17. Distrofias da Córnea Flashcards
Córnea - Distrofias da córnea - Características gerais? (4)
- Doenças NÃO inflamatórias
- NÃO relacionadas com factores ambientais
- Envolvimento geralmente do CENTRO para a PERIFERIA
- Muitas delas implicam depósito de proteínas anómalas
Córnea - Distrofias da córnea - Qual é o sistema de classificação? Quando é que foi alterado pela última vez?
Grupo de Doenças são classificadas pela Classificação Internacional de Distrofias de Córnea - IC3D
- Originalmente em 2008
- Revistos em 2015
Córnea - Distrofias da córnea - Como é que se distingue uma Distrofia de uma Degenerescência? (6)
- ++ Central
- BILATERAL e SIMETRICA
- Idade mais PRECOCE
- Caracter hereditário
- Progressão mais lenta
- NUNCA tem neovasos (gelatinous-droplike pode ter)
Córnea - Distrofias da córnea - Factores a favor ou contra distrofia - Patologia em familiares? Sinais inflamatórios? Bilaterais? Afectam o limbo?
- Patologia em familiares? A FAVOR
- Sinais inflamatórios? CONTRA
- Bilaterais? A FAVOR
- Afectam o limbo? CONTRA
Córnea - Distrofias da córnea - Em que categorias se dividem? Quantas há em cada?
- Distrofias Epiteliais / Subepiteliais - 6
- Distrofias Epitelio-Estromais - 4
- Distrofias Estromais - 6
- Distrofias Endoteliais - 3
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - quais são? (6)
- Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Map Dot Fingerprint
- Distrofia de Meesman
- Distrofia Gelatinous Droplike
- Distrofia de Lisch
- Distrofia Mucinosa Subepitelial
- Distrofias de erosão recorrente epitelial
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - No geral, qual é o processo fisiopatológico?
Quadro clínico deve-se a FRACA aderência do epitélio, dando origem a
- Erosões recorrentes
- Lacrimejo
- Baixa AV
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Map Dot Fingerprint - Epidemiologia? Sexo? Frequencia? Hereditariedade?
Epidemiologia
- Relativamente frequente
- Mais frequente no sexo FEMININO
Hereditariedade
- Aparentemente NÃO é hereditária
- Pode haver alguma tendência familiar?
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Map Dot Fingerprint - Fisiopatologia e relação com a Aparencia da córnea?
Aparencia da córnea
- Irregularidades em forma de mapa, impressão digital, pontos e bolhas
Fisiopatologia
- Camadas adicionais anómalas da membrana basal extendem-se para o epitélio da córnea - Mapas
- Células epiteliais em migração anterior ficam presas nestas camadas adicionais de membrana basal, e formam quistos - Pontos
- As linhas palalelas ou concêntricas da membrana basal espessada formam as impressões digitais
- Acumulação de material granular subepitelial - Bolhas
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Sinais e sintomas?
- Diminuição AV (pode haver astigmatismo irregular)
- Sensação CE
- Erosões recorrentes
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - O que pode agravar o quadro?
- Trauma
- LASIK
- Cirurgia introcular
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Diagnóstico Diferencial?
- Outras Distrofias epiteliais
- Queratite herpética (cicatrizes de lesões anteriores)
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Tratamento preventivo e agudo?
PREVENTIVO
- Lubrificação - LA e gel
- LC terapêutica na presença de lesões epiteliais
- Oculos protectores à noite?
Membrana Amniotica
- Acelera regeneração do epitélio
- NÃO melhora AV
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia da Membrana Basal Epitelial - Qual é a relação com erosão epitelial recorrente?
- 10% dos doentes têm erosões recorrentes
- 50% dos doentes com erosões recorrentes têm esta Distrofia :O
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Meesman - #?
MEES - SNEEZE - aparência em gotas (espirro)
Sintomas Ligeiros - foi só um espirro
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Meesman - Hereditariedade? Gene envolvido e proteínas?
- AD
- Mutação da QUERATINAS específicas do epitélio corneano (KRT3 e KRT12)
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Meesman - Aparencia da córnea?
