26. Incontinência Urinária e Prolapsos de Órgãos Pélvicos Flashcards
Qual é o papel dos sistemas simpático e PS no controle vesical de enchimento e esvaziamento?
- Enchimento: Estímulo simpático para relaxamento do detrusor e contração do esfíncter vesical.
- Esvaziamento: Estímulo parassimpático realizando o processo oposto ao acima.
Cite 3 FR para o surgimento de incontinência urinária.
- Multíparas, tosse crônica (DPOC/tabagismo), senescência e obesidade.
Diferencie os dois tipos de incontinência urinária.
- Esforço (gráfico item 1+2+4 presentes – exemplo da figura): Perda de urina por aumento da pressão intra-abdominal (hipermobilidade uretral por enfraquecimento do suporte de sustentação da uretra) – PPE >90 ou deficiência esfincteriana intrínseca (enfraquecimento do esfíncter da uretra) – PPE <60.
- Urgência (gráfico item 1+3+4 presentes): Desejo súbito de urinar por contrações não inibidas do detrusor (hiperatividade do musculo).
o Sd da hiperatividade do detrusor (gráfico item 3 presentes, independente dos outros, com o 4 ausente): Não necessariamente levando a um quadro de incontinência se o esfíncter for competente. - Mista (gráfico item 1+2+3+4 presentes): Associação em IUE e IUU. Realizar urodinâmica para checar quando dos sintomas prevalece e iniciar o TTO por esse.
- DDX: Por ITU (mais comum em quadro agudo, não de longa data) ou dç neurológica).
Qual a função do PPE no DX de incontinência urinária por esforço (cite valores)?
- Diferenciar se a etiologia advem da hipermobilidade uretral (enfraquecimento do suporte de sustentação da uretra – PPE >90) ou por incompetência do esfíncter (enfraquecimento do esfíncter da uretra – PPE <60).
- PPE: Avaliação da pressão de perda, medindo a capacidade da uretra e dos esfíncteres de resistir à pressão abdominal.
Diferencie os tipos de incontinência no gráfico de cistometria explicando a sua análise diagnóstica.
- Esforço (gráfico item 1+2+4 presentes – exemplo da figura).
- Urgência (gráfico item 1+3+4 presentes).
o Sd da hiperatividade do detrusor (gráfico item 3 presentes, independente dos outros, com o 4 ausente - não há incontinência quando o esfíncter for competente). - Mista (gráfico item 1+2+3+4 presentes).
- Pressão intravesical (pressão abdominal + detrusor) - presente por ser o método de realização do exame (enche a bexiga do pcte até o limite causando o aumento de pressão).
- pressão abdominal.
- pressão detrusor (pressão vesical menos a abdominal).
- perda urinária (quando presente um ou ambos os outros gráficos também estarão presentes).
1 positivo = metodologia correta.
2 positivo = comprova enfraquecimento do suporte de sustentação da uretra ou do esfincter da uretra (diferenciar pelo PPE) = esforço.
3 positivo = comprova contrações involuntárias do detrusor = urgência (ou sd da hiperatividade do detrusor se o 4 estiver negativo)
4 positivo = comprova perda urinária.
Como é realizado o teste urodinâmico?
- Posicionamento de sonda vesical³ (pressão vesical e atividade detrusora) e anal² (pressão intra-abdominal).
- Urofluxometria: Fluxo urinário sem a sonda (checar obstrução à saída de urina).
- Cistometria (gráfico do laudo): 1. Pressão intravesical (pressão abdominal + detrusor) + 2. pressão abdominal + 3. pressão detrusor (pressão vesical menos a abdominal) + 4. perda urinária (quando presente um ou ambos os outros gráficos também estarão presentes).
- Estudo de fluxo-pressão: Fluxo urinário com a sonda.
Qual o TTO para cada tipo de incontinência urinária?
