9. Doenças da Conjuntiva Flashcards

1
Q

Conjuntiva - Histologia do epitélio da conjuntiva? Quantas camadas celulares? Como são as células?

A
  • NÃO-QUERATINIZADO
  • Cerca de 5 camadas celulares
  • Células cubóides basais que se vão progressivamente transformando em células poliédricas achatadas e vão sendo eliminadas na superfície
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2
Q

Conjuntiva - Em que região da conjuntiva há maior densidade de células caliciformes?

A

¬- Região infranasal e fundos de saco

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3
Q

Conjuntiva - Em que parte da espessura conjuntival estão as glaundulas de Wolfring e Krause?

A

Estroma profundo

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4
Q

Conjuntiva - Histologia do estroma da conjuntiva?

A
  • Tecido conjuintivo LAXO
  • Ricamente vascularizado !
  • Glandulas de Krause e Wolfring encontram-se no estroma profundo
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5
Q

Conjuntiva - O que é o CALT? O que é que o constitui?

A
  • Tecido Linfóide associado à conjuntiva
  • Respostas imunes da superfície ocular
    Constituido por
  • Linfócitos dentro das camadas epiteliais
  • Vasos linfáticos e sanguíneos associados
  • Linfócitos e células plasmáticas com agregados foliculares
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6
Q

Conjuntiva - Como é feita a vascularização da conjuntiva?

A
  • A. Ciliares Anteriores
  • A. Palpebrais
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7
Q

Conjuntiva - Qual é a orientação dos vasos conjuntivais no tarso?

A

Os vasos sanguíneos do tarso são orientados VERTICALMENTE (tal como as G. Meibomius)

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8
Q

Conjuntiva - A que tipo de tecido correspondem a placa semilunar e a carúncula?

A

Tecido cutâneo modificado

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9
Q

Conjuntiva - Quais são as alterações da conjuntiva relacionadas com a idade?

A
  • Perda de Transparencia
  • Adelgaçamento
  • Perda de elasticidade
  • Vasos sanguíneos MAIS proeminentes :O
    (2 primeiras = córnea)
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10
Q

Conjuntiva - Conjuntivite - Que tipos de secreção existem, e a que tipos de infeção se associam?

A
  • Aquosa - Alérgica ou Viral Aguda
  • Mucoide - Alérgica crónica ou olho seco
  • Mucopurulenta - Bacteriana aguda ou Chlamydia
  • Hiperpurulenta - Gonocócica
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11
Q

Conjuntiva - O que são as pseudomembranas / membranas? Porque é que umas sangram e outras não?

A

Coagulados de exsudato que aderem ao epitélio da conjuntiva que está inflamado (devido a recrutação de mediadores inflamatórios para o local)
Membranas sangram porque envolve a própria camada, que rasga durante remoção

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12
Q

Conjuntiva - Quais são as consequências das membranas para o epitélio da conjuntiva?

A

Perda de células caliciformes e de glândulas lacrimais acessórias

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13
Q

Conjuntiva - Quais são os principais tipos de conjuntivite associados à formação de membranas?

A
  • Conjuntivite Adenovírica grave
  • Conjuntivite Gonocócica
  • Conjuntivites bacterianas
  • Conjuntivite Lenhosa
  • S. Stevens-Johnson
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14
Q

Conjuntiva - Qual é a conformação e a que correspondem histologicamente os folículos?

A
  • Formações ELEVADAS e AVASCULARES translúcidas e redondas localizadas sob o epitélio conjuntival
  • Resultam de HIPERPLASIA EPITELIAL com 1 centro germinativo LINFOIDE de linfócitos IMATUROS
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15
Q

Conjuntiva - Que tipos de conjuntivites podem causar Foliculos?

A
  • Conjuntivite VIRAL ou por Chlamydia
  • S. Oculoglandular de Parinaud (Bartonella)
  • Estimulo inflamatório crónico persistente
  • Hipersensibilidade a fármacos tópicos
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16
Q

Conjuntiva - Qual é a conformação e a que correspondem histologicamente os as papilas?

