14. Queratites Não Infecciosas Flashcards

1
Q

Córnea - Quais são as 2 principais formas de Queratite Periférica auto-imune Inflamatória?

A
  • PUK - Queratite Ulcerativa Periférica
  • Úlcera de Mooren
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2
Q

Córnea - Qual é a principal forma de queratite periférica não inflamatória?

A
  • Degeneração Marginal de Terrien
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3
Q

Córnea - Porque é que as PUKs afectam a periferia da córnea?

A
  • Região mais sujeita a processos imunomediados devido à PROXIMIDADE com a densa vascularização límbica
  • Maior número de células de Langerhans, linfócitos, neutrófilos e Imunoglobulinas
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4
Q

Córnea - PUKs - Epidemiologia? Idade/ Sexo/ Lateralidade

A
  • Mais frequente em ADULTOS
  • Prevalencia é igual em HOMENS e MULHERES
  • Doenças RARAS - 3 em 1 milhão / ano
  • Habitualmente UNILATERAIS :O ?
  • Envolvimento de 1 sector de córnea periférica
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5
Q

Córnea - PUKs - Qual é a patologia sistémica mais relacionada? Que % corresponde? Qual é a relação com exacerbações?

A

Artrite Reumatóide
- 34-42% dos casos de PUK
- CORRELACIONA-SE com actividade e exacerbações da doença

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6
Q

Córnea - PUKs - Causas

A

Artrite Reumatóide
- 34-42% dos casos de PUK
- CORRELACIONA-SE com actividade e exacerbações da doença
Lupus
Granulomatose com Poliangeite
Sarcoidose
Poliarterite Nodosa

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7
Q

Córnea - PUKs - Qual é a probabilidade de se acompanhar de Esclerite? Qual é o significado?

A

Esclerite
- Ocorre em 1/3 dos doentes
- Sinal de MAU prognóstico LOCAL e SISTEMICO

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8
Q

Córnea - PUKs - Fisiopatologia? Onde estão os antigénios alvo? Qual é a via celular activada?

A
  • Reação auto-imune contra ANTIGENIOS CORNEANOS (do ESTROMA)
    (por reação de hipersensibilidade cruzada a antigénios exógenos ?)
  • Deposição de Imunocomplexos circulantes
  • Ciclo vicioso com inflamação perilímbica crescente
  • Vasculite perilímbica auto-imune
  • Leakage de células inflamatórias e proteínas

As células inflamatórias e citocinas vão
- Activar via do complemento
- Recrutar neutrófilos e macrófagos
- Produzir Proteases, Colagenases e Metaloproteinases

Tudo isto resulta numa destruição progressiva do ESTROMA da córnea

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9
Q

Córnea - PUKs - Quais são as principais complicações? (2)

A
  • Infeção
  • Perfuração
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10
Q

Córnea - PUKs - Diagnóstico Diferencial

A

Queratites inflamatórias
- Queratite Marginal
- Flictenulose
- Ulcera de Mooren
Queratites Infecciosas
- Bacterianas, Virais, Fungicas, Acantamoeba
Queratites Não-Inflamatórias
- Degeneração Marginal de Terrien
- Degeneração marginal Pelucida (ectasia)
- Degeneração periférica senil
Trauma
Keratopatia de Exposição
Rosácea

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11
Q

Córnea - PUKs - Como se faz o DDx com Queratite Marginal?

A
  • Na queratite marginal Há uma AREA POUPADA entre a inflamada e o limbo !!!
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12
Q

Córnea - PUKs - Como se faz o DDx com as Degenerações Periféricas?

A
  • NÃO estão associadas a inflamação
  • Epitélio periférico está INTEGRO
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13
Q

Córnea - PUKs - Tratamento - Quais são os objectivos? (3)

A
  • Minimizar inflamação
  • Prevenir melting corneano e perfuração
  • Prevenir sobreinfeção
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14
Q

Córnea - PUKs - Tratamento Médico - Como se faz? Qual é o papel do Corticoide tópico? Que fármacos Sistémicos se usam? Qual é o papel da Doxiciclina oral (dose?)

A

Local
- LA
- LC terapêutica
- Ciclosporina tópica
CCE tópicos
- Geralmente NÃO usados ?!!?
- Tratamento sistémico suficiente? Verificar isto
Antibioticos tópicos
- Para prevenir sobreinfeção
Sistémico
CCE Sistémico
- Em dose ALTA durante 4-6 semana
- Para fazer overlap inicial com imunossupressores
Imunossupressor sistémico
- Introdução PRECOCE melhora muito prognostico (sobretudo na AR)
- Ciclofosfamida
- Metotrexato
- Azatioprina
- Ciclosporina
- Biológicos (Infliximab / Adalimumab / Rituximab)
Doxiciclina oral
- Pelo efeito anti-colagenase
- 100 mg 2x/dia
Vitamina C ? :O

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15
Q

Córnea - PUKs - Tratamento Cirúrgico - Quais são as alternativas?

A

Cola de cianoacrilato
- Risco de perfuração eminente
- Perfuração < 2 mm
Queratoplastia lamelar / penetrante
- Associado a MAU prognostico
Resseção conjuntival + MA :O
- Para quebrar ciclo vicioso
- Diminui inflamação
- Excisão de anel de 3-4 mm da conjuntiva perilímbica
Tarsorrafia

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16
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - O que é? Qual é a situação em que se diagnostica?

