Aula 11 - Úlceras Venosas Flashcards
Abertura de pele abaixo do joelho:
Úlcera de perna
- Ulcera por estase venosa varicosa
- ulceras neurotroficas : diabeticas
- ulceras arteriais ou isquemicas : Martorell
- Infecciosas : Erisipela bolhosa
Possíveis complicações de úlceras venosas:
Úlcera venosa –> insuficiência venosa –> acúmulo de sangue no local –> rompimento de veias –> podendo gerar edema, escurecimento da pele, lesões eczematosas, principalmente no tornozelo.
Sobre essas complicações:
- não cicatrizam
- causa grande desconforto
- gera incapacidade
Termo que associa edema e escurecimento da pele:
Considerada como precursora de ulcera venosa
Dermatite ocre
também conhecida como dermatite de estase
Características das úlceras
Podem ser dolorosas ou indolores
podem apresentar queimação e/ou prurido no local
podem cursar com erupção cutanea, vermelhidão, pele com cor acastanhada, ressecada e escamosa –> Dermatite ocre/de estase
Que tipo de lesão:
Lesões eczematosas
Eczema estase - hipostático - varicoso
Eczema de estase
aparece após a dermatite ocre → coça muito
Hipertensão venosa crônica (HVC) → diminui a circulação e cicatrização → traumas-infecções → úlceras-erisipelas –> cicatrização –> fibrose –> ESTASE VENOSA
Aumento de hemácias no local/perna –> mais hemossiderina –> dermatite ocre/ sensibilidade/ irritação –> ECZEMA
porta de entrada para erisipela : ulceras venosas cronicas
aparecimento principalmente:
tornozelo
⅓ da perna - maléolo interno
Eczema estase - hipostático - varicoso
Diagnóstico
Diagnóstico → clínico + exames
Como se dá o processo de formação de úlcera varicosa?
má circulação do sangue nas pernas –> diminuição do retorno venoso –> menos oxigenio –> não permite a cicatrização correta de feridas.
Como identificar uma úlcera venosa:
é uma ferida crônica, mais frequente no tornozelo, lesão que não cicatriza facilmente
Caracteristicas: dor de intensidade variável, edema, descamação, escurecimento e espessamento da pele, presença de varizes, sensação de peso nas pernas e coceira.
Sobre úlceras venosas
Tratamento
Diminuir a dor, acelerar a cicatrização
individualizado
Visa tratar de causas primárias que podem levar ao desenvolvimento de úlceras.
Cuidados com as feridas em casa
- Manter as feridas limpas e secas
- Troca dos curativos nas frequência indicada pelo cirurgião vascular especializado
- Usar corretamente a medicação prescrita
- Ter uma dieta saudável, com o uso de frutas e vegetais
- Manter um programa de exercícios regulares, individualizados caso a caso
- Usar sapatos apropriados
- Usar meias ou faixas compressivas se isso for indicado
- limpeza da ferida para evitar que ocorram infecções
- solução de soro fisiológico à 0,9%
- curativo com hidrogel
- Alginatos
- papaína ou colagenase: remover o tecido morto e facilitar a cicatrização.
- movimentar a perna: caminhadas ou exercícios de fisioterapia: ativar a circulação
Que posição é essa?
Posição de Trendelenburg
prescrita para a melhora da circulação - paciente deitado com os MIs suspendidos.
Meias elásticas
- Podem ser tratadas com compressão das pernas que diminuam o edema
- uso de meia elástica ou uso de ataduras de compressão elástica.
- medida fundamental para a cicatrização da ferida é o uso da
compressão elástica, que pode ser realizada através da faixa ou meia elástica.
Bota de Unna
- Bota de Unna é indicada para tratamento ambulatorial de úlcera venosa
- Bota de Unna podem permanecer no membro por até 7 dias
- Curatec Bota de Unna consiste em uma bandagem impregnada com pasta à base de óxido de zinco, goma acácia, glicerol, óleo de rícino e água deionizada.
- forma artesanal, que requer aquecimento térmico prévio
Como se desenvolve uma úlcera arterial?
ocorre devido a isquemia no território irrigado pela artéria lesada
DIAGNÓSTICO
. Identificação- Sexo e Idade
- boa anamnese
- exame físico.
Úlcera hipertensiva de Martorell: relato de caso
Paciente do sexo masculino, 56 anos, auxiliar de enfermagem, natural do Estado da Paraíba, hipertenso grave desde os 15 anos de idade, com sequela de poliomielite no membro inferior direito (MID), mas que não o impedia de deambular.
- Infarto agudo do miocárdio em 2000
- negava tabagismo, anemia falciforme e diabetes mellitus
- não obeso
Tipo de úlcera isquêmica dolorosa de membro inferior, mais comum em mulheres, com dor desproporcional a seu tamanho e associada à hipertensão arterial sistêmica grave:
Úlcera hipertensiva de Martorell
Descrita em 1945 por Martorell como uma complicação da hipertensão arterial sistêmica (HAS) grave.
- É referida como úlcera de forma arredondada, de dois a 4cm de diâmetro de base granulosa ou necrótica.
- localizada no membro inferior, geralmente no terço inferior externo da perna
- extremamente dolorosa com dor desproporcional ao tamanho da lesão
- com predominância no sexo feminino, entre 50 e 60 anos
- HAS grave de longa duração e mal controlada.
Em mais de 50% dos pacientes há uma característica simetria bilateral
Os critérios diagnósticos descritos por Martorell em 1945 são:
- hipertensão arterial nos braços;
- hipertensão arterial nas pernas;
- ausência de oclusão de grandes artérias de membros inferiores e pulsos palpáveis em todas as artérias dos membros inferiores;
- ausência de distúrbio na circulação venosa;
- úlcera superficial na face anterolateral de membro inferior, na união do terço médio com o inferior;
- simetria de lesões (úlceras em ambos os lados ou úlcera de um lado e cicatrizes hipercrômicas no lado oposto);
- maior prevalência em mulheres;
- ausência de calcificação arterial.
- Além disso, a grande intensidade da dor, só responsiva à morfina e a
bloqueios peridurais
O melhor tratamento para as úlceras hipertensivas isquêmicas ainda é controverso.
- Alguns autores defendem a realização de simpatectomia lombar
- outros defendem o tratamento conservador, com controle da PA e cuidados com a lesão, só recorrendo à simpatectomia e/ou enxertia em casos resistentes.