A
  • Dobras de epitélio HIPERPLASICO com núcleo fibrovascular
  • Infiltração estromal subepitelial de células inflamatórias
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17
Q

Conjuntiva - Que tipos de conjuntivites podem causar Papilas?

A
  • Conjuntite alérgica
  • Conjuntivite BACTERIANA
  • Uso prolongado LC
  • Blefarite Crónica
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18
Q

Conjuntiva - Qual é a localização predominante das Linfadenopatias nas conjuntivites?

A
  • Pré-auricular
  • Submandibular
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19
Q

Conjuntiva - Que tipos de conjuntivites estão mais associadas a Linfadenopatias?

A
  • Mais frequentemente nas Conjuntivites VIRAIS
    Pode também ocorrer em
  • Conjuntivite bacteriana GRAVE
  • Conjuntivite por Chlamydia
  • S. Oculoglandular de Parinaud (Bartonella)
    Ganglios tipicamente afectados
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20
Q

Conjuntiva - Conjuntivites bacterianas - Sinais característicos? Em que formas acontece a secreção hiperaguda? Quais são os agentes mais preocupantes?
Porque é que esses agentes específicos são preocupantes?

A
  • Secreção mucopurulenta, muito mais espessa do que na maioria das virais
  • Doentes frequentemente acordam com pálpebras coladas
  • Secreção HIPERAGUDA geralmente ocorre na Gonocócica ou Meningococica (nas Neisserias)
  • Queratite superficial PONTUADA é COMUM
  • Neisserias podem levar a ULCERA corneana (penetram epitélio intacto) com progressão RAPIDA para perfuração
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21
Q

Conjuntiva - Conjuntivites bacterianas - Em que situações está indicada a cultura?

A
  • Pode estar indicada em cassos GRAVES
  • Sobretudo para exclusão de Infeção Gonocócica e Meningococica (as Neisserias)
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22
Q

Conjuntiva - Conjuntivites bacterianas - Quais são as características da Neisseria à cultura? Qual é o meio de cultura preferido?

A
  • São Diplococos intracelulares Gram-negativos
  • Cultura com ágar chocolate
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23
Q

Conjuntiva - Conjuntivites bacterianas - Tratamento? Qual é o papel do antibiótico? Qual é a classe preferida?

A
  • 60% resolve em 5 dias SEM tratamento :O
  • Antibioticos permite ACELERAR resolução e prevenir RE-Infeção e transmissão
  • NÃO há evidencia em relação à eficácia de cada subclasse
  • O Clorafenicol tem como efeito secundário possível a Anemia Aplastica
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24
Q

Conjuntiva - Conjuntivites por Neisseria - como se tratam na criança? Qual é a preocupação?

A
  • A Meningococica pode ser LIFE-THREATENING
  • 30% desenvolve doença sistémica invasiva !!
  • Tratamento IV com Ceftriaxone, Cefotaxime ou Benzilpenicilina intramuscular
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25
Q

Conjuntiva - Conjuntivites por Neisseria - como se tratam nos adultos?

A
  • ATB tópico +/- sistémico
  • Sistémico pode ser Quinolona, Cefalosporina de 3 geração ou Macrólido
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26
Q

Conjuntiva - Conjuntivites por H. Influenza - Que sintoma característico podem ter?
Como se tratam na criança? Porque é que se tem de tratar?

A
  • Hemorragia subconjuntival
  • Nas CRIANÇAS deve-se tratar com Amoxiclav oral
  • Devido ao risco de 25% de desenvolver Otite ou patologia sistémica
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27
Q

Conjuntiva - Conjuntivite por Chlamydia - Que tipo de microorganismo é a Chlamydia?

A
  • Bacteria INTRACELULAR obrigatória
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28
Q

Conjuntiva - Conjuntivite por Chlamydia - Como se trata em Crianças?