- Urgência: Mirabegron em primeira escolha. Outros: oxibutinina ou solifenacina, toxina botulínica.
- Esforço: FX do assoalho pélvico (kegel e pressários) ou CX se refratariedade (sling – faixa de tela dando suporte uretral. Efeito colateral de retenção urinária e dispareunia).
- Mista: Inicia o TTO com o sintoma mais proeminente, depois de resolvido então se trata o sintoma secundário.
- Gestantes: Só avaliar TTO após término do puerpério, visto a perda pode ser advinda da gestação.
- Manobra de valsalva negativa: Não exclui o QC (queixa do paciente) visto a clínica ser soberana.
Defina prolapso vaginal.
Descida/herniação de órgão pélvico ao hiato genial com sensação de abaulamento (“bola na vagina”) que pode intensificar aos esforços dificultando esvaziamento vesical/constipação.
Cite os pontos mensurados na avaliação de prolapsos POP-Q.
- A (“ancorado”): Ponto fixo presente a 3 cm da fúrcula (hímen).
o a: Ponto da parede anterior da vagina, correspondente à junção uretrovesical (ponto -3 {fisiológico} indo no máximo até +3).
o p: Ponto da parede posterior da vaginal. - B (“baixo”): Ponto mais prolapsado da parede.
o a (“Bem abaixo”): Ponto da parede anterior da vagina mais prolapsada (mais distal).
Se não há prolapso os pontos Ba e Aa são os mesmos.
o p: Ponto da parede posterior da vagina mais prolapsada (mais distal). - C: Ponto mais distal do colo do útero
o Cúpula vaginal se a paciente for histerectomizada. - D (“Douglas”): Ponto de inserção dos ligamentos útero-sacros correspondente ao fórnice vaginal posterior (fundo de saco de Douglas).
o Não pode ser mensurado (deve ser omitido) se a paciente for histerectomizada. - CVT (comprimento vaginal total).
- HG (hiato genital): Do meato uretral até o final da fúrcula vaginal.
- CP (corpo perineal): Da fúrcula até o meato anal.
Cite os estágios de interpretação nos possíveis resultados do POP-Q.
- Estádio 0: ausência de prolapso. Os pontos Aa, Ap, Ba e Bp estão em -3 cm, e os pontos C e D estão entre o CVT e o CVT -2 cm.
o 3cm adentro da fúrcula vagina = ponto -3 (fisiológico) - Estádio I (Tudo antes de -1): ponto de maior prolapso está localizado até 1 cm para dentro do hímen (-1 cm).
- Estádio II (Entre -1 e +1): o ponto de maior prolapso está localizado entre -1 cm e +1 cm (entre 1 cm acima e 1 cm abaixo do hímen).
- Estádio III (Passa de +1 vide figura): o ponto de maior prolapso está a mais de 1 cm para fora do hímen, porém sem ocorrer eversão total.
- Estádio IV (Passa de +1 excedendo 2cm do CVT): Eversão total do órgão prolapsado.
Como são distribuídos na tabela os pontos avaliados no POP-Q?
Aa Ba C
HG CP CVT
Ap BP D
Quais os possíveis TTOs não cirúrgicos para prolapso vaginal?
- Pressários: Objeto discoide que força o prolapso para dentro.
- FX: Para sintomas, não retornando o prolapso para dentro.
Quais os possíveis TTOs cirúrgicos para prolapso vaginal?
o Colporrafia anterior/posterior: Para prolapso de parede anterior/posterior.
o Fixação sacra/promontofixação: Paraprolapso de cúpula (apical – após histerectomia).
Histerectomia: Para prolapso uterino.
Cirurgia de Manchester: Paciente que deseja ter gestação, indica-se a retirada do colo, mantendo o corpo e realizando cerclagem.
o Cirurgia de Lefort (colpocleise - boliterativo): Paciente idosa em que uma cirurgia longa seria agressiva, faz-se a rafia do meato vaginal.