Cirúrgica II - Trauma Flashcards
Qual a relação do gráfico a seguir com a mortalidade no trauma ?

Significa que no trauma a mortalidade obedece um padrão trimodal (Trunkey, 1982):
- 1º pico Imediatas (50% dos óbitos) - segundos a minutos. A prevenção primária é a melhor conduta
- 2º pico Precoces (30% dos óbitos) - primeiras horas. Atendimento inicial adequado
- 3º pico Tardias (20% dos óbitos) - dias a semanas. Monitorizar as complicações
Obs:. Alguns autores consideram um padrão bimodal desconsiderando as tardias
Quais são as etapas do atendimento ao traumatizado ?

- Preparação
- Triagem
- Avaliação primária (ABCDE)
- Reanimação
- Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação
- Considerar a necessidade de transferência do doente
- Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e história
- Medidas auxiliares à avaliação secundária
- Reavaliação e monitoração contínuas após a . - rean1maçao
- Tratamento definitivo
“Hora ouro” do trauma

É a 1ª hora do atendimento ao traumatizado, é a que define a sobrevida do paciente
Qual a maneira rápida e simples de avaliar um doente em 10 segundos ?

Uma rápida avaliação do A, B, C e D no doente traumatizado pode ser obtida quando você se apresenta, perguntando ao doente seu nome e o que aconteceu. Uma resposta apropriada sugere que não há comprometimento grave da via aérea ( habilidade para falar claramente), a ventilação não está comprometida gravemente ( habilidade para gerar movimento aéreo que permita falar) e não há maior diminuição do nível de consciência (alerta suficientemente para descrever o que aconteceu). A falha na resposta a essas questões sugere anormalidades no A, B ou C, que implicam avaliação e tratamento urgentes.
Protocolo ATLS

E um curso que que padronizou o atendimento ao trauma a fim de minimizar danos, para isso criou-se uma ordem (através das avaliações estatísticas) daquilo que seria + importante para evitar a morte
“ABCDE” DO EXAME PRIMÁRIO

- A: Airway - Vias Aéreas com proteção cervical
- B: Breathing - Respiração e Ventilação
- C: Circulation - Circulação com controle de hemorragia
- D: Disability - Estado Neurológico
- E: Exposure - Exposição e controle do ambiente
Explique o algoritmo do ATLS para atendimento ao trauma

Teremos o contato com o traumatizado no Pré-Hospitalar pela equipe de bombeiros ou SAMU que faram a transferência do paciente para o hospital mais próximo e mais equipado para o trauma em questão. No primeiro contato do médico com o paciente deverá ser feito o Exame Primário (ABCDE) para estabilização do mesmo. Assim que estável é feito o Exame Secundário (Olhar tudo) e programação para o Tratamento Definitivo.
Obs:. Se no Pré-hosp tiver um médico ele pode abrir o exame primário
SAMU

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - é um modelo françês com 2 unidades:
- Unidade de Suporte Avançado (USA): UTI móvel + Médico + Enfermeiro
- Unidade de Suporte Básico (USB): Ambulância + 2 técnicos de enfermagem
Ao telefone tem um médico regulamentador que decide qual unidade será enviada

Médico entrou em contato com o paciente no trauma (no pré-hospitalar ou Hospitalar):

- Posicionamento adequado do colar cervical
- Permeabilização de Vias Aéreas
- Prancha rígida, suporte lateral da cabeça e Faixas se for ncessário transportá-lo

Proteção da Coluna Cervical

- Não interessa qual foi o trauma, já cnsideramos que tem lesão na coluna até que se prove o contrário
- É realizado no primeiro contato com o paciente
- Retirada do colar quanto tiver certeza que não tem lesão. Quando paciente consciente e verbalizando pode fazer exame da cervical (Abre colar e avisa para não se mexe > palpação cervical > movimento discreto para direita, para esquerda > movimento completo para direita e esquerda > Queixo no tórax > sem dor)
Caso se faça necessária a retirada temporária do dispositivo de imobilização cervical, um dos membros da equipe de trauma deve encarregar-se de…………

imobilizar manualmente a cabeça e o pescoço, mantendo-os alinhados
Qual é a primeira atitude a ser tomada pelo profissional ao atender um paciente no trauma ?
Primeira coisa a ser realizada é colocar o colar cervical. É fundamental não movimentar nada. Não pode flexionar, não pode hiperestender a cabeça. Adicionar a prancha rígida.

