Aula 12 - Anamnese e exame cardíaco (inspeção e palpação) Flashcards
Posição do coração
Base (2º EIC): átrios e vasos da base: artéria pulmonar, arco aórtico e veia cava superior
Ápice (5º EIC, LHC): extremidade inferior do ventrículo E (ápice cardíaco ou ictus cordis)
*ictus visível e palpável no 5 espaço intercostal esquerdo.
Biotipo. Nos indivíduos longilíneos (altos e delgados), o coração assume uma posição verticalizada; nos brevilíneos, o coração se horizontaliza; nos mediolíneos, o coração assume uma posição intermediária, verticalizando-se durante a inspiração profunda e horizontalizando-se na expiração forçada.
Ápice do coração
O ápice corresponde à ponta do coração e é constituído do ventrículo esquerdo, que mantém contato direto com o gradil costal no 5o espaço intercostal esquerdo, na maioria das pessoas.
O ictus cordis não corresponde exatamente à ponta do coração.
Esta particularidade anatômica é importante, pois, pela inspeção e palpação do choque da ponta do ventrículo esquerdo, muitas conclusões clínicas podem ser tiradas, no que se refere a dilatação e/ou hipertrofia desta cavidade.
O coração do recém-nascido e da criança é menor que o de uma pessoa adulta, mas, em proporção ao tamanho do tórax, parece ser maior, além de ter um formato mais globoso. Sua posição é mais transversal que no adulto e, por isso, a ponta do coração situa-se pelo menos um espaço intercostal acima.
Sinais e sintomas cardiovasculares
Quando a dor é localizada na parede anterior do tórax esquerdo
Dor pré cordial
Dor precordial não é sinônimo de dor cardíaca, pois pode ter origem no coração e em outros órgãos ou estruturas como pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago e na própria parede torácica.
Sinais e sintomas cardiovasculares
Geralmente aos esforços / ao deitar / após algumas horas de sono
Dispneia
A dispneia é um dos sintomas mais importantes dos pacientes com cardiopatia e significa a sensação consciente e desagradável do ato de respirar.
Semiologicamente, apresenta-se de duas maneiras: uma subjetiva, que é a dificuldade respiratória sentida pelo paciente, e outra objetiva, que se evidencia pela aceleração dos movimentos respiratórios (taquipneia) e pela participação ativa da musculatura acessória da respiração (músculos do pescoço na inspiração e músculos abdominais na expiração).
Na linguagem leiga, a dispneia recebe a designação de cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, fadiga ou respiração difícil.
A dispneia em paciente com uma cardiopatia indica congestão pulmonar.
Sinais e sintomas cardiovasculares
Percepção dos batimentos cardíacos relacionados com arritmias
“sentindo que o coração está batendo rápido demais, que está falhando”
Palpitações
O pacientes podem relatar: “tremulantes”, “batimentos saltados”, “pancadas”, “saltos”, “paradas” ou “irregularidades”
Principais: palpitações de esforço, as que traduzem alterações do ritmo cardíaco e as que acompanham os transtornos emocionais
Nem sempre significa alteração do ritmo cardíaco (arritmia)!
Sinais e sintomas cardiovasculares
Cansaço mesmo que em repouso
Astenia
Sinais e sintomas cardiovasculares
Tipicamente de MIs, geralmente é menos intenso no período da manhã e mais característico no período da noite.
Edema
Generalizado ou localizado
As expressões “inchaço” e “inchume” são as mais usadas pelos pacientes para relatar este sintoma, mas elas podem designar, também, crescimento ou distensão do abdome (p. ex., “inchaço na boca do estômago”).
aumento do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo. Embora possa haver edema intracelular, do ponto de vista semiológico, este termo refere-se ao extracelular ou intersticial.
Em condições normais, a pressão hidrostática e a pressão oncótica estão em perfeito equilíbrio dinâmico; no entanto, em condições patológicas, este equilíbrio é rompido.
Na insuficiência cardíaca direita, a elevação da pressão venosa central é o fator determinante do aumento da pressão hidrostática nos capilares venosos, aumentando a passagem de água para o interstício, o que é evidenciado clinicamente pelo aumento do peso corporal, pelo aparecimento de edema subcutâneo ou pelo acúmulo de líquido nas cavidades serosas.
Outro fator importante na gênese do edema cardíaco é a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que vai determinar a retenção de sódio e a eliminação de potássio.
A causa básica do edema cardíaco é a insuficiência ventricular direita por aumento da pressão hidrostática associado à retenção de sódio.
Sinais e sintomas cardiovasculares
Perda momentânea da consciência por alguns momentos com queda.
Síncope
Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência e do tônus muscular postural (síncope).
A maior parte das crises de desmaio (crises vasovagais ou síncope vasodepressiva) ocorre quando o indivíduo está de pé, e são acompanhadas de queda da pressão arterial.
Pode ser de origem psicogênica (impactos emocionais, medo intenso) ou por redução aguda, mas transitória, do fluxo sanguíneo cerebral.
Quase sempre o quadro evolui rapidamente para a recuperação da consciência, pois, se não houver melhora da perfusão cerebral, sobrevirá a morte em curto período de tempo.