- VESICULAS INTRAEPITELIAIS que podem afectar TODO o epitélio
(Vêm-se bem em retroiluminação) - Podem envolver córnea até ao limbo mas geralmente há área livre antes do limbo
# MEES - SNEEZE - aparência em gotas (espirro)
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Meesman - Gravidade dos sintomas?
Geralmente LIGEIROS
- Diminuição AV
- Glare (devido às vesiculas)
- Fotossensibilidade
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Meesman - Que exame tem um padrão característico e pode ser especialmente útil?
Microscopia confocal
- Apresenta padrão clássico com vesiculas intraepiteliais
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Gelatinous drop-like - Padrão de hereditariedade? Gene?
- AR !!
- Mutação TAC-STD2
*Aqui dá jeito associar facto de ser AR ao facto de ser grave
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Gelatinous drop-like - Fisiopatologia?
Qual é o material que deposita?
- Deposito de substancias AMILÓIDES subepiteliais e estromais a partir da lágrima
- Facilitados por aumento da permeabilidade das tight-junctions epiteliais
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Gelatinous drop-like - Aparencia da Córnea?
- Nodulos em clusters que CORAM com fluoresceína
- Lesões nodulares COALESCENTES
Progressivamente pior
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Gelatinous drop-like - Gravidade dos sintomas?
Sintomas GRAVES
- Hipovisão
- Fotofobia
- Lacrimejo
- Pode haver NEOVASCULARIZAÇÃO (muito pouco habitual nas distrofias) :O (excepção)
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Gelatinous drop-like - Tratamento? Taxa de recorrência?
- Queratectomia superficial
- Queratoplastia lamelar
- QP (raramente)
ALTA taxa de RECORRENCIA
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Lisch - #
O Fantasma de Lischo
O HOMEM (X-Linked) chega à 3ª década e percebe: LISCHO !!
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Lisch - Hereditariedade?
- X-LINKED !! :O
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Lisch - Fisiopatologia?
- Aparecimento de vacúolos nas células epiteliais
- Demarcação clara entre zona afectada
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Lisch - Aparencia da córnea?
- Microquistos cinzentos em forma de banda
- Começam junto ao limbo :O
- À biomicroscopia vêem-se lesões acinzentadas, com vários padrões, que NÃO coram com fluoresceína
- SEM lesões epiteliais
Retroiluminação é a melhor técnica para ver
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia de Lisch - Gravidade dos sintomas?
Diminuição da AV
- Só a partir da 3 década
- INDOLOR (porque NÃO há lesões epiteliais)
- Progressiva
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Corneana Subepitelial Mucinosa - Hereditariedade? Fisiopatologia?
Hereditariedade
- AD
Fisiopatologia
- Deposito subepitelial de mucinas anteriores à membrana de Bowman
(está tudo no nome da doença !!)
- Resultam em alterações da função epitelial, que levam a erosões recorrentes e perda de transparência corneana
Córnea - Distrofias Epiteliais/Subepiteliais - Distrofia Corneana Subepitelial Mucinosa - Gravidade dos sintomas?
São graves
- Dim AV
- Erosões recorrentes da córnea
- DOLOROSA
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Quais são? (4)
- Distrofia de Reis-Buckler
- Distrofia de Thiels-Behnke
- Distrofia Lattice (vários tipos)
- Distrofia Granular (2 tipos)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Qual é a mutação comum a Todas? O que é que afecta e o que é que implica?
TGFBI
- Também chamada Queratoepitelina
- 2ª proteína mais abundante no Estroma da Córnea
- Função e processo de metabolismo ainda não são claramente conhecidos
- Mutações neste proteína (como as que ocorrem nas distrofias) alteram a SOLUBILIDADE e favorecem a sua DEPOSIÇÃO
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - Hereditariedade? Mutação?
- AD
- Mutação TGFBI
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - Fisiopatologia? O que cora o material?
- Substituição da Membrana de Bowman por tecido Fibrocelular
Depósitos são coráveis pelo Tricromio de MASSON
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - Aspecto da córnea?
- Opacidades GEOGRAFICAS confluentes e irregulares ao nível da M Bowman e Estroma Anterior
- Progridem do centro para a periferia
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - O que se vê no OCT-SA?