Avaliação da Via Aérea

- Analisa a capacidade de conversar
- Pct consciente e verbalizando: Via aérea pérvea > Oferta de O2
- Pct inconsciente: Algum grau de obstrução > Manobras de Permeabilização temporária e depois > Oferta de O2
Manobras de Permeabilização temporária de Via Aérea

- Elevação do mento (Chin-Lift): Sem movimentar occipital faz hiperextensão do pescoço.
- Anteriorização da mandíbula (Jaw-Thrust): Junto com elevação mentual
- Avaliação da orofaringe (secreção, corpor estranho)
- Elevação da base da língua com Guedell: Introduz com ponta no palato mole e roda 180 graus

Canula flexível de aspiração no trauma

JAMAIS USADA NO TRAUMA. Se tiver lesão de palato, tem risco de aspirar massa encefálica. CANULA RÍGIDA É A UTILIZADA
CANULA DE GUEDEL OU OROFARINGE:

Objetivo é elevar a base da língua. Medida: do mento ao ângulo da mandíbula ou da rima labial ao lobo da orelha. Colocar a ponta da canula no palato, encosta e gira 180. Para retirar: puxar (paciente acordado ou se for intubar) é contraindicada em paciente consciente.
Para qual paciente traumatizado deve ser oferecido oxigenoterapia suplementar ?

Todo doente traumatizado deve receber oxigenioterapia suplementar. Se não for intubado, o doente deve receber oxigênio por meio de uma máscara com reservatório que garanta oxigenação máxima. O oxímetro de pulso deve ser usado para monitorar a adequação da saturação de hemoglobina
V ou F
Principal obstrução de via aérea no trauma é a presença de corpo estranho (sangue coagulado, dente) em orofaringe

Falso
A principal obstrução de via aérea no trauma é a queda da base da língua (rebaixamento de consciencia > Músculo relaxa > Base da língua obstrui glote)

Cabe enfatizar que os doentes com trauma craniencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de Glasgow ( GCS) igual ou inferior a 8 habitualmente exigem o…………..

estabelecimento de uma via aérea definitiva
Oferta de O2 no trauma

Mínimo de 10L por min
- Pcte com mov respiraório: Oxigenação passiva (Máscara facial - 15L por min)
- Pcte sem mov respiratório: Oxigenação ativa (pessão positiva). Precisa de uma via aérea definitiva
Existe uma quantidade mínima de oxigênio que deve ser oferecida ao paciente do trauma ?

O MÍNIMO DE O2 NECESSÁRIO PARA O PACIENTE DO TRAUMA É 10L/MINUTO.
CATETER NASAL NO TRAUMA

NUNCA USADO NO TRAUMA. É muito fino e comprido. Fornece no máximo 5/6L de o2 por minuto, sendo insuficiente. Uso de máscara, pois tem diâmetro maior e assim permite um maior fluxo.
Ao final da etapa A da avaliação primário o paciente deve ter um oximetro de pulso ?

Sim, avalia se a oxigenação está sendo efetiva ou não. Mais importante são as oscilações. Gasometria é o método mais preciso.
- Sat 100%: gasometria Po2>90
- Sat 90%: gasometria Po2>60 – IOT
PEQUENAS OSCILAÇÕES NA SATURAÇÃO, SIGNIFICAM GRANDES ALTERAÇÕES DE PRESSÃO DE O2.
V ou F
Para uma via aérea definitiva no trauma o paciente deve se encontrar Inconsciente e em apnéia

Verdadeiro
Paciente com movimentos respiratórios pode “brigar com o respirador”

Como proceder se o paciente não está inconsciente e em apnéia e há a necesidade de uma via aérea definitiva

Temos de sedar esse paciente:
- Midazolam (15 mg EV em boulos de uma só vez no adulto)
- Etomidato
Obs:. Em alguns casos pode ser necessário o uso de Succinilcolina 1m por Kg (Quelicin) para pcte com rigidez muscular
ÚNICO PACIENTE QUE NÃO PRECISA SEDAR: PACIENTE EM PARADA RESPIRATÓRIA. TODOS OS OUTROS TEM QUE SEDAR.
Vias aéreas definitivas

