Aula 20 - Síndrome febril (P2) Flashcards

1
Q

Sintoma

A

→ avaliação subjetiva do paciente
dor, tontura, má digestão, náuseas

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2
Q

Sinal

A

→ dado objetivo, o que vejo no paciente
tosse, vômito

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3
Q

Síndrome

A

junção de sinais e sintomas

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4
Q

Febre em doente - Devo pensar em:

A

→ penso em infecções virais, bacterianas, protozoários, fungos ou príons.

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5
Q

Diagnóstico anatômico

A

Enfatizo uma víscera

doente ictérico → síndrome aguda → penso em doenças infecciosas que desencadeiam o quadro de icterícia

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6
Q

Diagnóstico funcional

A

Distúrbio funcional de órgão

pode ter acompanhado um diagnóstico anatómico - o pulmão não está funcionando bem e o doente entra em insuficiência respiratória.

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7
Q

Como consigo dar um diagnóstico?

A

história clínica
sistematização das informações
conhecimento teórico
exame físico bem feito

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8
Q

Terapêutica

A

terapia no doente - medidas usadas com a intenção de beneficiar o paciente

medicamentosa, psicológica, cuidado paliativo, clínico, sintomático, cirúrgico, radioterapia, quimioterapia, fisioterapia, terapia ocupacional e praxiterapia (diagnóstico físico, psíquico e espiritual).

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9
Q

Prognóstico

A

→ o que vai acontecer com o paciente após terapêutica

quanto a vida: bom, mau, incerto, reservado (possibilidades ainda não estão bem definidas/risco de desenlace fatal)

quanto à validez (capacidade): normal, incapacidade parcial ou total

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10
Q

Só consigo diagnosticar, definir tratamento e guiar a vida de um paciente se:

A

A história clínica foi bem feita?
O exame físico foi feito corretamente?
Foram aventadas todas as possibilidades diagnósticas?
Os exames complementares foram adequadamente pedidos e interpretados com espírito crítico?

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11
Q

Síndrome febril

A

identificação do conjunto de sinais e sintomas → diagnóstico sindrômico → diagnóstico nosológico (identificar qual a doença está causando os sinais e sintomas descritos pela síndrome) → diagnóstico etiológico (identificação da etiologia da doença).

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12
Q

Conceitos básicos da síndrome febril

A

**regulação térmica **→ hipotálamo (ambiente frio/quente)
casos de febre → hipotálamo não está conseguindo regular, devo procurar por causas estruturais ou infecciosas

Valores normais
temperatura axilar : 35,5 a 37. Normalmente é a utilizada para aferir febre (acima de 37,5)
temperatura bucal : 36 a 37,4
temperatura retal : 36 a 37,5 (0,5 maior que a axilar)

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13
Q

Febre/pirexia

A

Temperatura corporal acima da faixa de normalidade

Pode ser causada por transtornos no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros termorreguladores (hipotálamo).

≥37,8ºC (T axilar)

Temperatura axilar: 35,5 a 37°C (~36-36,5°C)
Temperatura oral: 36 a 37,4°C
Temperatura retal: 36 a 37,5°C (0,5°C maior que a axilar)

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14
Q

Hipertermia

A

não é sinônimo de febre

pode ser provocada por exposição excessiva ao calor com desidratação (exposição prolongada ao sol, permanência em ambientes fechados)

não envolve pirogênios e/ou moléculas pirogênicas

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15
Q

Síndrome febril - sintomas associados (PROVA):

A

Astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia já é diagnóstico/taquisfigmia é o correto para FC aumentada, taquipneia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vómitos, delírio, confusão mental e convulsões.

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16
Q

Fisiopatologia da febre

A

Infecção - agente - resposta imune - fagocitose - interleucinas e prostaglandinas → hipotálamo faz alguma coisa ou não

EX: DENGUE
Fêmea do Aedes - única que faz repasse do sangue, o macho não faz - Flavivirus - corrente sanguínea- hemacias, leucocitos, plaquetas… - neutrófilo encontra vírus da dengue - fagocitose - esse processo gera liberação de interleucina 1, 6, TNF alfa e interferon gama - na corrente sanguínea - enviada para centro da região do hipotálamo - no hipotálamo há receptores pré auriculares anteriores - as interleucinas e prostaglandinas ocupam - nesse momento faz o corpo entender que algo ocorreu que fez a atividade metabólica aumentar - fisiologicamente há vasoconstrição para que não perca calor para o lado de fora - por isso o paciente relata frio, devido a vasoconstrição - não se pode perder calor - para manter a cinética do corpo - há tremor - para que aumente os espasmos para que o calor e energia cinética seja aumentada no corpo - nesse momento - mais células de defesas estão sendo recrutadas para fagocitoses - mais interleucinas são liberadas - dependo do órgão acometido há as manifestações clínicas citadas na imagem acima. No preenchimento dos receptores com intensa produção de prostaglandinas e interleucinas - vasoconstrição - frios e tremores. Há febre - corpo avisando que o metabolismo aumenta.