- Irregularidade da transição epitélio- estroma anterior
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - Gravidade dos sintomas?
São graves
- Dim AV (baixas e precoces)
- Erosões recidivantes DOLOROSAS (muito frequentes em casos avançados)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Reis-Buckler - Tratamento?
- Queratectomia superficial / PTK
- DALK
- QP em casos extremos
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke - Hereditariedade? Mutação?
- AD
- Mutação TGFBI
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke - Fisiopatologia
- Substituição da M Bowman por material Fibrocelular em padrão de dentes de serra
- Em estadios avançados, pode afectar estroma profundo
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke -
Aparencia da córnea?
- Flecks isolados ao nível da M. Bowman
- Progressivamente desenvolvem padrão em FAVO DE MEL
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke - O que se vê no OCT-SA?
Estroma Anterior com padrão em Dentes de Serra
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke - Qual é a diferença na gravidade para a Reis-Buckler?
Menos dor e Desepitelização
Mais perda AV (porque depósitos são mais densos
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia de Thiel Behnke - Tratamento?
- Queratectomia superficial / PTK
- DALK
- QP em casos extremos
(= Reis Buckler)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Diferença entre a Reis-Buckler e a Thiels-Benke na Microscopia Confocal?
Reis Buckler - Material hiperreflectivo SEM sombras
Thiels-Benke - Material hiperreflectivo COM sombras
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Hereditariedade?
- AD (++ comum)
- Mutação TGFBI
- Existem vários tipos descritos com outros padrões de hereditariedade
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Fisiopatologia? O que cora os depósitos?
- Depositos de AMILOIDE Subepiteliais e no Estroma Anterior
- Depositos são coráveis com Vermelho do Congo
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Padrão à microscopia Confocal? Com o que parecem?
- Depositos em padrão LINEAR
(aspecto semelhante aos fungos filamentosos :O)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Aparencia da córnea? Como progridem?
- Linhas lattice no Estroma (nem sempre presentes ?)
- Começam centralmente e progridem para a periferia (mas POUPAM periferia)
- Tambem progridem em profundidade
- Cornea pode ficar com aspecto em “vidro fosco”
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Sintomas?
- Diminuição da AV pelo haze estromal
- Erosões recidivantes DOLOROSAS
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Quantos tipos há? Quais são as principais diferenças? Qual delas não é uma verdadeira distrofia? Com é a hereditariedade de cada?
Tipo 1 (clássico)
- Mutação TGFBI no Cromossoma 5
- Inicio PRECOCE de sintomas - na 1ª década de vida
- Envolvimento CENTRAL com EROSOES recorrentes
- Sem sintomas sitémicos
Tipo 2 (já não é considerada distrofia, depósitos no contexto de D. Sistémica)
- Relacionado com mutação Gelsolina no Cromossoma 9, que está associada a Síndrome Sistémico - S. Meretoja (S. irmão da PAF) - também é AD
- Não é verdadeira distrofia de Córnea, mas sim Doença Sistémica com atingimento corneano
- Inicio de sintomas habitualmente 3-4 década de vida
- Muito frequente na Finlândia
Tipo 3
- Associado a hereditariedade AR :O
- Linhas de lattice MAIS DENSAS
- SEM erosões epiteliais
Tipo 3A
- Hereditariedade AD
- Linhas lattice densas (tal como Tipo 3)
- COM erosões epiteliais (≠ Tipo 3)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Lattice - Tratamento?
Fase Aguda
- Tratar os defeitos recidivantes
Fase Cronica
- Tratar baixa AV pela regularização da superfície
- Queratectomia superficial / PTK
- SALK
- DALK
Recorrencia - 17% a 5 anos
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Granular - Hereditariedade? Mutação?
- AD
- Mutação TGFBI cromossoma 5
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Granular - Em que região geográfica é mais frequente?
- Mais frequente na ASIA
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Granular - Quais são os 2 tipos? Qual a diferença no material depositado? Qual a diferença no padrão?