A
  • Tratamento SISTEMICO recomendado devido ao risco de Pneumonite e Otite média
  • Eritromicina ORAL 50 mg/kg por dia, 14 dias
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29
Q

Conjuntiva - Conjuntivite por Chlamydia - Quais são as 2 formas principais em adultos? Que serotipos estão associados a cada tipo?

A

Tracoma - Serotipos A-C
Conjuntivite de Inclusão - Serotipos D-K

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30
Q

Conjuntiva - Tracoma - Qual é a forma de transmissão?

A
  • Associada a mas condições de higiene e sanitárias
  • A MOSCA é um vector importante
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31
Q

Conjuntiva - Tracoma - Qual é o mecanismo? Que tipo de inflamação ocorre?

A
  • O contacto inicial com o patogénio dá origem a uma imunidade parcial de curto prazo, mas que leva a uma reação inflamatória INTENSA na reinfeção
  • A infeção recorrente leva a resposta imunitária cronica que envolve resposta celular tardia Tipo IV
    Conjuntivite Folicular + Papilar - Purulenta
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32
Q

Conjuntiva - Tracoma - Como é que são as alterações crónicas?

A
  • Alterações cicatriciais progressivas da CORNEA e CONJUNTIVA (+ na conjuntiva e tarso SUPERIORES)
  • Formação de PANNUS corneano e VASCULARIZAÇÃO
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33
Q

Conjuntiva - Tracoma - O que são as Fossetas de Herbert?

A
  • Depressões criadas por folículos superiores que se associam a triquíase, distiquíase, vascularização da córnea e entrópion cicatricial
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34
Q

Conjuntiva - Tracoma - Qual é o tratamento?

A
  • Azitromicina ORAL em dose ÚNICA (ou ERITROMICINA tópica + sistémica) ou Tetraciclina (em crianças com mais de 8 anos)
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35
Q

Conjuntiva - Conjuntivite Adulta de inclusão - Qual é a forma de transmissão?

A
  • É uma DST associada a uretrite ou cervicite
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36
Q

Conjuntiva - Conjuntivite Adulta de inclusão - Como é o padrão de inflamação? Está associada a Linfadenopatia pre-auricular?

A
  • Reação FOLICULAR (= Tracoma, diferente da neonatal, que é papilar)
  • Linfadenopatia PREAURICULAR
  • SEM formação de membranas
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37
Q

Conjuntiva - Conjuntivite Adulta de inclusão - Como se trata?

A
  • Tratamento com Eritromicina / Tetraciclina / Azitromicina
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38
Q

Conjuntiva - S. Oculoglandular de Parinaud - O que causa? Que organismos secundários podem causar? Como é o quadro?

A
  • Bartonella hensaleae - bactéria gram-negativa (mas pode envolver outros microorganismos como Micobacterias, Francisella, Yersinia, T paliddum e Chlamidya)
  • Conjuntivite UNILATERAL GRANULOMATOSA + Linfadenopatia pre-auricular ou submandibular
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39
Q

Conjuntiva - S. Oculoglandular de Parinaud - o Tratamento é obrigatório? Consiste em que?

A
  • Na maioria dos casos NÃO é necessário tratamento
  • Doença SISTEMICA é tratada com AZITROMICINA
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40
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - Qual a incidência de Conjuntivites neonatais em países desenvolvidos / em desenvolvimento?

A
  • 0,1% em países desenvolvidos
  • 10% em países em desenvolvimento
41
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - Qual é a forma de transmissão mais frequente?

A

Organismo em causa infecta recém nascido durante a passagem pelo canal de parto

42
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - Quais são as formas principais e os timings?

A
  • Neisseria Gonorrhoeae (Gonocócica) - 3-4 dias
  • Chlamydia trachomatis - 1 semana
  • Herpes Simplex (+ Tipo 2) - 1-2 semanas
43
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - Como se trata cada tipo?

A
  • Neisseria Gonorrhoeae (Gonocócica) - Ceftriaxone IV (logo perante suspeita)
  • Chlamydia trachomatis - 1 semana - Eritromicina / Azitromicina oral
44
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - A que se deve a conjuntivite química?