Uma via aérea definitiva implica um tubo endotraqueal, com o balão insuflado abaixo das cordas vocais, devidamente fixado com fita ou cadarço, conectado a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida em oxigênio. Há três tipos de via aérea definitiva: tubo orotraqueal, tubo nasotraqueal e via aérea cirúrgica (cricotireoidostomia ou traqueostomia).
Pré-ventilação com AMBU e máscara herméticamente fechada:
- Intubação Orotraqueal (IOT)
- Cricotireoidostomia Cirúrgica (membrana cricotireóidea)
- Cricotireoideostomia Por Punção
- Traqueostomia (trauma de laringe)
Intubação Orotraqueal (IOT)

Primeira opção de via aérea definitiva
- Laringoscópio (lâmina + cabo) na mão esquerda
- Entra da direita p esquerda > empurra a língua p frente > Visualiza epiglote > movimento de alavanca > Visualiza glote
- Com mão direita coloca-se o tubo na glote até número 22 na altura da língua
- Insufla balonete
- Conecta ambu e ausculta
- No lugar: Ápices e bases simétricos + ausência de som epigśtrico
- Fixação
- Conecta no ventilador
V ou F
“A capnografia confirma que o tubo orotraqueal está situado na posição apropriada na traqueia.”

Falso
Um detector colorimétrico de dióxido de carbono permite detec-tar este gás na mistura exalada. Colorimetria ou capnografia são úteis para confirmar que o tubo traqueal está colocado no trato respiratório do doente sob ventilação mecânica, e não no esôfago. Entretanto, isto não confirma que o tubo está situado na posição apropriada na traqueia.

Cricotireoidostomia Cirúrgica

Segunda opção de via aérea definitiva
- Localiza membrana cricotireoidea entre cartilagem tireoidea e cartilagem circular
- Incisão com lâmina 11 (longitudinal ou transversal) apenas na pele e depois fura membrana > amplia abertura e coloca tubo
- Retira fio guia do tubo e insufla o balonete
- Conecta ambu e realiza ausculta (Ápices e bases simétricos)
Cricotireoidostomia por punção

Terceira opção de Via Aérea Definitiva no trauma
Indicado quando há obstrução e o próprio paciene consegue puxar o ar. NÃO é VA definitiva.
- Botão anestésico local
- Punção com cateter de silicone
- Conecta mangueira de O2 (1 seg fechado para O2 entrar e 3 seg aberto para CO2 sair)
- 30 a 40 min
- Não é uma definitiva, escessão
V ou F
Na urgência a traqueostomia não é indicada em decorrência de ser menos efetiva

Falso
Na urgência a traqueostomia não é indicada devido ao risco de iatrogenia por causa dos vasos, músculos e tireoide na região

Sinais de trauma de laringe no trauma e qual a conduta

Sinais: Rouquidão, Estridor, Enfisema Subcutâneo

Tenta IOT > Se não der > Traqueostomia mesmo na urgência (Crico é no local do trauma)
Pleuras que revestem o pulmão

- Pleura parietal (Está grudada na parede torácica)
- Pleura Visceral (Está grudada no parênquima)
Entre elas tem o espaço pleural onde não há nada (virtual).

Quais são as lesões que podem prejudicar gravemente a ventilação num curto prazo?

Pneumotórax hipertensivo
Tórax instável (retalho costal móvel) com contusão pulmonar
Hemotórax maciço
Pneumotórax aberto
Pneumotórax Hipertensivo: Sinais e Conduta

Ocasionado por lesão penetrante ou contusa do parênquima, em que haverá o acúmulo progressivo de ar no espaço pleural que não terá por onde sair
- Desconforto respiratório intenso
- Estase jugular
- Instabilidade hemodinâmica
- Hipertimpanismo difuso hemitórax
- Desvio de mediastino para lado oposto
Conduta: Descompressão imediata por punção na linha do mamilo, 5 EIC, entre linha axilar anterior e média. Após tem que realizar toracocentese

Pneumotórax aberto: Sinais e Conduta
Tem uma lesão aberta vazando ar (lesão aspirativa)

Quando a lesão é 2 terços do diâmetro da traquéia o ar entra preferencialmente pelo buraco do tórax e não pela traquéia, não chega ao pulmão.
Conduta: Curativo de 3 pontas no extra-hospitalar. No intra faz drenagem de tórax e depois oclui a lesão

V ou F
Um pneumotórax aberto pode evoluir para um pneumotórax hipertensivo se for fechado antes da drenagem de tórax.

