17. Amenorréias e Síndromes dos Ovários Policísticos Flashcards

1
Q

Defina amenorreia primária e secundária.

A

Amenorreia primária: Pcte que nunca menstruou após 13a ou após os 15a com telarca presente.
* “TPM”: Telarca, Pubarca (estirão), Menarca (2 anos após a telarca).
Amenorreia secundária: Já menstruou e durante 3 meses seguido ou 3 ciclos menstruais consecutivos está em amenorreia.

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2
Q

Defina crista genital e como ocorrem suas possíveis diferenciações.

A

Crista genital: Prelúdio do que ira forma ovário ou testículo, presente até 5ªs.
* Cromossomo Y: Contem o gene SRY responsável pela produção da PTN TDF que promove a diferenciação da crista genital em gônada masculina.
o Se ausente, a falta da ação da PTN TDF irá culminar em diferenciação da gônada em ovário.

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3
Q

Diferencie os ductos mesonéfrico e paramesonéfrico e a qual gênero cada um desses pertence.

A

Ductos: Wolff (mesonéfrico) e Muller (paramesonéfrico – “Muller=Mulher”).
Se desenvolvem lateralmente à crista urogenital e dão origem aos órgãos genitais.
Ducto de Wolff regride sem estímulo da testosterona e o de Muller se desenvolve automaticamente se não paralisado pelo hormônio antimulleriano.
* Cistos de Gartner: Remanescente dos ductos de Wolff na mulher (estrutura sacular cística na parede lateral da vagina).

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4
Q

Quais são as 2 células presentes no testículo responsáveis pelo desenvolvimento embrionário do homem. O que cada uma produz?

A
  • Células de Leydig: Produtoras de testosterona, estimulando o ducto de Wolff a desenvolver-se na genitália interna masculina.
  • Células de Sertoli: Produtoras de AMH promovendo a regressão dos ductos de Muller.
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5
Q

Diferencie genitália masculina interna e externa e qual a função da 5αredutase nessa processo.

A
  • Genitália interna: Epidídimo, canal deferente, vesícula seminal e parte da próstata.
  • Genitália externa: Pênis, escroto e uretra distal. Diferenciada pela presença da di-hidrotestosterona (conversão da testosterona pela 5αredutase).
    o Deficiência da 5αredutase promove a ação única da testosterona que é um androgênio muito menos potente e consequentemente causando uma genitália ambígua.
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6
Q

Citando as 2 células presentes no testículo, responsáveis pelo desenvolvimento embrionário do homem, como se dá o desenvolvimento da genitália interna feminina?

A

Sem testosterona por ausência das cel de Leydig (consequentemente regredindo o ducto de wolff que seria a genitália interna masculina), e sem AMH por ausência das cel de Sertoli (consequentemente não havendo ação inibitório nos ductos de muller, deixando então esses se desenvolverem na genitália interna feminia).

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7
Q

Diferencie genitália feminina interna e externa

A
  • Genitália interna: 2/3 da vagina interna, útero e trompas.
  • Genitália externa: Diferenciada mediante ausência da di-hidrotestosterona.
  • Cisto de Gartner: Resquício da involução dos ductos de Wolff na mulher.
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8
Q

Qual a CD investigatória em quadros de amenorreia primária em pctes com 13a + telarca ausente?

A

Dosar FSH: Definir se o hipogonadismo é hiper ou hipogonadotrófico.
o Hiper: Solicitar cariótipo para diferenciar entre sd de Turner (45, X0) ou outra disgenesia gonadal (46, XX) ambas com presença de ovário sem cel de linhagem reprodutiva (ovário em fita).
 Sd de SwYer: 46, XY com mutação/deleção do gene SRY no cromossomo Y, promovendo formação de genitália interna e externa feminina contudo com presença de gonada -> realizar gonadectomia.
o Hipo: Teste do estímulo de GnRH para diferencia causa hipotalâmica ou hipofisária (adm GnRH e observa de há resposta hipófise).
 Hipotálamo: Sd de Kallmann (anosmia + amenorreia visto ambos neurônios originarem da mesma linhagem embrionária), estresse fisiológico (bailarina, maratonista, anoréxica, etc).

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9
Q

Qual a CD investigatória em quadros de amenorreia primária em pctes com 15a + telarca presente?

A

Pela telarca existir significa que o eixo está funcionante, não havendo a necessidade de solicitar FSH para checagem de hipogonadismo. Solicitar USG pélvico / EF ginecológico: Definir presença ou ausência de genitália interna.
o Agenesia Mulleriana (sd de rokitansky – 46XX): Genitália externa presente, interna ausente, ovários funcionantes, possíveis anomalias do rim e VU.
o Insensibilidade androgênica (sd de morris – 46XY): Genitália externa presente, interna ausente, testículos abdominais, escassez de pelos e mamas hipodesenvolvidas (testosterona convertida em estrona, perifericamente, pelo seu excesso advindo da não ação por não receptores).
o Causa obstrutiva: Genitália externa e interna presente, contudo pelo septo vaginal transverso presente ou hímen imperfurado o sague fica represado na genitália interna.

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10
Q

Cite os 5 tipos de malformações mullerianas e qual o exames mais indicado para identifica-lás.

A

Histeroscopia não fará DX de diferenciar septado e bicordo -> RM mais indicado.
* Septado: Ausência de apoptose ao meio do útero.
* Bicorno: Fusão incompleta dos ductos.
* Didelfos: Separação total dos ductos (presença de 2 colos uterinos com um único septo).
* Unicorno: Desenvolvimento de somente 1 dos ductos.
* Sd. Rokitansky: Ausência do desenvolvimento de ambos os ductos, não formando a genitália interna.

https://www.abc.med.br/fmfiles/index.asp/::abcmed::/abc/malformacoes-uterinas.jpg

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11
Q

Qual a CD investigatória em quadros de amenorreia secundária?

A

Amenorreia secundária (solicitar BHCG, TSH e prolactina primeiramente): Excluir gestação (BHCG), estresse (modificações de peso associado – TSH), sinais de hipoandrogenismo, queixas de climatério (menopausa precoce – FSH), secreção mamária (prolactina) e alterações no pós-parto (sd de Sheehan).
* Teste da progesterona: Checar se c/ adm de progesterona a pcte menstrua. Se sim significa que a paciente não ovula (SOP) se não solicitar E+P.
* E+P: Se mesmo assim não menstruar a causa esta no trato de saída. Ex: Sd de asherman; se menstruar a sua função ovariana esta prejudicada pois ambos os hormônios não são produzidos logo solicitar FSH para checar hipo (causa central) ou hipergonadotrófico (causa ovariana).

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12
Q

Cite 3 medicamentos que podem levar a um quadro de hiperprolactinemia.

A
  • Hiperprolactinemia: Amamentação, estimulação mamária sexual, farmacológica (opioide, haloperidol/risperidona, amitriptilina, metoclopramida/domperidona, metildopa), hipotideoidismo, prolactinoma.
  • Aderência uterina (sd de Asherman): Por múltiplas curetagens ao fundo do endométrio.
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13
Q

Como o aumento de prolactina pode levar a um quadro de amenorreia?

A

o FP: Prolactina altera pulsatibilidade de GnRH gerando um hipogonadismo hipogonadotrófico (causa central).

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14
Q

Qual medicamento esta indicado no quadro de amenorreia por hiperprolactinemia?

A

o TTO: Em sintomáticas, inférteis e macroadenomas via carbegolina (até para macroadenoma o TTO famarcológico deve ser de primeira escolha).

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15
Q

Cite 3 causas de amenorreia por alteração hipotalâmica.