A
  • Acontecia quando se usava nitrato de prata para profilaxia pos natal
45
Q

Conjuntiva - Conjuntivites neonatais - Qual é a maneira ideal de fazer profilaxia ao nascimento, se necessário? Porque é que já não se faz com o Nitrato de Prata?

A
  • O Nitrato de prata prevenia Neisseria gonoc, mas NÃO prevenia chlamydia, por isso deixou de ser usado
  • Neste momento, perante risco, pode-se usar ERITROMICINA ou TETRACICLINA em pomada, que cobre os 2
46
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Conjuntivite Adenovírica - Quais são os 4 padrões principais?

A
  • Queratoconjuntivite Epidémica
  • Febre Faringoconjuntival
  • Conjuntivite Aguda Hemorrágica
  • Conjuntivite Folicular Aguda
47
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Conjuntivite Adenovírica - Como é o quadro clinico da Queratoconjuntivite Epidémica? Em que % e timing ocorrem os infiltrados subepiteliais?

A
  • MUITO contagiosa, associada a surtos epidémicos
  • Conjuntivite FOLICULAR + adenopatia preauricular
  • Pode envolver formação de membranas e edema palpebral
  • Associada a queratite + INFILTRADOS SUBEPITELIAIS (podem-se formar so 10-15 dias depois do episodio)
  • Os INFILTRADOS podem ocorrer em 20-50% dos casos
48
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Conjuntivite Adenovírica - Como é o quadro clinico da Febre Faringoconjuntival?

A
  • Hiperémia conjuntival + hemorragias subconjuntivais + epífora + edema palpebral
  • Dor de garganta e febre !!
49
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Qual é a preocupação do Adenovirus nos recém nascidos?

A

Uma pneumonia por Adenovirus num recém-nascido pode ser fatal

50
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Mononucleose Infecciosa - Qual é o agente? Quais são os sintomas sistémicos? Que tipo de conjuntivite e queratite dá?

A
  • Virus Epstein-barr
    Sistémicos
  • Febre
  • Linfadenopatia
  • Faringite
  • Envolvimento hepático
  • Circulação de linfócitos atípicos no sangue
    Ocular
  • Pode dar conjuntivite folicular
  • Pode dar queratite NUMULAR :O
51
Q

Conjuntiva - Conjuntivites virais - Molusco contagioso - Qual é o agente? Qual é a origem da conjuntivite? Como evitar?

A
  • Causado pelo POXvirus (vírus de DNA)
  • Lesões palpebrais ou perto do olho podem libertar vírus para a conjuntiva e dar conjuntivite FOLICULAR
    Geralmente não se trata, mas se lesões forem perto do olho e houver risco de conjuntivite, podem-se desbridar
52
Q

Conjuntiva - O que é a queratoconjuntivite Superior Límbica? Qual é a associação importante?

A
  • Forma específica de conjuntivite na qual existe predileção pela conjuntiva SUPERIOR
    Leva a
  • Olho seco
  • Ptose
  • Queratite Filamentosa
    30% dos casos estão relacionados com Patologia Tiroideia !
53
Q

Conjuntiva - Qual é o mecanismo fisiopatologógico em comum de todas as conjuntivites alérgicas?

A

Hipersensibilidade Tipo 1 com activação de IgE pelos mastócitos na superfície da conjuntiva

54
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Qual é o tipo de reação imunológica?

A
  • Reação imunológica Tipo I e Tipo IV
55
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Epidemiologia? Sexo? Idade? Padrão?

A
  • Mais frequente em HOMENS nas primeiras 2 décadas de vida
  • Sazonal, com agravamento na primavera e outono
56
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Quais são as 2 formas principais?

A

Palpebral
Límbica

57
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Como é a forma Palpebral?

A

Reação papilar predominantemente conjuntiva tarsal superior

58
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Como é a forma Límbica? Quais são as estruturas características? A que correspondem?

