Cirúrgica V - Vascular (Doença Carotídea) Flashcards

1
Q

Doença carotídea X Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE)

A

A maioria dos acidentes vasculares encefálicos (AVE) isquêmicos relatados são originários de lesão aterosclerótica das artérias extracranianas. A bifurcação carotídea é o local predominante dessas lesões, seguido pelas artérias vertebrais e subclávias.

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2
Q

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

A

É a 3ª causa de morte, atualmente, nos EUA e Brasil, superada apenas pelas doenças cardíacas e pelo câncer.

Os AVCs, em sua grande maioria, são isquêmicos (formação de trombos ou deslocamento de êmbolos).

O AVC hemorrágico tem pior prognóstico. Em relação ao isquêmico, quanto mais distal é a oclusão, pior, pois não haverá circulação colateral para compensar (Polígono de Willis).

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3
Q

Degeneração hemorrágica

A

Processo de um AVC isquêmico virar hemorrágico

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4
Q

Fatores de risco para aterosclerose

A
  • Hipertensão arterial;
  • DM (tem relação com aterosclerose, mas não com doença carotídea);
  • Hipercolesterolemia;
  • Tabagismo;
  • Hereditariedade;
  • Maiores de 65 anos;
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5
Q

A principal causa de ateroembolia:

A

A principal causa de ateroembolia é a aterosclerose. É uma doença degenerativa na qual vai haver proliferação de tecido conjuntivo e depósito gorduroso nas camadas do vaso.

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6
Q

Aterosclerose

A

É uma doença degenerativa na qual vai haver proliferação de tecido conjuntivo e depósito gorduroso nas camadas do vaso. A placa geralmente começa em áreas de bifurcação, que é onde o sangue está em maior contato com a parede do vaso, mas vai se estender ao longo de todo o vaso.

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7
Q

Na evolução da doença aterosclerótica da carótida, existe um ponto específico de atuação/intervenção ?

A

Pode operar/intervir nesse paciente somente antes de ocluir totalmente o vaso (quando está só com estenose). Quando está completamente ocluído não adianta fazer nada, porque todo aquele sangue parado vai trombosar, em todo o seu trajeto. Toda cirurgia carotídea precisa saber como está o Polígono de Willis, já que um polígono bom vai dar um bom tempo cirúrgico.

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8
Q

Para diagnóstico da doença cerebrovascular, precisamos dividir os pacientes em dois grupos:

A
  • Pacientes assintomáticos: sopro de carótidas ou achado em algum exame (ex: duplex scan vê aumento da velocidade do sangue na carótida, radiografia panorâmica dentária também pode aparecer) ou pacientes que tiveram eventos com mais de 6 meses.
  • Pacientes sintomáticos: AIT (ataque isquêmico transitório) ou AVC em até 6 meses
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9
Q

Diagnóstico da doença carotídea:

A
  • O primeiro passo é tentar identificar no exame físico o sopro de carótida – é um indicativo.
  • Depois disso, pede um US com doppler de carótidas: é barato, não é invasivo, e é possível classificar muito bem a lesão.
  • Demais exames: angiotomografia, arteriografia e angiorressônacia vão ser solicitados quando está pensando em alguma intervenção cirúrgica ou quando tem alguma dificuldade na realização do doppler (paciente obeso, por exemplo).
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10
Q

US com doppler de carótidas

A

No US com doppler, quando visualizado pontos hiperecóicos com sombra acústica posterior, vai ser indicativo de calcificação → indica uma placa de risco (pode embolizar, pode dissecar). Existe também o modo color, que, a medida que passa o sangue, a trajetória vai ser transformada em cor.

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11
Q

Angiotomografia na doença carotídea

A

É um bom exame, mas caso haja calcificação não é uma boa escolha, porque pode dar artefato. Para calcificação, é melhor fazer o duplex scan, que identifica a placa, a calcificação e possíveis úlceras na placa.

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12
Q

Arteriografia na doença carotídea

A

Padrão-ouro para intervenção

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13
Q

Angioressonância na doença carotídea

A

Vai visualizar todos os vasos, então para fazer análise precisa fazer um isolamento do vaso para conseguir interpretar.

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14
Q

Como diferenciar a carótida interna da externa pela arteriografia ?

A

Pela presença de ramos, a carótida externa tem ramos.

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15
Q

Tratamento clínico da doença carotídea

A

No tratamento clínico da doença carotídea, pelo fato de a maioria ser doença aterosclerótica, é preciso evitar que essa placa forme trombo:

  • AAS (anti-agregante);
  • Estatina – independente do perfil lipídico.
  • Ácido fólico, vitamina B12 e vitamina B6: algumas referências indicam que o uso dessas substâncias pode atrasar o processo da formação da placa.
  • Controle dos fatores de risco (tabagismo, HAS, diabetes, perder peso).
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16
Q

Tratamento cirúrgico das doenças cerebrovasculares no paciente assintomático

A

Indicação de cirurgia em estenoses maiores que 70% ou maior que 60% quando for submetido a cirurgia de grande porte (ex: cirurgia cardíaca).

17
Q

Tratamento cirúrgico das doenças cerebrovasculares no paciente SINTOMÁTICO

(AIT, amaurose, AVC recuperado, AVC sintomas progressivos, há 6 meses)

A

Todo paciente sintomático tem que tratar se:

  • Estenose > 60%
  • Estenose > 50% e placas ulceradas na bifurcação ou trombo flutuante na bifurcação

Um dado importante: se o paciente teve AVC com déficit significante e grandes infartos cerebrais, a intervenção cirúrgica só será realizada após 6-8 semanas. Se teve AVC pequeno e recuperou, fazer intervenção antes de 4 semanas. Isso mostra um melhor resultado no paciente.

18
Q

Endarterectomia:

A

Abre o vaso, tira a placa e fecha o vaso novamente. É o tratamento de escolha para tratar placas de carótida. Pode ser feita com anestesia local, mas é melhor fazer com anestesia geral, pelo risco de o paciente movimentar.

No procedimento, após heparinização plena vai clampear primeiro a carótida interna para evitar embolização, depois clampea a externa e depois a comum. Faz dissecção do vaso, entra com espátula e retira a placa (está na íntima e a média). Fecha a artéria. Solta primeiro o fluxo para a carótida externa (caso tenha alguma placa solta vai para a externa), e só depois solta da interna. Para fechar, pode fazer sutura contínua ou com patch caso considere que a carótida tenha calibre reduzido (geralmente em mulher).

19
Q

Tratamento endovascular (coloca stent)

A

Indicações (basicamente em quem não dá para fazer a aberta, que ainda é padrão ouro): Quem tem alguma doença de base grave (risco cardiovascular muito alto) ou alguma variante anatômica (provocada ou não). A cirurgia endovascular é feita com um fio guia, que deixa um sistema de proteção na porção superior do vaso. Vai colocar um stent e balonar. No momento que balona, vai soltar placas e essas placas irão subir, já que o fluxo não foi interrompido. Para isso que serve o sistema de proteção que foi colocado no início → vai deixar passar apenas o sangue, retendo as placas que se soltarem. Dependendo da lesão, pode ser necessário insulflar o balão antes de passar o stent. Quando terminar o procedimento, precisa retirar o filtro com muito cuidado, caso contrário pode causar um AVC.

20
Q

O paciente que faz angioplastia carotídea necessariamente precisa ficar com……….

A

dupla antiagregação por um ano

21
Q

Se acontecer de perder o fluxo da carótida externa não tem grandes prejuízos, porque………….

A

os ramos contralaterais conseguem suprir a irrigação.