Verdadeiro

Tórax Instável: Sinais e Conduta

Pelo menos 2 pontos de fratura em pelo menos 3 arcos costais concecutivos
- Respiração paradoxal: Um hemitórax não expande na inspiração
- Ventilação comprometida (menos expansão e dor)
Conduta: Oferta de O2, analgesia com derivados da morfina, As fraturas só terão importância mesmo se estiverem lesando parênquima.
Contusão Pulmonar: Sinais e Conduta
Sangramento Intraparenquimatoso (Alvéolos com sangue)

- RX com aumento de densidade e ausecia de velamento do seio costofrênico
Conduta: Oferta de 02 e Analgesia
Hemotórax maciço: Sinais e Conduta
Ruptura de vasos da circulação sistêmica ou vasos pulmonares

- Perda de sangue > 1500 mL pelo dreno
- Velamento de 2 terços do hemitórax no RX
- Estase jugular
- Istabilidade hemodinâmica
- Murmúrio vesicular abolido
- Macicez difusa a percussão
Conduta: 2 Acessos venosos calibrosos + Drenagem de tórax. Possibilidade de autotransfusão.
Indicação cirúrgica: Saída de sangue > 1,5L no dreno imediatamente OU débito do dreno > 200 mL por hora, nas 3 primeiras horas
V ou F
O dreno de tórax faz a cicatrização da região afetada pelo trauma torácico

Falso
O dreno de tórax reestabelece a dinâmica ventilatória do paciente dando tempo para a coagulação e cicatrização agirem

Dreno de tórax
Medida
Selo
Fuga aérea
Débito
Retirada

- Medida do dreno: da clavícula à incisão. Mulher: tubo de 7 a 7,5 / Homem: tubo de 8 a 8,5
- Selo: colocar 500ml de líquido estéril. Na inspiração faz pressão negativa no tórax. A oscilação do dreno é fisiológica.
- Fuga aérea do dreno: borbulhar.
- Pressão positiva: ar sai.
- Débito do dreno: reavaliar de 24/24h Líquido amarelo citrino: edema transudato. O dreno é visto como um corpo estranho (inflama) Passado 24h: retira o dreno com melhora clínica e radiológica (pulmão expandiu)
- Para retirada: oscilação +, fuga aérea -, debito <100ml/24h
Tamponamento cardíaco: Sinais e Conduta
Quando tem uma lesão no coração, há saída de sangue (com alta pressão) para dentro do saco pericárdico e a membrana dele não consegue se expandir

- Tríade de Beck: Hipotensão arterial + Abafamento das bulhas + Estase de jugular
Conduta: Pericardiocentese guiada por US para alívio
Conduta definitiva: Toracotomia
Obs:. Ferimento penetrante + PCR com ritmo de atividade elétrica sem pulso (AESP): Toracotomia de emergência ou de reanimação
Indicações de toracotomia

Fuga aérea excessiva não controlada com o segundo dreno; débito imediato acima de 1,5L de sg em hemotórax, débito de sg >200ml nas primeiras 3horas (desconsiderar o imediato)
Quais são as alterações no tórax que poderiam ser tratadas no exame secundário dando tempo de realizar exames complementares :

- Pneumotórax simples
- Hemotórax simples
- Contusão pulmonar
- Contusão cardíaca (arritmia)
- Ruptura traumática de Aorta (alargamento de mediastino)
- Ruptura de diafragma (esquerda)
- Lesões trasnfixantes do trauma
- Enfisema subcutâneo (aumeto da fuga aérea)
EXAME DO PESCOÇO: ENTRE A E B.