A

Espessamento e opacificação da conjuntiva PERILIMBICA
- Pontos de Horner-trantas - Elevações perilímbicas acinzentadas, semelhantes a gelatina, correspondem a ACUMULAÇÕES de EOSINOFILOS

59
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Vernal - Como se chama as lesões corneanas secundárias? De que resultam?

A

Shield Ulcers
- Resultam da progressão de lesões epiteliais pontuadas para defeitos maiores, devido à presença de papilas grandes

60
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Atopica - Diferenças principais para a vernal?

A
  • Não é sazonal
  • Está relacionada com a Dermatite Atópica
  • É muito mais grave
  • Progride frequentemente para opacificação e neovascularização da córnea
61
Q

Conjuntiva - Queratoconjuntivite Lenhosa - Deve-se a que? Lateralidade? Idade? Sinal característico?

A
  • Secundária a deficiência GRAVE de PLASMINOGENIO TIPO 1 :O
  • Doença RARA BILATERAL
  • Afecta TODAS as idades
  • Pseudomembranas fibrinosas na conjuntiva palpebral
62
Q

Conjuntiva - Que classes de fármacos anti-alérgicos oculares existem?

A
  • Antagonistas receptor H1
  • Estabilizadores de mastócitos
  • Vasoconstritores
    (- Corticoides)
63
Q

Conjuntiva - Fármacos anti-alérgicos oculares - quais têm acção mais rápida e quais tem acção mais lenta?

A
  • Antagonistas do receptor H1 podem usar usados em SOS
  • Estabilizadores de mastócitos necessitam de ALGUNS DIAS para terem efeito
64
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Qual é a causa mais frequente? em que %? As outras causas são devido a que?

A

Fármacos (reação de HIPERSENSIBILIDADE) - 50-80% dos casos
- ANTICONVULSIVANTES
- SULFONAMIDAS
- AINEs
- ALOPURINOL
Infeções
- MYCOPLASMA pneumoniae
- HERPES SIMPLEX
- Adenovirus
- Streptococcus

65
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Como é o pródromos?

A
  • Geralmente envolve um pródromos sistémico com febre, mau estar e infecção respiratória superior
66
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Quais são os critérios de diagnóstico?

A
  • Necessita de envolvimento da pele + pelo menos 2 membranas Mucosas
67
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - O que distingue as 2 formas?

A
  • S. Steven-Johnson - Envolvimento < 10% da superfície cutânea
  • Entre 10 e 30% - overlap
  • Necrose Epidérmica Tóxica - Envolvimento > 30% da superfície cutanea
68
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Em que % ocorre o envolvimento ocular?

A

O Envolvimento ocular ocorre em 50% dos casos

69
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Como é o atingimento ocular? Quais são as alterações agudas e crónicas?

A

Grande espectro, que vai desde conjuntivite mucopurulenta a perfuração corneana
Alterações AGUDAS
- Conjuntivite mucopurulenta + Episclerite
Alterações CRONICA
Ocorrem por
- Destuição das células caliciformes da conjuntiva
- Fibrose conjuntival com Simblefaro
- Queratinização da conjuntiva
- Cicatrizes corneanas com neovascularização
- Patologia palpebral com Distiquiase, Triquiase, entrópion e simblefaro

70
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Em que % ocorrem complicações a longo prazo? Quais são?

A

27%

  • Ectropion/entrópion cicatricial
  • Olho seco
  • Triquiase
  • Conjuntivite crónica
  • Vascularização corneana
  • Simbléfaro
71
Q

Conjuntiva - S. Stevens-Johnson / Necrose Epidermoide Tóxica - Como se trata? Qual é o papel dos CCE? Como se previnem as complicações a longo prazo?

A
  • Geralmente a descontinuação da medicação / cura da infeção interrompem o quadro
  • Terapia sistémica com CCE ou Imunoglobulina (controversa?)
  • Lubrificação abundante
  • Antibiotico para prevenir sobreinfeções
  • Lise de aderências ou membranas
  • Membrana amniótica (transplante na 1ª semana MELHORA MUITO prognóstico visual)
72
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - O que é?