A
  • Tipo de PUK idiopático
  • Diagnóstico quando há uma PUK sem se encontrar doença sistémica causativa
  • Diagnóstico de EXCLUSAO
17
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Epidemiologia? Idade? Sexo? Lateralidade?

A
  • Pode-se desenvolver em TODAS as IDADES :O
  • Mais comum em HOMENS
  • Mais frequentemente UNILATERAL
18
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Qual é a fisiopatologia? Qual é a associação HLA?

A

Semelhante ao processo que ocorre nas outras PUK
- Reação AUTO-IMUNE contra antigénio ESTROMAL na presença de susceptibilidade genética
- Doentes com ulcera de Mooren parecem ter MAIOR NUMERO de IgG e complexos Imunes direcionados ao epitélio da conjuntiva e da córnea
- Pode haver correlação com HLA-DR17

19
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Que precipitantes possíveis foram identificados?

A
  • Trauma
  • Infecção prévia (parasitas)
  • Cirurgia corneana
    Podem despoletar processo auto-imune
20
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Quais são os locais do limbo mais atingidos?

A
  • Limbo interapalpebral (nasal / temporal)
  • Limbo inferior
  • Limbo superior
    *Do mais exposto para o menos exposto
21
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Como varia a evolução e a lateralidade entre doentes jovens e idosos?

A

Limitada
- Associada a doentes mais IDOSOS
- Mais frequentemente UNILATERAL
- Melhor resposta à terapêutica
Progressiva
- Associada a doentes mais JOVENS
- Mais frequentemente BILATERAL
- Mais predominante em AFRICA (relação com doenças parasitárias??)

22
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Quadro Clínico? Como é a dor?

A
  • Olho vermelho
  • MUITO DOLOROSO (pode ser DESPROPORCIONAL à restante clínica) (= Acanthamoeba)
  • Lacrimejo
  • Fotofobia
  • Astigmatismo irregular
  • Lesão eixo visual (em casos muito graves)
23
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Como progride a lesão corneana?

A
  • Infiltrado branco/acinzentado PERIFERICO
  • Destruição epitelial e melting estromal
  • Progride inicialmente CIRCUNFERENCIALMENTE e depois CENTRIPETAMENTE :(
  • Conjuntivização, fibrose e adelgaçamento corneanos
  • Pode levar a perfuração
24
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Como é o envolvimento da esclera?

A
  • NÃO há envolvimento da esclera (apenas conjuntiva e EPIsclera)
    (nas outras PUK Esclerite ocorre em 33%)
25
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Tratamento Médico? Qual é o papel dos CCE tópicos?

A

CCE Topicos
- Papel mais importante do que nas outras PUKs?
- Aplicação 1/1 hora inicial
- Desmame MUITO LENTO (meses)

Antibioticos tópicos
- Prevenir sobreinfeção
Cicloplegia
- Para controlo da dor

Imunossupressão sistémica
Em casos graves / ausência resposta
- CCE oral
- Imunosupressores
- Biológicos

26
Q

Córnea - Úlcera de Mooren - Tratamento Cirúrgico?

A

Resseção conjuntival + MA (tal como nas outras PUK)
- Excisão de anel de 3-4 mm da conjuntiva perilímbica

Queratoplastia
- Lamelar
- Corneoescleral

27
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Epidemiologia? Idade / Sexo / Lateralidade

A
  • Geralmente a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em TODAS as idades :O (= Ulcera de Mooren)
  • Mais frequente em HOMENS
  • Frequentemente BILATERAL e SIMETRICA (mas pode ser assíncrona)
28
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Qual é a Causa? Associação a patologia sistémica?

A
  • Desconhecida
  • NÃO associada a patologia sistémica
29
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Quais são os sintomas? Que tipo de astigmatismo dá em casos avançados?

A
  • Geralmente ASSINTOMATICA
  • Desconforto ligeiro
  • Astigmatismo CONTRA a REGRA ou Obliquo (em casos muito avançados)
30
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Em que quadrante se inicia? Como progride? Como está e epitélio?

A
  • Opacidade estromal que inicia SUPERIORMENTE com área POUPADA até ao limbo
  • Geralmente progride CIRCUNFERENCIALMENTE, mas não centripetamente
  • Epitélio INTACTO apesar da diminuição de espessura
31
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Com o tempo, o que é que vai acontecer na região de degeneração?

A
  • Pannus vascular SUPERFICIAL que passa a zona de afinamento
  • Deposição de LIPIDOS na margem central do pannus
32
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Como se aborda?

A
  • Correção de astigmatismo (raramente necessário?)
  • Proteção ocular em casos graves (cornea mais frágil)
  • Em casos muito raros com risco de perfuração, ponderar transplante
33
Q

Córnea - Degeneração marginal de Terrien - Qual é o Prognóstico? Qual é a probabilidade de perfurar?

A
  • Progressão LENTA
  • Perfuração espontanea é MUITO RARA
  • Perfuração pode ocorrer perante traumatismo minor