Tipo 1
- Depositos HIALINOS
- Coráveis pelo Tricromio de Masson
- Depositos em Breadcrumb
(O Massom gosta muito de pão)
Tipo 2
- Depositos HIALINOS e AMILOIDES
- Coráveis pelo Tricromio de Masson (Hialinos) e pelo Vermelho do Congo (Amiloides)
- Depositos em Snowflake
(O Avelino foi à neve)
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Granular - O que é que leva a haver 2 tipos? Qual deles é o mais grave?
São 2 mutações diferentes (ambas AD)
Tipo 1
- Mutação AD TGFBI: Arginina por Triptofano
Tipo 2 (Avellino)
- Mutação AD TGFBI: Arginina por Histidina
Tipo 1 tem quadro mais PRECOCE e mais GRAVE
Córnea - Distrofias Epitelio-Estromais - Distrofia Granular - Tratamento? Recorrencia é provável?
Fase Aguda
- Tratar os defeitos recidivantes
Fase Cronica
- Tratar baixa AV pela regularização da superfície
- Queratectomia superficial / PTK
- SALK
- DALK
Recorrencia
- Practicamente CERTA
- Mas opacidades aparecem mais FINAS
Córnea - Distrofias Estromais - Quais são? (6)
- Distrofia Macular da Córnea
- Distrofia de Schnyder
- Distrofia Estromal Congénita (CSCD)
- Distrofia em Fleck
- Distrofia posterior amorfa
- Distrofia Pré-Descemética
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Hereditariedade? Qual é a mutação? O que codifica o gene?
- AR !!
- Mutação CHST6 - codifica proteína do Sulfato de Queratano (um dos constituintes do estroma)
*Relacionar AR com gravidade (tal como na Gelatinous Drop-Like)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Fisiopatologia? Onde se deposita a substancia anómala?
(CHST6 - Cornea Hereditária STromal) - Síntese anormal do proteoglicano Sulfato de Queratano com deposição no reticulo endoplasmático dos Queratócitos e na membrana extrecelular do estroma
Sulfato de Queratano (um glicosaminoglicano) é corável pelo Azul Alciano
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Como é o aspecto da córnea?
- Opacidades esbranquiçadas superficiais CENTRAIS irregulares
- Progridem posteriormente
- SEM áreas de córnea poupada
- Vai levar a Haze difuso de todo o estroma
- Pode levar a adelgaçamento corneano
- Estadios finais podem cursar com Guttatas endoteliais
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Gravidade dos sintomas? Quais são?
Sintomas GRAVES e (lentamente) PROGRESSIVOS
- Hipovisão GRAVE, PRECOCE e PROGRESSIVA com inicio na INFANCIA
- Diminuição da Sensibilidade corneana
- Diminuição da espessura corneana
- Desenvolvimento de guttatas endoteliais nas fases tardias (SEM descompensação endotelial)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - O que se vê na microscopia Confocal?
- Material HIPERreflectivo na M Basal e Estroma
- Queratócitos ANORMAIS
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Qual é o efeito topográfico na córnea?
- Astigmatismo
- Adelgaçamento da córnea central
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - O que se vê no OCT-SA?
- Hiperreflectividade da M. Bowman e estroma
- Adelgaçamento do Estroma
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Macular da Córnea - Qual é o tratamento para evitar progressão? Qual é a taxa de sobrevida do transplante?
Tratamento
- Não se conhece nenhum tratamento preventivo
- Terapia de substituição genética sob investigação?
Transplante
- Sobrevida é relativamente ALTA
- 90% a 5 anos
- 75% a 15 anos
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - qual era o nome antigo? porque é que mudou?
(antiga Distrofia Cristalina. Nome mudou porque cristais só estão presentes em 50%)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - Hereditariedade? Mutação? Fisopatologia?
- AD
- Mutação UB1AD1, relacionada com o metabolismo lipídico
Fisiopatologia - Depositos INTRA e EXTRAcelulares de LIPIDOS e COLESTEROL
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - Como é a opacidade corneana?
- Opacidade corneana central em DISCO
- Anel Límbico (imaginar um Super Arco Senil)
- CRISTAIS subepiteliais em 50%
- Haze estromal
- Ou seja, anel central + anel perioférico
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - Quando começam os sintomas? Visão é pior fotopica ou escotópica? Qual é o grau de perda de visão?
