pleural onde não há nada (virtual).

34
Q

Quais são as lesões que podem prejudicar gravemente a ventilação num curto prazo?

A

Pneumotórax hipertensivo

Tórax instável (retalho costal móvel) com contusão pulmonar

Hemotórax maciço

Pneumotórax aberto

35
Q

Pneumotórax Hipertensivo: Sinais e Conduta

Ocasionado por lesão penetrante ou contusa do parênquima, em que haverá o acúmulo progressivo de ar no espaço pleural que não terá por onde sair

A
  • Desconforto respiratório intenso
  • Estase jugular
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Hipertimpanismo difuso hemitórax
  • Desvio de mediastino para lado oposto

Conduta: Descompressão imediata por punção na linha do mamilo, 5 EIC, entre linha axilar anterior e média. Após tem que realizar toracocentese

36
Q

Pneumotórax aberto: Sinais e Conduta

Tem uma lesão aberta vazando ar (lesão aspirativa)

A

Quando a lesão é 2 terços do diâmetro da traquéia o ar entra preferencialmente pelo buraco do tórax e não pela traquéia, não chega ao pulmão.

Conduta: Curativo de 3 pontas no extra-hospitalar. No intra faz drenagem de tórax e depois oclui a lesão

37
Q

V ou F

Um pneumotórax aberto pode evoluir para um pneumotórax hipertensivo se for fechado antes da drenagem de tórax.

A

Verdadeiro

38
Q

Tórax Instável: Sinais e Conduta

Pelo menos 2 pontos de fratura em pelo menos 3 arcos costais concecutivos

A
  • Respiração paradoxal: Um hemitórax não expande na inspiração
  • Ventilação comprometida (menos expansão e dor)

Conduta: Oferta de O2, analgesia com derivados da morfina, As fraturas só terão importância mesmo se estiverem lesando parênquima.

39
Q

Contusão Pulmonar: Sinais e Conduta

Sangramento Intraparenquimatoso (Alvéolos com sangue)

A
  • RX com aumento de densidade e ausecia de velamento do seio costofrênico

Conduta: Oferta de 02 e Analgesia

40
Q

Hemotórax maciço: Sinais e Conduta

Ruptura de vasos da circulação sistêmica ou vasos pulmonares

A
  • Perda de sangue > 1500 mL pelo dreno
  • Velamento de 2 terços do hemitórax no RX
  • Estase jugular
  • Istabilidade hemodinâmica
  • Murmúrio vesicular abolido
  • Macicez difusa a percussão

Conduta: 2 Acessos venosos calibrosos + Drenagem de tórax. Possibilidade de autotransfusão.

Indicação cirúrgica: Saída de sangue > 1,5L no dreno imediatamente OU débito do dreno > 200 mL por hora, nas 3 primeiras horas

41
Q

V ou F

O dreno de tórax faz a cicatrização da região afetada pelo trauma torácico

A

Falso

O dreno de tórax reestabelece a dinâmica ventilatória do paciente dando tempo para a coagulação e cicatrização agirem

42
Q

Dreno de tórax

Medida

Selo

Fuga aérea

Débito

Retirada

A
  • Medida do dreno: da clavícula à incisão. Mulher: tubo de 7 a 7,5 / Homem: tubo de 8 a 8,5
  • Selo: colocar 500ml de líquido estéril. Na inspiração faz pressão negativa no tórax. A oscilação do dreno é fisiológica.
  • Fuga aérea do dreno: borbulhar.
  • Pressão positiva: ar sai.
  • Débito do dreno: reavaliar de 24/24h Líquido amarelo citrino: edema transudato. O dreno é visto como um corpo estranho (inflama) Passado 24h: retira o dreno com melhora clínica e radiológica (pulmão expandiu)
  • Para retirada: oscilação +, fuga aérea -, debito <100ml/24h
43
Q

Tamponamento cardíaco: Sinais e Conduta

Quando tem uma lesão no coração, há saída de sangue (com alta pressão) para dentro do saco pericárdico e a membrana dele não consegue se expandir

A
  • Tríade de Beck: Hipotensão arterial + Abafamento das bulhas + Estase de jugular

Conduta: Pericardiocentese guiada por US para alívio

Conduta definitiva: Toracotomia

Obs:. Ferimento penetrante + PCR com ritmo de atividade elétrica sem pulso (AESP): Toracotomia de emergência ou de reanimação

44
Q

Indicações de toracotomia

A

Fuga aérea excessiva não controlada com o segundo dreno; débito imediato acima de 1,5L de sg em hemotórax, débito de sg >200ml nas primeiras 3horas (desconsiderar o imediato)

45
Q

Quais são as alterações no tórax que poderiam ser tratadas no exame secundário dando tempo de realizar exames complementares :

A
  1. Pneumotórax simples
  2. Hemotórax simples
  3. Contusão pulmonar
  4. Contusão cardíaca (arritmia)
  5. Ruptura traumática de Aorta (alargamento de mediastino)
  6. Ruptura de diafragma (esquerda)
  7. Lesões trasnfixantes do trauma
  8. Enfisema subcutâneo (aumeto da fuga aérea)
46
Q

EXAME DO PESCOÇO: ENTRE A E B.