Os inibidores das cox ( camada de fosfolipídios na membrana celular - quando há degradação da membrana e presença dela no citoplasma por conta dos danos causado pelo patógeno há liberação da cox ) - quando inibe cox - tem uma sintomatologia clínica mais regulada

17
Q

Caracterizando a febre:

A

Início, intensidade, duração, evolução, término

Anamnese fundamental
Questionar: teve febre? mediu? (devemos estimular a aferição)
Se não mediu, o que leva a dizer que teve febre? sentiu corpo quente, sensação de frio, sudorese?
diária? tinha horário preferencial?
junto da febre, que outras manifestações sentiu: mal estar, dores no corpo.

18
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

A

Normal, contínua, irregular, remitente e intermitente

19
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

Avalie e classifique a curva térmica abaixo:

A

Curva térmica normal

20
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

Avalie e classifique a curva térmica AZUL:

A

Febre irregular ou séptica – picos térmicos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia. Sem padrão nestas variações;

ex. típico é a septicemia

21
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

Avalie e classifique a curva térmica LARANJA:

A

Febre remitente – febre diária, com variações de mais de 1ºC, sem períodos de apirexia;

ex.: septicemia, pneumonia, tuberculose

22
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

Avalie e classifique a curva térmica VERMELHA:

A

Febre contínua – Tº sempre acima do normal, com variações de até 1°C e sem grandes oscilações;

ex: febre tifóide, endocardite infecciosa e pneumonia

23
Q

TIPOS/PADRÕES DE FEBRE (PROVA)

Avalie e classifique a curva térmica VERDE:

A

Febre intermitente – febre é ciclicamente interrompida por um período de Tº normal (ex.: febre pela manhã, sem febre à tarde; em 1 dia ocorre febre, no outro, não);

ex.: típico na malária.

24
Q

Caracterizando a febre - INÍCIO

A

INÍCIO
subito? freq acompanhada de sintomas da síndrome febril (sensação de calafrios)
gradual? paciente pode não saber definir o início

25
Q

Caracterizando a febre - INTENSIDADE

A

INTENSIDADE
referência : Temperatura axilar
febre leve ou febrícula: até 37,5
febre moderada: de 37,6 a 38,5
febre alta ou elevada : acima de 38,6

A intensidade da febre depende da causa e da capacidade de cada organismo reagir.

26
Q

Caracterizando a febre - DURAÇÃO

A

DURAÇÃO
características de grande relevância? norteia a conduta médica

obs: febre prolongada – duração maior ou igual a 7 dias (contínuas ou não) - INVESTIGAR

tuberculose, endocardite infecciosa, febre tifoide, malaria, colagenoses, linfomas, pielonefrite, sepse.

27
Q

Caracterizando a febre - EVOLUÇÃO

A

EVOLUÇÃO
Para avaliarmos corretamente a evolução de um quadro febril, registra-se a temperatura do paciente em uma tabela, dividida em dias, e estes subdivididos em 4 ou 6 horários → gráfico/quadro térmico → elemento indispensável para se estabelecer com rigor o tipo de evolução da febre. Unindo-se por uma linha os valores de temperatura, fica inscrita a curva térmica do paciente.

Na prática, obtemos a evolução da febre através das informações obtidas na anamnese.

28
Q

Caracterizando a febre - TÉRMINO

A

TÉRMINO

Crise
Desaparecimento súbito da febre;
Pode cursar com sudorese intensa e prostração

Lise
Desaparecimento gradual (Tº diminui dia a dia, até alcançar níveis normais)
Melhor observada na curva térmica (muitas vezes o paciente não nota)

29
Q

CAUSAS DA SÍNDROME FEBRIL

A

Além da semiologia da febre (modo de iniciar, duração, evolução, intensidade, modo de terminar), devemos analisar sinais e sintomas localizadores da causa do aumento da temperatura

Por que? Diagnóstico etiológico!

Aumento da produção de calor (hipertireoidismo)

Bloqueio na perda de calor (ICC, ausência congênita das glândulas sudoríparas e algumas doenças da pele – ictiose)

Lesão tecidual (maioria)
* Todas as infecções por bactérias, riquétsias, vírus e outros microrganismos
* Lesões mecânicas (cirurgias e outros traumas)
* Neoplasias malignas
* Doenças hemolinfopoéticas
* Afecções vasculares (IAM, AVCs e tromboses venosas)
* Distúrbios dos mecanismos imunitários ou doenças imunológicas: colagenoses, doença do soro e febre resultante da ação de medicamentos
* Doenças do sistema nervoso central.