Inicio habitual aos 20-30 anos
- Diminuição AV (pior para FOTOPICA do que para ESCOTOPICA)
- Visão pode parecer melhor do que se esperaria pelo aspecto morfológico
- Glare
- Diminuição da sensibilidade corneana
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - O que se vê no OCT-SA?
- Alta reflectividade epitelial e estromal
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - O que se vê na Microscopia Confocal?
- Depositos altamente reflectivos Intra e Extra celulares
- Disrupção do plexo nervoso epitelial e subepitelial (daí dar diminuição da sensibilidade corneana)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - Tratamento - como se previne a progressão? Quando se faz transplante?
- Não existe forma de prevenir depósitos
- PTK poderá ser útil
- Transplante em doença avançada
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia de Schnyder - Qual é a associação sistémica? Que implicações tem?
- É importante estudar perfil lipídico dos doentes
- Actuar nisto NÃO altera prognostico visual
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Frequencia? Hereditariedade? Mutação?
Epidemiologia
Epidemiologia
- Doença MUITO RARA
Heredidariedade
- AD
- Mutação DCN - Decorina
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Fisiopatologia?
Fisiopatologia
- Desorganização das lamelas de colagénio
- Deposição de material amorfo corneano com lamelas do estroma separadas de forma IRREGULAR
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Aparencia da córnea? Como está a espessura da córnea? Como está o epitélio?
Aparencia da Córnea
- Opacidade corneana difusa bilateral
- Distribuição IGUAL por toda a córnea
- Aumento da ESPESSURA
- Superficie está BEM (sem def epiteliais)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Como é a PIO?
- PIO NORMAL
(importante para fazer DDx com outras causas de opaciadade corneana congénita com HTO)
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - O que é que o OCT-SA vê?
- Aumento da Espessura corneana
- Aumento da reflectividade do estroma anterior
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Associações clínicas?
Está associada a Estrabismo e Ambliopia
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Estromal Congénita - Tratamento? Qual é a taxa de recidiva?
Transplante
- DALK
- QP
NÃO recidiva !!!
(Fazer precocemente para evitar ambliopia e estrabismo !!)
Tratar
- Erro Refractivo
- Estrabismo
- Ambliopia
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Corneana em Fleck - Hereditariedade? Mutação?
- AD
- Mutação PIP5K3
- Codifica proteína que mantem que controla formação de endossomas e homeostase endomembranar
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Corneana em Fleck - Fisiopatologia? O que é que se acumula?
- Acumulação de Glicosaminoglicanos e Lipidos nos queratócitos
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Corneana em Fleck - Aparencia da córnea? Quando começam os sintomas? Como estão as restantes camadas?
CONGENITAS ou nos PRIMEIROS ANOS
- Opacidades DISCOIDES discretas dispersas no estroma
- Estroma transparente (fora as opacidades)
- Podem-se estender ao LIMBO
- Restantes camadas NORMAIS
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Corneana em Fleck - Gravidade dos sintomas?
Inexistentes ou muito pouco graves
- AVs normais
- Pode haver mínima fotofobia
NÃO progressivas
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Corneana em Fleck - Associações oculares e sistémicas?
- Queratocone
- Atopia
- Pseudoxantoma elástico
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Amorfa Posterior - É uma verdadeira distrofia? Hereditariedade?
Tendo em conta manifestações, considera-se que possa ser uma DISGENESIA do Segmento anterior e NÃO uma verdadeira distrofia !!
Hereditariedade
- AD
- Mutações KERA, LUM, DCN, EPYC
- Proteinas estão envolvidas na formação da matriz extracelular de colagénio
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Amorfa Posterior - Fisiopatologia?
- Irregularidade na lamela POSTERIOR do estroma
- M Descemet mais FINA
- Atenuação focal do Endotélio
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Amorfa Posterior - Aparencia da córnea? Qual é a camada mais afectada? Como está a espessura da córnea? E a curvatura?
- Afecta mais o estroma POSTERIOR
- Opacidades difusas branco-acinzentadas em LENÇOL com áreas de estroma transparente
- DIMINUIÇÃO da ESPESSURA corneana
- Cornea PLANA com HIPERMETROPIA
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Amorfa Posterior - Características topográficas?