Sinais e sintomas cardiovasculares
É a sensação de que vai perder a consciência, mas não a perde.
Lipotimia
Sinais e sintomas cardiovasculares
Chiado no peito, dependendo do grau de edema pulmonar, ela é muito frequente.
Sibilância
Caso Clínico 1
Homem de 53 anos, sexo masculino, branco, natural e procedente de São Paulo, mora atualmente em Bauru, casado, corretor de imóveis
QD = Dor no peito há 4 meses
sempre descartar de doenças esofágicas → possuem alguns sintomas semelhantes
Características da dor anginosa
Localização?
Intensidade?
Caráter?
Características da dor anginosa
Irradiação?
Duração?
Poucos minutos até 10 minutos = Angina estável (prevista)
Até 20 minutos = Angina Instável (deixa de ser prevista, muda as características da dor, intensidade, duração e fatores de melhora e/ou piora)
Características da dor anginosa
Fatores de melhora?
Fatores de piora?
Fatores concomitantes?
Se após o nitrato a dor não passar, ir para o PS.
É muito importante o tempo que a dor leva para desaparecer após uso de nitrato sublingual. Na angina de peito, a dor desaparece 3 ou 4 minutos após; se levar maior tempo (5 ou 10 minutos), provavelmente não se trata de angina clássica, podendo ser angina instável.
A dor da pericardite aguda pode ser amenizada ou cessar quando o paciente inclina o tórax para frente ou o comprime com um travesseiro.
Alguns pacientes com quadro anginoso e outros com enfermidades gastrintestinais ou com ansiedade encontram alívio após eructação ou eliminação de gases.
Mecanismo Envolvido nos Sinais e Sintomas Cardíacos
Desequilíbrio entre oferta e consumo de O2. Ex: aterosclerose/esforço físico
Hipóxia celular
Sem que ocorra alterações necróticas (angina)
com necrose(IAM)
Estimulação de terminações nervosas por
substâncias químicas: ácido lático, potássio,
prostaglandinas entre outras (por isso dói)
Dor na isquemia miocárdica. A dor de origem isquêmica tem origem na hipoxia celular. Sempre que houver desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, vale dizer, quando há isquemia miocárdica, ocorre estimulação das terminações nervosas da adventícia das artérias e do próprio músculo por substâncias químicas liberadas durante a contração. Não se sabe se tais substâncias são produzidas somente durante a isquemia ou se são metabólitos normais que se acumulam até atingir concentrações capazes de determinar dor se houver inadequada irrigação sanguínea.
É provável que as substâncias que estimulam ou aumentam a excitabilidade das terminações nervosas sensoriais sejam o ácido láctico, o potássio, as cininas, as prostaglandinas e os nucleotídios.
A causa mais comum de isquemia miocárdica é a aterosclerose coronária, assumindo características especiais na angina de peito e no infarto agudo do miocárdio.
Qual o sinal clínico?
Sinal de Levine
Sugere dor precordial / angina
Manifestado quando o paciente coloca o punho cerrado sobre o tórax, ao se queixar de dor torácica. É um sinal patognomônico de isquemia miocárdica.
Outras dores do precórdio
Dor de origem pericárdica:
A dor da inflamação é mais aguda, retroesternal e irradia para pescoço e dorso.
Costuma ser contínua e não se relaciona com exercício, piora com a respiração e com decúbito dorsal.
Melhora com a inclinação do tronco para frente. Dor de provável etiologia pelo atrito dos folhetos
O mecanismo provável da dor da pericardite é o atrito entre as membranas ou uma grande e rápida distensão do saco pericárdico por líquido.
É provável que a irritação das estruturas vizinhas – pleura mediastinal, por exemplo – também participe do mecanismo da dor da pericardite.
É diferente da dor anginosa –> Pericárdica não tem relação com esforço fisico, estresse emocional e não irradia para o MSE.
Outras dores do precórdio
Dor de origem aórtica:
Dissecção de aorta → emergência!!!
Dor lancinante, início súbito, retroesternal ou face anterior do tórax com irradiação para pescoço, região interescapular e ombros.
Paciente fica inquieto. Origem da dor provavelmente pela estimulação do plexo aórtico
Os aneurismas da aorta geralmente não provocam dor, mas a dissecção aguda da aorta determina quadro doloroso importante, com início súbito, muito intensa, do tipo lancinante, de localização retroesternal ou face anterior do tórax, com irradiação para o pescoço, região interescapular e ombros.
Durante a crise dolorosa, o paciente fica inquieto – deita-se, levanta-se, revira-se na cama, adota posturas estranhas, comprime o tórax com um travesseiro, tentando obter algum alívio.
A separação das camadas da parede arterial, particularmente da adventícia, com súbita distensão das terminações nervosas aí situadas, estimula as terminações nervosas do plexo aórtico, determinando a dor.
Outras dores do precórdio
Extra-cardíacas:
Alterações no esôfago, estômago, pleura, etc
Causas de palpitação:
Há três tipos principais de palpitações – as palpitações de esforço, as que traduzem alterações do ritmo cardíaco e as que acompanham os transtornos emocionais
Nem sempre significa alteração do ritmo cardíaco (arritmia)!
Causas de dor torácica.
Parede torácica
Causas de dor torácica.
Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras