29. Assistência ao Parto Flashcards
Quais são as condições que indicam a indução ao trabalho de parto? Quando a indução é contraindicada?
- Pós-datismo (>41s).
- Condições maternas/fetais que necessitem resolução da gestação (>34s): RPMO com sinais de corioamnionite, OF, mal formação (maioria delas a via vaginal é a de escolha), pré-eclâmpsia, etc.
- Contraindicação: Indicações absolutas de cesárea.
Qual a pontuação do índice de bishop indica colo favorável e colo desfavorável? Qual a CD em ambos os casos?
- Desfavorável: <7 indicando uso de misoprostol, salvo se cicatriz uterina presente indicando o método de Krause.
- Favorável: ≥7 indicando ocitocina sem contraindicação. Quando exatamente 7 dar preferência para maturação do colo antes da indução.
Qual a função do índice de Bishop e quais os parâmetros avaliados? Quais são as características que indica pontuação máxima?
- Ferramenta que ajuda a prever se um parto vaginal será bem-sucedido.
- Dilatação, apagamento, posição do colo uterino, consistência cervical e posição da apresentação fetal.
- 5”A”s: Aberto, anterior, apagado, amolecido e altura positiva.
Quais são os 4 principais métodos (2 farmacológicos e 2 mecânicos) de indução ao trabalho de parto?
- Ocitocina: Hormônio que promove a contração uterina, meia vida de 5’ podendo corrigir a taquissistolia simplesmente suspendo a adm.
- Misoprostol: Prostaglandina de adm intravaginal (comprimido), com meia vida de até 6h, de maior potencial (por isso usado em colo desfavorável). Contraindicado quando cicatriz uterina prévia.
- Método de Krause: Balão intracervical (usualmente via sonda de Foley posicionada dentro do útero, sendo enchida via H2O destilada, e então tracionada com 1L de SF clipado na outra ponta -> Produção local de prostaglandinas). Contraindicado em rotura de membranas (maior risco de infecção) e placenta de inserção baixa (maior chance de provocar sangramento).
- Métodos manuais: Descolamento digital da membrana amniótica do colo uterino (produção de prostaglandinas endócrinas), amniotomia (rompimento da membrana).
Caracterize os tipos de contrações (dor, frequência, ritmo e período entre elas) nos períodos de pródromo, latência e dilatação do trabalho de parto.
- Pródromo: Contração de Braxton Hicks (indolores, incoordenadas e irregulares não modifica o colo, contudo promove perda do tampão mucoso).
- Latência: Contrações ritmadas e dolorosas, contudo espaçadas (a cada 10-15’).
- Dilatação: Contração uterina efetiva e frequente (2 contrações a cada em 3’ com 40s de duração em 10’), modificando o colo (5cm – 1,5cm por hora), permitindo a descida da apresentação.
De quanto em quanto tempo o BCF deve ser avaliado durante o período de dilatação e de expulsão? E o TV?
- Dilatação:
o Dieta leve, posição verticalizada, avaliação da vitalidade fetal (BCF a cada 30’ ou 15’ quando alto risco), TV de 4/4h, analgesia (peridural). - Expulsão:
o Vitalidade fetal: BCF a cada 15’ ou 5’ quando alto risco.
o Manobra de Ritgen: Segura a deflexão comprimindo o períneo com a outra mão.
Após dilatação total, quanto tempo deve durar o período expulsivo?
Da dilatação total até a expulsão, devendo ter até 2h em primíparas e 1h em multíparas com tolerância de 1h se analgesia peridural.
Em que momento pode ser realizado a amniotomia no trabalho de parto?
Quando contrações se tornam ineficazes e quando presença de líquido meconial (não indica cesárea).
Cite 3 indicações de episiotomia durante o período expulsivo?
Pode ser feita quando corpo perineal <3cm (evitar lacerações), vitalidade fetal não tranquilizadora, parto operatório, exaustão materna, expulsivo prolongado, macrossomia, distocia de ombros (impactação de 60’’ após o desprendimento cefálico).
Qual das orientações (mediolateral ou mediana) é mais indicada na realização da episio?
- Mediolateral D: Menor risco de lesão retal que pode levar à incontinência.
o Mediana: Melhor recuperação, resultado anatômico e menos sangramentos, contudo alto risco de lesão retal.
Qual é a ordem das secções de camadas da episio e qual a ordem da episiorrafia?
Metodologia: Secção de pele do períneo, mucosa vaginal, músculos bulbocavernoso e transverso superficial do períneo – se exposição de tecido gorduroso ouve secção excessiva.
Episiorrafia: Mucosa -> musculo -> pele.
Quais manobras e procedimento devem ser realizados na tentativa de conduzir o quadro de distocia de ombro no período expulsivo?
Distocia de ombro (DMG como principal FR visto deposição de gordura nos ombros): McRoberts + Rubin 1, episio, Jacquemier (retirada do ombro posterior via TV), Gaskin.