- Diminuição da espessura
- Aplanamento
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Amorfa Posterior - Tratamento?
Não é necessário
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - É uma verdadeira distrofia?
Duvida se é uma verdadeira Distrofia, ou antes uma Degeneração
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Hereditariedade?
Tem 2 formas principais
- Forma ISOLADA - Padrão desconhecido
- Associada à Ictiose X-Linked
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Fisiopatologia?
- Queratócitos com vacúolos no estroma posterior
- Inclusões intracitoplasmáticas de material lipídico
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Aparencia da Córnea?
A partir dos 30 anos
- Opacidades difusas e centrais
- Imediatamente anteriores à M. Descemet
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Gravidade dos sintomas?
Geralmente assintomática
Tem vários subtipos
- Punctiforme e Policromática NÃO são progressivos
- Alguns subtipos podem ser
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Que alteração biomecânica na córnea dá?
- Classicamente descrito um AUMENTO da RIGIDEZ da córnea
Córnea - Distrofias Estromais - Distrofia Pré-Descemética - Tratamento é necessário?
Não
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Quais são? (3)
- Distrofia de Fuchs
- Distrofia Polimórfica Posterior
- CHED
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Epidemiologia? Sexo?
- Mais frequente nas MULHERES 2,5x
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Hereditariedade? Qual é o gene?
Hereditariedade
- Desconhecida ??
- Multifactorial e complexa
- Classicamente considerada AD, mas recentemente acha-se que tem a ver com a repetição trinucleotídica CTG18.1 no gene TCF4
(TCF4 - Tenho o Crl do Fuchs e vou começar a ter guttatas à 4 década)
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Timings da progressão?
Inicio TARDIO e progressão LENTA
- Inicio de sinais na 4-5 década
- Inicio de sintomas na 6 década
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Fisiopatologia? O que acontece a nível histológico?
- Alterações começam com alteração das tight-junctions do Endotélio e aumento da espessura da M Descemet
- Há disfunção do funcionamento da Bomba Sódio-Potássio endotelial
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Aparencia da córnea? Progressão?
- Primeiras manifestações são GUTTATAS na córnea central
- Aspecto em Beaten-bronze (metal batido)
- Com o tempo, progridem para a periferia
Com a progressão: - Pregas da Descemet
- Edema de córnea microquístico
- Queratopatia bolhosa
- Fibrose subepitelial e Neovascularização (em fase terminal)
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Em que altura do dia os sintomas são piores? Porque?
Visão PIOR ao acordar
- Ocorre porque oclusão do olho prolongada durante a noite impede a evaporação de água e agrava o edema
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Quais são os estadios de progressão? (3)
Estadios de progressão
Estadio I
- Gutatas centrais confluentes e pigmento endotelial
- GLARE e alteração visão contraste (mesmo sem edema franco)
Estadio II
- Edema microquístico
Estadio III
- Queratopatia BOLHOSA com erosão epitelial e fibrose subepitelial e estromal (possivelmente com neovascularização)
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - O que se vê na microscopia Especular?
Microscopia Especular
- Densidade celular diminui
- Polimegatismo aumenta
- Polimorfismo aumenta
Gutattas
- Aparecem como áreas escuras, arredondadas, rodeadas por células
- Com o tempo aumentam, coalescem e deixa de ser possível identificação
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia de Fuchs - Tratamento? Curativo e Paliativo?
Pre-transpante
- Soluções Hipertónicas
Transplante
- Lamelar posterior
- DWEK + Inibidores Rho cinase :O
Paliativo
- LC terapêutica
- Membrana Amniotica
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Epidemiologia - Sexo? Hereditariedade?
Epidemiologia
- Afecta igualmente homens e mulheres
Hereditariedade
- AD
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Fisiopatologia? O que acontece a nível histológico?
- Transformação FIBROBLASTICA ou EPITELIAL das células endoteliais
(mais ou menos o mesmo do que nos S. ICE)
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Em que altura surgem as alterações morfológicas da córnea? Quais são os 3 padrões principais?