A
  • Doença AUTOIMUNE
  • Pode afectar TODAS as mucosas do corpo (boca, orofaringe, genitais, anus)
73
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - Qual é o sintoma inicial Hallmark?

A

Dificuldade em engolir

74
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - Como é o quadro clínico?

A
  • Ataques recorrentes de inflamação conjuntival
  • Destruição das células caliciformes da conjuntiva
  • Obstrução e destruição dos orifícios das várias glândulas lacrimais
  • Isto tudo leva a queratinização da conjuntiva, com formação subsequente de simbléfaro e anquiloblefaro
75
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - Como se chama o sistema de classificação? Como é?

A

Estadios de Foster
I - Conjuntivite CRONICA com FIBROSE Subconjuntival
II - Diminuição do fórnix conjuntival
III - Simblefaro
IV - Anquilobléfaro

76
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - O que é que os Estadios de Mondino avaliam? Como é a Escala?

A

Estadios de Mondino
I – 0-25% perda fornix conjuntival inferior
II – 25-50% perda fornix conjuntival inferior
III – 50-75% perda fornix conjuntival inferior
IV – 75-100% perda fornix conjuntival inferior

77
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - Como se faz o diagnóstico? Preocupações com a biópsia para diagnóstico? É obrigatória para o diagnóstico?

A
  • Imunofluorescência directa
    ou
  • Coragem com imunoperoxidase
  • Deposição LINEAR HOMOGENIA de IgG, IgA, IgM e C3 ao longo da membrana basal
  • % de deteção varia muito com laboratórios…
  • As biópsias devem ser colhidas de uma junção entre saudável/não saudável, ou se envolvimento difuso, do fundo de saco INFERIOR
    Diagnostico PODE SER ESTABELECIDO mesmo na presença de achados de biópsia NEGATIVOS
78
Q

Conjuntiva - Pênfigo Mucoide Membranoso - MMP - Tratamento?

A

Tratamento
Exige IMUNOSSUPRESÃO SISTÉMICA
- Metotrexato
- Ciclofosfamida
- CCE
- Biológicos (anti-TNF alfa)

79
Q

Conjuntiva - Qual é o diagnóstico Diferencial de Conjuntivite Cicatricial?

A

Infeccioso
- Adenovirus
- Chlamydia (Tracoma)
Ambientais / reações adversas
- Queratoconjuntivite atópica
- S. Stevens-Johnson
- Graft VS Host
Imune
- Penfigo muco-membranoso
- Lupus
- Sarcoidose
- Esclerodermia
Outros
- Trauma mecânico/químico
- Neoplasia
- Rosácea
- Radiação

80
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - o que é?

A
  • Representa um efeito secundário de Transplante Alogénico da Medula
81
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Que órgãos afecta?

A
  • Pele
  • Intestinos
  • Pulmões
  • Fígado
  • Olho
    (Pode ocorrer quadro ocular sem quadro sistémico)
82
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Em que timings ocorre? com que frequência?

A

Agudo
- Ocorre em 7% dos casos
Crónico - se inicia > 3 meses após o transplante
- Ocorre em 30-70% dos casos

83
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Quais são os factores de risco? (3)

A
  • Receptores MASCULINOS de transplantes FEMININOS :O
  • Asiáticos
  • DM presentes antes do transplante
84
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Manifestações oculares

A
  • Conjuntivite inflamatória + Queratoconjunvitite seca CRONICA
  • Fibrose do ponto lacrimal é comum
  • Queratite filamentar
85
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Como são os estadios de progressão para a forma aguda? (4 graus)

A

I – Hiperémia conjuntival
II – Hiperémia conjuntival com quemose e exsudatos serossanguinolentos
III – Conjuntivite pseudomembranosa
IV – Conjuntivte pseudomembranosa com lesão epitelial corneanas

86
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Como são os estadios de progressão para a forma crónica? (4 graus)

A

I – Hiperémia da conjuntiva palpebral ou bulbar
II - Alterações fibrovasculares conjuntivares 25%
III – Alterações fibrovasculares conjuntivares 25-75%
IV - Alterações fibrovasculares conjuntivares > 75%

87
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Como é a escala de gravidade associada à resposta ao tratamento?