A

Avaliar o pescoço do paciente: com outra pessoa estabilizando o pescoço, abrir o colar cervical e analisar:

  • Traqueia desviada – pneumotórax hipertensivo.
  • Estase jugular: diminui o RV. Pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco. EXCETO: choque.
  • Hematoma: intervir antes da VA comprimir. Risco de compressão traqueal e obstrução da VA – VA DEFINITIVA.
47
Q

Respiração - Avaliação do Tórax

A
  • Semiologia do Tórax (Inspeção, palpação, ausculta, percussão)
  • Identificar e tratar as principais alterações de tórax
  1. Pneumotórax Hipertensivo
  2. Pneumotórax aberto
  3. Tórax instável
  4. Hemotórax maciço
  5. Tamponamento cardíaco
48
Q

Vias Aéreas + Proteção da Coluna Cervical

A
  • Colocar o colar cervical
  • Garantir a permeabilidade das vias aéreas
  • Suplementação de O2
49
Q

Circulação - Acesso, Exames, Coração, Abdome, Pelve e “Dedos e Tubos”

A
  • Solicitar acessos venosos (Periférico, Dissecção da veia safena, Central)
  • Colho exames (ABO, Rh, prova cruzada, B-hCG)
  • Expansor de volume (Ringer lactato ou simples, SF 0,9%) + Concentrado de hemácias e plaquetas a depender da hemorragia
  • Avaliação do coração
  • Avaliação do Abdome
  • Avaliação da pelve
  • “Dedos e Tubos” em todos os orifícios
50
Q

Os elementos clínicos que oferecem informações importantes dentro de poucos segundos sobre o estado hemodinâmico:

A

Nível de consciência - Quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar criticamente prejudicada, resultando em alteração do nível de consciência. Contudo, um doente consciente também pode ter perdido uma quantidade significativa de sangue.

Cor da pele - A cor da pele pode ser importante na avaliação de um doente traumatizado hipovolêmico. O doente traumatizado com pele de coloração rósea, especialmente na face e nas extremidades, raramente está criticamente hipovolêmico. Ao contrário, a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada das extremidades são sinais evidentes de hipovolemia.

Pulso - Um pulso central de fácil acesso ( femoral ou carotídeo) deve ser examinado bilateralmente para se avaliar sua qualidade, frequência e regularidade. A ausência de pulsos centrais, não relacionada a fatores locais, significa a necessidade de uma ação imediata de reanimação para restaurar o défice sanguíneo e um débito cardíaco adequado.

51
Q

Uma vez descartado o pneumotórax hipertensivo como causa de choque, a hipotensão em doentes traumatizados deve ser considerada……

A

hipovolêmica até prova do contrário.

52
Q

Quais são as opções em ordem de prioridade de acessos venosos na avaliação primária do ATLS

A
  1. Acesso Venoso Periférico: 1 em cada MMSS, jelco > 18. (maior velocidade de infusão)
  2. Dissecção da safena no maléolo medial: Feito por médico, acesso temporário
  3. Acesso Venoso Central: Feito por médico, pode fazer na jugular interna alta, jugular interna baixa e subclávia

Criança: Segunda opção será punção intraóssea na tuberosidade da tíbia

53
Q

Porque a transfusão maciça deve ser evitada no paciente do trauma:

A

Pois quanto mais trasfunde, mais causa distúrbios da coagulação no paciente então deve ser evitada.

54
Q

V ou F

Uma vez feito o acesso venoso periférico na avaliação primária, o paciente vai continuar com ele até o final do tratamento

A

Falso

O acesso venoso central é a via final, ou seja, na urgência é sempre a periférica, mas quando estabiliza faz o acesso central

55
Q

O que determina a velocidade máxima de um fluidoadministrado e a sua relação com a escolha do acesso no paciente traumatizado ?

A

A velocidade máxima dos fluidos administrados é determinada pelo diâmetro interno do cateter e é inversamente proporcional ao seu comprimento. Não degende do calibre da veia em que o cateter é colocado. E preferível iniciar por punções venosas periféricas nos membros superiores.