Surgem entre 10-20 anos de vida
- Opacidades Polimorfas com halos circundantes
3 padrões principais
- Vesicular (sem liquido, conteúdo é acumulação de material colagenoso)
- Bandas (mais frequentemente horizontais, atenuadas nos extremos)
- Opacidades difusas
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Sinais e sintomas?
- Sinequias anteriores Periféricas com HTO em 15% dos doentes :OO
- Atrofia da íris com corectopia :O
- Queratopatia em banda
- Queratocone posterior
- Edema de córnea é RARO
:OOO
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - O que se vê na Microscopia Especular?
- Lesões vesiculares ARREDONDADAS e BEM DEMARCADAS
- Lesões contem corpos espessos mais claros ou agregados celulares
- Podem aparecer como manchas escuras
- Células que rodeiam as lesões são NORMAIS
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Quando é preciso tratar?
- Se edema
- Se alterações invasivas da íris / ângulo
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Polimórfica Posterior - Como se faz o DDx com S. ICE? (3 pontos principais)
Polimorfica posterior VS ICE:
- Bilateral hereditária VS unilateral esporádica
- Inicio 1-2 décadas VS inicio 2-5 décadas
- Vesiculas e bandas VS inversão do padrão claro/escuro
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Epidemiologia - Raridade? Sexo?
Epidemiologia
- MUITO RARA
- Sem predomínio por sexo
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Hereditariedade? Gene afectado? O que é que o gene envolve?
- AR
- Gene SLC4A11
- Codifica um canal de sódio envolvido no desenvolvimento das células da crista neural
Estromal - Decorina
Endotelial SLC4A11 - canal de sódio
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Fisiopatologia? Qual é a consequência histológica?
- Alteração e escassez de células ENDOTELIAIS com edema corneano consequente
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Aspecto da Córnea? É progressivo?
CONGENITO ou nos PRIMEIROS anos
NÃO progressivos
- Opacidade BILATERAL de TODA a superfície da córnea
- Sem áreas poupadas
- Gravidade da opacidade pode variar desde cornea leitosa a córnea gravemente opaca
- Geralmente a íris é visível
- Espessura corneana MUITO AUMENTADA (pelo edema !!) 2-3x o normal
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Associações sintomáticas nos bebés?
- Associa-se a AMBLIOPIA e NISTAGMUS
SEM outras alterações do segmento anterior ou posterior
Córnea - Distrofias Endoteliais da Córnea - Distrofia Endotelial Hereditária Congénita - CHED - Tratamento? De que depende? Quais são as 2 principais causas de dificuldade?
Depende da densidade da opacidade
Transplante Lamelar Posterior
- É muito DIFICIL de fazer pelo grau de opacidade
- Transplantes nas crianças são sempre complicados …
Córnea - CHSD vs CHED - Similaridades e diferenças - Raridade? Padrão de Transmissão? Espessura da córnea? Associações no recém nascido? Tratamento?
- Ambas muito raras
- CHSD é AD / CHED é AR
- Espessura da córnea está aumentada nas 2, mas muito mais aumentada na CHED
- Ambas se associam a nistagmus e ambliopia
- CHSD tem de ser DALK ou QP / CHED pode-se fazer endotelial
Córnea - Diagnóstico Diferencial de Edema de Córnea congénito (5)
- Glaucoma Congénito
- CHED
- CHSD
- Mucopolissacaridoses
- S. Axenfeld-Rieger
- Rubeola e Sífilis congénita
Córnea - Causas de Opacidade Congénita da Córnea
STUMPED
- Sclerocórnea
- Rasgaduras da Descemet - Trauma com fórceps
- Úlceras
- Doenças Metabólicas - Mucopolissacaridoses
- Anomalia de Peters
- Edema - Distrofia (CHED ou polimórfica posterior; Estromal congénita; Glaucoma cong)
- Dermóide
Córnea - Distrofias - Quais são as AR? O que têm em comum?
- Gelatinous Drop-like (epitélio-subepitelial)
- Distrofia macular da córnea (estromal)
- CHED (endotelial)
(Lattice Tipo 3)
*São todas graves
Córnea - Distrofias - Quais são X-Linked?
- Distrofia de Lisch
(Forma hereditária da Distrofia Pré-Descemética ligada à Ictiose X-Linked)