A

Score 0 – Diagnostico e necessidade de LA
Score 1 (Ligeira) – LA ≤ 3x por dia, sem efeito nas AVD
Score 2 (Moderada) – LA > 3x por dia ou Plug lacrimal, AVD parcialmente afectadas
Score 3 (Grave) – LA não chegam, AVD gravemente afectadas

88
Q

Conjuntiva - Graft VS Host Disease - Como se trata? Qual é a escalada terapêutica?

A
  • LA intensa
  • CCE topicos
  • Ciclosporina tópica
  • Casos graves poderão necessitar de Imunossupressão sistémica (muito difícil de se estabelecer num doente transplantado, requer cooperação)
89
Q

Conjuntiva - Pterígio - Qual é a patogénese?

A
  • Resulta da alteração da Homeostasia da superfície ocular
  • Clusters HIPERproliferativos de células estaminais LIMBICAS
  • Metaplasia epitelial
  • Existencia de tecido fibrovascular ACTIVO
  • Disrupção da Membrana de Bowman (ao longo da cabeça do pterígio)
90
Q

Conjuntiva - Pterígio - Factores de risco?

A
  • Exposição à luz UV
  • Idade
  • Sexo MASCULINO (motivos ocupacionais)
  • Olho seco e inflamação ocular
  • Expoição a agentes ambientais agressores (pó, vento)
  • Raça NEGRA (relacionado com exposições solares variáveis)
91
Q

Conjuntiva - Pterígio - Que sinal podem provocar na córnea? Em que circunstancias?

A

Linha de Stocker

  • Deposição ferro na cabeça do pterígio
  • Indica ESTASE no crescimento (para acumular ferro é porque está parado)
92
Q

Conjuntiva - Pterígio - Factores de risco para recorrência após cirurgia?

A
  • Idade JOVEM
  • Maior inflamação
  • Pterígios mais volumosos (carnudos)
  • Raça NEGRA
93
Q

Conjuntiva - Pterígio - Qual a taxa de recorrência com a técnica moderna? E com a antiga?

A

Técnica de excisão simples com bare sclera - 38-88%
Técnica moderna - 2-8%

94
Q

Conjuntiva - Pterígio - Como se compara a taxa de recidiva entre o auto-enxerto e a membrana amniótica?

A

Recidiva ligeiramente superior se só for usada MA

95
Q

Conjuntiva - Pterígio - Em que circunstancias se pode usar MMC? Quais são os riscos?

A
  • Pode ser usado INTRA-operatóriamente em ALTOS riscos de recidiva
  • Pode ser usado POS operatoriamente
    Risco de
  • Adelgaçamento da esclera
  • Ulceração
  • Atraso na epitelização conjuntival
96
Q

Conjuntiva - Pterígio - Que tratamentos alternativos podem ser feitos?

A
  • MMC
  • 5-FU
  • Anti-VEGF (subconjuntival ou colírio)
  • Ciclosporina (colírio)
97
Q

Flictenulose - Qual é o microorganismo mais frequente em paises desenvolvidos e paises em desenvolvimento? Qual é o quadro clínico? Que tipo de inflamação apresentam?

A

Paises desenvolvidos - Staph Aureus
Paises em desenvolvimento - Mico Tuberculosis

Nódulos focais hiperémicos com células inflamatórias crónicas

Inflamação celular tipo IV

98
Q

Pterígio e Pinguécula - Quais são as semelhanças e as diferenças histológicas?

A
  • Ambos resultam de degeneração elastóide

Pterígio leva a proliferação fibrovascular com extensão corneana
Pingécula associa-se a padrão de degeneração mais hialina, sem invadir a cornea

(A degeneração hialina consiste na acumulação de material proteináceo no tecido conjuntival, resultado da degeneração do colagénio)