56
Q

Assim que a veia for puncionada ou cateterizada, deve-se:

A

Retirar amostras de sangue para ABO, RH, PROVA CRUZADA, BHCG (mulher em idade fértil). São os exames solicitados inicialmente para uma possível transfusão

57
Q

Liste de acordo com a prioridade das soluções cristalóides usadas para reposição volêmica no trauma e explique como deve ser a reposição

A
  1. Soro Ringer Lactato (Acidose Metabólica)
  2. Soro Ringer Simples
  3. Soro Fisiológico 0,9%

Obs:. Reanimação volêmica balanceada

  • Iniciar com 500 mL em cada acesso e avalia resposta (3-5 min)
  • Resposta rápida: diminui velocidade de infusão
  • Resposta transitória ou sem resposta: Continua repondo
58
Q

Qual o motivo do soro glicosado não servir no trauma ?

A

SORO GLICOSADO NÃO SERVE. É HIPEROSMOLAR. Não fica no intravascular, não reestabelece volume.

59
Q

Classificação da Hemorragia

A
  • Casse I: < 15% Volemia (Adulto = 750 mL)
  • Classe II: 15-30% Volemia (Adulto = 1500 mL)

Obs:. até aqui não tem alteração nos sinais vitais - Apenas soro

  • Classe III: 31-49% Volemia (Até 2L no adulto) - Soro + sangue
  • Classe =IV: >40% Volemia (>2L) - Soro + Sangue + Cirurgia
60
Q

Como se dá a resposta à perda sanguínea em doentes idosos, em crianças e atletas:

A
  • Os doentes idosos têm uma capacidade limitada de aumentar sua frequência cardíaca em resposta à perda sanguínea. Dessa forma, perde-se a taquicardia. A pressão arterial tem pouca correlação com o débito cardíaco em doentes idosos. A utilização de anticoagulantes orais pode aumentar a perda sanguínea.
  • As crianças têm uma reserva fisiológica exuberante e frequentemente demonstram poucos sinais de hipovolemia, mesmo quando existem perdas volêmicas sign ificativas. Quando a deterioração hemodinâmica ocorre, ela é mu ito rápida e catastrófica.
  • O atleta bem condicionado possui mecanismos de compensação semelhantes aos da criança. Costuma apresentar uma bradicardia relativa e não demonstra o n ível habitual de taquicardia com a perda volêmica
61
Q

Todas as soluções endovenosas devem ser aquecidas através do armazenamento……………….

A

em ambiente aquecido (37oC a 40°C, ou 98.6°F a 104 o F) ou por meio de dispositivos de aquecimento de líquidos.

62
Q

V ou F

A avaliação da PA é um bom parâmetro para sangramento

A

Falso

Não é um bom parâmetro para sangramento pois pode haver uma perda de até 1,5L e continuar com a PA normal devido aos mecanismos compensatórios. FC é a que se altera mais rápido

63
Q

O que é a regra 1:1:1

A

Correr a mesma proporção de Soro, concentrado de hemácias e de plaquetas

64
Q

Quanto vai correr de solução cristaloide? Principal modificação do ALTS.

A

Volume: reanimação balanceada. Evitar a hiper-hidratação. A reposição é de acordo com o grau de hemorragia do paciente, objetivando estabilização. A hiper-hidratação não deixa formar a rede de fibrina – distúrbio de coagulação, gera sobrecarga e edema.

65
Q

Etapa C da avaliação primária: Coração

A
  • FC, ritmo, fonese de bulhas, PA
  • ARRITMIA + TRAUMA: CONTUSÃO CARDÍADA. CONTROLE CLÍNICO para arritmia. O próprio sangue é arritimogênico.
  • Dispositivo auxiliar C: monitorização cardíaca.
  • Cirurgia de contenção de danos
  • Triangulo da morte: hipotensão arterial, hipotermia, acidose metabólica.
  • Esforço médico absoluto para tentar evitar essas 3 situações que aumentam muito o risco de morte. Realizar procedimento mais simples possível para estabilizar o paciente, com a certeza de que em 24/48h será realizado um procedimento invasivo curativo.
66
Q

Etapa C da avaliação primária: Abdome

A
  • Semiologia pobre: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Muito inespecífico no trauma. Leva tempo para apresentar alteração. Em grande parte dos pacientes, não vai ter nada confiável
  • Palpação: descompressão brusca: sinal de irritação peritoneal
  • Sinal clínico de abdome cirúrgico: DB + = PERITONITE.
  • A palpação não funciona em paciente inconsciente.
  • Abdome em tábua: irritação peritoneal pelo ácido. Presente em abdome agudo perfurativo por úlcera gástrica.
  • Bloomberg: característico de apendicite.
  • ABDOME INSTAVEL + DESCOMPRESSÃO BRUSCA POSITIVA: CONDUTA CIRURGICA
  • Exame: US FAST (focalizado para o trauma): Identificar presença de líquido/sangue na cavidade peritoneal.
67
Q