- Registrar horário e executar manobra de Mc Roberts (hiperflexão das coxas, aumentando a angulatura facilitando a saída do ombro) e se necessário associar com manobra de Rubin I (pressão supra-púbica ajudando também na saída do ombro) ou/e episiotomia (secção de pele, mucosa vaginal, tecido subcutâneo, m. bulboesponjoso e m. isquiocavernoso).
o Manobras de segunda linha: Rubin II (penetra com dedos localizando o ombro e tentando rotacionar o feto para destravar o ombro), Woods (localiza a porção anterior do ombro localizado inferiormente e rotaciona o feto, diferentemente do Rubin II que é localizado a porção superior do ombro), Gaskin (paciente em litotomia pede-se para modificar para posição em 4).
o Manobra de terceira linha: Zavanelli/salvamento (rotaciona a cabeça novamente em OP e introduz o feto para dentro podendo então encaminhar a paciente à cesárea de emergência).
No que consiste o período de secundamento do trabalho de parto? Quanto tempo deve durar? Qual profilaxia deve ser realizada nesse momento?
- Do nascimento à expulsão da placenta, cabendo intervenção sem ultrapassar 1h.
o Ocitocina: Para auxiliar as contrações evitando hemorragia uterina.
Explique o sinal de fabre, manobras de Harvey e de Jacob-Dublin e a qual período essas pertencem.
o Sinal de Fabre (pescador), manobra de Harvey (compressão uterina auxiliando a saída da placenta), Jacob-Dublin (rotação da placenta quando exteriorizada).
Diferencie os 2 tipos de dequitação.
Baudeloque Schultz (sai primeiro o lado fetal e depois o sangue) ou Baudeloque Duncan (sai primeiro o sangue e depois o lado fetal {na prática sai junto} – “Ducanto”).
* Greenberg: 1h pós parto, sendo o período de maior risco para hemorragia por conta de
No que consiste o período de Greenberg do trabalho de parto? Quanto tempo deve durar? Quais as modificações uterinas se espera nessse período e o que essas modificações objetivam evitar?
- 1h pós-parto, sendo o período de maior risco para hemorragia por conta de atonia uterina.
o Miotamponamento: Contração uterina – globo de segurança de Pinard.
o Trombotamponamento: Coagulação dos vasos.
Quais os acompanhantes que a gestante pode solicitar em seu parto humanizado?
Acompanhante à escolha e Doula (profissional da saúde à escolha da pcte).
Quando traçar a linha de alerta e a linha de ação no partograma?
- Linha de alerta: Cruza o quadrado de baixo da abertura da dilatação.
- Linha de ação: Paralela à linha de alerta na 4ªh após.
Cite as possíveis distócias da fase ativa, o critério diagnóstico e qual CD deve-se tomar nesses casos?
- Fase ativa: Contração ocorre de forma ineficaz -> estimular deambulação/verticalização, realizar amniotomia/ocitocina.
o Fase ativa prolongada: Distócia funcional onde a velocidade da dilatação <1cm/h.
o Para secundária da dilatação: TV mantido em um período de 2h evidenciando uma parada da progressão da dilatação.
o Parto taquitócito: Fase ativa e expulsão ocorrendo em <4h. Taquissistolia (>5 contrações em 10’) podendo ser oriunda de iatrogenia gerando lacerações e atonia uterina.
Cite as possíveis distócias do período expulsivo, a condição que deve ser observada nesse tipo de distócia, o critério diagnóstico e qual CD deve-se tomar nesses casos?
- Período expulsivo: Após dilatação total (se o triangulo não chegou ao topo do partograma ainda não está em período expulsivo).
o Período pélvico prolongado: A velocidade da descida está se prolongando, contudo, não há parada da descida. Período expulsivo superior a 2h em primíparas e 1h em multíparas -> promover as contrações (estimular deambulação/verticalização, realizar amniotomia/ocitocina).
o Parada secundária da descida: 2 TV intervalados em 1h mantendo a mesma altura, advindo de DCP (desproporção cefalopélvica), no plano 0 de De Lee (estreito médio – espinhas isquiáticas sendo o menor diâmetro durante o trajeto do feto) -> Se contrações ineficazes promover as contrações, contudo se há contrações efetivas conduzir à cesárea.
Plano de De Lee +2 (já passou o menor diâmetro): Rotação manual (distócia de rotação) ou instrumentalização.
Qual o local de menor diâmetro durante a descida do feto?
Plano 0 de De Lee (estreito médio – espinhas isquiáticas sendo o menor diâmetro durante o trajeto do feto).
Qual a classificação de Robson para fetos cefálicos, únicos e pré-termos?
- Cefálico e único:
10. Pré-termos.
Quais as classificações de Robson para fetos cefálicos, únicos e a termos?
- Feto cefálico, único e gestação a termo:
1. Nulípara em trabalho de parto espontâneo.
2. Nulípara em trabalho de parto induzido.
3. Multípara sem cesárea anterior em trabalho de parto espontâneo.
4. Multípara sem cesárea anterior em trabalho de parto induzido.
5. Multípara com cesárea anterior.
Quais as classificações de Robson para fetos em apresentação pélvica?
- Nulípara com feto em apresentação pélvica.
- Multípara com feto em apresentação pélvica.