Avaliar o pescoço do paciente: com outra pessoa estabilizando o pescoço, abrir o colar cervical e analisar:
- Traqueia desviada – pneumotórax hipertensivo.
- Estase jugular: diminui o RV. Pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco. EXCETO: choque.
- Hematoma: intervir antes da VA comprimir. Risco de compressão traqueal e obstrução da VA – VA DEFINITIVA.
Respiração - Avaliação do Tórax

- Semiologia do Tórax (Inspeção, palpação, ausculta, percussão)
- Identificar e tratar as principais alterações de tórax
- Pneumotórax Hipertensivo
- Pneumotórax aberto
- Tórax instável
- Hemotórax maciço
- Tamponamento cardíaco
Vias Aéreas + Proteção da Coluna Cervical

- Colocar o colar cervical
- Garantir a permeabilidade das vias aéreas
- Suplementação de O2
Circulação - Acesso, Exames, Coração, Abdome, Pelve e “Dedos e Tubos”

- Solicitar acessos venosos (Periférico, Dissecção da veia safena, Central)
- Colho exames (ABO, Rh, prova cruzada, B-hCG)
- Expansor de volume (Ringer lactato ou simples, SF 0,9%) + Concentrado de hemácias e plaquetas a depender da hemorragia
- Avaliação do coração
- Avaliação do Abdome
- Avaliação da pelve
- “Dedos e Tubos” em todos os orifícios
Os elementos clínicos que oferecem informações importantes dentro de poucos segundos sobre o estado hemodinâmico:

Nível de consciência - Quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar criticamente prejudicada, resultando em alteração do nível de consciência. Contudo, um doente consciente também pode ter perdido uma quantidade significativa de sangue.
Cor da pele - A cor da pele pode ser importante na avaliação de um doente traumatizado hipovolêmico. O doente traumatizado com pele de coloração rósea, especialmente na face e nas extremidades, raramente está criticamente hipovolêmico. Ao contrário, a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada das extremidades são sinais evidentes de hipovolemia.
Pulso - Um pulso central de fácil acesso ( femoral ou carotídeo) deve ser examinado bilateralmente para se avaliar sua qualidade, frequência e regularidade. A ausência de pulsos centrais, não relacionada a fatores locais, significa a necessidade de uma ação imediata de reanimação para restaurar o défice sanguíneo e um débito cardíaco adequado.
Uma vez descartado o pneumotórax hipertensivo como causa de choque, a hipotensão em doentes traumatizados deve ser considerada……
hipovolêmica até prova do contrário.
Quais são as opções em ordem de prioridade de acessos venosos na avaliação primária do ATLS

- Acesso Venoso Periférico: 1 em cada MMSS, jelco > 18. (maior velocidade de infusão)
- Dissecção da safena no maléolo medial: Feito por médico, acesso temporário
- Acesso Venoso Central: Feito por médico, pode fazer na jugular interna alta, jugular interna baixa e subclávia
Criança: Segunda opção será punção intraóssea na tuberosidade da tíbia
Porque a transfusão maciça deve ser evitada no paciente do trauma:

Pois quanto mais trasfunde, mais causa distúrbios da coagulação no paciente então deve ser evitada.
V ou F
Uma vez feito o acesso venoso periférico na avaliação primária, o paciente vai continuar com ele até o final do tratamento

Falso
O acesso venoso central é a via final, ou seja, na urgência é sempre a periférica, mas quando estabiliza faz o acesso central

O que determina a velocidade máxima de um fluidoadministrado e a sua relação com a escolha do acesso no paciente traumatizado ?

A velocidade máxima dos fluidos administrados é determinada pelo diâmetro interno do cateter e é inversamente proporcional ao seu comprimento. Não degende do calibre da veia em que o cateter é colocado. E preferível iniciar por punções venosas periféricas nos membros superiores.
Assim que a veia for puncionada ou cateterizada, deve-se:

Retirar amostras de sangue para ABO, RH, PROVA CRUZADA, BHCG (mulher em idade fértil). São os exames solicitados inicialmente para uma possível transfusão
Liste de acordo com a prioridade das soluções cristalóides usadas para reposição volêmica no trauma e explique como deve ser a reposição

- Soro Ringer Lactato (Acidose Metabólica)
- Soro Ringer Simples
- Soro Fisiológico 0,9%
Obs:. Reanimação volêmica balanceada
- Iniciar com 500 mL em cada acesso e avalia resposta (3-5 min)
- Resposta rápida: diminui velocidade de infusão
- Resposta transitória ou sem resposta: Continua repondo
Qual o motivo do soro glicosado não servir no trauma ?