Triângulo da morte

A
  • Coagulopatia
  • Acidose Metabólica
  • Hipotermia

Chances de morte muito grandes, então tem que evitar ao máximo

68
Q

O que o rebaixamento do nível de consciência pode representar:

A
  • a) Diminuição da oxigenação e/ou da perfusão cerebral
  • b) Ser resultado de um trauma direto ao cérebro
69
Q

Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação

A

As medidas auxiliares utilizadas durante as fases da avaliação primária e da reanimação incluem a monitoração eletrocardiográfica; a cateterização urinária e gástrica; outras monitorações, como frequência respiratória, gasometria, oximetria de pulso e pressão arterial; e exames radiológicos (tórax e pelve)

70
Q

O débito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão renal. A monitoração do débito urinário é realizada de forma mais adequada pela inserção de uma sonda vesical. A cateterização transuretral da bexiga é contraindicada nos casos em que se suspeita de lesão uretral. Deve-se suspeitar de lesão uretral quando há:

A
  • Sangue no meato uretral
  • Equimose perineal
  • Deslocamento cranial da próstata ou ela não é palpável ao toque retal

Dessa maneira, a colocação de sonda urinária não deve ser tentada antes que seja realizado um exame do reto e da genitália.

71
Q

Considerar a necessidade de transferência do doente

A

Durante a avaliação primária e a fase de reanimação, o médico que está atendendo o doente costuma ter informações suficientes para estabelecer a necessidade de transferência para outra instituição. O processo de transferência pode ser iniciado imediatamente por um profissional administrativo sob a orientação do médico que está atendendo, enquanto estão sendo tomados cuidados adicionais de avaliação e reanimação. Assim que a decisão de transferir o doente for tomada, a comunicação entre o médico atendente e o médico que irá receber o doente é essencial.

72
Q

O que é a avaliação secundária e quando começa?

A

A avaliação secundária só deve .ser iniciada depois de completar a avaliação primária (ABCDE) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o ·doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais

73
Q

CONSIDERAR TODA MULHER…………….

A

GESTANTE ATÉ QUE SE PROVE AO CONTRÁRIO.

74
Q

Por qual motivo não se usa a cânula de guedel no paciente consciente ?

A

Esse dispositivo não pode ser usado em doentes conscientes pois induziria o reflexo de vômito, vômitos e aspiração. Doentes que aceitam o tubo orofaríngeo muito provavelmente necessitarão de intubação.

75
Q

Técnica para introdução da cânula de guedel

A

Inserção do tubo orofaríngeo com concavidade voltada para cima em direção cranial até o palato mole. Após tocar o palato mole, roda-se o dispositivo 180° e desliza-se o tubo por trás da língua. Não pode ser utilizado em crianças, pois a rotação do dispositivo pode lesionar a boca e a faringe.

76
Q

Dispositivos Extraglóticos ou Supraglóticos

A

Os dispositivos extraglóticos e supraglóticos são úteis no controle de doentes que necessitam de abordagem avançada da via aérea, mas nos quais a tentativa de intubação foi malsucedida, ou naqueles em que se sabe que dificilmente a intubação será conseguida. Entre esses dispositivos pode-se citar a máscara laríngea, o tubo esofágico multilúmen e o tubo laríngeo. Outros equipamentos supraglóticos para o doente traumatizado são atualmente temas de estudo

77
Q

V ou F

“Se o doente estiver em apneia, a intubação orotraqueal é indicada”

A

Verdadeiro

78
Q

Intubação Nasotraqueal

A

A intubação nasotraqueal às cegas exige que o doente apresente ventilação espontânea e é contraindicada em doentes em apneia. Quanto mais profundas forem as ventilações do doente, maior será a facilidade para perceber o fluxo de ar pela laringe. Fraturas faciais, do seio frontal, da base do crânio e da placa cribiforme são contraindicações relativas para a intubação nasotraqueal. Evidência de fratura de nariz, olhos de guaxinim (equimose periorbitária bilateral), sinal de Battle (equimose retroauricular) e extravasamento de líquido cefalorraquidiano (rinorreia ou otorreia) são sinais dessas lesões.

79
Q

Saturação no oxímetro de pulso X Pressão pacial de O2

A
80
Q

Choque Obstrutivo

A

No Pneumotórax hipertensivo o mediastino é deslocado para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão contralateral. O choque decorrente dessa situação é consequente à acentuada diminuição do retorno venoso, determinando uma queda do débito cardíaco, e é denominado choque obstrutivo.