A
  • Anovulação hipotalâmica: Estresse físico (↑ da produção de endorfina bloqueando a pulsabilidade de GnRH), distúrbio alimentar (anorexia/bulimia - ↑ da produção de cortisol, hormônio do estresse, bloqueando a pulsabilidade de GnRH), anormalidade genética (IOP), etc.
    o FSH reduzido, E+P positivo.
  • IOP (insuf. Ovariana prematura): Genética, autoimune, infeccioso, iatrogênico (QT/RT). Ex: Pcte com histórico de QT + fogacho em momento. Principal causa é genética, solicitar cariótipo.
    Síndrome de Turner: Produz ovário em fita com baixas produções de estrógeno levando a mulher a uma amenorreia secundária (menopausa precoce) ou primária.
  • Outras características que podem aparecer: Baixa estatura, pescoço alado, hipertelorismo mamário, coarctação da aorta, rim em ferradura, encurtamento do 4º e 5º metacarpo.
  • TTO: Reposição hormonal para diminuir risco de DMO e DCV + congelamento de óvulos para posterior gestação.
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16
Q

Quais são os critérios diagnósticos de SOP?

A

o Produção continua de estradiol sem oposição de progesterona (pois a mulher não ovula).
* DX: 2/3 Critérios de roterdan após descartado hipotireoidismo, hiperprolact e 17-OHprogesterona.
o Hiperandrogenismo: QC (hirsutismo – indice de Ferriman) e laboratorial (testosterona, androstenediona e SDHEA).
o Irregularidade menstrual: Intervalos longos (chegando a passar os 3 meses – descama pois esta tão espesso que não se mantem).
o Ovarios de morofologia policísitca: Observado ao USG com >20 foliculos ou volume do ovário >10m3 ou dosagem de AMH.

17
Q

Qual o TTO de SOP?

A

Acompanhar fatores de sd metabólica mudando estilo de vida + TTO farmacológico, TTO hormonal (proteção do endometrio via ACO e antiandrogênico com espironolactona/ciproterona).

18
Q

Qual a FP da SOP?

A

Obesas -> ↑ aromatização periférica -> ↑ estrona -> ↓ FSH e ↑ LH -> ↑ conversão de colesterol em androgênios (androstenediona e testosterona) por estimulação do LH nas células teca (camada periférica do corpo lúteo) e ↓ produção da aromatase pelas células da granulosa -> ↓ conversão de androgênios em estradiol -> acúmulo de androgênio -> ↑ produção ovariana de androgênio (gatilho da doença) -> ciclo vicioso visto o excesso ser convertido perifericamente em estrona.
* Adrenarca exacerbada: ↑ androgênios adrenais na puberdade -> ↑ estrona por aromatização periférica
* Resistência insulínica: Defeito metabólico levando ao ↑ dos androgênios ovarianos.
* Hepatopatia: ↑ SHBG.

Sd. Stein Leventhal : Dç metabólica (resistência insulínica aumentando produção de insulina logo de IGF1 que é hiperandrogêrnico) levando a uma anovulação crônica hiperandrogênica -> Alteração de pulso de GnRh por receptor de progesterona hipotalâmico insensível resultando em pulsos mais amplos de GnRh -> produção de LH aumentada -> aumento da conversão de colesterol em androgênio nas cel da teca.
* FP: Hiperandrogenismo prejudica o recrutamento folicular resultando na formação de cisto por esses (microcistos).

19
Q

Explique mencionando o ciclo menstrual porque a mulher não ovula da SOP?

A

Começo com FSH baixo, logo não há leva efetiva de folículos (recrutamento pobre e desenvolvimento parcial dos folículos) e os níveis de estrogênio são às custas de estrona e não estradiol -> não há pico de estradiol (ainda que estejam altos) -> consequentemente não há pico de LH -> não há ovulação -> acúmulo dos folículos em zona periférica do folículo parecendo cistos ainda que não sejam coleção material serosos e sim folículos não ovulados.
* Pico de FSH para recrutar, pico de LH para ovular.
Endométrio: Por não haver pico de LH a paciente nunca entra em fase secretora, se mantendo em fase proliferativa constante e consequentemente gerando endométrio espessado a ponto de gerar metaplasia e possivelmente CA de endométrio em um futuro.
* Progesterona protege o endométrio contra o efeito proliferativo de estrógeno.