SORO GLICOSADO NÃO SERVE. É HIPEROSMOLAR. Não fica no intravascular, não reestabelece volume.
Classificação da Hemorragia

- Casse I: < 15% Volemia (Adulto = 750 mL)
- Classe II: 15-30% Volemia (Adulto = 1500 mL)
Obs:. até aqui não tem alteração nos sinais vitais - Apenas soro
- Classe III: 31-49% Volemia (Até 2L no adulto) - Soro + sangue
- Classe =IV: >40% Volemia (>2L) - Soro + Sangue + Cirurgia
Como se dá a resposta à perda sanguínea em doentes idosos, em crianças e atletas:

- Os doentes idosos têm uma capacidade limitada de aumentar sua frequência cardíaca em resposta à perda sanguínea. Dessa forma, perde-se a taquicardia. A pressão arterial tem pouca correlação com o débito cardíaco em doentes idosos. A utilização de anticoagulantes orais pode aumentar a perda sanguínea.
- As crianças têm uma reserva fisiológica exuberante e frequentemente demonstram poucos sinais de hipovolemia, mesmo quando existem perdas volêmicas sign ificativas. Quando a deterioração hemodinâmica ocorre, ela é mu ito rápida e catastrófica.
- O atleta bem condicionado possui mecanismos de compensação semelhantes aos da criança. Costuma apresentar uma bradicardia relativa e não demonstra o n ível habitual de taquicardia com a perda volêmica
Todas as soluções endovenosas devem ser aquecidas através do armazenamento……………….

em ambiente aquecido (37oC a 40°C, ou 98.6°F a 104 o F) ou por meio de dispositivos de aquecimento de líquidos.
V ou F
A avaliação da PA é um bom parâmetro para sangramento

Falso
Não é um bom parâmetro para sangramento pois pode haver uma perda de até 1,5L e continuar com a PA normal devido aos mecanismos compensatórios. FC é a que se altera mais rápido
O que é a regra 1:1:1

Correr a mesma proporção de Soro, concentrado de hemácias e de plaquetas
Quanto vai correr de solução cristaloide? Principal modificação do ALTS.

Volume: reanimação balanceada. Evitar a hiper-hidratação. A reposição é de acordo com o grau de hemorragia do paciente, objetivando estabilização. A hiper-hidratação não deixa formar a rede de fibrina – distúrbio de coagulação, gera sobrecarga e edema.
Etapa C da avaliação primária: Coração

- FC, ritmo, fonese de bulhas, PA
- ARRITMIA + TRAUMA: CONTUSÃO CARDÍADA. CONTROLE CLÍNICO para arritmia. O próprio sangue é arritimogênico.
- Dispositivo auxiliar C: monitorização cardíaca.
- Cirurgia de contenção de danos
- Triangulo da morte: hipotensão arterial, hipotermia, acidose metabólica.
- Esforço médico absoluto para tentar evitar essas 3 situações que aumentam muito o risco de morte. Realizar procedimento mais simples possível para estabilizar o paciente, com a certeza de que em 24/48h será realizado um procedimento invasivo curativo.
Etapa C da avaliação primária: Abdome

- Semiologia pobre: inspeção, ausculta, palpação e percussão. Muito inespecífico no trauma. Leva tempo para apresentar alteração. Em grande parte dos pacientes, não vai ter nada confiável
- Palpação: descompressão brusca: sinal de irritação peritoneal
- Sinal clínico de abdome cirúrgico: DB + = PERITONITE.
- A palpação não funciona em paciente inconsciente.
- Abdome em tábua: irritação peritoneal pelo ácido. Presente em abdome agudo perfurativo por úlcera gástrica.
- Bloomberg: característico de apendicite.
- ABDOME INSTAVEL + DESCOMPRESSÃO BRUSCA POSITIVA: CONDUTA CIRURGICA
- Exame: US FAST (focalizado para o trauma): Identificar presença de líquido/sangue na cavidade peritoneal.
Triângulo da morte

- Coagulopatia
- Acidose Metabólica
- Hipotermia
Chances de morte muito grandes, então tem que evitar ao máximo
O que o rebaixamento do nível de consciência pode representar:

- a) Diminuição da oxigenação e/ou da perfusão cerebral
- b) Ser resultado de um trauma direto ao cérebro
Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação

As medidas auxiliares utilizadas durante as fases da avaliação primária e da reanimação incluem a monitoração eletrocardiográfica; a cateterização urinária e gástrica; outras monitorações, como frequência respiratória, gasometria, oximetria de pulso e pressão arterial; e exames radiológicos (tórax e pelve)
O débito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão renal. A monitoração do débito urinário é realizada de forma mais adequada pela inserção de uma sonda vesical. A cateterização transuretral da bexiga é contraindicada nos casos em que se suspeita de lesão uretral. Deve-se suspeitar de lesão uretral quando há:
- Sangue no meato uretral
- Equimose perineal
- Deslocamento cranial da próstata ou ela não é palpável ao toque retal
Dessa maneira, a colocação de sonda urinária não deve ser tentada antes que seja realizado um exame do reto e da genitália.
Considerar a necessidade de transferência do doente

Durante a avaliação primária e a fase de reanimação, o médico que está atendendo o doente costuma ter informações suficientes para estabelecer a necessidade de transferência para outra instituição. O processo de transferência pode ser iniciado imediatamente por um profissional administrativo sob a orientação do médico que está atendendo, enquanto estão sendo tomados cuidados adicionais de avaliação e reanimação. Assim que a decisão de transferir o doente for tomada, a comunicação entre o médico atendente e o médico que irá receber o doente é essencial.
O que é a avaliação secundária e quando começa?
A avaliação secundária só deve .ser iniciada depois de completar a avaliação primária (ABCDE) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o ·doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais
CONSIDERAR TODA MULHER…………….
GESTANTE ATÉ QUE SE PROVE AO CONTRÁRIO.

Por qual motivo não se usa a cânula de guedel no paciente consciente ?

Esse dispositivo não pode ser usado em doentes conscientes pois induziria o reflexo de vômito, vômitos e aspiração. Doentes que aceitam o tubo orofaríngeo muito provavelmente necessitarão de intubação.
Técnica para introdução da cânula de guedel

Inserção do tubo orofaríngeo com concavidade voltada para cima em direção cranial até o palato mole. Após tocar o palato mole, roda-se o dispositivo 180° e desliza-se o tubo por trás da língua. Não pode ser utilizado em crianças, pois a rotação do dispositivo pode lesionar a boca e a faringe.
Dispositivos Extraglóticos ou Supraglóticos

Os dispositivos extraglóticos e supraglóticos são úteis no controle de doentes que necessitam de abordagem avançada da via aérea, mas nos quais a tentativa de intubação foi malsucedida, ou naqueles em que se sabe que dificilmente a intubação será conseguida. Entre esses dispositivos pode-se citar a máscara laríngea, o tubo esofágico multilúmen e o tubo laríngeo. Outros equipamentos supraglóticos para o doente traumatizado são atualmente temas de estudo
V ou F
“Se o doente estiver em apneia, a intubação orotraqueal é indicada”
Verdadeiro
Intubação Nasotraqueal

A intubação nasotraqueal às cegas exige que o doente apresente ventilação espontânea e é contraindicada em doentes em apneia. Quanto mais profundas forem as ventilações do doente, maior será a facilidade para perceber o fluxo de ar pela laringe. Fraturas faciais, do seio frontal, da base do crânio e da placa cribiforme são contraindicações relativas para a intubação nasotraqueal. Evidência de fratura de nariz, olhos de guaxinim (equimose periorbitária bilateral), sinal de Battle (equimose retroauricular) e extravasamento de líquido cefalorraquidiano (rinorreia ou otorreia) são sinais dessas lesões.
Saturação no oxímetro de pulso X Pressão pacial de O2


Choque Obstrutivo

No Pneumotórax hipertensivo o mediastino é deslocado para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão contralateral. O choque decorrente dessa situação é consequente à acentuada diminuição do retorno venoso, determinando uma queda do débito cardíaco, e é denominado choque obstrutivo.